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INSITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS

– CAMPUS SÃO JOÃO EVANGELISTA


TÉCNICO INTEGRADO EM INFORMÁTICA

Marcos Ryan Carvalho Silva

Química I: matérias do 1° ano do EM

São João Evangelista


2023
Marcos Ryan Carvalho Silva

Química I: matérias do 1° ano do EM

Material que vai ser utilizado para o


aprendizado na disciplina de Química II do
Curso Técnico Integrado em Informática do
Instituto Federal de Minas Gerais – Campus
São João Evangelista ministrada pelo
Professor Dr. Alberto Valadares Neto.

São João Evangelista


2023
SUMÁRIO

Digite o título do capítulo (nível 1) ........................................................................................................ 1


Digite o título do capítulo (nível 2) ...................................................................................................... 2
Digite o título do capítulo (nível 3) .................................................................................................. 3
Digite o título do capítulo (nível 1) ........................................................................................................ 4
Digite o título do capítulo (nível 2) ...................................................................................................... 5
Digite o título do capítulo (nível 3) .................................................................................................. 6
1. INTRODUÇÃO

A química é uma ciência que estuda a matéria e suas propriedades, como estrutura,
composição e transformações. A química explora como as moléculas e átomos se combinam
para formar compostos, bem como as reações químicas que ocorrem quando esses compostos
são transformados em outras substâncias.

A química está presente em muitos aspectos da vida cotidiana, desde a produção de


alimentos e medicamentos até a fabricação de materiais e produtos tecnológicos. A química
também é importante para compreender e solucionar problemas ambientais, como a poluição e
o aquecimento global.

A química se baseia em conceitos matemáticos, físicos e biológicos, e se divide em


várias áreas, incluindo a química orgânica, química inorgânica, química analítica, química física
e química biológica. A química é uma ciência interdisciplinar que se relaciona a muitas outras
áreas, como a engenharia, a medicina e a biologia.

2.0 QUÍMICA I

A química tem suas raízes na antiga Grécia e na Índia antiga, onde filósofos e
cientistas começaram a se perguntar sobre a natureza da matéria e como ela poderia ser
transformada. No entanto, a química como uma ciência moderna surgiu na Europa durante o
Renascimento.

Ao longo do século XVI e XVII, cientistas começaram a realizar experimentos


sistemáticos para entender as propriedades da matéria e as leis que governam as reações
químicas. O trabalho de alquimistas como Robert Boyle e Antoine Lavoisier ajudou a
estabelecer a química como uma ciência experimental, e suas descobertas foram fundamentais
para o desenvolvimento da teoria atômica e da química moderna.

Ao longo do século XVIII e XIX, a química se expandiu rapidamente, com a


descoberta de novos elementos e a síntese de novas substâncias. O trabalho de cientistas como
John Dalton, Jöns Jakob Berzelius e Dimitri Mendeleev ajudou a desenvolver a teoria atômica
e a classificação periódica dos elementos.
Desde então, a química tem se expandido continuamente, com descobertas em áreas
como biotecnologia, nanotecnologia e energia, e tem se tornado cada vez mais importante para
a sociedade moderna.

2.1. Unidades de medida na química

Na química, existem várias unidades de medida que são utilizadas para descrever
quantidades de matéria, como massa, volume, concentração e energia. Algumas das unidades
mais comuns são:

Massa: A unidade padrão para massa é o quilograma (kg). Outras unidades de massa
comumente utilizadas na química incluem gramas (g), miligramas (mg) e toneladas.

Volume: A unidade padrão para volume é o metro cúbico (m³). Outras unidades de volume
comumente utilizadas na química incluem litros (L), mililitros (mL) e centímetros cúbicos
(cm³).

Concentração: A concentração é a quantidade de soluto (substância dissolvida) por


unidade de volume de solução. A unidade padrão para concentração é molaridade (M),
que expressa a quantidade de soluto em moles por litro de solução.

