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e de Micologia Clínica
Introdução ao Estudo de Virologia e Micologia Clínica
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Introdução ao Estudo de
Virologia e Micologia Clínica
OBJETIVOS
DE APRENDIZADO
• Apresentar conceitos gerais aplicados em diagnóstico molecular e em diagnósticoimunológico;
• Aprender as metodologias mais utilizadas para os setores de biologia molecular e imunolo-
gia voltados para o diagnóstico em virologia e micologia;
• Correlacionar o quadro clínico encontrado com os exames solicitados, além de possibilitar a
interpretação de método utilizado nesse caso.
UNIDADE Introdução ao Estudo de Virologia e Micologia Clínica
Nesse contexto, são diversos os patógenos que só podem ser identificados ou diag-
nosticados por meio de métodos moleculares, como exemplo podemos citar micror-
ganismos não cultiváveis, os quais, mesmo com o advento de novos meios de cultura
para o crescimento e enriquecimento, não foram possíveis ainda isolar na microbiologia
clássica. Mutações autossômicas ou ligadas ao cromossomo sexual também podem ser
diagnosticadas utilizando métodos moleculares, além disso, a identificação de vírus e de
alguns microrganismos dependentes da maquinaria celular hospedeira, em sua maioria,
necessita de técnicas moleculares para acontecer.
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Comparação entre diagnóstico convencional e molecular
Mesmo com os avanços tecnológicos, não podemos substituir totalmente a microbio-
logia clássica pela molecular. Contudo, mesmo assim podemos adaptar diversas formas
de identificação e diagnóstico.
Desvende como funciona a coloração de Gram de acordo com o tamanho da parede celular
das bactérias. Por que chamamos de Gram positivas e Gram negativas?
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Sabendo sobre essa conversão, podemos trabalhar na biologia molecular com técnicas que
possibilitam a conversão de um RNA para um DNA complementar (cDNA), entre outras.
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Dependendo do equipamento e da técnica utilizada, temos dois tipos: PCR con-
vencional, que necessita de um pós-processamento com a visualização do gel de
eletroforese ou poliacrilamida; PCR em tempo real, no qual podemos acompanhar
a amplificação em tempo real através da fluorescência emitida por sondas ou inter-
calantes de DNA.
Para entender melhor a clonagem, assista ao vídeo “Clonagem de DNA e DNA re-
combinante”. Disponível como Material Complementar ao fim desta unidade.
Uma possível ideia sobre qual microrganismo estamos buscando é essencial para sua
identificação. Além das informações clínicas, como a biologia molecular trabalha com
oligonucleotídeos iniciadores específicos para cada microrganismo, é necessário termos
uma ideia de qual possível patógeno está acometendo esse paciente.
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Para compreender qual seria o ideal para montar um teste molecular e disponibili-
zá-lo para a comunidade, o artigo “Validation of Laboratory-Developed Molecular
Assays for Infectious Diseases” auxilia a validar o método molecular para utilização
de testes moleculares em doenças infecciosas. Disponível como Material Comple-
mentar ao fim desta unidade.
Setores sugeridos
• Setor de Extração: necessário um setor exclusivo para recebimento de amostras, o
qual esteja interligado por uma passadeira de materiais entre o setor de reagentes.
Nesse setor, são feitos os processos de extração do material genético, o ambiente
deve ser controlado como laboratório de nível de biossegurança 3. Deve conter
câmaras ou estufas para cultivo celular;
• Setor de Reagentes: deve ter conexão com a passadeira para o setor de PCR e outra
para o setor de extração. Nele não podem entrar amostras sem estarem extraídos o
seu material genético. Este setor é exclusivo para misturas e preparos de reagentes
para a PCR e para outros que não podem ter contato direto com a amostra;
• Setor de PCR ou Amplificação: no qual permanecem os termoblocos e as máqui-
nas para amplificação em tempo real ou convencional. Nesse local é feita a amplifica-
ção do material genético, gerando diversas cópias do gene alvo que buscamos. Caso
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o setor tenha aparelhos de amplificação em tempo real, não é necessário o pós-pro-
cessamento, pois a amplificação pode ser acompanhada no próprio equipamento;
• Setor de eletroforese e câmara escura: este setor é exclusivo para locais
nos quais se faz uso do PCR convencional e de algumas outras técnicas que
têm a necessidade de eletroforese e revelação do gel em câmara escura.
• O que é Bioinformática?
• O que são e para que servem os oligonucleotídeos iniciadores?
• Por que necessitamos fazer uma transcrição reversa em moléculas de RNA para a metodo-
logia de reação em cadeia da polimerase?
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• Latex: Testes utilizando uma molécula de látex, também são chamados de testes
de aglutinação. Utilizados como testes para identificação rápida a diversos tipos
de patógenos;
• Imunodifusão: Utilizado na microbiologia, é identificada a presença de anticorpos
que tiveram contato com o antígeno de um microrganismo – infelizmente, como
o teste apresenta baixa sensibilidade e especificidade, está caindo em desuso para
alguns tipos de detecção.
Para entender melhor como são formadas essas respostas do sistema imunológico,
leia o artigo “Sistema imunológico”, e assista ao vídeo “Tipos de resposta imune:
inata e adaptativa, humoral vs. mediada por células”, ambos disponíveis como Ma-
teriais Complementares ao fim desta unidade.
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Pesquisa de antígenos circulantes
Hoje existem diversos testes imunológicos que podemos trabalhar para buscar antí-
genos circulantes no soro, urina e em outros fluidos do paciente. O principal teste é o
ELISA, com o qual buscamos encontrar por meio da conjugação do anticorpo marcado
com o antígeno. Assim, podemos expressar um valor com pontos de corte para estabe-
lecer se o paciente está infectado ou não por um determinado patógeno.
Esse processo é feito utilizando um vetor, clivando uma região na qual haja alta pro-
dução de proteínas e inserindo-o na região de interesse.
Para entender melhor como funciona a produção de uma proteína heteróloga, as-
sista ao vídeo “Expressão Heteróloga de Proteínas”, disponível como Material Com-
plementar ao fim desta unidade.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Replicação do DNA e transcrição e tradução do RNA | Macromoléculas | Biologia | Khan Academy
https://youtu.be/U1hnrmyxk1M
Reação em cadeia da polimerase (PCR)
https://bit.ly/3lxD62n
Clonagem de DNA e DNA recombinante
https://bit.ly/2Nr0X7g
Teste de ELISA
https://youtu.be/iembKqz1z_4
Expressão Heteróloga de Proteínas
https://youtu.be/hNH3NBSxnvw
Leitura
Níveis de Biossegurança
https://bit.ly/3eO3HXJ
Tipos de resposta imune: inata e adaptativa, humoral vs. mediada por células
https://bit.ly/30WVHeE
Unidade: Dogma central (DNA a RNA a proteína)
https://bit.ly/30UsgtR
Validation of Laboratory-Developed Molecular Assays for Infectious Diseases
Como validar um teste molecular para doenças infeciosas
https://bit.ly/2P3M63f
Sistema imunológico
https://bit.ly/3loFhoS
Reação em cadeia da polimerase (PCR)
https://bit.ly/3bYhskD
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Referências
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. H. I. V. Imunologia celular e molecular.
7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2017.
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