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Sinonímias: Lappa lappa (L.) H. Karst., Arctium chaorum Klokov, Arctium lappa subsp. majus
Arènes, Arctium majus (Gaertn.) Bernh., Lappa vulgaris Hill, Lappa major Gaertn.
Características botânicas: Planta bianual, com caule robusto, pode alcançar até 2 m de altura,
folhas muito grandes, ás vezes dentadas, podendo chegar até 50 cm de comprimento. Flores lilases,
pequenas, em capítulos de 3-5cm de diâmetro. Os frutos são pequenos aquênios de cor escura e
espinhosos que no conjunto formam carrapichos. Raízes carnosas, compridas, medindo de 25 a 70
cm de comprimento.
Uso popular: Raízes e folhas são usadas como depurativo, diurético, anti-reumático (gota) e
desintoxicante do fígado; também como analgésico local (folhas aquecidas em cólicas infantis, dor
de ouvidos) e antiinflamatório. É muito usada em doenças da pele como alergias, seborréias, caspa e
queda de cabelo, furúnculos, eczemas, picadas de insetos e de animais peçonhentos; em úlceras
varicosas, psoríase, cobreiro e zipra (erisipela). Os frutos são usados como anti-diabéticos.
Ações farmacológicas: Diversas pesquisas ao longo do século passado têm comprovado sua
ação antimicrobiana contra germens Gram (+) , Gram (-) e fungos oportunistas, principalmente pela
ação da arctiopicrina.
Esta planta teve ação inibitória (in vitro) sobre o vírus HIV.
Atividade sobre fígado e vesícula - Foi demonstrada ação colerética e colagoga devido
principalmente aos ácidos fenólicos. Também foi comprovada importante ação antioxidante do
extrato sobre os hepatócitos.
Ação hipoglicemiante - Estudos pré-clínicos comprovaram efeitos hipoglicemiantes da bardana. Os
mesmos estudos com as sementes, determinaram que a arctigenina seria o componente
responsável por essa ação.
Antitumoral – Foi demonstrado em estudos pré-clínicos que a arctiína exerce ação quimiopreventiva
sobre substâncias indutoras de câncer de mama, cólon, fígado e pâncreas. A raiz de bardana teve
efeito inibitório sobre cultivo de células tumorais.
Dermatologia - foi demonstrado que a raiz fresca, ou seu decocto concentrado tem ação sobre
seborréia facial, impetigo e acne . Também teve efeito sobre eczema descamante, onde há
inflamação e deficiência imunológica.
Foi observado, “in vitro”, ação antiagregante plaquetária.
Melhorou a resposta imune humoral em ratos.
Efeitos adversos e/ou tóxicos: A bardana é uma espécie vegetal considerada muito segura
para o emprego em humanos, tendo sido descrito um caso de toxicidade com o emprego de um
preparado comercial em forma de chá, o qual continha quantidades importantes de alcalóides da
família Solanaceae tais como a atropina (Bryson P. et al., 1978, apud Alonso, 2004).
Pode causar irritação ocular. Há casos descritos de hipersensibilização cutânea (dermatite de
contato) no uso prolongado (Rodriguez e cols., 1995). A presença de onopordopicrina se mostrou
tóxica em alguns trabalhos experimentais, in vitro (Souza Brito A. e cols., 1995). Altas doses de
arctiina podem causar convulsões, hiperpnéia, piloereção, cianose.
Contra-indicações: Por sua atividade uterotônica, evitar seu uso na gravidez, podendo ser
abortiva em doses mais elevadas. Também não é recomendado para crianças pequenas, menores
que 5 anos.
Posologia e modo de uso: As raízes são mais eficazes quando usadas frescas, na dosagem de
40 g de raízes para um litro d´água. Três a quatro xícaras ao dia.
Folhas em infusão - uma colher das de sopa de folhas em uma xícara d´água quente. Internamente
em problemas de digestão ou externamente em afecções da pele.
Os frutos são usados em decocção. Ferver uma colher das de café de frutos em uma xícara d´água e
tomar 3 xícaras ao dia para auxiliar no tratamento de diabetes.
Pode ser usada na forma de pomadas.
Modo de uso para erisipela: ralar a raiz fresca e colocar diretamente nas lesões.
Referências: