Você está na página 1de 51

DESCRIÇÃO

As caracterizações técnicas das diversas tipologias de radiações, as fontes das radiações, as radiações
ionizantes e não ionizantes, os efeitos biológicos e as medidas de controle pertinentes.

PROPÓSITO
Haja vista o emprego habitual das radiações ionizantes e não ionizantes no dia a dia laboral, é de
grande importância o estudo desses agentes objetivando determinar, em cada ambiente laboral, a
tipologia e a respectiva intensidade e, com isso, estabelecer as recomendações de controle dos riscos.

PREPARAÇÃO
Antes de iniciar este conteúdo, tenha em mãos papel, caneta, uma calculadora científica ou use a
calculadora de seu smartphone/computador, para a realização das tarefas em aula.

OBJETIVOS

MÓDULO 1

Reconhecer os conceitos gerais e as fases da avaliação ocupacional das radiações ionizantes

MÓDULO 2

Reconhecer os conceitos gerais e as fases da avaliação ocupacional das radiações não ionizantes
INTRODUÇÃO

O QUE SIGNIFICA RADIAÇÃO IONIZANTE E


RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE?

AVISO: orientações sobre unidades de medida.

AVISO

Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões de
tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o número e a
unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você devem seguir o
padrão internacional de separação dos números e das unidades.
MÓDULO 1

 Reconhecer os conceitos gerais e as fases da avaliação ocupacional das radiações


ionizantes.

LIGANDO OS PONTOS
Você sabe o que é radiação ionizante? Conseguiria identificar uma aplicação prática em uma atividade
do dia a dia, assim como estabelecer a situação da exposição ocupacional às radiações ionizantes?
Para entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos analisar o
case da empresa AutoMecânica do Chicó, a seguir:

A AutoMecânica do Chicó está legalmente estabelecida, na cidade do Rio de Janeiro, na atividade de


manutenção e reparação de automóveis. A sede da empresa é constituída de dois pavimentos em
alvenaria, com área de aproximadamente 600m², com pé-direito de 4,5m, iluminação em lâmpadas
fluorescentes recobertas com vidro, ventilação natural (portas e janelas) e piso em concreto.

Dentre os diversos setores da empresa, aquele que está por ser avaliado, do ponto de vista dos agentes
de riscos ocupacionais, é o setor de Chapeamento e pintura, porém, inicialmente, serão avaliados
apenas os agentes físicos.
No setor de Chapeamento (funilaria ou lanternagem) e pintura são desenvolvidas as atividades de
lanternagem e pintura, envolvendo: desamassar, lixar, emassar, pintar e polir, assim como a limpeza
geral dos automóveis, após os serviços. Para tanto, são empregados os seguintes principais
equipamentos: politriz, esmerilhadeira, pistola de pintura, solda elétrica e solda oxiacetilênica, e
ferramentas, em geral.

Cabe ainda destacar que são utilizados os equipamentos de proteção coletiva e, também, os
equipamentos de proteção individual pertinentes, sempre com certificados de aprovação (CA), a saber:
protetor auricular tipo concha, escudo de proteção, avental e luvas de raspa de couro, óculos de
segurança oxiacetilênica, protetor facial, óculos de segurança e equipamentos de proteção respiratória
pertinentes.

Realizados os trabalhos de análise e avaliação para os agentes físicos, segundo os requisitos da NR 9


— Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos, não
foram detectadas situações insalubres.

Segundo o Relatório de Avaliação da Exposição Ocupacional correspondente, emitido pelos


engenheiros de segurança responsáveis pelo serviço, a condição de insalubridade não foi observada na
AutoMecânica do Chicó, haja vista as considerações apresentadas no Relatório em questão, sobre as
intensidades avaliadas, os períodos de exposição medidos e a utilização de proteções eficazes, de
caráter individual e coletiva, observadas.

Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?

3. A NORMA CNEN – NE – 3.01, DIRETRIZES BÁSICAS DE


PROTEÇÃO RADIOLÓGICA (2005), TEM POR OBJETIVO
ESTABELECER OS REQUISITOS BÁSICOS DE PROTEÇÃO
RADIOLÓGICA DAS PESSOAS EM RELAÇÃO À EXPOSIÇÃO
À RADIAÇÃO IONIZANTE, A PARTIR DOS PRINCÍPIOS
BÁSICOS ESTABELECIDOS PELA COMISSÃO NACIONAL DE
ENERGIA NUCLEAR. QUAL É O PROPÓSITO DA PROTEÇÃO
RADIOLÓGICA?
RESPOSTA

O propósito da proteção radiológica é evitar os efeitos determinísticos e limitar a probabilidade de ocorrência


dos efeitos estocásticos, em níveis considerados aceitáveis.

QUAIS SÃO AS RADIAÇÕES IONIZANTES E DE


ONDE ELAS VÊM?
RADIAÇÕES IONIZANTES – CONCEITUAÇÕES
INICIAIS

O ÁTOMO

A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN, 2013) destaca que, em sua Teoria Atomística,
Demócrito (460-370 AC) afirmava que o Universo possuía uma constituição elementar única,
denominada átomo, partícula indivisível, invisível, impenetrável e animada de movimento próprio. Para
Demócrito, existiam dois elementos principais para a formação de todas as coisas:

O ÁTOMO


O VAZIO
 VOCÊ SABIA

Segundo a Comissão Nacional de Energia Nuclear (2013), Lito Lucrécio Caso, célebre poeta romano
(95-52 AC), reproduziu em seus poemas as ideias de Demócrito no livro De Rerum Natura, muito
divulgado na época do Renascimento.

Atualmente, sabemos que a formação do átomo resulta da aliança de três partículas: prótons, nêutrons
e elétrons. Os prótons e os nêutrons encontram-se agregados no núcleo do átomo (também chamados
de núcleos ou nuclídeos), ao passo que os elétrons se movem em torno do núcleo. Cabe ressaltar que
nuclídeo é qualquer configuração nuclear, mesmo que transitória.

 Ilustração de um átomo: em azul, os prótons; em vermelho, os nêutrons; e em amarelo, os elétrons.

SEGUNDO CARDOSO (2005) OS PRÓTONS TÊM A


TENDÊNCIA DE SE REPELIREM PORQUE TÊM A
MESMA CARGA (POSITIVA). COMO ELES ESTÃO
OCUPANDO O NÚCLEO, COMPROVA-SE A
EXISTÊNCIA DE ENERGIA NOS NÚCLEOS DOS
ÁTOMOS COM MAIS DE UMA PARTÍCULA: A
ENERGIA DE LIGAÇÃO DOS NÚCLEOS QUE É
DENOMINADA DE ENERGIA NUCLEAR.

Ao dizermos que o núcleo do átomo possui carga elétrica positiva e que representa a quase totalidade
da massa do átomo enquanto os elétrons são eletricamente negativos, chegamos à conclusão de que,
se o número de elétrons periféricos de um átomo for igual ao número de prótons do respectivo núcleo, o
átomo tem carga elétrica total nula (átomo em estado neutro).

Caso isso não ocorra, o átomo encontra-se em um estado ionizado. Se o átomo possuir excesso de
elétrons, sua carga elétrica é negativa e estamos perante um íon negativo, mas, se o átomo possuir
deficiência de elétrons, a carga do átomo é positiva, tratando-se assim de um íon positivo.

