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As caracterizações técnicas das diversas tipologias de vibrações, as fontes das vibrações, o ruído
contínuo ou intermitente, o ruído de impacto, as vibrações de corpo inteiro, as vibrações de mãos e
braços, os efeitos biológicos e as medidas de controle, pertinentes.
PROPÓSITO
Haja vista o emprego habitual de máquinas e ferramentas que produzem ruído e vibrações no dia a dia
laboral, é de grande importância o estudo desses agentes, objetivando determinar em cada ambiente
laboral a tipologia e a respectiva intensidade e, com isso, estabelecer as recomendações de controle
dos riscos.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar este conteúdo, tenha em mãos papel, caneta, uma calculadora científica ou use a
calculadora de seu smartphone/computador para a realização das tarefas.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
MÓDULO 4
INTRODUÇÃO
SOM E VIBRAÇÃO. QUAL É A DIFERENÇA?
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões
de tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o
número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você
devem seguir o padrão internacional de separação dos números e das unidades.
MÓDULO 1
Reconhecer os conceitos gerais e as fases da avaliação ocupacional do ruído contínuo ou
intermitente.
LIGANDO OS PONTOS
Foto: Shutterstock.com
Você sabe o que é ruído contínuo ou intermitente? Conseguiria identificar uma aplicação prática em uma
atividade do dia a dia, assim como estabelecer a situação da exposição ocupacional ao ruído? Para
entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos analisar o case
da empresa Automecânica do Chicó, a seguir:
Dentre os diversos setores da empresa, aquele que está por ser avaliado, sob o ponto de vista dos
agentes de riscos ocupacionais, é o setor de Chapeamento e pintura, porém, inicialmente, serão
avaliados apenas os agentes físicos.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
A) Desamassar.
B) Emassar.
C) Pintar.
D) Polir.
E) Limpeza geral.
2. PARA OS TRABALHOS EM AMBIENTES RUIDOSOS SÃO INDICADAS VÁRIAS
MEDIDAS DE CONTROLE, INCLUINDO OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL (EPI). NO CASO DA AUTOMECÂNICA DO CHICÓ, ESTÃO LISTADOS
DIVERSOS EPIS, ALGUNS LIGADOS DIRETAMENTE AO AGENTE DE RISCO
RUÍDO. ASSINALE A AFIRMATIVA QUE APRESENTA UM EPI RECOMENDADO,
COMO MEDIDA DE CONTROLE DO RISCO, NOS TRABALHOS EM AMBIENTES
RUIDOSOS.
D) Capacete
GABARITO
1. O ruído é o agente físico mais comum nas organizações. Portanto, é de grande importância o
estudo desse agente, objetivando determinar, em cada ambiente laboral, a tipologia e respectiva
intensidade e, com isso, estabelecer as recomendações de controle dos riscos. Considerando o
detalhamento sobre o ambiente no setor de chapeamento e pintura, sobre as atividades ali
desenvolvidas, sobre as máquinas e equipamentos utilizados e, ainda, sobre as proteções de
ordem coletiva e de ordem individual empregadas, assinale a afirmativa correta que indica em
qual atividade existe a possibilidade de exposição ao ruído de grande intensidade.
2. Para os trabalhos em ambientes ruidosos são indicadas várias medidas de controle, incluindo
os equipamentos de proteção individual (EPI). No caso da AutoMecânica do Chicó, estão listados
diversos EPIs, alguns ligados diretamente ao agente de risco ruído. Assinale a afirmativa que
apresenta um EPI recomendado, como medida de controle do risco, nos trabalhos em ambientes
ruidosos.
O emprego de EPI para a proteção auditiva, no ambiente de trabalho, é uma das mais importantes
medidas de controle dos riscos dos ambientes laborais, visto que os efeitos danosos do ruído sobre a
saúde dos trabalhadores são os mais comuns.
RESPOSTA
O ruído afeta o organismo de muitas maneiras, causando prejuízos não apenas ao funcionamento do sistema
auditivo, como também comprometendo as atividades física, fisiológica e mental do indivíduo a ele exposto.
Os efeitos ao sistema auditivo mais comuns são: trauma acústico – som explosivo instantâneo com pico de
pressão sonora que excede 140dB; fadiga auditiva – corresponde a um fenômeno temporário, em que o
limiar auditivo retorna ao normal após um período de repouso auditivo; e perda auditiva induzida por ruído
(PAIR) – decorrente de um acúmulo de exposições ao ruído, repetidas constantemente, por período de
muitos anos.
O QUE SIGNIFICA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE?
Imagem: Shutterstock.com
O SOM
O som origina-se de vibrações mecânicas de diferentes frequências que se propagam no ar, produzindo
uma onda de pressão no meio. Nessa linha, podemos ainda conceituar o som como uma sensação
auditiva resultante da propagação de um movimento vibratório em um material elástico. É uma forma de
energia do movimento ondulatório que é transmitida pela colisão das moléculas do meio.
Propagação do som.
SAIBA MAIS
A frequência do som está relacionada com o número de vibrações na unidade de tempo. Para a
vibração ser ouvida, é necessário que a frequência do som esteja entre 16 e 20kHz.
RUÍDO
Ruído ou barulho é também uma sensação sonora, porém, neste caso, desagradável ou indesejável. O
ruído tem características indefinidas de variações de pressão em função da frequência.
ATENÇÃO
Sob o ponto de vista dos agentes físicos, o ruído, certamente, é o principal desses agentes presentes
nos ambientes laborais.
Tipos de ruído
RUÍDO CONTÍNUO
Caracterizado pela pequena variação de intensidade em função do tempo. Segundo a NR 15, o NPS
varia de 3dB em mais de 15 minutos.
RUÍDO INTERMITENTE
Caracterizado pela média variação de intensidade em função do tempo. Segundo a NR 15, o NPS varia
de 3dB em mais de 2 segundos e em menos de 15 minutos.
Caracterizado pela alta variação de intensidade em um intervalo de tempo muito pequeno. Segundo a
NR 15, caracterizado pela ocorrência de picos de energia acústica de duração inferior a 1 segundo a
intervalos de tempo superiores a 1 segundo.
LIMIAR DE AUDIBILIDADE
O limiar de audibilidade humana, obtida entre pessoas jovens e sem problemas auditivos, corresponde à
pressão de 2 × 10−5 N /m2 a 1kHz, ou por convenção o dB.
SAIBA MAIS
Cabe ressaltar que o limiar da dor (sensação dolorosa no ouvido) corresponde a pressão de 200N/m² a
1kHz, que corresponde a 140dB.
P
NPS = 20 log
P0
l
NIS = 10 log
l0
W
NWS = 10 log
W0
EQUIPAMENTOS E PARÂMETROS
Analisadores de frequência
É um equipamento que se encontra acoplado aos decibelímetros. Este equipamento tem por finalidade
indicar a distribuição do som em função da frequência, para que seja possível determinar qual a banda
(oitava ou terça) que emite a maior quantidade de energia do som.
Calibradores
Um calibrador tem por finalidade averiguar o comportamento dos equipamentos, que quantificam o nível
da pressão sonora, ou seja, ele verifica como o equipamento responde a determinado estímulo
controlado (entre 94Hz e 1.000Hz), de pressão sonora.
Dose
Chamamos de Dose um parâmetro. Esse parâmetro tem por finalidade analisar a porcentagem de
energia sonora a qual o trabalhador está exposto. Entende-se como dose máxima a energia sonora
diária admitida.
Dosímetro de ruído
Segundo a NR 01, um medidor integrador de uso pessoal que fornece a dose da exposição ocupacional
ao ruído.
Medidor de nível de pressão sonora integrador com filtro para bandas de frequência e dosímetro de
ruído.
A NHO 01 entende que incremento de Duplicação de Dose (q) é o incremento em decibéis que, quando
adicionado a determinado nível, implica a duplicação da dose de exposição ou a redução pela metade
do tempo máximo permitido.
