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Material Teórico
Aplicações da Biofísica nas Ciências Biomédicas
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Aplicações da Biofísica
nas Ciências Biomédicas
• Radioatividade;
• Métodos Analíticos: Princípios e Aplicações da
Cromatografia, Espectrometria de Massas e Eletroforese.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Relacionar conceitos físicos às aplicações práticas das Ciências Biomédicas;
• Compreender os princípios dos métodos utilizados para diagnóstico clínico, bem como
daqueles utilizados em tratamentos de doenças.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Aplicações da Biofísica
nas Ciências Biomédicas
Radioatividade
Conceitos e Classificações das Radiações
Radiação é uma forma de energia em trânsito, emitida por uma fonte que se
propaga pelo vácuo ou por um meio material, na forma de ondas eletromagnéti-
cas ou partículas. A forma mais comum de radiação conhecida são os raios sola-
res, mas existem equipamentos projetados pelo homem que também são capazes
de emitir radiação, como o micro-ondas e o aparelho de raios X.
A radiação pode ser classificada como ionizante e não ionizante, de acordo
com os seus efeitos sobre os átomos da matéria sobre a qual incide, ou seja, de
acordo com a capacidade de ionizar a matéria – arrancar um ou mais elétrons de
um átomo. As radiações ionizantes são aquelas que ao incidirem sobre átomos,
fornecem energia aos elétrons, fazendo com que esses sejam arrancados de sua ór-
bita, aumentando a reatividade das substâncias. Por exemplo, se a radiação ionizar
átomos do tecido humano, pode ocorrer quebra molecular. Se ocorrer ionização
de uma molécula de ácido desoxirribonucleico (DNA), podem ocorrer alterações
profundas, com sérias consequências, tais como mutações, morte celular e câncer.
As radiações ionizantes encontram-se no extremo superior do espectro de frequ-
ências, onde encontramos os raios X, os raios gama e os raios cósmicos (Figura 1).
Por outro lado, as radiações não ionizantes apenas excitam os átomos, provo-
cando saltos quânticos eletrônicos. Ainda que as radiações não ionizantes também
tornem os átomos mais reativos, as alterações desaparecem pelo retorno ao seu
estado fundamental. As radiações não ionizantes compreendem desde as ondas de
rádio até as radiações ultravioleta – raios UV. Ambos os tipos de radiação promovem
a desagregação molecular, produzindo radicais livres, que podem acarretar lesões
celulares (OKUNO; YOSHIMURA, 2010; RODRIGUES DE OLIVEIRA, 2002).
O ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO
RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE RADIAÇÃO IONIZANTE
CELULAR
MICRO-ONDAS
TELEVISÃO LUZ SOLAR RAIO-X RAIOS
LINHA GAMMA
DE ENERGIA
MEDIDOR
INTELIGENTE BRONZEAMENTO
CONTROLE ARTIFICIAL
RÁDIO REMOTO
COMPUTADOR
BABÁ ROTEADOR
ELETRÔNICA WI-FI
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Partículas Radioativas
A radioatividade é um fenômeno atômico que se origina no núcleo dos átomos
de elementos denominados radioativos e consiste na emissão espontânea de três
tipos distintos de radiação, designadas alfa, beta e gama, vejamos:
• Partículas alfa (α): são emitidas espontaneamente pelo núcleo de elementos pe-
sados como urânio e rádio. São compostas de 2 prótons e 2 nêutrons, com carga
positiva +2 e número de massa 4. Apresentam grande poder de ionização em
função de sua carga, contudo, o seu alcance é baixo, logo, possui poder de lesão
baixo, pois não penetra muito na pele – cerca de 0,021 mm –, devido à baixa ve-
locidade e a massa consideravelmente elevada. São facilmente barradas por folhas
de papel. Em função de suas características é pouco utilizada na Medicina;
• Partículas beta (β): são emitidas espontaneamente pelo núcleo de determi-
nados átomos. Podem ser elétrons β–, ou pósitrons β+, com número de massa
0. Essas partículas possuem maior alcance que as partículas alfa, podendo
penetrar cerca de 0,5 cm no tecido humano, causando queimaduras. Contudo,
tem menor poder ionizante que as partículas alfas. Podem ser blindadas por
materiais ricos em hidrogênio, como água e parafina, e por alumínio ou chum-
bo. São utilizadas na saúde na braquiterapia, um tipo de radioterapia no qual o
radioterápico é inserido no órgão a ser tratado ou próximo deste;
• Partículas gama (γ): correspondem a um tipo de onda eletromagnética que acom-
panha as partículas alfa e beta. Traçam percursos maiores do que as demais partí-
culas, pois têm a velocidade da luz, não possuem carga elétrica ou massa. Podem
atravessar o corpo humano e são blindadas apenas por grossas placas de chum-
bo ou concreto. São utilizadas comumente na Medicina Nuclear para exames de
diagnóstico com radioisótopos que emitem radiação γ, por exemplo, na tomogra-
fia computadorizada por emissão de fóton único (SPECT), na cintilografia óssea
(OKUNO; YOSHIMURA, 2010; RODRIGUES DE OLIVEIRA, 2002).