A RADIOATIVIDADE

 Símbolo que indica radioatividade.

RADIOATIVIDADE É A PROPRIEDADE QUE


DETERMINADOS NUCLÍDEOS (NATURAIS OU
ARTIFICIAIS) POSSUEM DE EMITIR
ESPONTANEAMENTE RADIAÇÕES
CORPUSCULARES OU ELETROMAGNÉTICAS.

Outra maneira é definir a radioatividade como o fenômeno pelo qual um núcleo instável emite partículas
e ondas para atingir a estabilidade, ou seja, a radioatividade é a transformação de um núcleo atômico,
convertendo um nuclídeo em outro.

 VOCÊ SABIA
A natureza das radiações emitidas é característica das propriedades nucleares do nuclídeo que está se
desintegrando, conhecido como nuclídeo-pai. O nuclídeo-pai, ao se desintegrar, origina o nuclídeo-
filho. Muitas vezes, o nuclídeo-filho também é radioativo, criando, assim, uma cadeia radioativa. Um
nuclídeo radioativo é denominado radionuclídeo.

CLASSIFICAÇÃO DAS RADIAÇÕES

As radiações, um dos agentes físicos, constituem-se em uma forma de energia que, de acordo com a
sua intensidade e a capacidade de interagir com a matéria, podem se denominar:

Radiações ionizantes


Radiações não ionizantes

Conheça melhor cada uma delas:

RADIAÇÕES IONIZANTES
São aquelas que possuem energia suficiente para ionizar os átomos e as moléculas com as quais
interagem, ou seja:

- Raios X e raios gama (radiações eletromagnéticas)

- Radiação alfa e radiação beta (radiações corpusculares)

RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES


São aquelas que não possuem energia suficiente para ionizar os átomos e as moléculas com as quais
interagem, ou seja:

- Luz visível

- Infravermelho

- Ultravioleta

- Micro-ondas

- Laser
 ATENÇÃO

Cabe destacar que o ser humano sempre habitou um mundo radioativo, continuamente exposto também
às radiações oriundas do espaço cósmico, além das naturais e artificiais, existentes nos radionuclídeos
depositados no solo, na água e nos alimentos.

 Distribuição espectral das radiações ionizantes e não ionizantes.

A seguir, estão representadas as simbologias, internacionalmente empregadas, para a advertência sobre


a presença de radiações:

 Simbologia de advertência.

Onde:

A) PICTOGRAMA ESPECÍFICO PARA RADIAÇÕES


IONIZANTES.

B) PICTOGRAMA PARA RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES.


C) REPRESENTAÇÃO DE ALERTA PARA A PRESENÇA DE
LASER.

ISÓTOPOS

PARA CARDOSO (2005), OS ISÓTOPOS SÃO ÁTOMOS


DO MESMO ELEMENTO QUÍMICO, PORÉM COM
MASSAS DIFERENTES (O NÚMERO DE NÊUTRONS
NO NÚCLEO PODE VARIAR).

O hidrogênio tem 3 isótopos: o prótio, o deutério e o trítio.

Já o elemento urânio possui os seguintes isótopos:

Urânio 238, na natureza 99,27%

Urânio 235, na natureza 0,7204%

Urânio 234, está presente na natureza em uma proporção de 0,0054%


 SAIBA MAIS

Para um total de 1.000 átomos de urânio, temos apenas 7 de urânio-235, ou seja: os demais 993 são de
urânio-238!

FISSÃO NUCLEAR

FISSÃO NUCLEAR, PARA CARDOSO (2005), É A


DIVISÃO DO NÚCLEO DE UM ÁTOMO PESADO, POR
EXEMPLO, DO URÂNIO-235, EM DOIS MENORES
QUANDO ATINGIDO POR UM NÊUTRON (ACONTECE
A LIBERAÇÃO DE ENERGIA TÉRMICA).

Ainda segundo o autor, para cada reação de fissão nuclear resultam, além dos núcleos menores, dois a
três nêutrons, como consequência da absorção do nêutron que causou a fissão. A partir desse ponto, é
possível que esses nêutrons atinjam outros núcleos de urânio-235, de forma sistemática, com grande
liberação de calor (fissão nuclear em cadeia).
 Fissão nuclear.

A FORMA BÁSICA DE CONTROLAR A REAÇÃO EM


CADEIA É COM A ELIMINAÇÃO DO AGENTE
CAUSADOR DA FISSÃO, OU SEJA, O NÊUTRON.
AINDA SEGUNDO CARDOSO (2005), ALGUNS
ELEMENTOS QUÍMICOS TÊM A PROPRIEDADE DE
ABSORVER NÊUTRONS, JÁ QUE SEUS NÚCLEOS
PODEM CONTER AINDA UM NÚMERO DE NÊUTRONS
SUPERIOR AO EXISTENTE EM SEU ESTADO
NATURAL. COMO PRINCIPAIS EXEMPLOS TEMOS O
BORO, NA FORMA DE ÁCIDO BÓRICO OU DE METAL,
E O CÁDMIO, EM BARRAS METÁLICAS, QUE
RESULTARÃO NA FORMAÇÃO DE ISÓTOPOS DE
BORO E DE CÁDMIO.

ENRIQUECIMENTO DO URÂNIO
Para Cardoso (2005), a retirada do urânio-238 do urânio natural que aumenta a concentração de urânio-
235 (0,7% na natureza) é conhecida como processo de enriquecimento. Se o grau de enriquecimento for
acima de 90%, isto é, se houver quase só urânio-235, pode ocorrer uma reação em cadeia muito rápida,
de difícil controle, mesmo para uma quantidade relativamente pequena de urânio (uma bomba).

ATIVIDADE DE UMA AMOSTRA

Cardoso (2005) adverte que, como as emissões de radiação são feitas de modo imprevisto, não é
possível conhecer o momento em que determinado núcleo emitirá radiação. Entretanto, para uma
grande quantidade de átomos existente em uma amostra, é possível esperar certo número de emissões
ou transformações em cada segundo. Tal taxa de transformações é conhecida como atividade da
amostra.
MEIA-VIDA

Cada elemento radioativo, seja natural ou obtido artificialmente, transmuta-se (desintegração ou


decaimento) a uma velocidade que lhe é particular. O tempo levado para que a atividade radioativa de
um elemento caia pela metade é chamado de tempo de meia-vida do elemento radioativo. Diante
disso, podemos nos perguntar:

QUAL É O PERÍODO DE TEMPO NECESSÁRIO PARA


QUE UM ELEMENTO RADIOATIVO TENHA SUA
ATIVIDADE REDUZIDA À METADE DA ATIVIDADE
INICIAL?

A RESPOSTA A ESSA PERGUNTA É: DEPENDE DE


CADA ELEMENTO.
CONTAMINAÇÃO E IRRADIAÇÃO

Uma contaminação, radioativa ou não, caracteriza-se pela presença indesejável de um material em


determinado local onde não deveria estar. Já a irradiação é a exposição de um objeto ou um corpo à
radiação, o que pode ocorrer a alguma distância, sem necessidade de um contato íntimo.

 Esquema de uma bomba de cobalto.