Corresponde ao valor máximo, acima do qual não é permitida exposição em nenhum momento da
jornada de trabalho.
Equipamento que pode ser fixado no trabalhador durante o período de medição, fornecendo, por
meio de integração, a dose ou o nível médio.
c) Medidor Integrador portado pelo avaliador:
Equipamento operado pelo avaliador, que fornece, por meio de integração, a dose ou o nível
médio.
Nível médio que toma por base a equivalência de energia, conhecido como LEQ.
Nível de exposição, convertido para uma jornada padrão de 8 horas diárias, para comparação
com o limite de tolerância.
Nível a partir do qual os valores devem ser considerados na integração, a fim de determinar o
nível médio ou a dose de exposição.
Nível que representa a exposição ocupacional relativo ao período de medição, que considera os
diversos valores de níveis instantâneos ocorridos no período e os parâmetros de medição
predefinidos.
SAIBA MAIS
Imagem: Shutterstock.com
O ruído afeta o organismo de muitas maneiras, causando prejuízos não apenas ao funcionamento do
sistema auditivo como também comprometendo as atividades física, fisiológica e mental do indivíduo.
TRAUMA ACÚSTICO
Som explosivo instantâneo com pico de pressão sonora que excede 140dB.
FADIGA AUDITIVA
Corresponde a um fenômeno temporário, em que o limiar auditivo retorna ao normal após um período de
repouso auditivo.
PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO (PAIR)
Transtornos Neurológicos
Transtornos Vestibulares
Transtornos Digestivos
Transtornos Cardiovasculares
Transtornos Hormonais
Transtornos do Sono
Transtornos Comportamentais
NR 15
Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibel (dB) com instrumento de
nível de pressão sonora operando no circuito de compensação “A” e circuito de resposta lenta (SLOW).
As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador.
ATENÇÃO
Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância fixados.
Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário, será considerada a máxima exposição
diária permissível relativa ao nível imediatamente mais elevado.
Não é permitida a exposição a níveis de ruído acima de 115dB(A) para indivíduos que não estejam
adequadamente protegidos.
Se, durante a jornada de trabalho, ocorrerem dois ou mais períodos de exposição a ruído de diferentes
níveis, devem ser considerados os seus efeitos combinados, de forma que, se a soma das seguintes
frações exceder a unidade, a exposição estará acima do limite de tolerância.
C1 C2 Cn
+ + ………..+
T1 T2 Tn
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
ATENÇÃO
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
Nível de ruído db (A) Exposição diária permissível
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
480 D
NE = 10 × log( × )+85(dB)
TE 100
NE−85
TE ( )
3
D = × 100 × 2 (%)
480
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
NE – Nível de exposição.
ATENÇÃO
Em ambos os casos, devem ser utilizados preferencialmente medidores integradores de uso individual.
Na avaliação da exposição de um trabalhador ao ruído contínuo ou intermitente por meio da dose diária
utilizando medidor integrador de uso pessoal, o critério de referência que embasa os limites de
exposição diária adotados para ruído contínuo ou intermitente corresponde a uma dose de 100% para
exposição de 8 horas ao nível de 85dB (A).
O critério de avaliação considera, além do critério de referência, o incremento de duplicação de dose (q)
igual a 3, e o nível limiar de integração igual a 80dB (A). De acordo com esse critério, o limite de
exposição ocupacional diária ao ruído contínuo ou intermitente corresponde à dose diária igual a 100%.
Para comparação com o limite de tolerância, deve-se determinar o Nível de Exposição Normalizado
(NEN), que corresponde ao Nível de Exposição (NE) convertido para a jornada padrão de 8 horas
diárias, que é determinado pela seguinte expressão:
TE
NEN = NE + 10 × log (dB)
480
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
ATENÇÃO
De acordo com esse critério, o limite de tolerância ocupacional diária ao ruído corresponde a NEN igual
a 85dB (A), e o Limite de Exposição Valor Teto para ruído contínuo ou intermitente é de 115dB (A). Para
esse critério, considera-se nível de ação o valor NEN igual a 82dB (A).
Avaliação quantitativa individual por meio do medidor integrador portado pelo avaliador
Na indisponibilidade do medidor integrador de uso pessoal, poderão ser utilizados outros tipos de
medidores não fixados no trabalhador, nesse caso, a dose poderá ser determinada pela seguinte
expressão:
C1 C2 Cn
D =( + + ………..+ )×100 (%)
T1 T2 Tn
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
De acordo com esse critério, o limite de tolerância ocupacional diária ao ruído contínuo ou intermitente
corresponde à dose diária igual a 100%.
ATENÇÃO
Caso a dose diária esteja entre 50% e 100%, a exposição deve ser considerada acima do nível de ação,
devendo ser adotadas medidas preventivas, de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições
ao ruído causem prejuízos à audição do trabalhador.
Quando a exposição for a um único nível de ruído, o cálculo da dose diária é feito utilizando a
expressão:
C1
D =( )×100 (%)
T1
Em que:
Da mesma maneira, de acordo com esse critério, o limite de tolerância ocupacional diária ao ruído
contínuo ou intermitente corresponde à dose diária igual a 100%.
ATENÇÃO
Caso a dose diária esteja entre 50% e 100%, a exposição deve ser considerada acima do nível de ação,
devendo ser adotadas medidas preventivas, de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições
ao ruído causem prejuízos à audição do trabalhador.
Para minimizar esse conflito, o INSS publicou a Instrução Normativa IN 45/2010, que prevê em seu
artigo 239 que, na avaliação da exposição ocupacional ao ruído, devem ser utilizados:
AS METODOLOGIAS E OS PROCEDIMENTOS DEFINIDOS,
NA NHO 01, DA FUNDACENTRO.
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Durante uma jornada de trabalho de 8 horas, foram encontrados os seguintes resultados para quatro
dosimetrias realizadas em quatro locais diferentes, a saber:
40 2 horas
30 2 horas e 30 minutos
25 2 horas e 30 minutos
30 1 hora
RESOLUÇÃO
Como o somatório das doses para 8 horas 40+30+25+30=125 (125% ou 1,25) resultou em um valor
superior a 100% ou a 1, considera-se ultrapassado o limite de tolerância!
NR 15 >>
Lavg = 85 + [16,61 × log(1,25)] = 86,61 dB(A)
NHO 01 >>
Leq = 85 + [10 × log(1,25)] = 85,97 dB(A)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
b) Determine a dose resultante da exposição a um nível de 85dB (A) durante um período de 8 horas:
NR 15 >> Dose(%)= TE
( Lavg −85 )
8×100×2 5
NHO 01 >> Dose(%)= TE
( Leq −85 )
8×100×2 3
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
RESOLUÇÃO
NR 15 >> Dose(%)= 8
( Lavg −85 )
= 100%
8×100×2 5
8×100×2 3
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
VERIFICANDO O APRENDIZADO
B) O NPS tem picos de energia acústica de duração inferior a 1 segundo a intervalos de tempo
superiores a 1 segundo.
C) O NPS tem picos de energia acústica de duração superior a 1 segundo a intervalos de tempo
superiores a 15 segundos.
GABARITO
O NPS varia de 3dB em um período superior a 15 minutos, no caso de ruídos contínuos, e apresenta
uma variação maior ou igual a 3dB, para um período inferior a 15 minutos.
2. São destacadas pela NHO 01 (2001) várias correlações entre as terminologias em português e
em inglês necessárias ao bom desempenho do profissional de saúde e segurança do trabalho.
Assinale a afirmativa correta:
O Nível Médio (NM), em português, é equivalente ao Average Level (TWA ou LAVG), em inglês.
