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Reprodução Humana
Reprodução Humana e Tecnologias
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Adrielly Camila de Oliveira Rodrigues Vital
Revisão Técnica:
Prof.ª Dr.ª Gabriela Cavagnolli
Reprodução Humana e Tecnologias
OBJETIVO
DE APRENDIZADO
• Assimilar os conhecimentos adquiridos nas unidades precedentes e relacionar com as
técnicas de reprodução assistida, bem como com as formas de diagnóstico de patologias.
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Dias antes do princípio da fase ativa do trabalho de parto, a gestante passa por
algumas mudanças. Inicialmente, o colo do útero passa a apresentar características
de maturidade, ao tornar-se mais maleável. Além disso, a região pélvica passa a
apresentar ligamentos mais frouxos, características que facilitarão a passagem do
feto (REZENDE; MONTENEGRO, 2014).
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As contrações que ocorrem espontaneamente ao longo do trabalho de parto são
essenciais para auxiliar na expulsão do feto. Elas ocorrem na camada muscular ute-
rina, que recebe o nome de miométrio. Trata-se de uma camada muscular que, ao
final da gestação, é do tipo lisa unitária.
Você Sabia?
Que a musculatura uterina passa de multiunitário a unitário quando se aproxima o mo-
mento do parto?
Este tipo de musculatura manifesta contrações que, para fins didáticos, podemos
dividir em 3 elementos:
• Propagação: A contração é desencadeada nos marca-passos presentes nas tu-
bas uterinas. Com este estímulo, a contração ocorre em direção à porção infe-
rior do útero;
• Duração: O tempo de duração da contração reduz à medida que a contração
avança em direção à porção inferior do útero. Durante as contrações, o tempo
de permanência da contração é maior na porção superior uterino, local mais
próximo dos marca-passos;
• Intensidade: A intensidade da contração varia de acordo com a porção do
útero. O segmento superior uterino apresenta maior intensidade de contração
em relação ao segmento inferior (POSNER; DY; BLACK; JONES, 2013).
De acordo com Posner et al. (2013), para que o trabalho de parto normal ocorra,
é necessário que os três elementos supracitados, conhecidos como Tríplice Gradiente
Descendente, se desenvolvam de modo que o segmento uterino superior apresente
maior duração, atividade e intensidade de contrações em relação à porção inferior.
O útero intercala períodos de contração e relaxamento de modo coordenado e inter-
mitente. É considerado trabalho de parto ativo quando a gestante apresenta entre
2 e 3 contrações com duração de 30 a 40 segundos em um intervalo de 10 minutos.
O trabalho de parto intercala períodos de dilatação do colo do útero (que tem por
função permitir a passagem do bebê pelo canal de parto) e contração (que tem por
função expulsar o bebê para o ambiente externo), ambos involuntários, que recebem
reforço via contrações voluntárias da mãe.
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Em situações normais, este ciclo perdura até a completa expulsão do bebê e seu
nascimento. As contrações, contudo, não cessam imediatamente após o nascimento
do bebê. Este período é classificado como repouso fisiológico, momento em que as
contrações ainda ocorrem com ritmo e intensidade, porém sem gerar dor para a
mãe. Após algumas destas contrações ocorre o descolamento da placenta (Figura 1),
que é expelida pelo canal de parto (POSNER et al., 2013).
A opção da equipe médica pela cesariana, de modo geral, ocorre quando são
identificadas condições maternas ou fetais que inviabilizam o parto vaginal. A seguir,
você vai conhecer algumas indicações clínicas para realização da cesariana:
• Desproporção entre feto e pelve: Quando o feto cresce além do esperado,
tornando-se desproporcional em relação à pelve, a passagem pelo canal de par-
to e expulsão pode ser considerada inviável;
• Posicionamento do feto: Existem situações em que o feto fica posicionado de
modo que inviabiliza seu nascimento por via vaginal. Nestes casos, a opção é a
realização da cesariana;
• Neoplasias: Câncer no colo uterino e miomas geram bloqueio pélvico, inviabi-
lizando o parto normal;
• Histórico de cirurgia uterina: Gestantes com histórico prévio de miomectomia
extensa (remoção de mioma) e cesariana, por exemplo, estão associados à pos-
sibilidade de ruptura uterina;
• Toxemia da gravidez: Condições como nefrite crônica, hipertensão essen-
cial, pré-eclâmpsia e eclâmpsia requerem realização do parto com brevidade.
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Quando isso acontece sem que o colo uterino esteja maduro, a cesariana é a
opção de escolha;
• Frequência cardíaca fetal anormal: Fetos que apresentam bradicardia (frequ-
ência cardíaca baixa) ou irregularidade na frequência cardíaca estão associados
a quadros de hipóxia fetal, que corresponde à baixa disponibilidade de oxigênio
para os tecidos (OLIVEIRA et al., 2017).
Mas, afinal, o que é pré-eclâmpsia? Vamos aprender a respeito desta importante síndrome!
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Você conhece a história da talidomida e sua relação com a embriologia?
Vamos conhecer agora!
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Agora que você compreende as possíveis origens dos defeitos congênitos e entende que
o ambiente pode influenciar de maneira significativa no desenvolvimento embrionário, é
importante observar e identificar quais possíveis fatores ambientais podem implicar em
aberrações congênitas.
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Teste seu conhecimento
• Quais são os tipos de defeitos congênitos? Explique brevemente o que caracteriza
cada grupo.
