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Manual do Professor
VOLUME 1
Sumário
FRENTE A
UNIDADE 1
Substância..................................................................................................................................3
Capítulo 1 – Átomo e fórmulas químicas............................................................................................................................ 3
Capítulo 2 – Propriedades da matéria................................................................................................................................. 6
Capítulo 3 – Alotropia................................................................................................................................................................ 8
Capítulo 4 – Misturas.............................................................................................................................................................. 11
UNIDADE 2
Mol............................................................................................................................................ 14
Capítulo 5 – Massas: atômica, molecular e molar......................................................................................................... 14
Capítulo 6 – Fórmulas químicas.......................................................................................................................................... 17
Capítulo 7 – Princípio de Avogadro................................................................................................................................... 19
FRENTE B
UNIDADE 1
Atomística................................................................................................................................ 21
Capítulo 1 – Conhecendo o átomo................................................................................................................................... 21
Capítulo 2 – Átomos e íons.................................................................................................................................................. 24
Capítulo 3 – Eletrosfera do átomo..................................................................................................................................... 26
UNIDADE 2
Tabela periódica...................................................................................................................... 28
Capítulo 4 – Desenvolvimento da tabela periódica..................................................................................................... 28
Capítulo 5 – Estrutura da tabela periódica...................................................................................................................... 31
Capítulo 6 – Propriedades periódicas.............................................................................................................................. 33
FRENTE A
UNIDADE
1 Substância
Nesta unidade, vamos desenvolver conceitos básicos sobre as substâncias, como sua
composição e suas propriedades. Esses conceitos são fundamentais para a continuidade nos
estudos da Química.
Iniciamos o capítulo 1 relembrando o que é o átomo e como ele pode ser representado.
Também definimos substâncias simples, composta, pura e mistura. No capítulo 2, estudaremos
as propriedades da matéria, como temperatura de fusão e ebulição, densidade e massa espe-
cífica. Além disso, veremos as diferenças entre transformações químicas e físicas. Na sequên-
cia, no capítulo 3, uniremos os conhecimentos desenvolvidos nos capítulos 1 e 2 estudando os
compostos alótropos: substâncias simples formadas por átomos iguais, mas em quantidades
diferentes. Por fim, no capítulo 4, estudaremos os tipos de misturas e os métodos de separa-
ção, aplicando, então, os conceitos que aprendemos nos capítulos anteriores às propriedades
macroscópicas da matéria.
A imagem de abertura da unidade 1 apresenta a escultura do artista estadunidense
Jonathan Borofsky, Molecule Man, que representa as moléculas dos seres humanos que se
unem para criar a nossa existência, de maneira a relacionar a formação das substâncias por
meio da interação entre as moléculas.
Utilize as questões da abertura da unidade para levantar os conhecimentos prévios dos
alunos e iniciar a discussão dos assuntos que serão trabalhados nos próximos capítulos:
ɒ A água do mar é uma substância pura? Existe uma fórmula para representar a água marinha?
A água do mar é uma mistura de substâncias, portanto não é pura e, por isso, também não
pode ser representada com uma fórmula.
ɒ É possível retirar o sal da água do mar e deixá-la apta para o consumo? Como seria o pro-
cesso de separação dessa mistura?
Sim. Podemos realizar uma destilação simples para separar a água do sal e outros com-
ponentes sólidos que estariam dissolvidos na água do mar.
Quando os alunos chegam ao Ensino Médio, muitas vezes possuem um conhecimento sobre a palavra
“puro” que é diferente do conceito que vamos trabalhar em Química. Frases como “ar puro...” e “leite puro...” são
muito utilizadas, mas não correspondem à definição de “substância pura” usada em Química. Por isso, é impor-
tante que os alunos entrem em contato com a definição científica para que possam discernir os conceitos de
“puro” em outros textos.
Outros conceitos importantes nesse capítulo são os de “átomo”, “substância” e “molécula”, bem como a di-
ferença entre eles. Eles serão utilizados durante todo o ensino de Química do Ensino Médio e são comumente
confundidos (principalmente em cálculo estequiométrico). Ainda com a mesma importância, há os conceitos
de substância simples e substância composta. Estas geralmente são associadas, erroneamente, com as subs-
tâncias puras e misturas. No capítulo, mais especificamente no tópico “Substâncias puras e misturas”, temos
representações que podem ajudar os alunos a dissociar esses conceitos: nos exemplos de substâncias puras,
temos o gás oxigênio (substância simples) e a água (substância composta); nos exemplos de misturas, temos gás
oxigênio (substância simples) e água (substância composta) constituindo uma mistura e gás oxigênio (substância
simples) e gás hidrogênio (substância simples) compondo outra mistura. Esses exemplos podem ser explorados
para mostrar aos alunos que existem substâncias puras constituídas por substâncias simples e substâncias pu-
ras constituídas por substâncias compostas. Além disso, há misturas de substâncias simples. Esses conceitos
serão trabalhados nos exercícios das seções “Aplicando conhecimentos” e “Consolidando saberes”.
Leitura extra
Abordagem teórica
O capítulo apresenta um texto introdutório que aborda a complexidade da classificação do
estado físico do vidro. Por meio do uso do texto e da imagem de abertura, é possível despertar
a curiosidade e o interesse dos alunos para o assunto que será tratado no decorrer do capítu-
lo; já as questões trabalhadas na abertura da unidade ajudam a motivá-los:
ɒ Você se lembra dos estados físicos da matéria? Quais são eles?
Os principais estados físicos da matéria são: sólido, líquido e gasoso.
ɒ Por que os chamamos de estados físicos?
Espera-se que os alunos discorram sobre o significado da palavra “físico” no contexto tra-
zido no texto de abertura. Essa questão pode ser retomada ao final do estudo do capítulo,
quando os alunos terão mais condições de responder que os estados de agregação são
chamados de “físicos”, pois estão relacionados à organização e à interação entre os compo-
nentes que constituem a matéria, não havendo transformação na composição da matéria.
Busque explorar o tema a partir dos conceitos de estados físicos com base nos valores de
T.F. (temperatura de fusão) e T.E. (temperatura de ebulição); apresente as curvas de aqueci-
mento e resfriamento e ensine como interpretá-las; mostre como identificar uma substância a
partir de suas temperaturas de fusão e ebulição; e explore a dependência dessas temperatu-
ras em relação à pressão atmosférica. A densidade também é um tema importante para com-
preender a constituição da matéria, uma vez que permite identificar e separar as substâncias.
Mostre aos alunos como observar essas informações no dia a dia. Por exemplo:
ɒ Por que a rolha boia e o ferro afunda?
São temas fáceis para visualizar a influência da densidade nos acontecimentos do coti-
diano.
ɒ Por que o barco não afunda?
Esse fenômeno também pode ser explicado em sala de aula.
É importante apresentar exemplos do cotidiano e esclarecer a diferença entre fenômenos
químicos e físicos dentro desse contexto, pois dessa forma os alunos vão assimilar de maneira
mais fácil os temas abordados.
Na seção “Aplicando conhecimentos”, promova o pensamento lógico com exercícios que
abordem o tema da densidade, porém que não envolvam apenas a resolução de contas, mas
também as consequências da alta ou da baixa densidade.
No capítulo, são diferenciadas transformações químicas e físicas da matéria. Com isso,
busque explorar os tipos de transformações químicas, pois esse é o conceito-base para rea-
ções químicas. Cite que algumas transformações químicas ocorrem por ação do calor, como
aquecer o açúcar e transformá-lo em caramelo ou assar um bolo; outras ocorrem por ação da
luz, como o bronzeamento da pele e a fotossíntese.
Já sobre os estados físicos, procure dar outros exemplos de transformações que não en-
volvam a água, pois eles já vêm sendo estudados desde o Ensino Fundamental. Faça uso de
exemplos com compostos químicos como o mercúrio, o clorofórmio, entre outros, que agrega-
rão mais conhecimento científico aos alunos.
Abordagem teórica
Na abertura do capítulo 3, exploramos uma das aplicações do grafeno, um dos alótropos
do carbono. Na forma de óxido de grafeno, esse material é utilizado para filtrar água salgada
e torná-la potável. A imagem de abertura serve para ilustrar esse processo. As questões pos-
teriores servirão para levantar conhecimentos prévios sobre o termo “alótropo” e, especifica-
mente, sobre os alótropos de carbono.
ɒ Você sabe o que é alotropia?
Essa questão tem o objetivo de verificar se os alunos possuem algum conhecimento prévio
sobre alotropia. Durante o capítulo, eles entrarão em contato com a definição desse termo.
ɒ Quais são os alótropos do carbono?
Os alunos serão capazes de discutir mais profundamente sobre essa questão ao final do
capítulo. Ela pode ser retomada após o tópico “Carbono”. Nesse momento, introduza os dife-
rentes alótropos do carbono, reforçando que serão estudados detalhadamente em seguida.
ɒ Você já ouviu falar do grafeno ou de algumas de suas aplicações?
Essa questão poderá ser respondida ao final do capítulo e complementada com discus-
sões sobre propriedades e aplicações do grafeno. Para isso, pode-se utilizar o seguinte
artigo para contextualizar o debate:
� Como o grafeno mudará o mundo
A matéria apresenta uma entrevista feita com o líder de uma empresa que produz o grafe-
no. Disponível em: https://exame.com/ciencia/como-o-grafeno-mudara-o-mundo/. Acesso em:
3 nov. 2021.
Ao começar a falar de alotropia, o primeiro caso abordado será o do oxigênio. Nesse
momento, é interessante retomar com os alunos o que é a camada de ozônio, sua função e
as consequências ambientais decorrentes do impacto causado sobre ela. Comente sobre
os impactos na saúde humana e nos ciclos biogeoquímicos em regiões onde a camada de
ozônio já está prejudicada, citando, por exemplo, o aumento nas taxas de câncer de pele e
de cegueira.
Os casos de alotropia do carbono são bem explorados no capítulo, uma vez que têm muitas
aplicações tecnológicas e impactos históricos, como a exploração do diamante na África.
Sobre o enxofre, ressalte qual é o alótropo mais estável, o rômbico, pois essa informa-
ção será importante futuramente para o estudo da entalpia, um dos conceitos trabalhados
na Termoquímica.
O fósforo pode ser explanado como exemplo da caixinha de fósforos que utilizamos em
casa. Sobre o fósforo branco, vale lembrar que ele pode causar queimaduras severas e explo-
sões, sendo utilizado ilegalmente como arma química em ataques entre países em conflito.
Leitura extra
Abordagem teórica
Na abertura deste capítulo, há a imagem do petróleo, uma mistura homogênea de compos-
tos de carbono, em sua maioria hidrocarbonetos. O texto discorre acerca das frações obtidas
na destilação fracionada, método utilizado para a separação dos componentes do petróleo.
Essa técnica é abordada no capítulo, mas para misturas mais simples que o petróleo.
Durante o capítulo, os alunos conseguirão desenvolver e complementar as respostas para
as perguntas da abertura, que são:
ɒ Conforme o texto mostra, o petróleo é uma mistura de muitos componentes, os quais po-
dem ser separados. Qual é o método de separação utilizado?
É usada a destilação fracionada para a separação dos componentes do petróleo.
ɒ O petróleo é uma mistura homogênea ou heterogênea? Por quê?
O petróleo é uma mistura homogênea, caracterizada por apresentar apenas um aspecto
visual em toda sua extensão. É possível identificar essa característica pelo aspecto do
líquido que aparece na foto e pela escolha do método de separação. A destilação fra-
cionada é um método de separação de líquidos miscíveis, ou seja, misturas homogêneas
líquidas.
ɒ Você imaginaria que o petróleo é miscível na água?
O petróleo é imiscível em água. Os alunos podem buscar por essa informação realizando
uma pesquisa que pode ser sugerida para ser discutida na última aula sobre esse tema.
Para complementar a pesquisa, uma sugestão é que os alunos busquem informações so-
bre técnicas para retirar o petróleo do mar, para os casos reais de vazamento.
Apresente aos alunos exemplos de misturas homogêneas e heterogêneas, principalmente
os que estão presentes no cotidiano deles, como o refrigerante, as ligas metálicas que com-
põem as bijuterias, entre outros. Quanto maior a quantidade de exemplos palpáveis para os
alunos, mais fácil será para que assimilem o conteúdo.
As misturas eutéticas e azeotrópicas devem ser apresentadas com suas curvas de aqueci-
mento para que fique mais clara a diferença entre elas. Novamente, use exemplos próximos da
realidade dos alunos, como o álcool etílico comercial comprado em supermercados.
Reforce a diferença entre substância simples e misturas, que já foi apresentada no capítulo 1
desta Frente. Mostre a diferença entre as curvas de aquecimento e os comportamentos das
temperaturas de fusão e de ebulição.
Ao falar sobre os tipos de misturas existentes, é interessante já relacioná-los com os métodos
de separação. Por exemplo, explique o que são as misturas sólido-sólido e, logo em seguida,
ensine como elas podem ser separadas. Conforme mencionado, o uso de exemplos auxiliará
na compreensão dos alunos. Faça uso de vídeos que mostrem as separações ocorrendo e, se
possível, leve-os a um laboratório para que vejam uma destilação acontecendo.
Na seção “Experimento”, os alunos poderão vivenciar a separação de líquidos imiscíveis utilizando a téc-
nica de decantação, com o uso de um funil de separação. Caso haja tempo e equipamentos, faça outras
separações utilizando técnicas como filtração simples, filtração a vácuo, destilação e extração.
Resultados e discussões da seção “Experimento”:
1. Após agitar a mistura de água e óleo de cozinha, qual foi o aspecto que a mistura obteve?
Espera-se que os alunos observem que, apesar de os líquidos serem imiscíveis, após a agitação, é
possível ver que a fase entre as duas substâncias se torna menos nítida, formando-se um pouco de
emulsão entre as duas substâncias, deixando a mistura com um aspecto turvo.
2. Quanto tempo demorou para que a mistura se separasse? Essa separação ocorreu totalmente ou houve
a formação de emulsão (entre fases, o que não permite distinguir a separação das fases)?
O tempo vai variar de acordo com a força com que os alunos agitaram a mistura, e a agitação forte
também pode formar emulsão. Caso isso aconteça, podem-se adicionar algumas colheres (chá) de sal
comum para quebrar a emulsão agitando a mistura brandamente.
3. Meça, utilizando a proveta, o volume das duas fases após a separação e responda: houve alteração
no volume das substâncias? Se a resposta for positiva, formule uma explicação para o fato.
Possivelmente haverá alteração no volume final de cada um dos componentes da mistura. Isso pode
ocorrer por variados motivos, como perdas residuais, perdas pela formação de emulsão ou por uma
pequena solubilização de uma das fases na outra. Caso tenha sido adicionado sal comum para a
quebra da emulsão, haverá aumento do volume da fase aquosa.
