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Universidade Zambeze

Faculdade de Ciências de Saúde


Curso de Farmácia
FITOTERAPIA

TEMA : PLANTAS QUE ACTUAM EM DIFERENTES SISTEMAS

OBJECTIVOS :

 Identificar as plantas usadas no tratamento das patologias acima referidas;


 Identificar as formas galênicas de apresentação das plantas, sua dosagem, posologia e
precaução
 Conhecer a fisiologia geral dos diferentes sistemas ;
 Identificar as principais patologias do sistema urinário;

NB: O estudante deve complementar seus estudos por meio de livros, textos escolhido por ele
dentre os indicados. Estas indicações estarão também inseridas na bibliografia recomendada e
caberá ao aluno resgatá-las.

PLANTAS QUE ACTUAM NO SISTEMA DIGESTIVO

Objectivos :

 Identificar as plantas usadas no tratamento das patologias acima referidas;


 Identificar as formas galênicas de apresentação das plantas, sua dosagem, posologia e
precaução
 Conhecer a fisiologia geral do sistema digestivo;
 Identificar as principais patologias do sistema digestivo;
ESPINHEIRA-SANTA

Nome científico: Maytenus ilicifolia Mart.

Nomes populares: Espinheira-santa, espinheira-divina, maiteno, espinho-de-deus, salva-


vidas, cancorosa, sombra-de-touro, cancrosa.

Fitogeografia: Planta nativa da América do Sul, existente na Mata Atlântica.

Partes utilizadas: Folhas.

Principais Constituintes Químicos: maitesina (terpeno), flavonóides, mucilagens e taninos.

Ação: antiúlcera, cicatrizante, anti-séptica, antiflatulenta.

Aplicação/uso: Normalizador nas funções gastrointestinais, especialmente na proteção contra


úlcera gástrica.

Aumenta a barreira de mucosa no estômago, diminui a secreção de ácido clorídrico.

Também foi demonstrada atividade sobre Helicobacter pylori.

Os flavonóides conferem atividade antiinflamatória.

A presença de taninos também é responsável pela ação cicatrizante.

A ação analgésica e diurética suave está relacionada a presença do Ácido clorogênico e


alguns taninos.

Posologia: Infusão:1-2 g (1-2 col chá) em 150 mL (xíc. chá)


Tintura 1:5 de 10 a 30 ml/dia;

Extrato seco 400-500mg/dia.

Infusão:1-2 g (1-2 col chá) em 150 mL (xíc. chá)

Contra-Indicação: Crianças e nutrizes. Diminui secreção láctea.

Efeitos Colaterais: “O uso pode provocar secura, gosto estranho na boca e náuseas”

MARCELA

Nome científico: Achyrocline satureoides L.

Nomes populares: Marcela do campo, marcelinha.

Fitogeografia: Nativa da América do Sul.

Parte usada: Inflorescência

Principais Constituintes Químicos: Flavonóides e seus derivados (Quercetina e outros), Óleo


essencial (Sesquiterpenos), Saponinas, Derivados do ácido cinâmico e derivados fenólicos

Aplicação e uso:

Pesquisas demonstraram que a marcela possui ação antiespasmódica, antiinflamatória e anti-


séptica devido a presença, principalmente dos óleos essenciais.

A ação sedativa leve sobre o SNC foi confirmada.


Formas de uso:

Infusão: Infusão: 1,5 g (1/2 col de sopa) em 150 mL (xíc. chá). Tomar 1 xíc. 4 x ao dia.

Travesseiros: Quando preenchidos com as flores,

favorecem o sono.

Contra-Indicação: Nas doses recomendadas não foi observado

CAMOMILA

Nome Científico: Chamomilla recutita (L.) Rausch.

Nomes Populares: Maçanilha, macela, camomila alemã.

Fitogeografia: Originária da Europa. Cultivada em todo o mundo.

Parte Usada: inflorescência

Constituintes Químicos: óleos essenciais (terpenos), bisabolol e chamazuleno; flavonóides


(apigenina); mucilagens nas flores.

Aplicação/usos: A atividade antiespasmódica é devida à ação conjunta do óleo essencial e


dos flavonóides.

Foi comprovada ação antiúlcera por efeito gastroprotetor.

Os óleos voláteis mostraram em testes pré-clínicos ação antiinflamatória leve e sedativa.

Formas de uso:

Infusão: 2 colheres de sopa de flores fresca em 1 litro de água fervente. Esfriar e coar. Tomar
3 a 4 xícaras de chá ao dia.
Bochechos: Com o infuso, para combater afecções bucais.

Tintura: 10 a 30 mL/dia, diluída em água.

Reações colaterais: anafilaxia, conjuntivite alérgica, dermatite de contato, êmese.

Contra-indicações: Evitar o uso em gestantes ou lactantes. Acredita-se que a camomila seja


abortiva, e alguns de seus componentes mostraram ter efeitos teratogênicos em vários
animais. Utilizar com cautela na hipersensibilidade aos componentes dos óleos voláteis.

