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Sinonímias: Laurus persea L., Persea americana var. angustifolia Miranda, Persea americana var.
drymifolia (Schltdl. & Cham.) S.F. Blake, Persea americana var. leiogyna (S.F. Blake) Kelsey & Dayton,
Persea americana var. nubigena (L.O. Williams) L.E. Kopp, Persea americana var. toltec Popenoe.
Nomes populares: abacateiro, abacate (Brasil), aguacate, palta, avocado (Spanish), avocato
(Cuba), avocado, alligator-pear (English), "Hojas de Palta" (Peru), e li (pinyin, China), palta (English,
United States), kalawakat (Mexico, San Miguel, Tzinacapan and Xaltipan), pero avvocato (Itália),
avocatier, avocat (França), avokatbirnen (Alemanha).
Origem ou Habitat: América Tropical (Lorenzi e Matos). Segundo outros autores, Persea é
Africana(Scora et al.).
Uso popular: A polpa dos frutos, além de nutritiva devido aos teores de proteína, sais minerais e
vitaminas, é considerada na medicina tradicional como carminativa e útil contra o ácido úrico,
enquanto os chás obtidos das folhas, da casca e das sementes raladas são considerados úteis como
diurético, anti-reumático, carminativo, antianêmico, anti-diarreico e anti-infeccioso para os rins e
bexiga, além de estimulante da vesícula biliar, estomáquico, emenagogo e balsâmico.
A polpa em casos de caspa e prurido do couro cabeludo, associado com babosa (Aloe vera).
A casca do fruto moída é recomendada contra as verminoses.
Composição química:
Polpa dos frutos: ácidos graxos (oleico, linoleico, palmítico, esteárico, linolênico, cáprico e mirístico),
hidrocarbonetos alifáticos saturados, esqualeno, álcoois alifáticos e terpênicos, b-sitosterol,
fitosterol, lecitina, vitaminas A, B, D, E e K, aminoácidos e G.A.B.A., ferro, fósforo, tiamina,
riboflavina, niacina e ácido ascórbico. Outros elementos isolados são as persenonas A e B.
Flores: flavonóides (quercetin-3-O-ramnosídio, isoramntin-3-O-glicosídeo, cumaril-kaempferol, etc).
Sementes(caroço): sesquiterpenos (seychelleno, allo-aromandreno, b-selineno, valenceno, b-
bisaboleno, y-cadineno, b-bisabolol e epi-a-bisabolol e tetradecanal)(Resumos Q-027); ácidos
graxos(com abundante a-tocoferol), proantocianidina(biflavonil), hidrocarbonetos, derivados
esteroídicos e glicídicos, taninos, polifenóis e uma saponina.
Folhas: óleo essencial difere a composição segundo a variedade: (estragol, metil-chavicol, a-pineno,
b-pineno, metil-eugenol, cineol e limoneno); dopamina, serotonina, flavonóides (quercetina,
catequina, epicatequina e cianidina); abacatina (princípio amargo); persiteol, taninos, persina e
tiramina.
Córtex: principalmente taninos. Outros: ácidos málico e acético, carnitina, carotenóides, resinas, etc.
(Alonso, 2004).
Ações farmacológicas:
Destacam-se suas propriedades anti-inflamatórias, analgésicas, antimicrobianas, diuréticas e
cosméticas, além de atividades imunomoduladora e antitumoral, essas em animais de laboratório
(Alonso, 2004).
Na França foi desenvolvida uma formulação com as frações insaponificáveis do abacate (Persea
americana) e da soja ( Glycine max), para o tratamento da artrose. Foi baseada na riqueza em
esteróis destas frações e de uma possível relação sobre o metabolismo do cálcio, similar a ação da
vitamina D (Magloire H., 1988 apud Alonso, 2004).
Em outro estudo onde participaram 264 pacientes que sofriam de osteoartrite (coxartrosis o
gonartrosis fémoro-tibial) constatou-se que a administração de uma cápsula de insaponificáveis de
abacate-soja de 300mg diários, produziu melhorias significativas em 70% dos casos. Mesmo assim,
100% do grupo de pacientes medicados com diclofenaco diminuíram a dose, em média, de 114mg
para 40mg diários (Maheu E., 1992 apud Alonso, 2004).
Em ratos o extrato hidroalcoolico reduziu a glicemia e melhorou o estado metabólico dos animais.
Em camundongos, a farinha de semente de abacate reduziu o colesterol total e o colesterol-LDL.
Interações medicamentosas:
Os pacientes que recebem tratamento antidepressivo com inibidores da mono-amino-oxidase
(I.M.A.O.)podem sofrer crises hipertensivas devido a tiramina. (Sapeika N., 1976 apud Alonso, 2004).
O consumo de 100 a 200g de abacate diários em pacientes que estão recebendo terapia
anticoagulante com warfarina diminui o efeito desta droga. Os pesquisadores desconhecem o
mecanismo desta interferência (Blickstein et al., 1991 apud Alonso, 2004), mas provavelmente deve-
se a vitamina K presente na sua composição química.
Observações:
Usos etnomedicinais: Os indígenas Shuar do Equador trituram e maceram as sementes em
aguardente para o tratamento de picadas de serpentes; os Tikunas da Colômbia empregam a
decocção das folhas como hepatoprotetor; os Sionas-Secoya e os Quechua atribuem-lhe
propriedades contraceptivas; no México é frequente o uso da casca seca e moída do fruto como
antidisentérico e a infusão das folhas é aplicada para lavar feridas infectadas na pele; em Camerún
(África), a decocção das folhas e córtex é usada para hipertensão arterial e a infusão das folhas é
empregado como abortivo (Alonso, 2004).
Referências:
ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. 1. ed. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.
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http://fr.wikipedia.org/wiki/Fichier:Honeybee_(Apis_mellifera)_pollinating_Avocado_cv._Zutano_(Persea_americana)
_flower.JPG. Acesso em: 08 de março de 2012.