MÓDULO 2
LIGANDO OS PONTOS
Foto: Shutterstock.com
Você sabe o que é ruído de impacto? Conseguiria identificar uma aplicação prática em uma atividade do
dia a dia, assim como estabelecer a situação da exposição ocupacional ao ruído? Para entendermos os
conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos analisar o case da empresa
Automecânica do Chicó, a seguir:
Dentre os diversos setores da empresa, aquele que está por ser avaliado, sob o ponto de vista dos
agentes de riscos ocupacionais, é o setor de Chapeamento e pintura, porém, inicialmente, serão
avaliados apenas os agentes físicos.
Cabe ainda destacar que são utilizados os equipamentos de proteção coletiva e, também, os
equipamentos de proteção individual pertinentes, sempre com certificados de aprovação (CA), a saber:
protetor auricular tipo concha, escudo de proteção, avental e luvas de raspa de couro, óculos de
segurança oxiacetilênica, protetor facial, óculos de segurança e equipamentos de proteção respiratória
pertinentes.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
A) De impacto.
B) Contínuo.
C) Intermitente.
D) Contínuo e intermitente.
E) Contínuo e de impacto.
2. PARA OS TRABALHOS EM AMBIENTES RUIDOSOS, SÃO INDICADAS VÁRIAS
MEDIDAS DE CONTROLE, INCLUINDO AÇÕES NA FONTE, NO MEIO DE
TRANSMISSÃO DO SOM E NO HOMEM. ASSINALE A AFIRMATIVA QUE
APRESENTA UMA MEDIDA DE CONTROLE, APLICÁVEL AO MEIO DE
TRANSMISSÃO DO SOM.
A) Refúgios de ruído.
GABARITO
1. O ruído é o agente físico mais comum nas organizações. Portanto, é de grande importância o
estudo desse agente, objetivando determinar, em cada ambiente laboral, a tipologia e respectiva
intensidade e, com isso, estabelecer as recomendações de controle dos riscos. Considerando o
detalhamento sobre o ambiente no setor de chapeamento e pintura, sobre as atividades ali
desenvolvidas, sobre as máquinas e equipamentos utilizados e, ainda, sobre as proteções de
ordem coletiva e de ordem individual empregadas, assinale a afirmativa correta que indica o tipo
de ruído gerado durante a atividade de desamassar.
2. Para os trabalhos em ambientes ruidosos, são indicadas várias medidas de controle, incluindo
ações na fonte, no meio de transmissão do som e no homem. Assinale a afirmativa que apresenta
uma medida de controle, aplicável ao meio de transmissão do som.
No meio de transmissão do som, são aplicáveis: absorção do som (barreiras, tratamento acústico etc.) e
refúgios de ruído(console central enclausurado).
3. VOCÊ JÁ SABE QUE NA AUTOMECÂNICA DO CHICÓ NÃO
FOI OBSERVADA A CONDIÇÃO DE INSALUBRIDADE PARA
AGENTES FÍSICOS, NO SETOR DE CHAPEAMENTO E
PINTURA. ESSA SITUAÇÃO PERMITE A OFERTA DE UM
AMBIENTE DE BOA QUALIDADE PARA A SAÚDE E
CONFORTO DOS TRABALHADORES. QUANDO TAL
CONDIÇÃO NÃO É GARANTIDA, POR EXEMPLO, PARA O
AGENTE RUÍDO, SÃO VÁRIOS OS EFEITOS DANOSOS
POSSÍVEIS. QUAIS EFEITOS NÃO AUDITIVOS SÃO
ESPERADOS?
RESPOSTA
O ruído afeta o organismo de muitas maneiras, causando prejuízos não apenas ao funcionamento do sistema
auditivo, como também comprometendo as atividades física, fisiológica e mental do indivíduo a ele exposto.
Os efeitos não auditivos mais observados são: transtornos da habilidade de executar atividades; transtornos
neurológicos; transtornos vestibulares; transtornos digestivos; transtornos cardiovasculares; transtornos
hormonais; transtorno do sono; e transtornos comportamentais.
O QUE É RUÍDO DE IMPACTO?
RUÍDO DE IMPACTO
Imagem: Shutterstock.com
NR 15
Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibel (dB), com medidor de nível de pressão
sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto. As leituras devem ser feitas
próximas ao ouvido do trabalhador.
O limite de exposição para ruído de impacto será de 130dB (linear). Nos intervalos entre os picos,
o ruído existente deverá ser avaliado como ruído contínuo.
Em caso de não se dispor de medidor de nível de pressão sonora com circuito de resposta para
impacto, será válida a leitura feita no circuito de resposta rápida (Fast) e circuito de compensação
“C”. Nesse caso, o limite de exposição será de 120dBC.
A determinação da exposição ao ruído de impacto ou impulsivo deve ser feita por meio de medidor de
nível de pressão sonora operando em (Linear) e circuito de resposta para medição de nível de pico.
Nesse critério, o limite de exposição diária ao ruído de impacto é determinado pela expressão a seguir:
Np = 160– 10 Log(n)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
A tabela a seguir, obtida com base na expressão anterior, apresenta a correlação entre os níveis de pico
máximo admissíveis e o número de impactos ocorridos durante a jornada diária de trabalho, extraída a
partir da expressão de determinação do limite de exposição diária ao ruído de impacto.
Np n Np n Np n
Quando o número de impactos ou de impulsos diários exceder 10.000 (n > 10.000), o ruído deverá ser
considerado como contínuo ou intermitente.
O Limite de Tolerância Valor Teto para ruído de impacto corresponde ao valor de nível de pico de 140 dB
(Lin).
O nível de ação para a exposição ocupacional ao ruído de impacto corresponde ao valor Np obtido na
expressão acima, subtraído de 3 decibéis.
ATENÇÃO
Não é permitida a exposição a ruídos de impacto ou impulsivos com níveis de pico superiores a 140dB
para indivíduos que não estejam adequadamente protegidos.
Realize os ajustes preliminares no equipamento e sua calibração, com base nas instruções do manual
de operação e parâmetros especificados.
Efetue medições em número suficiente para determinar os níveis de impacto a que fica submetido o
trabalhador avaliado.
Determine o número de impactos por dia a que fica exposto o trabalhador avaliado.
O número de impactos e os níveis medidos em um período menor que a jornada diária de trabalho
poderão ser extrapolados para toda a jornada, desde que o período avaliado seja representativo de toda
a exposição do trabalhador.
Sempre que o nível de pico ultrapassar o nível máximo permitido – Np , calculado para o número de
impactos a que o trabalhador está exposto em sua jornada diária de trabalho, o limite de exposição
estará excedido e exigirá a adoção imediata de medidas de controle.
Não é permitida exposição a ruídos de impacto ou impulsivos com níveis de pico superiores a 140dB
para indivíduos que não estejam adequadamente protegidos.
Se o nível de pico estiver entre (Np – 3) e Np , a exposição deve ser considerada acima do nível de ação,
devendo ser adotadas medidas preventivas para minimizar a probabilidade de que as exposições ao
ruído ultrapassem o limite de exposição.
Relatório
A NHO 01 recomenda que, no relatório técnico, sejam abordados, no mínimo, os aspectos a seguir
apresentados, de forma que possibilite a compreensão, por leitor qualificado, sobre o trabalho
desenvolvido e a documentação dos aspectos da presente Norma que foram utilizados no estudo:
Instrumental utilizado.
Metodologia de avaliação.
Dados obtidos.
Sempre que as avaliações indicarem que os níveis de pressão sonora estão acima do nível de ação
devem ser aplicadas as medidas de controle a fim de eliminar ou minimizar o risco associado.
Na fonte:
No trabalhador:
Rotatividade na função.
EPI.
ATENÇÃO
Os protetores auriculares, para serem eficazes, devem ser usados de forma correta e obedecer aos
requisitos mínimos de qualidade representada pela capacidade de atenuação; o uso permanente do
protetor garante a eficácia da proteção, e os protetores devem ser capazes de reduzir a intensidade do
ruído abaixo do limite de tolerância.
Protetores auditivos
São dois os tipos de protetores auditivos mais usuais: o protetor do tipo concha e o de inserção.
São constituídos por duas conchas de material plástico com bordas almofadadas.
Tem como vantagens a simplicidade e a rapidez na utilização, o tamanho único e são fáceis de
higienizar.
Foto: Shutterstock.com
Protetor pré-moldado
Tem a aplicação indicada quando necessário o uso de outros EPI de forma simultânea.
Tem como vantagens o tamanho reduzido para guarda e transporte, e são relativamente
confortáveis mesmo em ambientes quentes.
Tem a aplicação indicada quando necessário o uso de outros EPIs de forma simultânea.
Tem como vantagens o tamanho reduzido para guarda e transporte, e são relativamente
confortáveis mesmo em ambientes quentes.
Como principais desvantagens, temos o fato da necessária e permanente higienização, assim
como de não poder sofrer manutenção.
Foto: Shutterstock.com
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
A ordem de serviço do INSS nº 608, de 1998, apresenta os aspectos técnicos para identificar a perda
auditiva induzida por ruído ocupacional (PAIRO), assim como recomenda a obrigatoriedade de
implementação pelo empregador de um programa de conservação auditiva (PCA).
Esse programa é composto por uma série de medidas administrativas e de controle do risco que devem
ser implementadas em toda a empresa, que detectou, em suas ações de levantamentos das condições
ambientais, níveis de pressão sonora elevados.
Supervisão e treinamento.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibel (dB), com medidor de nível de pressão
sonora operando no circuito linear e circuito de resposta lenta. As leituras devem ser feitas próximas ao
ouvido do trabalhador.
B) O limite de exposição para ruído de impacto será de 130dB (linear). Nos intervalos entre os picos, o
ruído existente deverá ser avaliado como ruído de impacto.
C) Em caso de não se dispor de medidor de nível de pressão sonora com circuito de resposta para
impacto, será válida a leitura feita no circuito de resposta rápida (Fast) e circuito de compensação “C”.
Nesse caso, o limite de exposição será de 140dB (C).
E) O limite de exposição para ruído de impacto será de 130dB (linear). Nos intervalos entre os picos, o
ruído existente deverá ser avaliado como ruído contínuo.
GABARITO
De acordo com a NR 15, medindo-se o ruído próximo ao ouvido do trabalhador, o limite máximo de
exposição ao ruído é de 130dB (linear) e, existindo ruído entre os picos de impacto, esse ruído também
deverá ser tratado como ruído de impacto.
2. O programa PCA deve contemplar uma série de requisitos. Assinale a afirmativa que
apresenta, de forma correta, um desses requisitos.
A alternativa "A " está correta.
PCA é a sigla para programa de conservação auditiva, e ele tem como um dos objetivos monitorar a
emissão de ruídos que atingem os trabalhadores, e isso ocorre através de monitoramento e ruído
existente em todo o ambiente, seja por ação antrópica, seja por ação natural.
MÓDULO 3
LIGANDO OS PONTOS
Foto: Shutterstock.com
Você sabe o que é vibração de corpo inteiro? Conseguiria identificar uma aplicação prática em uma
atividade do dia a dia, assim como estabelecer a situação da exposição ocupacional às vibrações de
corpo inteiro? Para entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática,
vamos analisar o case da empresa Automecânica do Chicó, a seguir:
Dentre os diversos setores da empresa, aquele que está por ser avaliado, sob o ponto de vista dos
agentes de riscos ocupacionais, é o setor de Chapeamento e pintura, porém, inicialmente, serão
avaliados apenas os agentes físicos.
Cabe ainda destacar que são utilizados os equipamentos de proteção coletiva e, também, os
equipamentos de proteção individual pertinentes, sempre com certificados de aprovação (CA), a saber:
protetor auricular tipo concha, escudo de proteção, avental e luvas de raspa de couro, luvas e botas
antivibração, óculos de segurança oxiacetilênica, protetor facial, óculos de segurança e equipamentos
de proteção respiratória pertinentes.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
B) Emassar.
C) Polir.
D) Desamassar.
E) Limpeza geral.
A) Botas antivibração.
D) Capacete.
GABARITO
1. A vibração de corpo inteiro é um agente físico bem comum nas organizações. Portanto, é de
grande importância o estudo desse agente objetivando determinar, em cada ambiente laboral, a
tipologia e respectiva intensidade e, com isso, estabelecer as recomendações de controle dos
riscos. Considerando o detalhamento sobre o ambiente no setor de chapeamento e pintura,
sobre as atividades ali desenvolvidas, sobre as máquinas e equipamentos utilizados e, ainda,
sobre as proteções de ordem coletiva e de ordem individual empregadas, assinale a afirmativa
correta que indica em que atividade existe a possibilidade de exposição à vibração de corpo
inteiro.
2. Para os trabalhos em ambientes sujeitos à vibração são indicadas várias medidas de controle,
incluindo os equipamentos de proteção individual (EPI). No caso da AutoMecânica do Chicó
estão listados diversos EPI, alguns ligados, diretamente, ao agente de risco vibração de corpo
inteiro. Assinale a afirmativa que apresenta um EPI recomendado, como medida de controle do
risco, nos trabalhos em ambientes que têm o piso sujeito à vibração.
O emprego de EPI para as vibrações de corpo inteiro, no ambiente de trabalho, é uma das mais
importantes medidas de controle dos riscos dos ambientes laborais, visto que reduz efetivamente os
efeitos danosos sobre a saúde dos trabalhadores.
RESPOSTA
Deve ser realizada avaliação preliminar da exposição às VMBs e VCIs, no contexto do reconhecimento e da
avaliação dos riscos, considerando-se os seguintes aspectos: ambientes de trabalho, processos, operações e
condições de exposição; características das máquinas, veículos, ferramentas ou equipamentos de trabalho;
informações fornecidas por fabricantes sobre os níveis de vibração gerados por ferramentas, veículos,
máquinas ou equipamentos envolvidos na exposição, quando disponíveis; condições de uso e estado de
conservação de veículos, máquinas, equipamentos e ferramentas, incluindo componentes ou dispositivos de
isolamento e amortecimento que interfiram na exposição de operadores ou condutores; características da
superfície de circulação, cargas transportadas e velocidades de operação, no caso de VCI; estimativa de
tempo efetivo de exposição diária; constatação de condições específicas de trabalho que possam contribuir
para o agravamento dos efeitos decorrentes da exposição; esforços físicos e aspectos posturais; dados de
exposição ocupacional existentes; e informações ou registros relacionados a queixas e antecedentes
médicos relacionados aos trabalhadores expostos.
O QUE É VIBRAÇÃO DE CORPO INTEIRO?
As vibrações ditas ocupacionais podem ser classificadas em vibrações de corpo inteiro e em vibrações
de mãos e braços.
Ocorrem quando são transmitidas para todo o corpo através dos pés, nádegas e/ou costas, em
manuseios de maquinários, tais como: empilhadeiras, caminhões, tratores etc.
Vibrações de mãos e braços (VMB)
Caracterizadas por serem transmitidas ao corpo do trabalhador, por meio das mãos, antebraços e
braços, por utilização, por exemplo de: motosserras, marteletes, furadeiras etc.
Como a vibração é um movimento oscilatório, a sua quantificação é feita pela aceleração em m/s² ou em
dB por meio de:
A
dB = 20 log
A0
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
NHO 09 (2013)
NHO 10 (2013)
Já para a NHO 10 (2013) – Avaliação da Exposição Ocupacional a Vibrações em Mãos e Braços (VMB),
a origem do sistema ortogonal é posicionada sobre o objeto que vai ser segurado pelo trabalhador e,
abaixo do início dos dedos, segundo os esquemas seguintes:
A seguir, estão listadas as principais definições estabelecidas pelas Normas Fundacentro, NHO 09
(2013) e NHO 10 (2013):
Aceleração média (amj): Raiz média quadrática dos diversos valores da aceleração instantânea
ocorridos em um período de medição, expressa em m/s², na direção “j”.
Aceleração média resultante (amr): Corresponde à raiz quadrada da soma dos quadrados das
acelerações médias medidas segundo os três eixos ortogonais “x”, “y” e “z”, definida pela expressão que
segue:
1/2
2 2 2 2
Amr = [(fx × amx ) + (fy × amy ) + (fz × amz ) ] m/s
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
m 1/2
1 2 2
are = [ ∑ ni × arep × Ti ] m/s
T i =1 i
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
arep
i
– Aceleração resultante de exposição parcial.
ni – Número de repetições da componente de exposição “i” ao longo da jornada de trabalho.
1/2
T 2
aren = are × [ ] m/s
T0
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
Componente de exposição: Parte da exposição diária que pode ser representada por um único valor
de aceleração resultante de exposição parcial (arep). A componente de exposição pode ser
decorrente de uma única operação ou consequência de duas ou mais operações executadas de forma
sequencial.
Fator de crista (FC): Módulo da razão entre o máximo valor de pico de aj(t) e o valor de amj, ambas
ponderadas em frequência.
Forças de preensão: Forças exercidas pelo trabalhador para segurar a ferramenta ou a peça que está
sendo trabalhada.
Ponto de medição: Ponto(s) localizado(s) na zona de exposição, ou próximo(s) a esta, cujos valores
obtidos sejam representativos da exposição da região do corpo atingida.
Valor da dose de vibração (V DVj ): Corresponde ao valor obtido a partir do método de dose de
vibração à quarta potência determinado na direção “j”, sendo que “j” corresponde aos eixos ortogonais
“x”, “y” ou “z”, expresso em m/s1,75 e definido pela expressão que segue:
1/4
t
4
1,75
VDVJ = [∫ [aj (t)] dt] (m/s )
0
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
1/4
s 4
1,75
VDVji = [∑ (VDVjik ) ] (m/s )
k =1
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
1/4
Texp
1,75
VDVexp = fj × VDVji × [ ] (m/s )
ji Tamos
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
VDVji – Valor da dose de vibração medido no eixo “j”, relativo à componente de exposição “i”.
Texp – Tempo total de exposição à vibração, ao longo de toda a jornada de trabalho, decorrente da
componente de exposição “i” em estudo. Corresponde ao número de repetições da componente vezes o
seu tempo de duração.
Tamos – Tempo total utilizado para a medição das “s” amostras representativas da componente de
exposição “i”, em estudo. A expressão para sua obtenção é a que segue:
s
Tamos = ∑ Tk
k =1
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
1/4
m 4
1,75
VDVexp = [∑ (VDV exp ) ] (m / s )
j i =1 ji
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
VDV exp
ji
– Valor da dose de vibração da exposição representativo da exposição ocupacional diária
no eixo “j”, relativo à componente de exposição “i”.
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
VDVexp
j
– Valor da dose de vibração da exposição, representativo da exposição ocupacional diária
no eixo “j”, sendo “j” igual a “x”, “y” ou “z”.
CRITÉRIOS LEGAIS
Foto: Shutterstock.com
Caracteriza-se a condição insalubre caso seja superado o limite de exposição ocupacional diária à
vibração de corpo inteiro (VCI), que corresponde ao:
Caracteriza-se a condição insalubre caso seja superado o limite de exposição ocupacional diária à
VMB correspondente a um valor de aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de
5m/s².
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO
A seguir, estão transcritos, em forma de resumo, os procedimentos previstos nas Normas Fundacentro,
NHO 09 (2013) e NHO 10 (2013).
A avaliação da vibração deverá ser feita de forma a ser representativa da exposição de todos os
trabalhadores considerados no estudo. Identificando-se os grupos de exposição similar, não precisarão
ser avaliados todos os trabalhadores. As avaliações podem ser realizadas cobrindo parte dos
trabalhadores de cada grupo considerado que esteja em situação correspondente à exposição “típica”
do grupo.
Sempre que houver dúvidas quanto à representatividade de uma amostragem parcial, esta deverá ser
estendida até que haja convicção técnica de sua representatividade. Havendo dúvidas quanto à
possibilidade de redução do número de trabalhadores a serem avaliados, a abordagem deve considerar
necessariamente a totalidade dos expostos no grupo considerado.
A análise preliminar tem por objetivo reunir elementos que permitam enquadrar as situações analisadas
em três distintas possibilidades, quais sejam:
A convicção técnica de que as situações de exposição sejam aceitáveis, pressupondo-se que estejam
abaixo do nível de ação.
A convicção técnica de que as situações de exposição sejam inaceitáveis, pressupondo-se que estejam
acima do limite de exposição.
Cabe observar que a convicção técnica será decorrência do conhecimento e da experiência profissional
do avaliador e será formada a partir dos aspectos que compõem a análise preliminar da exposição.
Nesse ponto, cabe ressaltar que, segundo o Anexo I, da NR 09 (2020), deve ser realizada avaliação
preliminar da exposição às VMB e VCI, no contexto do reconhecimento e da avaliação dos riscos,
considerando-se também os seguintes aspectos apresentados pelo item 3.1 da referida NR:
De acordo com a Norma de Higiene Ocupacional 09 (NHO 09), item 6.2, as situações de avaliação à
exposição devem ser realizadas nas seguintes situações:
EXPOSIÇÃO ACEITÁVEL
EXPOSIÇÃO INACEITÁVEIS
DÚVIDA SOBE A EXPOSIÇÃO
EXPOSIÇÃO ACEITÁVEL
Quando, por meio da análise preliminar, houver a convicção técnica de que as situações de exposição
são aceitáveis, em princípio não serão necessárias avaliações quantitativas, sendo recomendada, no
mínimo, a manutenção das condições de exposição existentes.
EXPOSIÇÃO INACEITÁVEIS
Quando, por meio da análise preliminar, houver a convicção técnica de que as situações de exposição
são inaceitáveis, em princípio não serão necessárias avaliações quantitativas, sendo obrigatória a
adoção de medidas de controle.
Ainda, segundo o Anexo I, da NR 09, a avaliação quantitativa deve ser representativa da exposição,
abrangendo aspectos organizacionais e ambientais que envolvam o trabalhador no exercício de suas
funções.
ATENÇÃO
Sempre que houver dúvidas quanto à representatividade de uma amostragem parcial, esta deverá ser
estendida até que haja convicção técnica da representatividade da amostra.
EQUIPAMENTO DE MEDIDA
As medições da vibração transmitida ao corpo devem ser feitas de forma simultânea, segundo as três
direções de um sistema de coordenadas ortogonais, utilizando-se acelerômetro do tipo triaxial. As
medições devem ser feitas no ponto de medição selecionado de modo que os resultados sejam
representativos da exposição ocupacional.
Medidores, acelerômetros e calibradores deverão ser periodicamente calibrados pelo Instituto Nacional
de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), por laboratórios acreditados pelo Inmetro para essa
finalidade ou por laboratórios internacionais, desde que reconhecidos pelo Inmetro.
A avaliação quantitativa da exposição dos trabalhadores às VCIs deve ser feita utilizando-se sistemas de
medição que permitam a determinação da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) e do
valor da dose de vibração resultante (VDVR), parâmetros representativos da exposição diária do
trabalhador.
Para fins de comparação com o limite de exposição ou com o nível de ação, independentemente da
duração da jornada de trabalho, deve-se determinar a aceleração resultante da exposição normalizada
(aren) e o valor da dose de vibração resultante (VDVR).
ATENÇÃO
Esse último parâmetro adquire maior importância quando for constatada a ocorrência de choques ou
solavancos significativos na exposição do trabalhador sob estudo.
SISTEMA DE MEDIÇÃO
A seleção do transdutor de vibrações (acelerômetro) deve ser feita considerando-se o tipo de montagem
necessária para o devido posicionamento e fixação do transdutor e as características do sinal a ser
medido, tais como: frequências, amplitudes, ocorrência de picos elevados (por exemplo: movimentação
de veículos em pisos irregulares ou esburacados ou medições em plataformas vibrantes).