Leitura extra
ɒ Abordagem dos conceitos mistura, substância simples, substância composta e elemento químico
numa perspectiva de Ensino por Situação-Problema. Cristiana de Castro Lacerda, Angela Fernan-
des Campos e Cristiano de Almeida Cardoso Marcelino Jr. Química Nova na Escola, São Paulo,
v. 34, n. 2, 2012.
Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc34_2/05-RSA-73-10.pdf. Acesso em: 27 out. 2022.
2 Mol
Esta unidade abordará os conceitos-base para os cálculos químicos que serão utilizados
no desenvolvimento dos estudos quantitativos da Química. Serão estudados o mol, cálculo de
massa atômica, molecular e molar, cálculo de fórmulas moleculares, mínima e percentual, bem
como o princípio de Avogadro, conteúdos que costumam trazer dificuldade para os alunos.
Para a abertura da unidade, foi utilizada uma ilustração de balanças com esferas diferentes
e que representam substâncias distintas. A ideia é fazer com que os alunos percebam que
substâncias distintas apresentam massas diferentes: ao igualarmos a quantidade de massa,
teremos desigualdade na quantidade de partículas (balança superior); ao tentarmos igualar a
quantidade de partículas, obteremos massas diferentes das substâncias (balança inferior). Ter
essa noção de que mesma massa não significa mesma quantidade de partículas é importante
para que os alunos reconheçam os aspectos macroscópicos (massa) e submicroscópicos
(partículas) da matéria.
A fim de auxiliar nessas percepções, foram propostas duas questões para identificar o co-
nhecimento prévio da classe:
• Como é possível determinar a massa de uma molécula?
Neste momento, estimule os alunos a propor hipóteses que respondam à pergunta. Sabe-
-se que não é possível determinar a massa de uma molécula apenas usando uma balança
convencional. Atualmente, há vários métodos sofisticados para determinar a massa das
moléculas, como é o caso do espectrômetro de massas. Também é possível determinar a
massa de uma molécula por meio de sua fórmula molecular, a massa dos átomos que
a compõem e a relação entre unidade de massa atômica (u) e gramas (g).
• E a de um átomo?
Para os átomos, também é possível utilizar um espectrômetro de massas na determinação
da massa; outra opção seria usar a tabela periódica para descobrir a massa atômica (u)
e convertê-la em gramas (g).
Abordagem teórica
Neste capítulo, inicialmente será conceituada a massa dos átomos, seguindo a trajetória de estudo até a
unidade de massa atômica (u).
Relembre com os alunos o conceito de átomo e esclareça que é extremamente difícil pesar uma partícula
muito pequena para obter um valor de massa e que a unidade grama não seria adequada; assim, será natural a
introdução da unidade u.
Atualmente, é possível determinar a massa de um átomo utilizando um equipamento chamado espectrô-
metro de massas. Explique aos alunos que nesse equipamento os átomos, em estado gasoso, ionizam-se
após passar por uma espécie de jato de elétrons. Os íons isótopos são separados ao passarem por um campo
magnético gerado por imãs. Na outra extremidade do equipamento, há um analisador de massas e um detector,
que nos dará a identificação do íon. A massa do isótopo é calculada de acordo com o seu desvio: íons mais pe-
sados farão uma trajetória de raio maior, e íons mais leves, uma trajetória de raio menor. Reforce que as massas
atômicas que se encontram na tabela periódica são médias dos isótopos existentes de cada elemento químico.
Após a apresentação do conceito de massa atômica, discuta o de massa molecular demonstrando que para
ser obtido basta que sejam somadas as massas de cada átomo presente na molécula estudada.
Para abordar o mol, faça comparações com situações palpáveis do cotidiano, como dúzias de frutas em fei-
ras. Espera-se que os alunos entendam o mol como uma medida de quantidade de matéria, comparável à dúzia,
pois muito da dúvida deles nasce na confusão entre mol, moléculas e átomos.
Para que os alunos tenham noção da dimensão da constante de Avogadro (6,02 ∙ 1023), compare com o nú-
mero de pessoas no mundo, aproximadamente 7,6 ∙ 109 pessoas.
Na seção “Aplicando conhecimentos”, há várias questões que relacionam massa, mol e moléculas/átomos.
Sempre que possível, selecione algumas para resolver em sala de aula. Ensine os alunos a identificar os dados
relevantes que o exercício fornece e o mais importante: ajude-os a diferenciar quando usar 6,02 ∙ 1023 átomos e
quando usar 6,02 ∙ 1023 moléculas. Explore a relação “1 mol 6,02 ∙ 1023 átomos/moléculas massa molar”.
Apresente exemplos que mostrem que a mesma quantidade de matéria pode apresentar diferentes valores
de massa, se forem substâncias diferentes.
Faça uso de listas de exercícios e exemplos para que o conceito de mol e como trabalhar com essa gran-
deza fiquem claros para os alunos.
Leitura extra
ɒ A vueltas com el mol: estrategias para explicar e introducir el concepto en secundaria, Luis Ignacio
García González. Anales de la Real Sociedad Española de Química, Madrid, v. 109, n. 3, 2013.
Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=4471398.