• Qual é o efeito da talidomida no desenvolvimento embrionário?
• Que doenças são causadas por anomalias gênicas ou cromossômicas?
• Quais fatores ambientais podem implicar em aberrações congênitas?
• O que os agentes infecciosos como o vírus da rubéola e o citomegalovírus podem cau-
sar no desenvolvimento embrionário?
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Ative as legendas para compreender como a epigenética pode ser influenciada pela alimen-
tação dos seus avós. Disponível em: https://youtu.be/Udlz7CMLuLQ
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Técnicas de Diagnóstico E Reprodução Assistida
De acordo com a Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida, o Brasil foi o
país da América Latina com maior número de bebês gerados por meio de reprodu-
ção assistida nos últimos 25 anos (SBRA, 2019).
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estimulará a ovulação. As relações sexuais deverão acontecer 36 horas após a
injeção, momento que a ovulação estará ocorrendo (ORIGEN, 2017);
• Inseminação artificial: Técnica em que a fecundação ocorre dentro do corpo
da mulher. A inseminação artificial consiste em injetar os espermatozoides com
maior mobilidade, selecionados em ambiente laboratorial, no útero da mulher
para que ocorra a fecundação. A inseminação artificial subdivide-se em homólo-
ga (gametas oriundos do casal que busca o tratamento) ou heteróloga (gametas
oriundos de doadores anônimos) (ORIGEN, 2017). Esta técnica é utilizada quan-
do o espermatozoide não consegue alcançar o ovócito de forma natural;
• Fertilização in vitro: Técnica mais complexa, em que a fecundação é realizada
em laboratório. A fertilização in vitro é realizada após a coleta de alguns ovóci-
tos e estímulo hormonal para que então ocorra a fertilização destes ovócitos por
espermatozoides (Figura 2) em ambiente laboratorial. Os zigotos formados são
cultivados em laboratório até a fase de blastocisto, quando então são transferi-
dos para o útero da mulher (ORIGEN, 2017). Esta técnica é utilizada quando o
homem possui baixa contagem de espermatozoides.
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Nos links a seguir você poderá assistir a todas as etapas da fertilização in vitro:
• Fertilização in vitro: O Passo a Passo, disponível em: https://youtu.be/eQYf9xPp8RU
• Procedimentos de Fertilização in vitro, disponível em: https://youtu.be/mAdMB9cfwSM
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totalidade. Esta limitação ocorre pois este tipo celular não se diferencia em teci-
dos embrionários e placenta;
• Multipotentes: possuem capacidade de diferenciação limitada aos órgãos de
que se originam, estando associadas à regeneração tecidual do órgão a que
estão vinculadas.
No link a seguir você poderá assistir a um resumo sobre clonagem, “Clonagem - Flashdica
#15 - Maratona ENEM - Prof. Gui”: https://youtu.be/XCRLvWFqRcA
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Fertilização in vitro: Reprodução Humana
Nesta animação, a fertilização in vitro será apresentada a você de maneira clara,
iniciando pela avaliação de fatores associados a fertilidade feminina, passando pela
estimulação folicular até a transferência do embrião para mulher.
https://youtu.be/OC-IJ59REew
Anomalias Congênitas ou de Manifestação Tardia
Neste curso, a Professora Lavínia Schuler apresenta uma revisão das portarias e
diretrizes relativas à atenção integral a pessoas com doenças genéticas, seguida da
discussão sobre as anomalias congênitas e de manifestação tardia.
https://youtu.be/xg7xYhemXbU
Corpo Humano: Órgãos e Sistemas – Aula 27 – Fisiologia da gravidez, parto e lactação
Nesta aula, você compreenderá os processos fisiológicos relacionados a gravidez,
o parto e a lactação.
https://youtu.be/g0zyJvoWwL0
Biologia – Embriologia: Tipos Particulares de Reprodução
Nesta aula, você conhecerá outros tipos de reprodução, como a neotenia, a
poliembrionia, a partenogênese, a pedogênese e suas particulares.
https://youtu.be/itrPwjHu698
Leitura
Tecnologias de Reprodução Assistida no Brasil: Opções para Ampliar o Acesso
Neste artigo, você compreenderá o panorama histórico das tecnologias de reprodução
assistida e alternativas que podem expandir o acesso a estas tecnologias, como o
Programa acesso e a doação compartilhada de óvulos.
https://bit.ly/2DSI1to
Clonagem – O que Aprendemos com Dolly?
Neste artigo, a autora discorre sobre os entendimentos obtidos desde o nascimento
de Dolly, primeiro mamífero reproduzido a partir de uma célula somática adulta,
até os prós e contras relacionados a clonagem reprodutiva em humanos.
https://bit.ly/2XWoOxN
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Referências
BASTOS, L. C. N.; CARVALHO, D. P.; SANTOS, T. R. Epigenética e seu papel no
desenvolvimento embrionário. Multiverso v.1,2016, n.2 p. 171-180
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SADLER, T. W. L. Embriologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
SOUZA, V. F. et al. Células-tronco: uma breve revisão. R. Ci. méd. biol., 2003, v. 2,
n. 2, p. 251-256.
Sites Visitados
SBRA. Brasil Lidera Ranking de Reprodução Assistida, aponta levantamento.
2019. Disponível em: <https://sbra.com.br/noticias/brasil-lidera-ranking-da-ameri-
ca-latina-em-reproducao-assistida-aponta-levantamento/>. Acesso em: 17/03/2020.
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