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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

CURSO DE ENSINO DA QUÍMICA

TRABALHO EM GRUPO DE MIAQ

Tema: Introdução ao estudo dos métodos espectroscópicos

Regime: Regular
Curso: Química
4ª Ano

Autores:

Ana Paula Cachaca


Diamantino S. V. Tchicassa
Esperança Arieth João
Evaristo Paciência Pedro
Félix Canivete António
Lúcia Chateira Jimbo
O Docente

________________________

Elias K. Watengãla

Moçâmedes, 2023
Índice
INTRODUÇÃO........................................................................................................... 2

Origem ......................................................................................................................... 3

Propriedades da radiação eletromagnética .............................................................. 4

A Natureza de Partícula da Luz: Fótons .................................................................. 4

Interação da radiação com a matéria ....................................................................... 5

Unidades e escalas espectroscópicas.......................................................................... 5

CONCLUSÃO ............................................................................................................. 8

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 9

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INTRODUÇÃO
Com o presente trabalho pretende-se fazer uma abordagem introdutória a respeito do
estudo sobre os métodos espectroscópicos que se baseiam na interação entre energia
eletromagnética e matéria.

Objectivo geral

 Descrever os princípios básicos necessários para a compreensão dos métodos


espectroscópicos.

Objectivos específicos

 Compreender os fundamentos teóricos da interação entre a radiação e a matéria.


 Identificar as unidades de medida e escalas utilizadas na espectroscopia.

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Fundamentação teórica

Origem
As palavras “espectron” e “skopein” dão origem ao termo, sendo elas latina e grega de
forma respectiva, a primeira significa espírito e/ou fantasma enquanto a segunda significa
olhar para o mundo ou simplesmente ver.

A origem dos métodos espectroscópicos remonta ao século XVII, com as descobertas de


Isaac Newton sobre a decomposição da luz branca em um espectro contínuo de cores
usando um prisma de vidro. Essa descoberta foi fundamental para o desenvolvimento da
espectroscopia como uma ferramenta científica para analisar a interação entre a radiação
eletromagnética e a matéria. Esse foi um marco importante no desenvolvimento da
espectroscopia.

Desde então, os métodos espectroscópicos evoluíram e se diversificaram, abrangendo


uma ampla gama de técnicas e aplicações nas ciências físicas, químicas e biológicas.

A espectroscopia é uma área da ciência que estuda a interação entre a radiação


eletromagnética e a matéria. Ela permite a análise das propriedades físicas, químicas e
estruturais dos materiais através da análise dos espectros de absorção, emissão ou
dispersão da radiação. O estudo dos métodos espectroscópicos remonta ao século XVII,
quando Isaac Newton realizou experimentos com prismas de vidro, decompondo a luz
branca em um espectro contínuo de cores.

Os métodos espectroscópicos baseiam-se na medida da interação entre a radiação


eletromagnética e os átomos ou as moléculas do analito, ou ainda a produção de radiação
pelo analito. Podemos classificar os métodos espectroscópicos de acordo com a região do
espectro eletromagnético envolvida na medida.

Essa interação pode resultar em fenômenos, como absorção, emissão, fotodecomposição,


reflexão, aquecimento, entre outros, e suas magnitudes dependerão das características
tanto das moléculas como da energia radiante.

Podemos classificar os métodos espectroscópicos de acordo com a região do espectro


eletromagnético envolvida na medida. As regiões espectrais que têm sido empregadas
incluem os raios X, ultravioleta (UV), visível, infravermelha (IV), microondas e
radiofreqüência (RF).

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Propriedades da radiação eletromagnética

A radiação eletromagnética é uma forma de energia que é transmitida através do espaço


a velocidades enormes. Denominamos a radiação eletromagnética nas regiões do
UV/visível e algumas vezes no infravermelho (IV) luz, embora estritamente falando, o
termo deveria se referir somente à radiação visível. A radiação eletromagnética pode ser
descrita como uma onda com propriedades como comprimento de onda, freqüência,
velocidade e amplitude. (Skoog et al, 2008).

Radiação eletromagnética pode ser definida classicamente como ondas


eletromagnéticas que consistem em dois campos, um elétrico e um magnético. Os quais
sofrem oscilações senoidais em fase e na direção da propagação. Outra característica das
ondas, descoberta mais recentemente, é sua capacidade de transportar energia e
informações. Por isso, hoje existe uma visão dualística, chamada de dualidade
ondapartícula: a radiação ora se comporta como onda (modelo ondulatório),ora como
partícula (partículas discretas de energia chamadas fótons). (Claudia, 2017)

O modelo ondulatório falha quando se considera os fenômenos associados com a


absorção e emissão de energia radiante. Para esses processos, a radiação eletromagnética
pode ser tratada como pacotes discretos de energia ou partículas chamadas fótons ou
quanta. Essas formas de visualizar a radiação como partículas e como ondas não são
mutuamente excludentes, mas sim complementares.

A Natureza de Partícula da Luz: Fótons


Em muitas interações entre radiação e matéria, é mais útil considerar luz como constituída
por fótons ou quanta.

Max Planck foi o primeiro a relacionar a frequência dos fótons (ν) com a energia (E)
associada a cada um desses fótons, chegando à equação: E = h. ν , em que E é a energia

do fóton, h é a constante de Planck (6,63 X 10-34 J s) ν e é a frequência.

Um fóton é uma partícula de radiação eletromagnética que tem massa zero e energia hv.
São partículas que possuem energia bem definida.