Partículas Alpha α
Partículas Beta β
Raios Gamma γ
Papel
Aluminum
Chumbo
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nas Ciências Biomédicas
A radiação pode agir diretamente sobre uma molécula – por exemplo, DNA –,
lesando-a e a tornando incapaz de desenvolver o seu papel biológico. Pode ainda
agir de forma indireta, sobre o local onde se encontra o DNA – por exemplo, a
água do citoplasma celular (radiólise da água), formando radicais livres neste local e,
consequentemente, alterando o DNA (RODRIGUES DE OLIVEIRA, 2002).
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• Genéticos: as lesões no núcleo da célula podem acarretar:
» Mutações gênicas: que são alterações nos nucleotídeos de certos genes,
alterando as informações contidas nestes, de modo que as proteínas sinteti-
zadas por esses genes serão modificadas;
» Alterações cromossômicas: que são modificações do DNA de uma forma
mais abrangente, tais como a perda, deleção ou duplicação de pedaços cro-
mossômicos ou de cromossomos inteiros.
• Somáticos: são divididos em efeitos:
» Imediatos: manifestando-se em até 60 dias. Dependem do tempo de expo-
sição, da dose adquirida de radiação, do tecido e da resistência do organis-
mo. Por exemplo, uma dose de 1.000 Gy causa a desnaturação de todas as
enzimas e proteínas do organismo, acarretando falência dos órgãos e óbito
em minutos ou horas. Se a dose for de 100 Gy, o sistema nervoso será pre-
judicado, levando à falta de coordenação motora, distúrbios circulatórios e
respiratórios, com óbito em até 2 dias. Já doses entre 10 e 100 Gy afetam o
trato gastrintestinal, produzindo sintomas tais como náuseas, vômitos e dese-
quilíbrio eletrolítico. Doses abaixo de 10 Gy lesam a medula óssea, provocan-
do a diminuição na produção de plaquetas, leucócitos e hemácias, podendo
ocorrer hemorragias e a supressão do sistema imunológico;
» Tardios: ocorrem após 60 dias de exposição. Podem estimular a carcino-
gênese; o envelhecimento precoce pelo acúmulo de lesões, mecanismos de
reparo incorretos e produção de radicais livres; e ter efeitos sobre a multipli-
cação celular, levando à infertilidade e a problemas no desenvolvimento.
Explor
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UNIDADE Aplicações da Biofísica
nas Ciências Biomédicas
Aplicações na Indústria
Uma das aplicações industriais mais importantes das radiações ionizantes é a
esterilização de dispositivos médico-hospitalares, tais como materiais cirúrgicos,
com altas doses de radiação gama – de 1 até 20 kGy. Assim, são esterilizados
também algodão, suturas, gazes, band-aid dentro de suas embalagens, pois a ra-
diação ionizante tem alto poder de penetração, diferentemente de outros métodos
de esterilização. Desta forma, são eliminadas todas as formas de microrganismos
que possam estar presentes nesses materiais, tais como vírus, bactérias, fungos e
parasitas (OKUNO; YOSHIMURA, 2010).
Alimentos também podem ser irradiados para evitar brotamento, tais como ba-
tatas e cebolas; e para aumentar o tempo de prateleira, tal como o morango.
Muitos países irradiam grãos, frutas, carnes, tubérculos e especiarias. No Brasil,
alimentos irradiados devem conter essa informação em sua embalagem (OKUNO;
YOSHIMURA, 2010).
Aplicações na Medicina
As aplicações das radiações na Medicina são realizadas em um campo gene-
ricamente conhecido como radiologia que, por sua vez, compreende a radiologia
diagnóstica e Medicina nuclear, auxiliando no diagnóstico por imagem. As técni-
cas utilizadas na radiologia diagnóstica e Medicina nuclear permitem a obtenção de
imagens do corpo, sendo que na primeira a imagem é anatômica e na segunda é
funcional. Correspondem à principal fonte de radiação artificial para a qual somos
expostos ao longo da vida. A radiação pode ser utilizada também como terapia
para patologias, por meio da radioterapia (OKUNO; YOSHIMURA, 2010).
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técnico pede para o indivíduo encher o pulmão de ar. Compostos de iodo são in-
jetados no fluxo sanguíneo para obter imagens de artérias, enquanto compostos
de bário são ingeridos para visualizar órgãos do trato gastrointestinal. Os exames
de raios X são utilizados para verificar fraturas, tumores e imagens odontológicas.