Para avaliação da exposição ocupacional a vibrações transmitidas por assentos, devem ser utilizados
acelerômetros de assento construídos especificamente para tal finalidade.
A identificação das componentes de exposição é feita por meio de avaliação qualitativa, cuidadosa e
detalhada do processo e das condições de trabalho, considerando variedade de tipos e características
de:
Veículos e máquinas
Assentos e suspensões
Tipos de pavimento
Velocidades de condução
Modos de condução e modos operacionais distintos, inerentes a cada trabalhador, entre outros.
Uma vez determinadas as componentes de exposição, devem ser obtidos: a aceleração resultante de
exposição parcial (arepi ) e o valor da dose de vibração da exposição parcial (V DV expji ),
representativos da contribuição da exposição ocupacional de cada uma das diferentes componentes
identificadas. A aceleração resultante de exposição parcial (arepi ) de cada componente de exposição
deve ser obtida por meio da média aritmética das acelerações, obtidas cada vez que a componente é
repetida e mensurada.
Também deverão ser determinados: o tempo médio de duração de cada componente Ti, o número de
repetições de cada componente ao longo da jornada de trabalho ni , o tempo total utilizado para a
medição das “s” amostras representativas de cada componente Tamos e o tempo total de exposição à
vibração ao longo de toda a jornada de trabalho decorrente de cada componente Texp .
SAIBA MAIS
Cabe esclarecer que a outra forma de medição consiste em manter a integração do sinal de forma
continuada, cobrindo várias repetições da componente de exposição, até haver a convicção de que a
medição esteja exibindo um resultado representativo.
Uma vez determinada a aceleração resultante de exposição parcial (arepi ), pode-se, então, proceder à
obtenção da aceleração resultante de exposição (are) representativa da exposição ocupacional diária,
que deve ser feita utilizando a expressão a seguir:
m 1/2
1 2 2
are = [ ∑ ni × arepi × Ti ] m/s
T i =1
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Da mesma forma, uma vez determinada a aceleração resultante de exposição (are), pode-se, então,
determinar a aceleração resultante de exposição normalizada (aren), que correspondente à aceleração
resultante de exposição, convertida para uma jornada padrão de 8 horas diárias, e que deve ser
determinada por meio da seguinte expressão:
1/2
T 2
aren = are × [ ] m/s
T0
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Uma vez que o valor da dose de vibração da exposição parcial (VDVexpji ) já foi obtido, pode-se
então partir para a determinação do valor da dose de vibração da exposição (VDVexpj ),
representativo da exposição ocupacional diária em cada eixo de medição, por meio da seguinte
expressão:
1/4
m 4
1,75
VDVexp = [∑ (VDVexp ) ] (m/s )
j i =1 ji
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
1/4
4
1,75
VDVR = [∑ (VDVexp ) ] (m/s )
j j
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
CRITÉRIOS DE JULGAMENTO
Acima do
> 0,5 a < 0,9 > 9,1 a < 16,4 Medidas preventivas
nível de ação
Acima do
Adoção imediata de medidas
Acima de 1,1 Acima de 21 limite de
corretivas
exposição
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
MEDIDAS PREVENTIVAS
As medidas preventivas são ações que visam minimizar a probabilidade de que a exposição a vibrações
causem prejuízos ao trabalhador exposto e evitar que o limite dessa exposição seja ultrapassado.
Devem incluir monitoramento periódico da exposição, informação e orientação aos trabalhadores e o
controle médico (exames físicos e a manutenção de um histórico).
ATENÇÃO
Cabe destacar que o monitoramento periódico consiste em uma avaliação sistemática e repetitiva da
exposição dos trabalhadores e das medidas de controle.
MEDIDAS CORRETIVAS
As medidas corretivas visam reduzir os níveis de exposição a vibrações, devendo ser adotadas tendo
por base as recomendações estabelecidas no critério de julgamento e tomada de decisão.
RELATÓRIO
Metodologia de avaliação.
Descrição dos ambientes de trabalho, dos processos, das operações e das condições de
exposição avaliadas.
Descrição detalhada das características das máquinas ou dos veículos de trabalho, tais como:
marca, tipo, modelo, potência, ano de fabricação e condições de manutenção.
Dados obtidos.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. O ANEXO 8, DA NR 15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES,
ESTABELECE OS CRITÉRIOS PARA CARACTERIZAÇÃO DA CONDIÇÃO DE
TRABALHO INSALUBRE DECORRENTE DA EXPOSIÇÃO ÀS VIBRAÇÕES DE
MÃOS E BRAÇOS (VMB) E VIBRAÇÕES DE CORPO INTEIRO (VCI). ASSINALE A
AFIRMATIVA QUE DESCREVE DE FORMA CORRETA A CONDIÇÃO PARA A
CARACTERIZAÇÃO DA INSALUBRIDADE PARA A (VCI).
A) Caracteriza-se a condição insalubre caso seja superado o limite de exposição ocupacional diária à
vibração de corpo inteiro (VCI), que corresponde ao valor da aceleração resultante de exposição
normalizada (aren) de 1, 1m/s2 .
B) Caracteriza-se a condição insalubre caso seja superado o limite de exposição ocupacional diária à
vibração de corpo inteiro (VCI), que corresponde ao valor da dose de vibração resultante (VDVR) de
21, 0m/s
1,75
.
C) Caracteriza-se a condição insalubre caso seja superado o limite de exposição ocupacional diária à
vibração de corpo inteiro (VCI), que corresponde ao valor da aceleração resultante de exposição
normalizada (aren) de 1, 0m/s2 .
D) Caracteriza-se a condição insalubre caso seja superado o limite de exposição ocupacional diária à
vibração de corpo inteiro (VCI), que corresponde ao valor da aceleração resultante de exposição
normalizada (aren) de 5, 0m/s2 .
E) Caracteriza-se a condição insalubre caso seja superado o limite de exposição ocupacional diária à
vibração de corpo inteiro (VCI) de 1, 1m/s2 de aceleração resultante de exposição normalizada (aren)
e/ou (VDVR) de 21, 0m/s1,75 .
A) As medições da vibração transmitida ao corpo devem ser feitas segundo as três direções de um
sistema de coordenadas ortogonais de forma simultânea, utilizando-se acelerômetro do tipo monoaxial.
B) As medições da vibração transmitida ao corpo devem ser feitas segundo as duas principais direções
de um sistema de coordenadas ortogonais de forma simultânea, utilizando-se acelerômetro do tipo
triaxial.
C) As medições da vibração transmitida ao corpo devem ser feitas segundo a principal das direções de
um sistema de coordenadas ortogonais de forma simultânea, utilizando-se acelerômetro do tipo triaxial.
D) As medições da vibração transmitida ao corpo devem ser feitas segundo as duas principais direções
de um sistema de coordenadas ortogonais de forma simultânea, utilizando-se acelerômetro do tipo
biaxial.
E) As medições da vibração transmitida ao corpo devem ser feitas segundo as três direções de um
sistema de coordenadas ortogonais de forma simultânea, utilizando-se acelerômetro do tipo triaxial.
GABARITO
As medições da vibração transmitida ao corpo devem ser feitas segundo as três direções de um sistema
de coordenadas ortogonais de forma simultânea, utilizando-se acelerômetro do tipo triaxial. As medições
devem ser feitas no ponto de medição selecionado, de forma que os resultados sejam representativos
da exposição ocupacional.
MÓDULO 4
LIGANDO OS PONTOS
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Você sabe o que é vibração de mãos e braços? Conseguiria identificar uma aplicação prática em uma
atividade do dia a dia, assim como estabelecer a situação da exposição ocupacional às vibrações? Para
entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos analisar o case
da empresa Automecânica do Chicó, a seguir:
Dentre os diversos setores da empresa, aquele que está por ser avaliado, sob o ponto de vista dos
agentes de riscos ocupacionais, é o setor de Chapeamento e pintura, porém, inicialmente, serão
avaliados apenas os agentes físicos.