AS RADIAÇÕES IONIZANTES

As radiações ionizantes têm tido uma crescente utilização em inúmeras atividades, desde a Medicina à
indústria, na produção de eletricidade. Na indústria, Medicina e outras atividades, ocorrem na aplicação
em aparelhos de radiografia para diagnósticos, controle de qualidade (ensaios não destrutivos), podendo
ainda os raios X ocorrerem como emissões de certos aparelhos (tubos de raios catódicos, reguladores
de tensão).

RADIAÇÃO ALFA OU PARTÍCULA ALFA


Um dos processos de estabilização de um núcleo com excesso de energia é o da emissão de um grupo
de partículas positivas, constituídas por dois prótons e dois nêutrons, e da energia a elas associada.

RADIAÇÃO BETA OU PARTÍCULA BETA


Outra condição de estabilização é quando existe um excesso de nêutrons no núcleo em relação aos
prótons e, na busca do equilíbrio, ocorre a emissão de uma partícula negativa, um elétron, resultante da
conversão de um nêutron em um próton. Essa partícula é a partícula beta negativa ou, comumente
conhecida como partícula beta.

Da mesma forma, para o caso de existir um excesso de cargas positivas (prótons), é então emitida uma
partícula beta (positiva), denominada de pósitron, que tem origem na conversão de um próton em um
nêutron. Concluindo, podemos afirmar que a radiação beta é constituída de partículas que são emitidas
por um núcleo, quando da transformação de nêutrons em prótons (partícula beta negativa) ou de prótons
em nêutrons (partícula beta positiva ou pósitron).

RADIAÇÃO GAMA
Geralmente, uma vez emitida uma partícula do tipo alfa ou do tipo beta, o núcleo resultante do processo
ainda possui excesso de energia e procura então estabilizar-se, com a emissão desse excesso de
energia na forma de uma onda eletromagnética, que tem a mesma natureza da luz, conhecida como
radiação gama (é um subproduto de uma desintegração).

RAIOS X
Segundo o relato da Comissão Nacional de Energia Nuclear (2013), Wilhelm Conrad Roentgen, com 48
anos de idade, cientista da Universidade de Wuerzburg, Alemanha, quando em trabalho em seu
laboratório, no ano de 1895, descobriu um tipo de radiação que atravessava corpos opacos, apesar de
serem absorvidos em parte por eles, e como eram de natureza desconhecida, foram denominados de
radiação X ou raios X. Os raios X são radiações que não têm origem no núcleo de um átomo super
energizado. Portanto, os raios X são de natureza eletromagnética, não nuclear, que não têm carga
elétrica nem massa, e possuem alto poder de penetração, sendo fracamente ionizantes.
 Raios X.

 Capacidade de penetração das radiações.

PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
A Norma CNEN-NE-3.01 – Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica (2005) tem por objetivo
estabelecer os requisitos básicos de proteção radiológica das pessoas em exposição à radiação
ionizante, a partir dos princípios básicos estabelecidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear.

 SAIBA MAIS

O propósito da proteção radiológica é evitar os efeitos determinísticos e limitar a probabilidade de


ocorrência dos efeitos estocásticos, em níveis considerados aceitáveis.

DIRETRIZES BÁSICAS DE RADIOPROTEÇÃO

De acordo com a Norma CNEN-NE-3.01 (2005), as Diretrizes Básicas de Radioproteção tomam por
base três princípios:

JUSTIFICAÇÃO
Qualquer atividade envolvendo radiação ou exposição deve ser justificada em relação às alternativas e
produzir um benefício líquido positivo para a sociedade.

Obs.: Adição de material radioativo em brinquedos, cosméticos e alimentos está proibida, bem
como, o para-raios.

OTIMIZAÇÃO
O projeto, o planejamento do uso e a operação de instalação e de fontes de radiação devem ser feitos
de modo a garantir que as exposições sejam tão reduzidas quanto razoavelmente exequíveis, levando-
se em conta fatores sociais e econômicos. A radiação provoca um risco que tem um custo social, que,
para efeito de cálculo, quando da implantação de novos equipamentos ou troca com o objetivo de
reduzir a dose, considera-se de US$10.000,00/ homem-Sievert).

Obs.: a implantação de qualquer tipo de proteção deverá ser precedida por um estudo de
engenharia econômica!

LIMITAÇÃO DA DOSE
As doses individuais de trabalhadores e de indivíduos do público não devem exceder os limites anuais
de dose equivalente. A dose efetiva anual (soma das doses equivalentes ponderadas nos diversos
órgãos e tecidos) está estabelecida em 20mSv.

TIPOS DE DOSES E EFEITOS

A Norma CNEN-NE-3.01 (2005) estabelece que:

As doses agudas são doses altas (acima de 200mSv) recebidas em pequeno intervalo de tempo (alguns
dias).

As doses crônicas são doses continuadas no tempo, mas com baixas taxas de dose (menores que
0,01mSv).

Os efeitos somáticos são manifestados no próprio indivíduo que recebeu a dose.

Os efeitos hereditários podem se manifestar nos descendentes.

CLASSIFICAÇÃO DOS EFEITOS BIOLÓGICOS

Os efeitos biológicos são classificados:

Efeitos determinísticos


Efeitos estocásticos
Os efeitos determinísticos são aqueles para os quais a intensidade do dano varia com a dose e para o
qual existe limiar.

Os efeitos estocásticos são aqueles para os quais a probabilidade de ocorrência e não a intensidade é
considerada uma função da dose (sem limiar).

CABE RESSALTAR QUE OS EFEITOS HEREDITÁRIOS


E ALGUNS EFEITOS SOMÁTICOS SÃO
ESTOCÁSTICOS.

CARACTERÍSTICAS DOS EFEITOS BIOLÓGICOS DAS


RADIAÇÕES

São as seguintes as características dos efeitos biológicos das radiações:

Não
Não produz qualquer tipo de efeito biológico que a caracterize.
especificidade

Tempo de latência Os efeitos não ocorrem instantaneamente com a dose.

Para os efeitos determinísticos, caso o dano causado não tenha sido


Reversibilidade muito intenso, há uma reversão do quadro voltando-se ao estado
normal.

As alterações numa célula não são transmitidas para outras células, a


Transmissibilidade
menos que haja uma modificação no DNA.

Os efeitos determinísticos necessitam de uma dose mínima para se


Limiar manifestarem, enquanto os efeitos estocásticos podem ser provocados
por qualquer dose (não apresentam limiar).
Diferentes tecidos apresentam sensibilidades diferentes às radiações,
bem como, células de um mesmo tecido podem apresentar
Sensibilidade
sensibilidade diferente, dependendo do estágio reprodutivo em que se
encontram.

 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

PATOLOGIAS

São as seguintes as principais patologias associadas:

Necrose da pele

Focos hemorrágicos

Necrose dos testículos e ovários

Degeneração carcinomatosa


Leucemia

Esterilidade

LIMITES DE EXPOSIÇÃO

A NORMA NR 15, EM SEU ANEXO 5, CLASSIFICA AS


RADIAÇÕES IONIZANTES COMO AGENTES DE
INSALUBRIDADE.