Interações: anticoagulantes - podem potencializar o efeito dos anticoagulantes. Evitar uso


concomitante.

DENTE-DE-LEÃO

Nome científico: Taraxacum officinale Weber

Fitogeografia: originária da Europa, principalmente de Portugal.

Parte Usada: Toda a planta.

Constituintes Químicos:

Derivados terpênicos, Flavonóides, Ácido Cafeico e Ácido Cítrico, vitaminas A, B1, C, D,


além dos minerais K, Fe, e Zn. Resinas, Ácidos Graxos, Aminoácidos, Saponinas, Taninos.
Princípios amargos principalmente taraxana. Glicosídeos taraxacosídeos

Aplicação/uso:

Os terpenos junto com as lactonas são responsáveis pela ação colagoga.

Experimentos em ratos houve um aumento em 40% na produção de bile, tornando o dente de


leão uma excelente planta em distúrbios hepáticos e da vesícula biliar.
Os princípios amargos, tais como a taraxacina, são responsáveis pela estimulação da digestão
e pelo aumento da secreção gástrica.

A presença de quantidades consideráveis de zinco torna, o Dente de Leão, com atuação sobre
os radicais livres tendo a capacidade de proteger as células hepáticas de danos indiretos.

Dispepsia (distúrbios digestivos), estimulante do apetite e como diurético. (BRASIL, 2010

Formas de uso:

Decocção: 3 a 4 colheres de chá de folhas e raízes para cada xícara de água (150 ml), ferver
por 5 min., abafar 5 a 10 min., tomar 1 xícara 3x ao dia.

Suco: Bater no liquidificador 4 folhas, água (1 copo) e gotas de limão. Tomar 2 a 3


colheradas do suco ao dia, durante 4 semanas.

Salada: Raízes e folhas novas podem ser consumidas cruas como estimulante da digestão.

Contra-Indicação: Casos de oclusão do ducto biliar. Crianças menores de 2 anos, gestantes e


lactantes.

Efeitos Colaterais: Pode ocorrer dermatite de contato pela presença de lactonas


sesquiterpênicas, hipotensão e hiperacidez gástrica.

ALCACHOFRA

Nome científico: Cynara scolymus

Nomes populares: cachofra, alcachofra-hortense,

alcachofra de comer, alcachofra rosa, alcachofra comum

Fitogeografia: originária das regiões mediterrânicas, Europa, Ásia e África.

Parte usada: folhas, brácteas (cabeça), raiz.


Constituintes Químicos: cinarina, sais minerais (fósforo, ferro, potássio, cálcio, sódio,
magnésio e silício), ácido clorogênico, ácido caféico, mucilagem, pectinas, tanino, ácidos
orgânicos. Componentes flavônicos glicosilados, cinaropicrina (amargo) e vitaminas (pró-
vitamina A, B1, B2, C).

Aplicação/uso:

Cinarina aumenta a secreção biliar.

Estudos farmacológicos com um extrato aquoso de folha de alcachofra mostraram efeitos


inibitórios na biossíntese de colesterol e efeitos hepatoprotetores em células isoladas do
fígado.

Estudo com 553 pacientes destes 302 tiveram redução de 11,5% no colesterol e 12,5% no
triglicerídeos, em seis semanas de tratamento com ingestão de 1500 mg/dia.

Dispepsia (distúrbios da digestão).

Formas de Uso:

Infusão: 2 g (1 colh. Sobremesa) em 150mL (1 xíc. chá). Tomar 1 xícaras, 3 vezes ao dia,
após as refeições.

Extrato seco: 100 a 150 mg/dose. Tomar 3 vezes ao dia após as refeições.

Flores e os frutos da alcachofra cozidos ou assados

Contra-Indicação: Não deve ser administrado durante a amamentação. Obstrução do trato


biliar e alergia a alcachofra. Evitar o uso em pessoas com hepatite grave, falência hepática e
câncer hepático. (BRASIL, 2010)

Efeitos Colaterais: o uso pode provocar flatulência, fraqueza e sensação de fome.

SENE
Nome científico: Senna angustifolia (Vahl) H.S. Irwin & R.C. Barneby. Cassia senne
Vahl.

Família: Fabaceae

Nomes populares: Sene-da-índia

Fitogeografia: Originária da Índia e Somália. Típica de regiões tropicais.

Parte utilizada: folíolos

Princípio ativo: antraquinonas, Mucilagens, Flavonóides.

Aplicação/uso: A presença de antraquinonas e derivados e mucilagens justificam a ação


laxativa e purgativa.

Aumenta os movimentos peristálticos. Antraquinonas livres, menos de 5% da dose é


excretada na forma de metabólitos (reina, senidinas) pela via urinária.