Energia: A unidade padrão para energia é o joule (J). Outras unidades de energia
comumente utilizadas na química incluem calorias (cal) e eletrons-volt (eV).

Além dessas unidades, há também unidades específicas da química que são usadas
para medir quantidades como o número de átomos ou moléculas em uma amostra (mol) e a
pressão (pascal ou atm).

2.2. Classificação das substâncias

As substâncias podem ser classificadas de várias maneiras, dependendo do objetivo


da classificação. Aqui estão algumas classificações comuns:
Substâncias puras e misturas: As substâncias puras são aquelas que têm composição
química uniforme e constante, enquanto as misturas são aquelas que contêm mais de uma
substância química diferente. As misturas podem ser homogêneas ou heterogêneas.

Substâncias elementares e compostos: As substâncias elementares são aquelas que não


podem ser decompostas em substâncias mais simples por processos químicos, enquanto
os compostos são aqueles que são formados a partir da combinação de mais de um
elemento químico.

Sólidos, líquidos e gases: As substâncias podem ser classificadas de acordo com seu
estado físico. Os sólidos têm forma e volume definidos, os líquidos têm forma definida,
mas volume variável, e os gases têm forma e volume variáveis.

Substâncias ácidas, básicas e neutras: As substâncias podem ser classificadas de acordo


com sua natureza ácida ou básica. As substâncias ácidas têm pH abaixo de 7, as
substâncias básicas têm pH acima de 7, e as substâncias neutras têm pH igual a 7.

Soluções e misturas coloidais: As soluções são misturas homogêneas de duas ou mais


substâncias, enquanto as misturas coloidais são misturas heterogêneas de duas ou mais
substâncias.

2.3. Alotropia

A alotropia é o fenômeno pelo qual um elemento químico existe em diferentes


formas cristalinas ou estruturais, mas mantém a mesma fórmula química. Isso significa que os
átomos de um elemento alotrópico estão organizados de forma diferente, o que resulta em
propriedades físicas e químicas diferentes. Alguns exemplos comuns de elementos alotrópicos
incluem o carbono (grafite, diamante), o enxofre (ortorômbico, monoclínico) e o ferro (α-ferro,
β-ferro).

A alotropia é um resultado da estrutura eletrônica dos átomos, que determina como


eles se ligam uns aos outros para formar uma estrutura cristalina. A mudança de uma forma
alotrópica para outra pode ser causada por variações de temperatura, pressão ou tratamento
químico. A alotropia é importante porque pode afetar as propriedades de um material, como sua
dureza, condutividade elétrica e resistência à corrosão, o que pode ter implicações significativas
em aplicações tecnológicas e industriais.

2.4. Transformações físicas e químicas

As transformações físicas e químicas são mudanças que podem ocorrer em uma


substância, resultando em uma nova substância com propriedades diferentes da substância
original.

Transformações físicas são mudanças que alteram a aparência de uma substância,


como a sua forma, cor, textura ou estado físico, sem que haja mudanças na composição química
da substância. Por exemplo, a evaporação da água é uma transformação física que altera o
estado físico da água de líquido para gasoso, mas a fórmula química da água (H2O) permanece
a mesma.

Transformações químicas, por outro lado, são mudanças que resultam em uma nova
substância com uma composição química diferente da substância original. Essas mudanças
ocorrem quando as ligações químicas entre os átomos são rompidas e reformadas, formando
novos compostos. Por exemplo, a combustão do gás natural é uma transformação química que
resulta na formação de dióxido de carbono (CO2) e vapor d'água (H2O).

2.5. Estados físicos da matéria

Os estados físicos da matéria são as diferentes formas como a matéria pode existir
no universo. São eles:

Sólido: é a fase da matéria na qual as partículas estão muito próximas umas das outras e
têm pouca liberdade de movimento. Os sólidos possuem forma definida, volume definido
e resistência à compressão.