Os limites de exposição, os princípios, as obrigações e controles básicos para a proteção do homem e


do seu meio ambiente contra possíveis efeitos indevidos causados pelas radiações ionizantes são os
constantes da Norma CNEM-NE-3.01: Diretrizes Básicas de Radioproteção, em sua versão mais atual.
Segundo a referida Norma, é necessário estabelecer um programa de monitoramento quantitativo por
área e individual, com o emprego dos monitores individuais.

A exposição normal dos indivíduos deve ser restringida de tal modo que nem a dose efetiva, nem a dose
equivalente nos órgãos ou tecidos de interesse, causadas pela possível combinação de exposições
originadas por práticas autorizadas, excedam o limite de dose especificado a seguir, salvo em
circunstâncias especiais, autorizadas pela CNEN. Esses limites de dose não se aplicam às
exposições médicas.

LIMITES DE DOSE ANUAL PARA INDIVÍDUO


OCUPACIONALMENTE EXPOSTO
LIMITES DE DOSE ANUAL PARA INDIVÍDUO DO PÚBLICO
LIMITES DE DOSE ANUAL PARA INDIVÍDUO
OCUPACIONALMENTE EXPOSTO

Grandeza: Dose efetiva 20mSv (média aritmética em 5 anos consecutivos, desde que não exceda
50mSv em qualquer ano). Órgão: corpo inteiro.

LIMITES DE DOSE ANUAL PARA INDIVÍDUO DO PÚBLICO

Grandeza: Dose efetiva 1mSv (em circunstâncias especiais, a CNEN poderá autorizar um valor de dose
efetiva de até 5mSv em um ano, desde que a dose efetiva média em um período de 5 anos consecutivos
não exceda a 1mSv por ano). Órgão: corpo inteiro.

Para fins de controle administrativo efetuado pela CNEN, o termo dose anual deve ser considerado
como dose no ano calendário, isto é, no período decorrente de janeiro a dezembro de cada ano. Para
mulheres grávidas ocupacionalmente expostas, as suas tarefas devem ser controladas de maneira que
seja improvável que, a partir da notificação da gravidez, o feto receba dose efetiva superior a 1mSv
durante o restante do período de gestação. Indivíduos com idade inferior a 18 anos não podem estar
sujeitos a exposições ocupacionais.

Os limites de dose estabelecidos não se aplicam a exposições médicas de acompanhantes e voluntários


que eventualmente assistem pacientes. As doses devem ser restritas de forma que seja improvável que
algum desses acompanhantes ou voluntários receba mais de 5mSv durante o período de exame
diagnóstico ou tratamento do paciente. A dose para crianças em visita a pacientes em que foram
administrados materiais radioativos deve ser restrita de forma que seja improvável exceder a 1mSv.
CONTROLE DAS RADIAÇÕES IONIZANTES

COMO JÁ FOI COLOCADO, O OBJETIVO PRINCIPAL


DA PROTEÇÃO CONTRA AS RADIAÇÕES
IONIZANTES É IMPEDIR OS FEITOS
DETERMINÍSTICOS E LIMITAR AO MÁXIMO OS
EFEITOS ESTOCÁSTICOS.

Segundo a Norma CNEM-NE-3.01 (2005), como princípios gerais, todas as atividades que envolvam
exposição a radiações ionizantes deverão processar-se de forma que:

Os diferentes tipos de atividades que impliquem uma exposição sejam previamente justificados pela
vantagem que proporcionam.

Seja evitada toda exposição ou contaminação desnecessária de pessoas e do meio ambiente.

Os níveis de exposição sejam sempre tão baixos quanto possível em cada instante e sempre inferiores
aos valores limite fixados por lei.

Para determinar o risco e estabelecer as medidas de controle, é necessário contemplar os seguintes


aspectos:

Avaliar as condições de exposição (habituais ou acidentais), com o estudo ambiental dos locais de
trabalho, atribuindo respectiva classificação (área livre, área supervisionada e área controlada),
atualizadas das diferentes zonas de risco de acordo com os níveis potenciais de exposição.

A área controlada exige um nível de proteção particular objetivando garantir exposições em


conformidade com os requisitos de limitação da dose e de otimização.

Autorização prévia, licenciamento e parecer favorável para o uso de fontes radioativas dado pelo
órgão de controle CNEN.

Determinação das doses limite.


 ATENÇÃO

Cabe observar que as proteções coletivas e individuais, bem como o acompanhamento da dosimetria
individual, deverão ser da responsabilidade da instalação e de técnicos especialistas na matéria, com
qualificação de seus serviços feita pela Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde ou Comissão
Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

O monitoramento deve ser realizado por um dos seguintes dosímetros:

CANETA DOSIMÉTRICA

Câmara de ionização que contém um elemento interno para medir a carga elétrica residual sobre ela.

DOSÍMETRO DE FILME

Pioneiro dos sistemas de dosimetria pessoal.


DOSÍMETRO TERMOLUMINESCENTE

É o mais moderno, com muitas vantagens.

Em um dosímetro de uso pessoal, as seguintes informações devem constar:

 Dosímetro individual.

OS TRABALHADORES EXPOSTOS A RADIAÇÕES


IONIZANTES DEVERÃO TER FORMAÇÃO CONTÍNUA
ESPECÍFICA, DE FORMA A CUMPRIREM TODOS OS
PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA E PROTEÇÃO
RADIOLÓGICAS EXIGÍVEIS. DEVERÃO AINDA SER
INFORMADOS MENSALMENTE ACERCA DOS NÍVEIS
DE RADIAÇÃO A QUE SE ENCONTRAM SUJEITOS,
BEM COMO DO RESULTADO DOS EXAMES MÉDICOS
DE VIGILÂNCIA À SAÚDE A QUE SÃO SUBMETIDOS.

A Norma CNEM-NE-3.01 (2005) preconiza que reduzir o risco compreende reduzir a dose, a partir do
controle:

Para fontes externas.

Do tempo de exposição – a partir de projeto arquitetônico otimizado (locais vizinhos de pouca


ocupação, salas com alarmes de tempo de exposição).

Da distância – salas de aplicação amplas, pessoal treinado para não permanecer


desnecessariamente próximo das fontes.

Da blindagem – paredes das salas e visores bem dimensionados.

Do uso dos EPI – aventais, protetores de tireoide, óculos, luvas etc.

 SAIBA MAIS

Em relação aos materiais para blindagens, deve-se considerar fatores como: eficiência de absorção,
possibilidade de emissão de radiação secundária, custo, facilidade de montagem e aparência. A
espessura depende do tipo de fonte, carga de trabalho e relação custo-benefício. Por exemplo, para a
radiação gama e os raios X, utilizar preferencialmente materiais de alta massa específica e alto número
atômico (chumbo, ferro, tijolo, concreto).

São os seguintes os principais equipamentos de proteção individual (EPI) empregados:


AVENTAIS PLUMBÍFEROS COM PROTETORES DE TIREOIDE

Devem ser utilizados sempre que um trabalhador ou indivíduo público (acompanhante) se fizer
necessário na sala ou ambiente onde o feixe de raios X estiver sendo gerado, sem que haja
possibilidade de se utilizar a barreira de proteção fixa.

ÓCULOS PLUMBÍFEROS
Utilizados pelo trabalhador quando em uma intervenção dinâmica, onde a radiação é de emissão
contínua e prolongada.