ɒ Ensino-aprendizagem do conceito de quantidade de matéria II, José Luis P. B. Silva et al. In: XIV
Encontro Nacional de Ensino de Química (XIV ENEQ), Curitiba, 2008.
Disponível em: http://www.quimica.ufpr.br/eduquim/eneq2008/resumos/R0298-2.pdf.
Acessos em: 27 out. 2022.
Abordagem teórica
O texto de abertura do capítulo explora a origem das fórmulas químicas, descrevendo as
ideias primárias que progrediram em relação ao que conhecemos atualmente. Na imagem
que o acompanha, veem-se frascos com substâncias visualmente diferentes e que trazem
representada, apenas como identificação, uma fórmula química no rótulo. Vale explicar aos
alunos como aquela fórmula serve para que sejam obtidas várias informações sobre a subs-
tância, como constituição, cátions, ânions e propriedades físicas e químicas, que serão es-
tudadas posteriormente.
As questões de abertura servem para identificar os conhecimentos prévios dos estudantes:
ɒ Para você, qual é a importância das fórmulas químicas?
Espera-se que os alunos respondam que a fórmula química é importante para identificar
e classificar as substâncias, além de várias outras informações, como as propriedades
físicas e químicas.
ɒ Qual é a importância de uma linguagem universal em ciências?
É importante para facilitar a leitura e a compreensão das moléculas entre os cientistas e
estudantes de todo o mundo.
O início do capítulo resgata a ideia de representação das moléculas por meio das fórmulas
molecular e estrutural, conceitos fundamentais para o entendimento das fórmulas mínima e
centesimal.
A compreensão das fórmulas moleculares é importante para o estudo de conteúdos pos-
teriores, como reações químicas, gases e cálculo estequiométrico, que fazem uso dessas fór-
mulas diretamente. Ao ensinar fórmula molecular, aproveite para frisar novamente a diferença
entre mol e molécula.
Para o estudo do conceito de fórmulas mínimas, utilize exemplos em que a fórmula míni-
ma é igual à fórmula molecular da substância e explique o motivo de substâncias iônicas e
metálicas serem expressas por meio de fórmulas mínimas. O conceito de fórmula mínima será
utilizado posteriormente, no estudo dos polímeros.
Para trabalhar o conceito de fórmula percentual com os alunos, faça uso de exercícios e
demonstre como resolvê-los em sala, sendo esta uma boa maneira de explorar os variados
exemplos de aplicações desse assunto.
Na seção “Aplicando conhecimentos”, use exemplos como: 1 mol de moléculas de metano
(CH4) contém 1 mol de átomos de carbono e 4 mol de átomos de hidrogênio, enquanto 1 molécula
de metano contém 1 átomo de carbono e 4 átomos de hidrogênio. Esses exemplos ajudam o
aluno na diferenciação entre mol e molécula, conhecimento que deve ser construído durante
toda a unidade.
Demonstre em sala os diferentes tipos de exercícios que envolvem fórmula percentual,
visto que esse tipo de fórmula costuma ser o mais complexo para os alunos. Veja um bom
exemplo de exercício a ser resolvido com a classe:
A fórmula P1,41O3,52 não é aceitável, pois os números não são inteiros. Então, dividimos os índices pelo
menor número encontrado, no caso, 1,41.
1,41
Para o fósforo: =1
1,41
3,52
Para o oxigênio: = 2,5
1,41
1 mol P 2,5 mol O; se multiplicarmos ambos os índices por 2, encontraremos números mínimos e
inteiros para a fórmula:
2 mol P 5 mol O, então a fórmula mínima é: P2O5.
Leitura extra
Abordagem teórica
Inicialmente, vamos às sugestões de resposta para as questões propostas na abertura do
capítulo:
ɒ Pensando no princípio de Avogadro, seria possível chegar a uma conclusão sobre o volu-
me de 1 mol de qualquer gás?
Sim. É possível concluir que o volume de 1 mol de qualquer gás corresponde a 22,4 litros
quando está a 0 °C e 1 atm (medidas conhecidas como condições normais de temperatura
e pressão – CNTP). Como 1 mol contém 6 · 1023 moléculas, podemos assumir para os gases
na CNTP que:
1 mol 6 · 1023 moléculas 22,4 L massa molar
ɒ Agora que chegamos ao último capítulo da unidade sobre mol, é importante que você já
saiba responder: o que é o mol?
Mol (cuja unidade de medida também é “mol”) é a medida da quantidade de matéria de
uma substância. Para medi-lo, é necessário achar o volume molar, que é o espaço ocupado
por 1 mol de uma substância, sob condições definidas de temperatura e pressão. Para des-
cobrir o volume molar de um composto, é necessário saber sua densidade e massa molar.
Apresente aos alunos o princípio de Avogadro e conte a eles um pouco da história desse
cientista. É interessante apresentar para a turma o contexto histórico que cercou muitas das
descobertas da Ciência.