Cabe ainda destacar que são utilizados os equipamentos de proteção coletiva e, também, os
equipamentos de proteção individual pertinentes, sempre com certificados de aprovação (CA), a saber:
protetor auricular tipo concha, escudo de proteção, avental e luvas de raspa de couro, luvas e botas
antivibração, óculos de segurança oxiacetilênica, protetor facial, óculos de segurança e equipamentos
de proteção respiratória pertinentes.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
A) Polir.
B) Emassar.
C) Pintar.
D) Desamassar.
E) Limpeza geral.
D) Capacete.
GABARITO
1. A vibração de mãos e braços é um agente físico bem comum nas organizações. Portanto, é de
grande importância o estudo desse agente, objetivando determinar, em cada ambiente laboral, a
tipologia e respectiva intensidade e, com isso, estabelecer as recomendações de controle dos
riscos. Considerando o detalhamento sobre o ambiente no setor de chapeamento e pintura,
sobre as atividades ali desenvolvidas, sobre as máquinas e equipamentos utilizados e, ainda,
sobre as proteções de ordem coletiva e de ordem individual empregadas, assinale a afirmativa
correta que indica em que atividade existe a possibilidade de exposição à vibração de mãos e
braços.
2. Para os trabalhos com equipamentos ou ferramentas manuais, que produzem vibrações, são
indicadas várias medidas de controle, incluindo os equipamentos de proteção individual (EPI).
No caso da AutoMecânica do Chicó estão listados diversos EPI, alguns ligados, diretamente, ao
agente de risco vibração de mãos e braços. Assinale a afirmativa que apresenta um EPI
recomendado, como medida de controle do risco, nos trabalhos com equipamentos ou
ferramentas manuais, que produzem vibrações.
O emprego de EPI para as vibrações de mãos e braços, no ambiente de trabalho, é uma das mais
importantes medidas de controle dos riscos dos ambientes laborais, visto que reduz efetivamente os
efeitos danosos sobre a saúde dos trabalhadores.
3. VOCÊ JÁ SABE QUE NA AUTOMECÂNICA DO CHICÓ NÃO
FOI OBSERVADA A CONDIÇÃO DE INSALUBRIDADE PARA
AGENTES FÍSICOS, NO SETOR DE CHAPEAMENTO E
PINTURA. A NR 15, ANEXO 8, ESTABELECE OS LIMITES DE
EXPOSIÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES, ENQUANTO QUE A NR
9 ESTABELECE QUE A ANÁLISE PRELIMINAR, QUE DEVE
SER REALIZADA DE INÍCIO, TEM POR OBJETIVO REUNIR
ELEMENTOS QUE PERMITAM ENQUADRAR AS SITUAÇÕES
ANALISADAS EM TRÊS DISTINTAS POSSIBILIDADES,
QUAIS SEJAM: A CONVICÇÃO TÉCNICA DE QUE AS
SITUAÇÕES DE EXPOSIÇÃO SEJAM ACEITÁVEIS,
PRESSUPONDO-SE QUE ESTEJAM ABAIXO DO NÍVEL DE
AÇÃO; A CONVICÇÃO TÉCNICA DE QUE AS SITUAÇÕES DE
EXPOSIÇÃO SEJAM INACEITÁVEIS, PRESSUPONDO-SE
QUE ESTEJAM ACIMA DO LIMITE DE EXPOSIÇÃO; E A
INCERTEZA QUANTO À ACEITABILIDADE DAS SITUAÇÕES
DE EXPOSIÇÃO ANALISADAS. CONSIDERANDO QUE NÃO
FORAM REALIZADAS AVALIAÇÕES QUANTITATIVAS PARA
AS VIBRAÇÕES, QUAIS INFORMAÇÕES TÉCNICAS DEVEM
ESTAR PRESENTES NO RELATÓRIO DA AVALIAÇÃO DA
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL, EMITIDO PELOS
ENGENHEIROS DE SEGURANÇA RESPONSÁVEIS PELO
SERVIÇO, DE FORMA A SUPORTAR A CONCLUSÃO DA
INEXISTÊNCIA DE INSALUBRIDADE, NO TOCANTE ÀS
VIBRAÇÕES.
RESPOSTA
Na medida da previsão em Norma das condições a seguir apresentadas, uma delas deve estar detalhada no
Relatório:
Quando, por meio da análise preliminar, houver a convicção técnica de que as situações de exposição
são aceitáveis, em princípio não serão necessárias avaliações quantitativas, sendo recomendada, no
mínimo, a manutenção das condições de exposição existentes.
Quando, por meio da análise preliminar, houver a convicção técnica de que as situações de exposição
são inaceitáveis, em princípio não serão necessárias avaliações quantitativas, sendo obrigatória a
adoção de medidas de controle.
O QUE É VIBRAÇÃO DE MÃOS E BRAÇOS?
Foto: Shutterstock.com
Segundo Saliba (2005), com relação à exposição diária, as VMB reportam problemas no sistema
vascular, neurológico, osteoarticular e muscular. Cabe destacar que a enfermidade característica desse
tipo de exposição é a doença dos “dedos brancos” ou síndrome de Raynaud, uma doença arterial
periférica funcional que ocorre quando as arteríolas, que se localizam nas pontas dos dedos (mãos e
pés), se contraem mais do que o comum, no caso da exposição do ser humano à baixa temperatura.
A avaliação da exposição ocupacional à vibração em mãos e braços deverá ser feita utilizando-se de
sistemas de medição que permitam a obtenção da aceleração resultante de exposição normalizada
(aren), parâmetro representativo da exposição diária do trabalhador.
Para fins de comparação com o limite de exposição ou com o nível de ação, independentemente da
duração da jornada de trabalho, deve-se determinar a aceleração resultante à exposição normalizada
(aren).
SISTEMAS DE MEDIÇÃO
b) Fator de multiplicação em função do eixo considerado: fj = 1, 0 para os eixos “x”, “y” e “z”.
c) Medição em rms.
Além dos equipamentos de medição e dos transdutores de vibração, pode ser necessária a utilização de
acessórios complementares, tais como adaptadores de acelerômetros e filtros mecânicos.
Quando forem identificadas diferenças significativas entre os níveis de aceleração que atingem as duas
mãos, as medições deverão ser realizadas na mão exposta ao maior nível. Em determinadas situações,
algumas opções de montagem do acelerômetro podem interferir na forma habitual do operador segurar
a ferramenta ou peça que está sendo trabalhada.
Outra possibilidade que deve ser considerada é a viabilidade de fixação de transdutor(es) na mão do
trabalhador exposto mediante a utilização de dispositivo(s) apropriado(s), concebido(s) para essa
finalidade.
DICA
Sempre que possível, o acelerômetro deve ser fixado diretamente à superfície vibrante.
Uma alternativa é a fixação em um cubo metálico, que deve ser pequeno e leve tanto quanto possível.
Esse conjunto deve ser acoplado à superfície vibrante por meio de abraçadeiras metálicas ou plásticas.
TIPOS DE TRANSDUTORES
Os acelerômetros piezelétricos podem sofrer interferências provocadas pela influência de picos elevados
de aceleração que podem ocorrer durante medições efetuadas em determinadas fontes de vibrações,
tais como ferramentas percussivas. Essa influência pode promover a distorção do sinal medido,
implicando leituras incorretas.
Nesses casos, não é recomendável a utilização de acelerômetros triaxiais, porém as medições devem
ser feitas por eixo, por meio de acelerômetro monoaxiais. É recomendável a utilização de um filtro
mecânico que deverá ser interposto entre o acelerômetro e o ponto de medição, de modo a reduzir a
transmissão do conteúdo de altas frequências para o transdutor.