LUVAS PLUMBÍFERAS

Assim como os óculos plumbíferos, elas devem ser utilizadas pelo trabalhador sempre que a radiação
for de emissão contínua e prolongada.
PROTETORES DE GÔNADAS

Devem ser aplicados sobre a região pélvica dos pacientes quando se realizam exames de estruturas
adjacentes e as regiões das gônadas não forem de interesse.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

MÓDULO 2

 Reconhecer os conceitos gerais e as fases da avaliação ocupacional das radiações não


ionizantes.

LIGANDO OS PONTOS
Você sabe o que é radiação não ionizante? Conseguiria identificar uma aplicação prática em uma
atividade do dia a dia, assim como estabelecer a situação da exposição ocupacional às radiações não
ionizantes? Para entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos
analisar o case da empresa AutoMecânica do Chicó, a seguir:
A AutoMecânica do Chicó está legalmente estabelecida, na cidade do Rio de Janeiro, na atividade de
manutenção e reparação de automóveis. A sede da empresa é constituída de dois pavimentos em
alvenaria, com área de aproximadamente 600m², pé-direito de 4,5m, iluminação em lâmpadas
fluorescentes recobertas com vidro, ventilação natural (portas e janelas) e piso em concreto.

Dentre os diversos setores da empresa, aquele que está por ser avaliado, do ponto de vista dos agentes
de riscos ocupacionais, é o setor de Chapeamento e pintura, porém, inicialmente, serão avaliados
apenas os agentes físicos.

No setor de Chapeamento (funilaria ou lanternagem) e pintura são desenvolvidas as atividades de


lanternagem e pintura, envolvendo: desamassar, lixar, emassar, pintar e polir, assim como a limpeza
geral dos automóveis, após os serviços. Para tanto, são empregados os seguintes principais
equipamentos: politriz, esmerilhadeira, pistola de pintura, solda elétrica e solda oxiacetilênica, e
ferramentas, em geral.

Cabe ainda destacar que são utilizados os equipamentos de proteção coletiva e, também, os
equipamentos de proteção individual pertinentes, sempre com certificados de aprovação (CA), a saber:
protetor auricular tipo concha, escudo de proteção, avental e luvas de raspa de couro, óculos de
segurança oxiacetilênica, protetor facial, óculos de segurança e equipamentos de proteção respiratória
pertinentes.

Realizados os trabalhos de análise e avaliação para os agentes físicos, segundo os requisitos da NR 9


— Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos, não
foram detectadas situações insalubres.

Segundo o Relatório de Avaliação da Exposição Ocupacional correspondente, emitido pelos


engenheiros de segurança responsáveis pelo serviço, a condição de insalubridade não foi observada na
AutoMecânica do Chicó, haja vista as considerações apresentadas no Relatório em questão, sobre as
intensidades avaliadas, os períodos de exposição medidos e a utilização de proteções eficazes, de
caráter individual e coletiva, observadas.

Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?

3. VOCÊ JÁ SABE QUE NA AUTOMECÂNICA DO CHICÓ NÃO


FOI OBSERVADA A CONDIÇÃO DE INSALUBRIDADE, PARA
AGENTES FÍSICOS, NO SETOR DE CHAPEAMENTO E
PINTURA. A NR 15, ANEXO 7, NÃO ESTABELECE O LIMITE
DE EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA, E
DETERMINA QUE A AVALIAÇÃO PARA A CARACTERIZAÇÃO
DA INSALUBRIDADE OCORRA PELO MÉTODO
QUALITATIVO, EM DECORRÊNCIA DE LAUDO DE INSPEÇÃO
REALIZADA NO LOCAL DE TRABALHO. QUE TIPOS DE
INFORMAÇÕES DEVEM ESTAR PRESENTES, NESSE
LAUDO, DE FORMA A SUPORTAR A CONCLUSÃO PELA
NÃO CONDIÇÃO DE INSALUBRIDADE, PARA A RADIAÇÃO
ULTRAVIOLETA?

RESPOSTA

As informações técnicas do Relatório da Avaliação da Exposição Ocupacional, ou seja, as considerações


técnicas sobre as intensidades avaliadas, os períodos de exposição medidos e a utilização das proteções
individuais e coletivas, divulgadas neste estudo de caso, são básicas, para se ter o suporte necessário à
tomada de decisão, sobre a salubridade do ambiente laboral.
QUAIS SÃO AS RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES E
DE ONDE ELAS VÊM?

RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES


O QUE SÃO RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES?

PARA A ILO (1998), AO CONTRÁRIO DAS RADIAÇÕES


ESTUDADAS ATÉ ESTE MOMENTO, A RADIAÇÃO
NÃO IONIZANTE É AQUELA CUJA ENERGIA
QUÂNTICA É INSUFICIENTE PARA PROVOCAR A
RETIRADA DE ELÉTRONS (IONIZAÇÃO) DOS
ÁTOMOS DE UMA SUBSTÂNCIA, NOTADAMENTE, O
TECIDO HUMANO.

A forma de energia eletromagnética mais comum é a luz solar. A frequência da luz solar (visível) é a
linha divisória entre as radiações ionizantes mais potentes (raios X, raios gama e raios cósmicos) em
frequências mais altas e a radiação não ionizante mais benigna, em frequências mais baixas. São
classificadas como radiações não ionizantes: radiação ultravioleta, radiação visível, radiação
infravermelha, laser, micro-ondas e as radiofrequências
 Luz do sol: a energia mais comum

Ainda segundo a ILO (1998), todas as radiações eletromagnéticas têm uma origem comum e são
campos elétricos e magnéticos perpendiculares entre si que se deslocam no espaço com a velocidade
da luz. Elas variam em frequência, comprimento de onda e nível energético, produzindo assim diferentes
efeitos físicos e biológicos.

 Campo eletromagnético.

EFEITOS DE RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES


Brevigliero, Spinelli e Possebon (2017) são de opinião que os efeitos das radiações não ionizantes
podem ser classificados em:

Térmicos - Oriundos da penetração das ondas e agitação interna aos tecidos das moléculas de
água. São mais aquecidos aqueles com maior teor de água (cristalino, testículos, cérebro).

Não térmicos - Insuficiente densidade de potência para o aquecimento, mas podem interferir nos
sistemas biológicos provocando alterações enzimáticas e hormonais.

A RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

NO CASO DA RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA, A FONTE


NATURAL É O SOL.
Temos como fontes artificiais, por exemplo: as lâmpadas de vapor de mercúrio, as incandescentes e os
arcos de soldagem. Neste ponto, é importante destacar que a radiação solar consiste em 55% de
radiação infravermelha (calor radiante), 40% de radiação visível e 5% de radiação ultravioleta. Para
Saliba e Lanza (2018), a exposição a esse agente é frequente no ambiente de trabalho, notadamente
nas operações de soldagem e ainda nos trabalhos a céu aberto.