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Interação da radiação com a matéria
Os tipos de interação mais interessantes em espectroscopia envolvem transições entre
diferentes níveis energéticos das espécies químicas. Outros tipos de interações, como a
reflexão, refração, espalhamento elástico, interferência e difração, são freqüentemente
mais relacionados com alterações das propriedades globais dos materiais do que com os
níveis energéticos de moléculas ou átomos específicos.

Os tipos específicos de interações que observamos dependem fortemente da energia da


radiação empregada e o modo de detecção.

Unidades e escalas espectroscópicas


Na espectroscopia, várias unidades de medida e escalas são utilizadas para descrever e
quantificar as propriedades espectrais. Aqui estão alguns exemplos:

1. Comprimento de onda: É a distância entre dois pontos correspondentes em uma


onda eletromagnética. É geralmente medido em unidades como nanômetros (nm)
ou micrômetros (µm).
2. Frequência: Refere-se ao número de ciclos completos de uma onda que ocorrem
em um segundo. É medido em unidades como hertz (Hz) ou terahertz (THz).
3. Energia: A energia associada a uma determinada faixa de frequência ou
comprimento de onda é expressa em unidades como elétron-volts (eV) ou joules
(J).
4. Intensidade: A intensidade de um sinal espectroscópico representa a quantidade
de energia transmitida ou absorvida pela amostra. Geralmente é quantificada em
unidades arbitrárias ou unidades relativas.
5. Absorbância: É uma medida da quantidade de luz absorvida por uma amostra e
é expressa em unidades de absorbância (AU). A absorbância é frequentemente
utilizada na espectroscopia de absorção.

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6. Espectros de RMN: Na ressonância magnética nuclear (RMN), os espectros são
representados em partes por milhão (ppm), que é uma escala relativa que descreve
a posição dos sinais no espectro. (Atta-ur-Rahman, 1986).
7. Espectros de massas: Na espectrometria de massa, os espectros são
representados pela razão massa/carga (m/z), que descreve a razão entre a massa
da partícula analisada e sua carga. (F.W. Mclafferty & F.Turecek, 1993)

Essas são apenas algumas das unidades de medida e escalas usadas na espectroscopia para
descrever as propriedades dos espectros. Cada técnica espectroscópica pode ter suas
próprias unidades e escalas específicas.

Toda a radiação eletromagnética é quantizada em fótons: isto é, a menor porção de


radiação eletromagnética que pode existir é um fóton, qualquer que seja seu comprimento,
freqüência ou energia.

Com o avanço da tecnologia e o desenvolvimento de instrumentos mais sofisticados,


surgiram diferentes tipos de espectroscopia. A espectroscopia de absorção, por
exemplo, utiliza a medida da absorção de radiação por uma amostra para obter
informações sobre sua composição química e concentração de substâncias presentes. (A.
E. Derome, 1987).

A espectroscopia de emissão, por sua vez, analisa a radiação emitida por uma substância
quando excitada energeticamente, fornecendo informações sobre os níveis de energia dos
átomos ou moléculas presentes na amostra.

Outra técnica importante é a ressonância magnética nuclear (RMN), que utiliza campos
magnéticos e ondas de rádio para investigar a estrutura molecular e a conectividade dos
átomos em uma substância. A espectrometria de massa é outra técnica poderosa que
permite determinar a massa e identificar as diferentes moléculas presentes em uma
amostra com base na separação dos íons produzidos.

O espectro eletromagnético é uma representação gráfica das diferentes faixas de


radiação eletromagnética, organizadas de acordo com sua frequência ou comprimento de
onda. Ele abrange desde ondas de baixa energia, como as ondas de rádio, até ondas de
alta energia, como os raios gama. Cada região do espectro tem características e aplicações
específicas. (C. N. Banwell, 1983).

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A interação de um analito com a radiação eletromagnética pode resultar nos tipos de
alterações no número de onda, comprimento de onda, freqüência e energia são
características que descrevem a radiação eletromagnética.

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CONCLUSÃO
Em suma, os métodos espectroscópicos têm desempenhado um papel fundamental no
desenvolvimento da teoria atômica moderna. Ela desempenha um papel fundamental em
diversas áreas, como química, física, biologia, medicina, análise de materiais, controle
ambiental e muitas outras. Por meio da análise dos espectros, é possível obter informações
sobre a estrutura molecular, composição química, propriedades físicas e até mesmo a
presença de elementos específicos em uma amostra. Eles empregam as interações da
radiação com a matéria para obter informações sobre uma amostra, muitos elementos
químicos foram descobertos por meio da espectroscopia.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Skoog, Douglas; West, Donald; Holler, F. James; Crouch, Stanley (2006). Fundamentos
de Química Analítica 8 ed. [S.l.]: Thomson. p. 670, 674.

HOLLER, F. James; SKOOG, Douglas A.; CROUCH, Stanley R. Princípios de Análise


Instrumental. Tradução: Célio Pasquini e colaboradores. 6. ed. Porto Alegre:
Bookman, 2009. 1055p

Wiley, 1981; J. E. Crooks, The Spectrum in Chemistry. Nova York: Academic Press,
1978.

Upper Saddle River, NJ: Prentice-Hal Spectrochemical Analysis , 1997

Nakanishi & Solomon, Infrared Absorption Spectroscopy, 2nd ed., Holden Day, San
Francisco, 1977.

V. M. S. Gil e C. F. G. C. Geraldes, Ressonância Magnética Nuclear, Fundação Calouste


Gulbenkian, Lisboa, 1987.

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INTEGRANTES DO GRUPO
Nº Nome Nota do trabalho Nota da defesa Média

Ana Paula Cachaca

Diamantino S. V. Tchicassa

Esperança Arieth João

Evaristo Paciência Pedro

Félix Canivete António

Lúcia Chateira Jimbo

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