Para falar sobre volume molar, demonstre o volume de um mol de um sólido e de um líqui-
do, aproveitando o momento para retomar o conceito de mol. Demonstre o volume de um mol
de diferentes gases, e mostre aos alunos que esses volumes serão os mesmos sob as mes-
mas condições de temperatura e pressão. Explique a diferença entre CNTP (1 atm de pressão,
0 C° de temperatura e 22,4 L de volume) e CATP – Condições Ambientais de Temperatura e
Pressão (1 atm de pressão, 25 °C e 25 L de volume).
Inicie a explicação sobre balanceamento de reações com uma pequena introdução sobre
o que são reagentes e produtos e como se deve representar uma reação. Mostre exemplos
em lousa e resolva os exercícios em sala, pois essas demonstrações serão essenciais para o
entendimento da turma.
Comece a explicação com exemplos simples, como: nas condições normais de pressão e
temperatura (CNTP), qual é o volume ocupado por 10 g de monóxido de carbono (CO)? Assim
que os alunos estiverem familiarizados com o conteúdo, passe para os exercícios mais com-
plexos da seção “Aplicando conhecimentos”.
Para ensinar o método das tentativas no balanceamento de reações, deixe claro que basta
contar o número de átomos nos reagentes e nos produtos. Ensine aos alunos que o processo
se torna mais fácil quando utilizamos uma ordem para analisar os elementos envolvidos nas
reações:
Leitura extra
1 Atomística
Podem-se iniciar os estudos levantando o conhecimento prévio dos alunos sobre o que a Química estuda.
Aproveite esse momento para desmistificar a ideia de que existe matéria sem química, citando que a Química
está presente na constituição de toda a matéria e esclarecendo o que significa essa expressão. Leia com a
turma o texto de abertura, que trata dos fogos de artifício.
Na sequência, discuta com eles sobre a maneira de pensar e o método típico dos cientistas e mostre que a
Química tem uma linguagem própria de comunicação constituída de símbolos e representações. Apresente a
evolução teórica dos modelos atômicos para que a classe perceba que a ciência não traz verdades absolutas,
pois as ideias podem sofrer alterações.
Sugere-se que os exercícios da seção “Aplicando conhecimentos” sejam resolvidos em sala de aula, pois
são exemplos diretos da teoria estudada e propositalmente mais simples, abrangendo todos os conceitos desen-
volvidos em classe. Oriente, aula a aula, a tarefa de casa, selecionando os exercícios que a turma deve fazer em
casa para completar o estudo sobre o tema.
Como estratégias gerais, propomos que cada aula seja iniciada com uma rápida retomada de conteúdo da
aula anterior: contextualize o assunto estudado, mostrando uma situação que comprove a utilidade do que está
sendo abordado; faça demonstrações; e utilize modelos físicos de esferas como bolas e bastões para ilustrar as
ligações químicas e seu rearranjo de átomos (reações químicas).
Abordagem teórica
Sugerimos que inicie a aula revisando os modelos atômicos estudados no capítulo anterior.
Conceitue número atômico, número de prótons, elemento químico e número de massa. Des-
taque que, para um átomo, o número de prótons é igual ao de elétrons.
Ao abordar o tópico “Elemento químico”, apresente exemplos com seu respectivo nome
em latim e analise com os alunos o infográfico que mostra a porcentagem e a massa dos prin-
cipais elementos químicos que compõem o corpo humano, presente na abertura do capítulo.
Em seguida, conceitue íons e defina cátions e ânions. Utilize exemplos (Na e Na+; O e O2–)
para os alunos operacionalizarem o cálculo de Z, n e A de um íon. Reforce para a turma que o
elétron apresenta massa desprezível.
Quanto às semelhanças atômicas, defina isótopos, isóbaros, isótonos e isoeletrônicos e dê
um exemplo de cada um. Mostre os diferentes nomes dados ao isótopo do hidrogênio (prótio,
deutério e trítio).
Sugerimos que os exercícios da seção “Aplicando conhecimentos” sejam resolvidos em
sala de aula junto aos alunos, pois são propositalmente mais simples e abrangem todos os
conceitos desenvolvidos em sala de aula.
Abordagem teórica
Inicie a aula revisando o modelo atômico de Bohr e o salto quântico para explorar os níveis,
ou camadas, eletrônicos. Mostre os subníveis, os números máximos de elétrons que compor-
tam e suas representações.
Nesse ponto, os alunos devem estar aptos a entender e manipular o diagrama de ener-
gias. Explore os conceitos que envolvem camada de valência e subnível mais energético para
átomos neutros. Use o boxe “Fique ligado!” para informar que alguns elementos químicos não
seguem a distribuição proposta pelo diagrama, como ouro, prata e cobre.
Na sequência, explore a distribuição eletrônica de íons, realizando a distribuição do ferro e
de seus íons bivalente e trivalente.
Discuta o boxe “Em Física, vemos que...”, o qual trata do conceito de onda diferenciando
ondas mecânicas, que necessitam de um meio material para se propagar, como ondas sono-
ras, de ondas eletromagnéticas, que se propagam no vácuo, como a luz.