 Soldadores precisam de proteção por conta da radiação

A radiação ultravioleta é dividida em 3 faixas conforme o seu comprimento de onda:

Ultravioleta A – UV-A (320 a 400nm)


Ultravioleta B – UV-B (290 a 320nm)


Ultravioleta C – UV-C (100 a 290nm)

EFEITOS BIOLÓGICOS
A ILO (1998) entende que o poder de penetração da radiação ultravioleta é relativamente fraco, dessa
forma, afetando no organismo humano essencialmente os olhos e a pele, provocando inflamação da
córnea e da conjuntiva, assim como queimaduras cutâneas, que variam de acordo com a pigmentação
da pele.

A profundidade de penetração é maior conforme o aumento do comprimento de onda. Enquanto a


radiação ultravioleta UV-B penetra unicamente na epiderme, a radiação ultravioleta UV-A pode atingir a
derme, provocando lesões em terminações nervosas.
As radiações ultravioletas produzem o chamado envelhecimento precoce da pele e, eventualmente,
produzem sobre ela o efeito carcinogênico, normalmente, em função das exposições prolongadas ao
Sol.

LIMITES DE EXPOSIÇÃO
A NR 15, Anexo 7, não estabelece o limite de exposição e determina que a avaliação para a
caracterização da insalubridade ocorra pelo método qualitativo, em decorrência de laudo de inspeção
realizada no local de trabalho.

MEDIDAS DE CONTROLE
Segundo a ILO (1998), as medidas de proteção consistem fundamentalmente em:

Proceder inicialmente a atuação sobre a fonte, a partir de um projeto adequado da instalação,


como recomenda o bom procedimento de controle.

Instalar cabines ou cortinas em cada posto de trabalho, sendo considerada inicialmente a


utilização de cor escura.

Reduzir o tempo de exposição do trabalhador.

Usar óculos com lentes filtrantes.

Usar roupas com proteção para os braços e tórax.

Adotar controle médico.

A ADEQUAÇÃO E A SELEÇÃO DE ÓCULOS DE PROTEÇÃO


DEPENDEM DOS SEGUINTES PONTOS
Intensidade e características de emissão espectral da fonte.

Padrões de comportamento das pessoas perto de fontes (distância e tempo de exposição são
importantes).

Propriedades de transmissão do material de proteção ocular.

Design da armação dos óculos para evitar a exposição periférica do olho à radiação direta não
absorvida.

Ainda segundo a ILO (1998), os trabalhadores ao ar livre, como trabalhadores agrícolas, operários,
operários de construção, pescadores e assim por diante, podem minimizar o risco de exposição aos
raios solares UV usando roupas bem tecidas e, o mais importante, um chapéu de aba para reduzir a
exposição do rosto e pescoço. Os filtros solares podem ser aplicados na pele exposta para reduzir a
exposição posterior. Os trabalhadores externos devem ter acesso a sombra e receber todas as medidas
de proteção necessárias mencionadas.

AVALIAÇÃO QUANTITATI­VA
De acordo com o item 9.4.2 da NR 9, a avaliação quantitativa das exposições ocupacionais aos agentes
físicos, químicos e biológicos, quando necessária, deverá ser realizada para:

Comprovar o controle da exposição ocupacional aos agentes identificados.

Dimensionar a exposição ocupacional dos grupos de trabalhadores.

Subsidiar o equacionamento das medidas de prevenção.

De acordo com o item 9.6.1.1 da NR 9, os limites estabelecidos pela Conferência Americana de


Higienistas Industriais (ACGIH) são aceitos no Brasil e, portanto, tomando por base um posicionamento
mais conservativo em relação ao bem-estar e à saúde do trabalhador, é uma boa prática estabelecer um
quadro quantitativo de observações, nos ambientes laborais, para a comparação com os limites da
ACGIH, quando os limites brasileiros ainda não estão estabelecidos.

A Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais (ABHO) está autorizada pela ACGIH a publicar, em
português, os limites de exposição ocupacional estabelecidos.

O limite de exposição ocupacional média ponderada no tempo TLV-TWA (Threshold Limit Value – Time-
Weighted Average) é determinado tomando por base um período de 8 horas por dia, totalizando 40
horas semanais.

O TLV-TWA é uma média que admite flutuações, desde que, no final da jornada de trabalho, o valor
médio tenha sido garantido.

Complementarmente, deve-se observar as seguintes condições, padronizadas pela ACGIH:

O TLV-STEL (Threshold Limit Value − Short-Term Exposure Limit), ou limite de exposição


ocupacional de curta duração, estabelece para cada agente a concentração máxima para um
tempo limite de 15 minutos, que pode ocorrer até 4 vezes na jornada, desde que haja o intervalo
de tempo entre cada ocorrência de pelo menos 60 minutos. Na medida em que o TLV-STEL é um
valor complementar ao TLV-TWA, que é estabelecido prioritariamente para substâncias que têm
efeitos nocivos agudos, o valor TLV-TWA em cada jornada não deve ser ultrapassado!

O TLV-C (Threshold Limit Value – Ceiling), ou limite de exposição ocupacional valor teto, é
indicado para substâncias de alta toxicidade e baixo limite de exposição, e estabelece para cada
agente a concentração máxima permitida, que não deve ser ultrapassada em nenhum momento da
jornada.

A figura a seguir demonstra a correspondência dos diversos níveis de exposição utilizados pela ACGIH.

Para o caso da radiação ultravioleta, a ACGIH fornece uma tabela para o limite de radiação incidente
sobre os olhos e a pele em função do comprimento de onda (180 a 400nm) e da eficiência espectral e
relativa. Cabe observar que, para os comprimentos de onda compreendidos entre 315 e 400nm, a
ACGIH fornece limites específicos.

RADIAÇÃO VISÍVEL

O termo luz, segundo a ILO (1998), deve ser reservado para comprimentos de onda de energia radiante
entre 400 e 760 nm, que evocam uma resposta visual na retina.
A FONTE NATURAL É O SOL E A ARTIFICIAL
COMPREENDE: LÂMPADAS, CORPOS
INCANDESCENTES E ARCOS DE SOLDAGEM.

A emissão de luz intensa é um efeito colateral potencialmente perigoso de alguns processos industriais,
como a soldagem a arco.

EFEITOS BIOLÓGICOS
Segundo a ILO (1998), os riscos ocupacionais apresentados aos olhos são limitados pela aversão do
olho à luz forte. Na faixa de comprimentos de onda correspondentes à exposição ocupacional em altos
níveis, pode-se produzir perda de acuidade visual, fadiga ocular e ofuscamento. Algumas fontes de luz
podem apresentar reações fisiológicas indesejadas, como deficiência e desconforto, clarão, cintilação e
outras formas de estresse ocular devido ao design ergonômico deficiente das tarefas do local de
trabalho.

LIMITES DE EXPOSIÇÃO
O Anexo 7 da NR 15 considera radiações não ionizantes as micro-ondas, ultravioletas e o laser e, dessa
forma, não estabelece o limite de exposição, nem determina que a avaliação ocorra pelo método
qualitativo, para a radiação visível.

A avaliação de risco requer medições complexas de irradiância espectral e radiância da fonte,


associadas a equipamentos de medição e cálculos especializados e, dessa forma, muito raramente, a
avaliação quantitativa é realizada no ambiente laboral.

A ACGIH dispõe de limites de exposição ocupacional, estabelecidos a partir de dados de lesões oculares
de estudos em animais e de dados de lesões retinianas humanas resultantes da observação do Sol e de
arcos de soldagem.