Líquido: é a fase da matéria na qual as partículas estão mais espaçadas do que nos sólidos,
mas ainda próximas o suficiente para manterem sua forma. Os líquidos possuem volume
definido, mas não têm forma definida.
Gasoso: é a fase da matéria na qual as partículas estão muito afastadas umas das outras e
têm muita liberdade de movimento. Os gases não têm forma nem volume definidos.

Plasma: é a fase da matéria na qual os elétrons são arrancados dos átomos, formando um
gás de elétrons livres e núcleos positivos. Os plasmas são encontrados no Sol e em outras
estrelas, bem como em fornos de plasma usados em tecnologias avançadas.

Estes estados da matéria são determinados pela temperatura e pressão a que a


matéria é submetida. Algumas substâncias podem existir em mais de um estado físico,
dependendo das condições a que são submetidas. Por exemplo, o gelo é um sólido, mas quando
é aquecido e se torna líquido, é conhecido como água.

2.6. Composição químicas dos matérias

A composição química de uma matéria se refere à identificação e proporção dos


elementos químicos presentes na substância. Esses elementos podem estar combinados para
formar compostos químicos, tais como moléculas e íons.

A composição química é importante porque determina as propriedades físicas e


químicas da matéria, incluindo sua aparência, odor, condutividade elétrica, solubilidade,
reatividade, entre outras.

Existem várias técnicas para determinar a composição química de uma matéria,


como análise espectrofotométrica, cromatografia, espectroscopia de massa, entre outras. Essas
técnicas permitem identificar os elementos presentes na matéria e determinar suas proporções.

Além disso, a composição química também pode ser expressa através da fórmula
química, que representa a proporção relativa dos elementos na substância, utilizando símbolos
químicos e números que indicam os coeficientes estequiométricos.

2.7. Processos físicos de separação de misturas

Os processos físicos de separação de misturas envolvem métodos que separam os


componentes de uma mistura sem que haja mudanças químicas nas substâncias. Alguns
exemplos comuns de processos físicos de separação incluem:
Evaporação: usado para separar um líquido de um sólido dissolvido, esse processo
envolve aquecer a mistura para evaporar o líquido, deixando o sólido intacto.

Filtração: é uma técnica usada para separar sólidos de líquidos ou gases. O sólido é retido
no filtro e o líquido ou o gás passa através do filtro.

Decantação: usado para separar líquidos de diferentes densidades. O líquido mais denso
fica no fundo e o líquido menos denso é despejado.

Cristalização: utilizado para separar sólidos dissolvidos em líquidos. A mistura é aquecida


para dissolver o sólido, depois é resfriada lentamente, fazendo com que o sólido se
precipite.

Destilação: é um processo usado para separar líquidos de diferentes pontos de ebulição.


O líquido é aquecido até que um componente se evapore, é condensado e coletado
separadamente.

Centrifugação: é um processo que usa forças centrífugas para separar componentes de


uma mistura. Por exemplo, pode ser usado para separar líquidos de sólidos ou para separar
líquidos de diferentes densidades.

Esses são apenas alguns exemplos de processos físicos de separação de misturas. A


escolha do processo depende do tipo de mistura e das propriedades dos componentes da mistura.

2.8. Modelos Atômicos

Os modelos atômicos são teorias que visam explicar a estrutura e o comportamento


dos átomos. A história da química é marcada por diferentes modelos atômicos, cada um com
suas próprias limitações e sucessos. Alguns dos modelos atômicos mais importantes incluem:

Modelo de Dalton: proposto por John Dalton em 1803, é o primeiro modelo atômico
sistemático. Ele descreveu os átomos como pequenas esferas indivisíveis e indestrutíveis.

Modelo atômico de Thomson: proposto por J.J. Thomson em 1897, este modelo
descreveu os átomos como sendo feitos de elétrons negativos e uma nuvem positiva
uniforme.
Modelo atômico de Rutherford: proposto por Ernest Rutherford em 1911, esse modelo
descreveu os átomos como tendo um núcleo denso e positivo, rodeado por elétrons em
órbita.