A blindagem contra as radiações é feita com chumbo (CARVALHO; OLIVEIRA,
2017; OKUNO; YOSHIMURA, 2010).
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Tomografia Computadorizada
A tomografia computadorizada utiliza uma ampola que emite feixes de raios X,
assim como na radiografia convencional. A diferença é que essa ampola gira em tor-
no do paciente, bem como os seus detectores – como se fossem várias “chapas” de
raios X. Desta forma, é realizada uma varredura do local a ser examinado, com 300
a 600 exposições de ângulos diferentes do paciente. São obtidas imagens de planos
de cortes sucessivos de 1 a 10 mm, como se observássemos fatias seccionadas do
corpo. Com o auxílio da informática e Matemática, é possível reconstruir esses cortes
de forma a montar as imagens finais (Figura 3). Com o advento do tomógrafo, por
exemplo, é possível medir o tamanho de um tumor ou de artérias calibrosas como a
aorta, em função da ausência de superposição de órgãos que ocorre na radiografia
convencional, além de ser um método de diagnóstico por imagem com melhor reso-
lução (OKUNO; YOSHIMURA, 2010; RODRIGUES DE OLIVEIRA, 2002).
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nas Ciências Biomédicas
Medicina Nuclear
A Medicina nuclear utiliza radionuclídeos, igualmente chamados de radioisóto-
pos, como fonte de radiação aberta, injetados ou administrados nos pacientes.
Os radionuclídeos são chamados de traçadores e a sua passagem pelo corpo huma-
no pode ser acompanhada externamente por detectores específicos. Esses elemen-
tos radioativos são ligados a moléculas ou a compostos específicos, de acordo com
o processo fisiológico ou patológico que deve ser investigado. Essa associação entre
um radionuclídeo e um composto é denominada radiofármaco (RODRIGUES DE
OLIVEIRA, 2002).
Explor
Cintilografia
Utiliza radionuclídeos que apenas são captados em enfermidades específicas.
O radiofármaco é administrado ao paciente. Ao atingir o local desejado, o radionu-
clídeo sofre desintegrações espontâneas, gerando raios gama. Tais raios são detec-
tados pela câmara gama – ou câmara de cintilação –, um aparelho capaz de captar
os raios gama emitidos. Os raios atravessam o colimador de chumbo, incidem em
um cintilador de tálio, produzindo raios de luz coletados por tubos fotomultiplicado-
res, que serão convertidos em corrente elétrica. O computador detecta a corrente
elétrica e realiza uma cartografia (RODRIGUES DE OLIVEIRA, 2002).
Radioterapia
Trata-se da terapia que utiliza radiação ionizante para o tratamento de tumores
malignos. Baseia-se no princípio que células mais indiferenciadas, tais como as
tumorais, são mais suscetíveis aos danos celulares e consequente morte – então
provocados pela radiação –, do que as células sadias. Assim, irradia-se o tumor de
várias direções. Quanto mais profundo o tumor, mais energética deve ser a radia-
ção utilizada (MOURÃO JÚNIOR; ABRAMOV, 2017; OKUNO; YOSHIMURA,
2010; RODRIGUES DE OLIVEIRA, 2002).
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Podem ser utilizadas radiações γ, X e β–. A escolha do tratamento varia de
acordo com a localização do tumor. Quando os tumores são mais profundos,
recomendam-se os feixes de elétrons de alta energia, tais como os resultantes
do decaimento radioativo do cobalto 60. Preservam mais a pele, pois a sua
dosagem superficial é com menor voltagem. Para o tratamento de tumores de
pele, as radiações de menor energia são escolhidas, por afetarem com maior
intensidade os tecidos mais externos. As partículas β– são as mais vantajosas, já
que a sua energia é concentrada, em parte, sobre os tecidos mais superficiais,
tornando essa técnica mais precisa quanto à localização do tecido tumoral e
menos dependente de formação de radicais livres do oxigênio. A fonte emissora
de radiação é colocada a certa distância do paciente e bombardeia um feixe de
partículas exatamente sobre a área da pele adjacente ao local em que existe um
processo cancerígeno (MOURÃO JÚNIOR; ABRAMOV, 2017; RODRIGUES
DE OLIVEIRA, 2002).
Proteção radiológica: como as radiações não são vistas nem sentidas, precauções devem
ser tomadas para limitar riscos e prevenir acidentes, especialmente para trabalhado-
res da área de diagnóstico por imagem, tal como o biomédico. Deve-se permanecer o
mínimo de tempo possível próximo à fonte de radiação, trabalhar a máxima distância
possível da fonte de radiação e utilizar as blindagens adequadas para atenuar a radiação.