MEDIDAS DE CONTROLE
Para a ILO (1998), a exposição ocupacional à radiação visível raramente é perigosa. No entanto,
algumas fontes emitem uma quantidade considerável de radiação visível e, neste caso, a resposta de
aversão natural é evocada, portanto, há pouca chance de superexposição acidental dos olhos.

Mesmo a partir das considerações anteriores, temos as seguintes ações de controle:

O enclausuramento de fontes de luz

Óculos filtrantes
A equipe de manutenção que substitui as lâmpadas de arco, dentre outras, deve ter treinamento
adequado para evitar exposição perigosa.

RADIAÇÃO INFRAVERMELHA

A ILO (1998) entende que a radiação infravermelha é uma parte do espectro de radiação não
ionizante que envolve as micro-ondas e a luz visível. É uma parte natural do ambiente humano e,
portanto, as pessoas são expostas a ela em pequenas quantidades em todas as áreas da vida diária.

Muitos processos industriais envolvem cura térmica de vários tipos de materiais. As fontes de calor
utilizadas ou o próprio material aquecido geralmente emitem níveis tão elevados de radiação
infravermelha que muitos trabalhadores estão potencialmente em risco de exposição.

FONTES E EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL


Ainda segundo a ILO (1998), exposição ao infravermelho resulta de várias fontes naturais e artificiais. A
emissão espectral dessas fontes pode ser limitada a um único comprimento de onda (no caso do laser)
ou pode ser distribuída em uma ampla banda de comprimentos de onda. Os diferentes mecanismos de
geração de radiação óptica em geral são:

Excitação térmica

Descarga de gás

Amplificação da luz por emissão estimulada de radiação (laser)

Atenção especial deve ser dada às diversas fontes que emitem altos níveis de radiação visível e
infravermelha e, portanto, envolvem muitos trabalhadores, tais como: padeiros, sopradores de vidro,
trabalhadores de fornos, trabalhadores de fundição, ferreiros, fundidores e bombeiros.
Para o caso de fundições e siderúrgicas, devem ser consideradas as lâmpadas e outras fontes, como
chamas, tochas de gás, tochas de acetileno, poças de metal fundido e barras de metal incandescente.

EFEITOS BIOLÓGICOS
Devido ao seu baixo poder energético, produz unicamente efeitos térmicos.

As lesões pela exposição podem aparecer principalmente na pele (aumento de pigmentação), de


gravidades diferentes e até mesmo queimaduras graves, e nos olhos (opacidade na córnea).

LIMITES DE EXPOSIÇÃO
O Anexo 7 da NR 15 considera radiações não ionizantes as micro-ondas, ultravioletas e o laser e, dessa
forma, não estabelece o limite de exposição nem determina que a avaliação ocorra pelo método
qualitativo, para a radiação infravermelha.

Já a ACGIH estabelece limites de exposição para a radiação visível e radiação infravermelha, para
comprimentos de onda compreendidos entre 400 e 3000nm. Eles têm como objetivo prevenir lesões
térmicas na retina e na córnea e evitar possíveis efeitos retardados no cristalino do olho.

MEDIDAS DE CONTROLE
São as seguintes as medidas de controle recomendadas pela ILO (1998):

Fechamento total da fonte e de todas as vias de radiação que podem sair da fonte.

Uso de proteção ocular disponível na forma de óculos ou visores adequados ou roupas de


proteção.

Controle administrativo e restrição de acesso a fontes muito intensas podem ser necessários.

Redução da energia da fonte ou do tempo de trabalho (pausa no trabalho para se recuperar do


estresse por calor), ou ambos, pode ser uma medida possível para proteger o trabalhador.

CAMPOS DE RADIOFREQUÊNCIA (RF) E MICRO-


ONDAS
A radiação de micro-ondas e radiofrequência ocupa a faixa de 30Khz a 300Ghz. Nessa faixa, existem
diversas fontes operando, tais como: equipamentos dos sistemas de telecomunicações, radares, TV,
celular, radiotransmissões etc.

 SAIBA MAIS

O poder energético é muito baixo, mas é grande a capacidade de penetração, produzindo no interior da
matéria campos magnéticos com efeitos térmicos (quanto maior a frequência menor o perigo).

Seguem algumas exposições profissionais típicas:

Aquecimento por indução (forjamento, recozimento, brasagem e soldagem).

Aquecimento dielétrico (vedação e estampagem de plástico, secagem de cola, processamento


de tecidos e têxteis, marcenaria e fabricação de diversos produtos como lonas, piscinas, forros de
colchão d'água, sapatos).

Telecomunicações (torres de FM/TV/celular).

EFEITOS BIOLÓGICOS
A radiação de radiofrequência (RF), com alta potência, é uma fonte de energia térmica que carrega
todas as implicações conhecidas do aquecimento para os sistemas biológicos, incluindo:

a) Queimaduras.

b) Mudanças temporárias e permanentes na reprodução

c) Catarata

d) Morte

Cabe ressaltar que o maior risco é quando a absorção é nos olhos e no cérebro.
LIMITES DE EXPOSIÇÃO
A NR 15, Anexo 7, não estabelece o limite de exposição e determina que a avaliação para a
caracterização da insalubridade ocorra pelo método qualitativo, em decorrência de laudo de inspeção
realizada no local de trabalho.

MEDIDAS DE CONTROLE
São medidas de controle pertinentes:

Blindagem das fontes

Isolamento de áreas com alto índice de emissão

Treinamento de pessoal (operação e controle da distância até a fonte)

Roupas protetoras para a pele

Proteção visual

Controle médico

LASER (AMPLIFICAÇÃO DE LUZ POR EMISSÃO


ESTIMULADA DE RADIAÇÃO)
SEGUNDO A ILO (1998), AS OPERAÇÕES COM
LASER GERAM CALOR E RADIAÇÃO DENTRO DO
ESPECTRO ÓPTICO DO ULTRAVIOLETA EXTREMO
AO INFRAVERMELHO DISTANTE.

As emissões estimuladas produzem uma superposição de ondas, resultando outra onda perfeita, muito
estreita e de larga duração (alta intensidade por longas distâncias). Todos os lasers têm três blocos de
construção fundamentais:

Um meio ativo (sólido, líquido ou gasoso) que define os possíveis comprimentos de onda de
emissão.

Uma fonte de energia (por exemplo, corrente elétrica, lâmpada de bomba ou reação química).

Uma cavidade ressonante com acoplador de saída (geralmente, dois espelhos).

 VOCÊ SABIA

A maioria dos sistemas de laser práticos, fora do laboratório de pesquisa, também tem um sistema de
entrega de feixe, como uma fibra óptica ou braço articulado com espelhos para direcionar o feixe para
uma estação de trabalho e lentes de foco para concentrar o feixe em um material a ser soldado etc.

EFEITOS BIOLÓGICOS
Segundo padrões aceitos internacionalmente, os produtos a laser são classificados em uma das quatro
classes de risco de acordo com a potência ou energia de saída do laser e sua capacidade de causar
danos, a saber:

Classe I – Poder radiante pequeno e risco baixo (lasers totalmente fechados – seguro para os
olhos).