Modelo atômico de Bohr: proposto por Niels Bohr em 1913, esse modelo descreveu os
elétrons em órbita em torno do núcleo atômico, ocupando apenas níveis específicos de
energia.

Modelo quântico atômico: esse modelo, baseado na teoria quântica, descreve os átomos
como regidos por equações matemáticas complexas que descrevem a distribuição de
elétrons em torno do núcleo atômico.

Ao longo dos anos, os modelos atômicos foram se aperfeiçoando e incorporando


novas descobertas científicas. O modelo atualmente aceito é o modelo quântico atômico, que é
amplamente utilizado na química e em outras áreas da ciência para explicar a estrutura e o
comportamento dos átomos.

2.9.Partículas fundamentais do átomo

Os átomos são compostos por três tipos principais de partículas subatômicas:


prótons, nêutrons e elétrons.

Prótons: são partículas subatômicas positivamente carregadas encontradas no núcleo do


átomo. Eles possuem carga positiva e massa. O número de prótons em um átomo é
conhecido como número atômico e é usado para identificar o elemento químico.

Nêutrons: são partículas subatômicas sem carga elétrica encontradas no núcleo do átomo.
Eles possuem massa semelhante aos prótons. O número de nêutrons em um átomo pode
variar entre os diferentes isótopos de um elemento.

Elétrons: são partículas subatômicas negativamente carregadas que orbitam em torno do


núcleo do átomo. Eles possuem carga negativa e massa muito menor do que a dos prótons
e nêutrons. O número de elétrons em um átomo é igual ao número de prótons, o que
mantém o átomo eletricamente neutro.

2.10. Número atômico, número de massa e elemento químico


Número atômico: é o número de prótons presentes no núcleo de um átomo. Ele determina
a identidade do elemento químico e é usado na tabela periódica para organizar os
elementos. O número atômico é representado pelo símbolo Z.

Número de massa: é a soma do número de prótons e nêutrons presentes no núcleo de um


átomo. Ele determina o peso relativo do átomo e é usado para identificar os isótopos de
um elemento. O número de massa é representado por A.

Elemento químico: é a substância pura composta por átomos que possuem o mesmo
número atômico (Z). Cada elemento tem propriedades químicas únicas e é classificado
na tabela periódica. Exemplos de elementos químicos incluem o hidrogênio (H), o
oxigênio (O), o carbono (C), entre outros.

2.11. Isótonos, isóbaros e isótopos

Isótonos: são átomos que possuem o mesmo número de nêutrons, mas diferentes números
de prótons. Assim, eles possuem diferentes números atômicos e são de elementos
químicos diferentes.

Isóbaros: são átomos que possuem o mesmo número de massa, ou seja, o mesmo número
de prótons e nêutrons. Eles podem ser de elementos químicos diferentes ou de elementos
químicos idênticos, mas com números atômicos diferentes.

Isótopos: são átomos do mesmo elemento químico que possuem diferentes números de
nêutrons e, portanto, diferentes números de massa. Eles mantêm o mesmo número
atômico, ou seja, o mesmo número de prótons.

2.12. Átomos, íons e espécies isoeletrônicas

Átomos: são as unidades básicas da matéria que compõem os elementos químicos. Eles
possuem núcleo central composto de prótons e nêutrons, e elétrons em órbita ao redor do
núcleo. O número de prótons no núcleo determina o elemento químico a que o átomo
pertence.

Íons: são átomos ou moléculas que têm excesso ou falta de elétrons, resultando em uma
carga elétrica. Os íons com carga positiva são conhecidos como cátions, enquanto que os
íons com carga negativa são conhecidos como ânions.
Espécies isoeletrônicas: são espécies químicas que possuem o mesmo número de elétrons
em suas camadas externas, ou seja, o mesmo número de elétrons em sua camada de
valência. Como resultado, elas têm propriedades químicas semelhantes, como
reatividade, polaridade e capacidade de formar ligações químicas.