A fluorescência é muito utilizada, por exemplo, na sinalização no trânsito (placas, olhos
de gato, faixas dos trabalhadores e motociclistas) e em lâmpadas fluorescentes, cuja eficiên-
cia e durabilidade são muito maiores se comparadas às incandescentes. As lâmpadas fluo-
rescentes funcionam de modo semelhante aos tubos de descarga de gás néon, possuindo
um par de elétrodos em cada extremo. O tubo de vidro é coberto com um material à base de
fósforo, que, quando excitado com radiação ultravioleta gerada pela ionização dos gases,
produz luz visível.
Já as aplicações da fosforescência vão desde decalques que brilham no escuro, ponteiros
de relógios, interruptores de lâmpadas, maquiagens de néon até bastões de iluminação e
placas de emergência.
Quando seres vivos são capazes de produzir luz, temos a bioluminescência. Esse fenôme-
no pode acontecer em organismos simples e complexos, como os vaga-lumes, certas águas-
-vivas e peixes que vivem em águas profundas, algumas espécies de bactérias e fungos. Nos
três casos, a emissão de luz ocorre com reações que produzem muito pouco calor. Por essas
Leitura extra
O conceito de hibridização
Discute-se no seguinte artigo as formas de apresentar o conceito de “hibridização” em diferen-
tes textos de química geral de uso universitário. Conclui-se que nenhum dos exemplos é satisfatório,
porquanto o enfoque é superficial e não explica as razões conceituais e experimentais que levaram à
formulação de dito conceito. No artigo, apresentam-se os argumentos consistentes que conduzem à
definição mais formal e completa do conceito de hibridização. [...]
RAMOS, Joanna Maria et al. O conceito de hibridização. Química Nova na Escola, São Paulo, v. 28, n. 28,
p. 24, maio 2008. Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc28/06-CCD-5906.pdf.
Acesso em: 4 nov. 2021.
2 Tabela periódica
Na unidade 2, estudaremos a tabela periódica, uma ferramenta muito importante para o de-
senvolvimento da Química e que contém informações que vão além dos dados de massa e nú-
mero atômico e de organização dos elementos químicos. Saber ler esse material corretamen-
te possibilitará aos alunos entender e prever as propriedades e a reatividade dos materiais.
Iniciaremos com um histórico da evolução da tabela periódica e um estudo das informações
presentes na tabela atual; em seguida, veremos como é possível prever as propriedades perió-
dicas dos elementos químicos. Na abertura desta unidade, exploraremos a disposição e a clas-
sificação de objetos para que os alunos entendam a importância da organização dos elementos
químicos em uma tabela periódica. Como complemento, trabalharemos duas questões:
• Qual é a importância da organização dos dados para as pesquisas científicas? E para a
nossa vida?
Para essa primeira pergunta, é esperado que os alunos concluam que a organização dos
dados é importante para que o pesquisador possa localizar as informações de que pre-
cisa com mais facilidade. No nosso cotidiano, a organização nos permite encontrar o que
precisamos de forma rápida, evitando desperdícios de tempo e, até mesmo, de dinheiro.
• Como é o processo de descoberta e reconhecimento de um novo elemento químico?
Discuta com os alunos o processo de descoberta e reconhecimento de um novo elemento
químico, resultado de anos de pesquisa e experimentações e da colaboração de vários
pesquisadores.
Abordagem teórica
A abertura do capítulo fala do uso da tecnologia a favor da ciência, mais especificamente
no que se refere à tabela periódica, pois, embora seu formato atual esteja em uso há bastante
tempo, constantemente são realizadas novas propostas de organização.
Para dar início às discussões, mostraremos a importância da disposição correta dos elemen-
tos químicos e apresentaremos um desafio aos alunos: pensar em uma forma de organização
usando seus próprios critérios.
Utilize as questões da abertura do capítulo para discutir esse assunto:
ɒ Qual é a importância de organizar os elementos químicos em uma tabela periódica?
A primeira pergunta da abertura do capítulo poderá ser retomada ao final dele, quando os
alunos conseguirão perceber que a tabela periódica apresenta uma organização lógica, que
contribuiu para a previsão e para a determinação das características de novos elementos
químicos até então desconhecidos.
No de massa
A=Z+n Átomo eletricamente– neutro (p = e)
No atômico
A
Z x Carga Cátion
Z=p Íon
Ânion
Sugerimos que os exercícios da seção “Aplicando conhecimentos” sejam resolvidos em sala de aula com
os alunos, pois são exemplos diretos da teoria, abrangem todos os conceitos desenvolvidos em sala de aula
e são propositalmente mais simples. Oriente a tarefa de casa a cada aula, ou seja, selecione os exercícios que
o aluno deve fazer em casa para completar o estudo do tema.
Leitura extra
Abordagem teórica
Na abertura do capítulo, há a imagem da fachada de um edifício em Camberra, na Austrália,
que apresenta letreiros luminosos com os símbolos dos elementos químicos. O texto apre-
senta uma tabela periódica que traz informações sobre a aplicação dos elementos químicos.
As questões da abertura do capítulo servem para verificar os conhecimentos prévios dos
estudantes sobre o assunto que será estudado:
ɒ Qual característica os elementos químicos situados em uma mesma coluna têm em comum?