A identificação das componentes de exposição é feita por meio de uma avaliação qualitativa, cuidadosa
e detalhada do processo e das condições de trabalho, considerando:
B) PEÇAS TRABALHADAS.
C) PROCEDIMENTOS.
Pode-se ter, por exemplo, uma rotina de trabalho utilizando uma única ferramenta em diferentes fases
de um processo produtivo. Outro exemplo, que poderia ocorrer em uma linha de montagem, é a
utilização de duas ou mais ferramentas, de forma alternada, em curtos intervalos de tempo.
OBTENÇÃO DE arepi , Ti , ni
Uma vez determinadas as componentes de exposição, devem ser obtidos: a aceleração resultante de
exposição parcial (arepi ) representativa da contribuição da exposição ocupacional de cada uma das
diferentes componentes identificadas; o tempo médio de duração de cada componente (Ti ); e o número
de repetições de cada componente ao longo da jornada de trabalho (ni ). Esses parâmetros serão
utilizados na determinação da aceleração resultante de exposição (are).
A aceleração resultante de exposição parcial (arepi ) de cada componente de exposição deve ser
obtida por meio da média aritmética das acelerações, obtidas cada vez que a componente é repetida e
mensurada.
SAIBA MAIS
Cabe esclarecer que a outra forma de medição consiste em manter a integração do sinal de forma
continuada, cobrindo várias repetições da componente de exposição, até haver a convicção de que a
medição esteja exibindo um resultado representativo, procedimento recomendável para operações
intermitentes que alternem rápidas exposições com rápidas interrupções.
Uma vez determinada a aceleração resultante de exposição parcial (arepi ), pode-se, então, proceder à
obtenção da aceleração resultante de exposição (are) representativa da exposição ocupacional diária,
que deve ser feita utilizando a expressão a seguir:
m 1/2
1 2 2
are = [ ∑ ni × arep × Ti ] m/s
T i =1 i
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Da mesma forma, uma vez determinada a aceleração resultante de exposição (are), pode-se, então,
determinar a aceleração resultante de exposição normalizada (aren), que correspondente à aceleração
resultante de exposição, convertida para uma jornada padrão de 8 horas diárias, que deve ser
determinada por meio da expressão a seguir, já apresentada.
1/2
T 2
aren = are × [ ] m/s
T0
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
CRITÉRIOS DE JULGAMENTO
Acima do nível
> 2,5 a < 3,5 No mínimo, adoção de medidas preventivas
de ação
Acima do limite
Acima de 5,0 Adoção imediata de medidas corretivas
de exposição
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Tabela: Considerações técnicas e atuação recomendada em função da aceleração resultante de
exposição normalizada (aren).
MEDIDAS PREVENTIVAS
As medidas preventivas são ações que visam minimizar a probabilidade de que a exposição a vibrações
causem prejuízos ao sistema mão-braço e evitar que o limite de exposição seja ultrapassado. Devem
incluir o monitoramento periódico da exposição, a informação e a orientação aos trabalhadores e, ainda,
o controle médico.
MEDIDAS CORRETIVAS
As medidas corretivas visam reduzir os níveis de exposição a vibrações, devendo ser adotadas tendo
por base as recomendações estabelecidas no critério de julgamento e tomada de decisão.
Manutenção das ferramentas, em especial, aquelas com eixo excêntrico, de forma a mantê-las em
bom estado de conservação.
Troca de componentes gastos ou defeituosos, tais como: discos, rebolos, ponteiras, correntes de
corte, mancais, rolamentos e acoplamentos.
Troca de componentes novos quando identificado que estes produzem vibração excessiva,
resultante, por exemplo, de defeitos de fabricação ou da má qualidade dos produtos.
Alternância de atividades ou operações que gerem exposições a níveis mais elevados de vibração
com outras que não apresentem exposições ou impliquem exposições a menores níveis,
resultando na redução da exposição diária.
RELATÓRIO
Descrição dos ambientes de trabalho, dos processos, das máquinas, dos equipamentos, das
operações e das condições de exposição avaliadas.
Descrição detalhada das características das ferramentas de trabalho, tais como: marca, tipo,
modelo, potência, ano de fabricação e condições de manutenção, peso, tipo de punho e
acessórios ou dispositivos complementares.
Dados obtidos.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Tempo no cargo
B) Experiência profissional
C) Local de descanso
D) Produtividade
E) Procedimentos
GABARITO
1. A identificação das componentes de exposição é feita por meio de uma avaliação qualitativa,
cuidadosa e detalhada, do processo e das condições de trabalho que considera uma série de
fatores. Assinale a afirmativa que apresenta um dos fatores avaliados:
É necessário seguir rigorosamente procedimentos de análises para que sejam identificados e mapeados
os componentes de exposição. Esses procedimentos devem ser utilizados para identificar e, em caso de
correção, devem ser realizados de maneira técnica e científica, a fazer com que as NR 09 e NR 15, além
da NHO 09, sejam atendidas.
Para fins de comparação com o limite de exposição ou com o nível de ação, independentemente da
duração da jornada de trabalho, deve-se determinar a aceleração resultante de exposição normalizada
(aren).
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos a importância de identificar e avaliar os tipos de ruídos e os tipos de vibrações mecânicas no
ambiente de trabalho. Verificamos, de acordo com as NR 09, NR 15, NHO 01, NHO 09 e NHO 10, como
são consideradas as condições de salubridade do ambiente para proteger o trabalhador de doenças que
podem ser causadas por efeitos colaterais das suas atividades de trabalho.
Aprendemos quais foram as condições estabelecidas a fim de poder realizar as medidas quantitativas de
ruídos e vibrações, bem como gerar um relatório técnico que proceda com a conformidade ou não do
ambiente de trabalho, e que, em caso de inconformidade, indique os ajustes necessários para que haja
a esperada conformidade.
Por fim, identificamos que muitas são as áreas onde o ruído e as vibrações estão presentes. Razão pela
qual os profissionais da área de saúde e segurança devem estar permanentemente atualizados em
relação às medidas de controle pertinentes.
REFERÊNCIAS
AMERICAN CONFERENCE OF GOVERNMENTAL INDUSTRIAL HYGIENISTS. ACGIH. Limites de
exposição ocupacional (TLVsR) para substâncias químicas e agentes físicos & índices biológicos
de exposição (BEIsR). São Paulo: ABHO, 2021.
ARAUJO, G. M. de. Normas regulamentadoras comentadas e ilustradas. 8. ed. Rio de Janeiro: GVC,
2013.
BREVIGLIERO, E.; SPINELLI, R.; POSSEBON, J. Higiene ocupacional: Agentes biológicos, químicos
e físicos. 10. ed. São Paulo: Senac São Paulo, 2017, 452 p.
PEIXOTO, H.; FERREIRA, L. Higiene ocupacional III. Colégio Técnico Industrial de Santa Maria. Rede
e-Tec Brasil: UFSM, 2013.
SALIBA, T. Curso básico de segurança e higiene ocupacional. 5. ed. São Paulo: LTr, 2013.
SALIBA, T. Manual prático de higiene ocupacional e PPRA: Avaliação e controle dos riscos
ambientais. 1. ed. São Paulo: LTr, 2005.
VIEIRA, S. I. Manual de Saúde e Segurança no Trabalho. 2. ed. São Paulo: LTr, 2008.
EXPLORE+
Explore um pouco mais sobre a aplicação da NHO 09, lendo o artigo científico Como preservar a
saúde dos operadores de tratores agrícolas?, disponível na página da Scielo.
Para saber um pouco mais sobre a interferência dos ruídos gerados pelo meio ao ouvido humano,
assista ao vídeo A natureza do som e ouvido humano, disponível no YouTube.
Sobre soluções de EPIs, assista ao vídeo Soluções de proteção auditiva 3M, disponível no
YouTube.
Sobre EPIs de protetores auditivos, assista ao vídeo Protetores auditivos moldáveis, disponível no
YouTube.
CONTEUDISTA
Lucio Villarinho Rosa