2.13. Estrutura eletrônica dos átomos

A estrutura eletrônica de um átomo é determinada pela disposição dos elétrons em


torno do núcleo. O núcleo é composto por prótons e nêutrons, que estão concentrados no centro
do átomo. Os prótons têm carga positiva, enquanto os nêutrons não possuem carga elétrica.

Os elétrons são os componentes mais externos do átomo e estão dispostos em


camadas ou níveis energéticos, chamados orbitais. Cada orbital pode conter um número
específico de elétrons, de acordo com a regra de Hund.

A quantidade de elétrons em cada orbital é determinada pelo número atômico (Z),


que é igual ao número de prótons presentes no núcleo do átomo. O número atômico determina
a posição do átomo na tabela periódica dos elementos e, consequentemente, suas propriedades
químicas.

Em resumo, a estrutura eletrônica de um átomo é determinada pelo número de


prótons no núcleo e pela disposição dos elétrons em orbitais.

2.14. Histórico e organização da tabela periódica

A tabela periódica foi organizada pela primeira vez por Dmitri Mendeleev, um
químico russo, em 1869. Mendeleev organizou os elementos conhecidos na época em uma
tabela baseada em suas propriedades químicas, como massa atômica e valência, e notou que
muitos elementos possuíam propriedades similares. Ele deixou espaços vazios na tabela para
elementos ainda não descobertos e previu suas propriedades com base nas propriedades dos
elementos vizinhos na tabela.

Desde então, a tabela periódica foi atualizada e modificada várias vezes, com a
descoberta de novos elementos e a determinação de suas propriedades químicas e físicas.
Atualmente, a tabela periódica é organizada em 7 linhas horizontais (ou períodos) e 18 colunas
verticais (ou grupos ou famílias).

Os elementos em cada coluna têm propriedades químicas similares, como número


de camadas eletrônicas, e são conhecidos como elementos de uma família ou grupo. Os
elementos em cada linha têm propriedades semelhantes, como número de elétrons em camadas
externas, e são conhecidos como elementos periódicos.

A tabela periódica é uma ferramenta valiosa para prever e compreender as


propriedades químicas dos elementos e suas interações. Além disso, ela é amplamente utilizada
em química, biologia, física e em muitas outras áreas da ciência e da tecnologia.

2.15. Propriedades periódicas dos elementos químicos

As propriedades periódicas dos elementos químicos são aquelas que se repetem


regularmente ao longo do sistema periódico, ou seja, quando se move de uma coluna para outra
da tabela periódica. Algumas dessas propriedades incluem:

Número atômico: o número atômico é o número de prótons no núcleo de um átomo e é o


que determina a identidade química de um elemento.

Raio atômico: o raio atômico é a medida do tamanho de um átomo e aumenta à medida


que se move para baixo em uma coluna na tabela periódica.

Energia de ionização: a energia de ionização é a quantidade de energia necessária para


remover um elétron de um átomo. Aumenta à medida que se move para a direita na tabela
periódica.

Eletronegatividade: a eletronegatividade é a medida da tendência de um átomo a atrair


elétrons para si. Aumenta à medida que se move para cima em uma coluna na tabela
periódica.

Configuração eletrônica: a configuração eletrônica descreve a disposição dos elétrons em


torno do núcleo de um átomo. Repete-se regularmente ao longo da tabela periódica.

Essas propriedades periódicas são úteis para prever as reações químicas entre os
elementos e para classificar os elementos em grupos com características semelhantes.
2.16. Regra do octeto

A regra do octeto é uma regra geral que descreve como os átomos formam ligações
químicas para atingir uma configuração estável. De acordo com a regra do octeto, átomos
tendem a ganhar, perder ou compartilhar elétrons para atingir uma configuração eletrônica
estável com oito elétrons na camada externa, o que é semelhante à configuração dos gases
nobres.

Por exemplo, o átomo de hidrogênio tem apenas um elétron em sua camada externa
e forma ligações covalentes com outros átomos de hidrogênio para atingir uma configuração
estável de oito elétrons. Os átomos de carbono, nitrogênio e outros elementos da tabela
periódica também tendem a seguir a regra do octeto.

A regra do octeto é uma aproximação útil para a descrição da química dos átomos
e é amplamente utilizada para prever a formação de compostos e as reações químicas entre os
elementos. No entanto, é importante lembrar que a regra do octeto não é uma lei absoluta e que
há exceções a ela em certas circunstâncias.

2.17. Ligação iônica e propriedades dos compostos iônicos

A ligação iônica é uma forma de ligação química que ocorre entre átomos com
grandes diferenças de eletronegatividade. Neste tipo de ligação, um átomo "dona" de elétrons
(geralmente um metal) perde elétrons para outro átomo (geralmente um não-metal) que os
aceita, formando cátions positivos e ânions negativos. Os cátions positivos e os ânions
negativos se atraem fortemente uns aos outros para formar uma estrutura cristalina sólida,
conhecida como composto iônico.

Algumas propriedades comuns dos compostos iônicos incluem:

Solubilidade: muitos compostos iônicos são solúveis em água, mas insolúveis em


solventes orgânicos, como éter e benzeno.Condutividade: muitos compostos iônicos são
bons condutores de eletricidade em estado sólido, mas são pobres condutores de
eletricidade em solução.
Ponto de fusão e ponto de ebulição: os compostos iônicos têm pontos de fusão e de
ebulição elevados, indicando fortes ligações entre os íons positivos e negativos.

Dureza: muitos compostos iônicos são duros e frágeis, devido às suas estruturas
cristalinas rigorosamente ordenadas.

Não conduzem corrente elétrica em estado sólido: como os íons estão presos em suas
posições na estrutura cristalina, eles não se movem livremente para conduzir corrente
elétrica.

2.18. Ligação covalente

A ligação covalente é uma forma de ligação química em que os átomos


compartilham elétrons para atingir uma configuração estável com oito elétrons na camada
externa (conforme a regra do octeto). Neste tipo de ligação, os átomos formam ligações
covalentes fortes, compartilhando um ou mais pares de elétrons. A ligação covalente é comum
entre átomos de elementos com baixas diferenças de eletronegatividade, como o hidrogênio, o
carbono, o nitrogênio e outros. Os compostos formados por ligações covalentes são geralmente
substâncias moleculares, como gases, líquidos ou sólidos. Algumas propriedades comuns dos
compostos formados por ligações covalentes incluem alta estabilidade, baixa solubilidade em
água, baixos pontos de fusão e de ebulição, e pouca ou nenhuma condutividade elétrica.

2.19. Propriedades das ligações covalentes

Algumas propriedades comuns dos compostos covalentes incluem:

Solubilidade: muitos compostos covalentes são insolúveis ou parcialmente solúveis em


água, mas são solúveis em solventes orgânicos.

Condutividade: os compostos covalentes são geralmente pobres condutores de


eletricidade, tanto em estado sólido quanto em solução.
Ponto de fusão e ponto de ebulição: os compostos covalentes tendem a ter pontos de fusão
e de ebulição mais baixos do que os compostos iônicos, devido às ligações covalentes
menos fortes entre os átomos.

Dureza: muitos compostos covalentes são moles e frágeis, devido às ligações covalentes
relativamente fracas.

Boa isolante elétrico: devido à ausência de elétrons livres, os compostos covalentes são
geralmente bons isolantes elétricos.

Baixa densidade: muitos compostos covalentes são gases ou líquidos de baixa densidade,
devido às ligações covalentes fracas que permitem a movimentação relativamente fácil
das moléculas.

Estabilidade: os compostos covalentes são geralmente estáveis devido às ligações


covalentes fortes entre os átomos.

Estas propriedades podem variar dependendo do tipo específico de composto


covalente e das condições ambientais, como pressão e temperatura.

2.20.

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