Neste primeiro momento, não é necessário exigir que os alunos cheguem à resposta cor-
reta. Até o final do capítulo, eles entenderão que os elementos químicos presentes em
uma mesma coluna fazem parte do mesmo grupo e que isso significa que eles têm pro-
priedades similares, como o mesmo número de elétrons na camada de valência no caso
dos elementos químicos representativos.
ɒ Qual classe de elementos químicos predomina na tabela periódica?
Os elementos químicos podem ser classificados em quatro classes: hidrogênio, metais,
ametais e gases nobres. A que predomina na tabela periódica é a dos metais.
Inicie a aula relembrando os cientistas e suas ideias de organização dos elementos quími-
cos, estudados no capítulo 4.
Em seguida, utilize a tabela periódica disponível no final do livro (ou projete uma tabela
na lousa) e explore com os alunos as linhas (períodos) e colunas (grupos ou famílias). Ensi-
ne o nome especial que algumas famílias recebem, como metais alcalinos e calcogênios,
e a classificação dos elementos químicos em metais, ametais, gases nobres e hidrogênio,
diferenciando cada uma dessas classificações utilizando as suas propriedades, como brilho,
maleabilidade ou rigidez e estado físico. Enfatize que o hidrogênio não pertence a nenhuma
família, mas explique que, por convenção, ele se localiza sobre o grupo 1. Mostre as numera-
ções atual (1 a 18) e antiga (famílias A e B) de cada família e demonstre também quando temos
um elemento representativo (famílias A).
Relembre o diagrama proposto por Linus Pauling para ensinar como localizar um elemento
químico na tabela periódica com base na sua distribuição eletrônica.
Sugere-se que os exercícios da seção “Aplicando conhecimentos” sejam resolvidos em
sala de aula com os alunos, pois são exemplos diretos da teoria estudada, propositalmente
mais simples, e abrangem todos os conceitos desenvolvidos. Oriente, aula a aula, a tarefa
de casa, selecionando os exercícios que os alunos devem fazer para completar o estudo
do tema.
Abordagem teórica
O texto e a imagem de abertura apresentam a periodicidade que existe em um calendário
a fim de que os alunos consigam relacionar essa propriedade com a tabela periódica. As ques-
tões propostas servem para fazer um levantamento de conhecimentos prévios e despertar o
interesse dos alunos sobre o tema que será explorado. Ao final das aulas referentes a este
capítulo, retome as questões:
ɒ Quais partes do átomo devem ser analisadas para identificarmos a tendência das proprie-
dades consideradas periódicas?
As propriedades periódicas dependem do número atômico e da quantidade de camadas
eletrônicas e de elétrons na camada de valência, por isso as propriedades se repetem
periodicamente. Já o número de nêutrons, por exemplo, está relacionado a propriedades
aperiódicas, como o número de massa.
ɒ Qual é a importância de fazermos previsões sobre o comportamento dos átomos?
A capacidade de analisar a tabela periódica, entendendo como as propriedades periódicas
estão relacionadas ao número atômico e à quantidade de camadas e de elétrons na cama-
da de valência, permite-nos fazer previsões quanto ao comportamento dos átomos, como
reatividade, afinidade eletrônica e densidade. Historicamente, a periodicidade das proprie-
dades dos elementos auxiliou na previsão e descoberta de novos elementos químicos.
Inicie a aula relembrando como se localiza um elemento químico na tabela periódica por meio
de sua distribuição eletrônica; relembre os termos “família”e “período” estudados no capítulo 5.
Se possível, leve para a sala de aula uma tabela periódica em formato de banner e explique
para os alunos cada propriedade mostrando exemplos. Caso não tenha o banner, projete a tabela
na lousa e peça aos alunos que acompanhem a explicação consultando a tabela periódica deles.
Explique o raio atômico, dedicando um tempo maior nessa propriedade, pois ela serve de
base para o entendimento das demais. Explore o raio de íons e espécies isoeletrônicas também.
Explique as demais propriedades: energia de ionização, afinidade eletrônica, eletronega-
tividade, eletropositividade, densidade, volume atômico, temperatura de fusão e ebulição e
reatividade. Dedique mais tempo também às explicações da energia de ionização, afinidade
eletrônica e eletronegatividade. Compare o comportamento delas com o do raio atômico.
Sugere-se que os exercícios da seção "Aplicando conhecimentos" sejam resolvidos em
sala de aula, pois são exemplos diretos da teoria e propositalmente mais simples, abrangendo
todos os conceitos estudados. Oriente aula a aula a tarefa de casa, ou seja, selecione os exer-
cícios que o aluno deve fazer em casa para completar seu estudo sobre o tema.
Leitura extra
Sódio
Natrium, nome latino, fazendo alusão ao natron (minério de carbonato de sódio, hoje
conhecido como trona) proveniente do vale de Natron, perto do Cairo e de Alexandria,
do qual há milhares de anos se extraía o carbonato. O nome sódio origina-se de soda
cáustica, substância da qual ele foi obtido por Humphry Davy em 1807, aos 28 anos de
idade, ao fazer a eletrólise da soda cáustica fundida.