Nenhuma medida de segurança é necessária para um laser da classe I (gravadores de discos


compactos a laser).

Classe II – Radiação visível com intensidade maior que 1,0mW.


Têm uma potência de saída de 1 miliwatt (mW) ou menos, que corresponde ao limite de exposição
permitido para 0,25 segundo (lasers visíveis que emitem uma potência muito baixa). Os lasers da classe
II não são perigosos para olhar por até 1.000s (ponteiros de laser, alguns lasers de alinhamento e
scanners a laser de checkout de supermercado).

Classe III – Intensidade entre 1mW e 50mW.

Têm uma potência de saída mediana que gera algum cuidado (instrumentos de alinhamento e
levantamento a laser).

Classe III-B – Intensidade entre 5mW e 500mW (risco aos olhos). A resposta de aversão é
insuficientemente rápida para limitar a exposição da retina a um nível momentaneamente seguro
(lasers de pesquisa e telêmetros a laser militares).

Classe IV – intensidade maior que 500mW.

Risco potencial de incêndio, um risco significativo para a pele ou um risco de reflexão difusa (lasers
cirúrgicos e lasers de processamento de materiais usados para soldagem e corte).

LIMITES DE EXPOSIÇÃO
A NR 15, Anexo 7, não estabelece o limite de exposição e determina que a avaliação para a
caracterização da insalubridade ocorra pelo método qualitativo, em decorrência de laudo de inspeção
realizada no local de trabalho.

A ACGIH apresenta limites de exposição ocupacional que são estabelecidos em função do comprimento
de onda, intensidade da radiação e do tempo de exposição, por exemplo, para o laser vapor de cobre de
510,578nm, que tem intensidade de 2,5mW/cm², o tempo de exposição limite é de 0,25s.

MEDIDAS DE CONTROLE
São as seguintes as medidas de controle preconizadas pela ILO (1998):

Encerrar totalmente o laser e o caminho do feixe de modo que nenhuma radiação de laser
potencialmente perigosa esteja acessível. Se a proteção total de um laser Classe III ou IV não for
viável, o uso de invólucros de feixe (por exemplo, tubos), defletores e tampas ópticas pode
virtualmente eliminar o risco de exposição ocular perigosa na maioria dos casos.

O controle de chave encontrado em todos os produtos a laser fabricados comercialmente deve ser
utilizado.

Barreiras de proteção.

Proteção ocular a laser.


Roupas adequadas.

Treinamento do trabalhador para o uso seguro e medidas de controle de risco.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

CONCLUSÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como vimos, muitas são as áreas onde o uso das radiações ionizantes e não ionizantes acontecem.
Muitas das vezes, embora a área não utilize diretamente a radiação, ela o faz, por exemplo, em seus
laboratórios de controle de qualidade do produto manufaturado. Tais aplicações utilizam-se de diversos
instrumentos que têm incorporado, em suas estruturas, fontes radioativas ou equipamento emissor de
radiação ionizante. Assim como em outras profissões, o profissional de segurança do trabalho também
deve estar informado do modo de atuação dos referidos equipamentos, objetivando evitar um acidente
com essas radiações e, no caso de um acidente, entender o alcance.

 PODCAST
Confira agora o podcast preparado especialmente para você enriquecer seu conhecimento sobre
agentes físicos.
AVALIAÇÃO DO TEMA:

REFERÊNCIAS
AMERICAN CONFERENCE OF GOVERNMENTAL INDUSTRIAL HYGIENISTS. ACGIH. Limites de
exposição ocupacional (TLVsR) para substâncias químicas e agentes físicos & índices biológicos
de exposição (BEIsR). Tradução: ABHO (Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais). São
Paulo: ABHO, 2021. p. 4-5.

ARAUJO, G. M. Normas regulamentadoras comentadas e ilustradas. 8. ed. Rio de Janeiro: Editora


GVC, 2013.

BRASIL. Ministério da Ciência Tecnologia. Comissão Nacional de Energia Nuclear. Aplicações da


Energia Nuclear. Rio de Janeiro: CNEN, 2015. Consultado na internet em: 3 jun. 2021.

BRASIL. Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação. Comissão Nacional de Energia Nuclear. História
da Energia Nuclear. Rio de Janeiro: CNEN, 2013. Consultado na internet em: 5 jun. 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil. Doenças relacionadas


ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde. p. 15, 324, 325, 334 e 337. Brasília:
Editora do Ministério da Saúde, 2001.

BRASIL. Portaria n. 3.214, de 8 de junho de 1978. Aprova as normas regulamentadoras que


consolidam as leis do trabalho, relativas à segurança e medicina do trabalho. Brasília, 1978. Consultado
na internet em: 10 jun. 2021.

BREVIGLIERO, E.; SPINELLI, R.; POSSEBON, J. Higiene ocupacional: Agentes biológicos, químicos e


físicos. 10. ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2017. 452p.

CARDOSO, E. M. Programa de Integração CNEN. Rio de Janeiro: CNEM, 2005. Consultado na


internet em: 5 jun. 2021.

CARUS, T. L. De Rerum natura – Livro I. Juvino Alves Maia Junior, Hermes Orígenes Duarte Vieira,
Felipe dos Santos Almeida (tradutores do latim para o português). Bilíngue. João Pessoa: Ideia, 2016.
69p.

CARVALHO, R. P.; OLIVEIRA, S. M. V. Aplicações da Energia Nuclear na Saúde. São Paulo: SBPC;
Viena: IAEA, 2017.

GONÇALVES, E. A.; GONÇALVES, D. C.; GONÇALVES, I. C. Manual de Segurança e Saúde no


Trabalho. 7. ed. atual. São Paulo: LTr, 2018.
INTERNATIONAL LABOUR ORGANIZATION. ILO. Enciclopédia da Saúde e Segurança Ocupacional.
4. ed. atual. Geneva: ILO, 1998. Consultado na internet em: 10 jun. 2021.

PEIXOTO, H.; FERREIRA, L. Higiene ocupacional III. Santa Maria: Universidade Federal de Santa
Maria, Colégio Técnico Industrial de Santa Maria; Rede e-Tec Brasil, 2013.

SALIBA, T.; CORREA, M. Insalubridade e periculosidade: aspectos técnicos e práticos. 17. ed. atual.
São Paulo: LTr, 2019.

SALIBA, T.; LANZA, M. Estratégia de avaliação dos riscos ambientais. 2. ed. atual. São Paulo: LTr,
2018.

VIEIRA, S. I. Manual de Saúde e Segurança no Trabalho. 2. ed. atual. São Paulo: LTr, 2008.

EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos explorados neste conteúdo:

Acesse o site da CNEN, baixe apostilas e normas de segurança da Comissão Nacional de Energia
Nuclear para saber mais sobre o processo de medição da radiação ultravioleta.

Assista ao vídeo FLEX - Sensor X-04 - Medidor de ultravioleta UVA e UVB, do canal Criffer TV,
disponível no YouTube, e aprenda mais um pouco sobre instrumentos medidores de ultravioleta
UVA e UVB.

Assista aos vídeos Radiações Ionizantes e Radiações Não Ionizantes, do canal FUNDACENTRO,
disponível no YouTube.

CONTEUDISTA
Lucio Villarinho Rosa

Você também pode gostar