Para tanto é utilizada a dosimetria, processo de medida dos níveis de radiação em um
corpo ou em um local. Isto é realizado através do dosímetro, um aparelho utilizado para
efetuar a dosimetria, que medirá a atividade radioativa, ou seja, o número de emissões
radioativas por segundo (MOURÃO JÚNIOR; ABRAMOV, 2017).
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O efeito Doppler ocorre quando existe um movimento relativo entre a fonte gera-
dora da onda – o transdutor – e o receptor das ondas. O ultrassom emite ondas sono-
ras com frequência constante, que ao incidirem sobre um objeto parado, voltam com
a mesma frequência; porém, se as ondas incidirem sobre um objeto em movimento,
a sua frequência de retorno será diferente: se o movimento do objeto for em direção
à fonte, a frequência será maior; se o movimento do objeto for na direção contrária à
fonte, a sua frequência será menor. A diferença entre as frequências obtidas permite
a determinação da velocidade do objeto. Desta forma é possível avaliar a velocidade
e direção do fluxo sanguíneo nos vasos, criando mapas da circulação sanguínea
(RODAS DURAN, 2003; RODRIGUES DE OLIVEIRA, 2002).
Ressonância Magnética
A Ressonância Nuclear Magnética (RNM) é um exame complementar de diag-
nóstico por imagem que não utiliza raios X; portanto, pode ser utilizada em ges-
tantes. A resolução da imagem é superior à da tomografia computadorizada.
A RNM fundamenta-se na propriedade de alguns núcleos atômicos de apresentar
o fenômeno de ressonância. Ressonância é a situação na qual um corpo vibra em
uma frequência própria, com amplitude acentuadamente maior, como resultado de
estímulos externos que apresentam a mesma frequência de vibração do corpo.
Saiba mais sobre este assunto na página 118 da obra Biofísica essencial (MOURÃO JÚNIOR;
Explor
ABRAMOV, 2017).
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Ressonância Magnética Funcional (RMF), esta técnica é realizada no mesmo apa-
relho que a RNM, porém, com a utilização de um software adequado, tal exame é
capaz de marcar áreas com metabolismo mais ativo, por meio de seu maior consu-
mo de oxigênio, fornecendo uma imagem colorida de acordo com o metabolismo
do oxigênio. A RMF vem sendo utilizada nos estudos de neurofisiologia, tornando
possível observar quais áreas cerebrais estão mais ativas durante a execução de
uma tarefa (MOURÃO JÚNIOR; ABRAMOV, 2017).
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orgânicos – ácidos orgânicos – e a concentração de diversos fármacos podem
ser determinados por essa técnica (BISHOP, 2010; SGUAZZARDI, 2017).
DEGANI, A. L. G.; CASS, Q. B.; VIEIRA, P. C. Cromatografia um breve ensaio. Química nova na
Explor
escola, v. 7, n. 1, 1998.
Disponível em: https://bit.ly/2p3K2YD
Espectrometria de Massas
Após a separação de substâncias pela cromatografia gasosa, é possível iden-
tificar essas substâncias se for utilizado um espectrômetro de massas como
detector. Na espectrometria de massas – do inglês, Mass Spectrometry (MS)
–, as substâncias separadas são bombardeadas por elétrons para que formem
fragmentos e íons carregados. As partículas são, então, classificadas de acordo
com a sua relação massa/carga (m/z) e contadas por um multiplicador de elé-
trons (BISHOP, 2010).
Eletroforese
É um método de mobilização das proteínas de uma solução – como o plasma
sanguíneo – através de um campo elétrico. As proteínas, na água, ionizam-se,
formando grandes ânions; tendem a se aproximar do polo positivo de um campo
elétrico, isto é, a força de campo – elétrica – produz a ruptura da inércia das prote-
ínas no meio – ou seja, uma força que produz aceleração de uma massa. Sabemos
que proteínas têm massas moleculares muito diferentes. Logo, essa força produz
acelerações específicas: as proteínas mais leves se aproximam mais rapidamente do
polo positivo (MOURÃO JÚNIOR; ABRAMOV, 2017).
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Chernobyl: A História Completa
https://youtu.be/DiGqjYkRQ6o
O Incrível Efeito Doppler
https://youtu.be/BDc1TcTdXZw
Como acontece a cromatografia
https://youtu.be/0m8bWKHmRMM
Espectrometria de massa
https://youtu.be/spHnG-O6wjU
Leitura
Aplicações da Energia Nuclear na Saúde
http://bit.ly/2GkNiry
Eletroforese Capilar
QUEIROZ, S. C. N; JARDIM, I. C. S. F. Eletroforese Capilar. Universidade Estadual
de Campinas, Instituto de Química, 2001.
http://bit.ly/2Gk9rGm
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Referências
BISHOP, M. L. Química clínica: princípios, procedimentos, correlações. 5. ed.
Barueri, SP: Manole, 2010.
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