Tem ação na constipação intestinal eventual (BRASIL, 2010)

Contra-Indicação: pessoas com potássio orgânico reduzido, portadores de doenças obstrutivas


e inflamatórias do intestino (obstrução intestinal, íleo paralítico, doença diverticular do cólon,
síndrome do cólon irritável e hemorróida) e insuficiência hepática e renal. Gestantes e
crianças menores de 12 anos.

Efeitos Colaterais: Vômitos, cólicas e aumento do fluxo menstrual. escurecimento da mucosa


do cólon e reto (reversível); fissuras anais, hemorróidas (intervenção cirúrgica); processos
inflamatórios e degenerativos; Redução do peristaltismo (atonia); Perda de eletrólitos
(distúrbios renais, distúrbios da condução e estímulos do miocárdio, hipocalemia). Mudança
na coloração da urina.

Interações: digitálicos e diuréticos (hipocalemia).

Posologia: Infusão 1 g ( 1 colher de café) em 150 ml (1 xíc. de chá) água fervente, tomar 1
xícara antes de dormir.

Curiosidades: Planta típica das regiões tropicais, originária da Índia e Somália. Utilizada
pelos médicos árabes desde o séc. IX.

CASCARA SAGRADA Rhamnus purshiana D.C.


Parte usada: casca do caule e ramos

Princípio ativo: Antraquinonas (cascarosídeo), princípios amargos.

Histórico/Curitosidades: descrita pela primeira vez em 1814, introduzida na Europa pelos


índios americanos. As cascas devem ser colhidas entre abril e agosto.

Ação:laxante, estimulante do apetite.

Aplicação/Uso: constipação aguda ou crônica

Posologia: Tintura 1:5 de 1-10ml/dia como laxativo e 15-25ml/dia como purgativo. Extrato
seco: 300 mg VO ao dia.

Conta-indicação: Não utilizar durante gestação, lactação e em menores de 12 anos. Evitar uso
prolongado. Não utilizar a droga fresca.

Interações: outras drogas laxativas.

Efeitos colaterais: Cólicas, diarréia, desequilíbrio hidroeletrolítico, Melanose do cólon,


vômitos, dependência de laxantes, dor abdominal, mudança da coloração da urina.

CARQUEJA Baccharis trimera (Less.)D.C.

Parte utilizada: parte aérea


Princípio ativo: carquejol (óleo essencial), hispidulina (flavonóide), saponinas, taninos,.

Histórico/Curiosidades: Originária da América do Sul. Cresce em terras secas e pedregosas.

Ação: colerética e colagoga, digestiva.

Aplicação/uso: dispepsias.

Posologia: Infusão: 2 a 3 g (2,5 colheres de chá) de planta seca para 1 xícara de água fervente
(150 ml), tomar 2 a 3 xícaras ao dia; Tintura 5 a 25ml/dia

Cuidados: Possui efeito abortivo (estimula contração uterina) em testes pré-clínicos. Pode
causar hipotensão arterial. Evitar uso concomitante com anti-hipertensivos a
hipoglicemiantes. Não usar por mais de 1 semana.

FUNCHO Foeniculum vulgare Mill.

Parte utilizada: fruto (sementes)

Princípio ativo: 2 a 6 % de óleos voláteis, anetol, fenchona, limoneno, , alfa-pineno.


Tocoferóides, flavonóides, terpinenos, cumarinas,...

Histórico/Curiosidades: Originária da Europa e amplamente cultivada no Brasil.

Ação: carminativo, espasmolítico.

Aplicação/uso: melhora função digestiva, alivia flatulências e cólicas abdominais.

Posologia: decocção 1,5 g (3 col café) em 150 mL água (xíc chá), 1 xic 3x ao dia.
Cuidados: evitar o uso durante a gestação, usar com cautela em pacientes alérgicos a outras
plantas da família Umbelliferae (aipo, cenoura, artemísia). Pode ocorrer dermatite de contato,
fotodermatite, náuseas, vômitos e convulsões.

SISTEMA NERVOSO CENTRAL

Nome cientifico Ginkgo biloba L.


Nome popular Ginkgo
Parte usada Folhas, partes aéreas (caule e flores
Padronização/Marcador Extrato a 24% ginkgoflavonóides (Quercetina, Kaempferol,
Isorhamnetina), 6% de terpenolactonas (Bilobalide,
Ginkgolide A,B,C,E)
Formas de uso Extrato
Indicações / ações Vertigens e zumbidos (tinidos) resultantes de distúrbios
terapêuticas circulatórios; distúrbios circulatórios periféricos
(claudicação intermitente), insuficiência vascular cerebral
Dose Diária 80-240 mg de extrato padronizado, em 2 ou 3 tomadas ou
28,8-57,6 mg de ginkgoflavonóides e 7,20-14,4 mg de
terpenolactonas.
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sob prescrição médica
Nomenclatura botânica Hypericum perforatum L.
Nome popular Hipérico
Parte usada Partes aéreas
Padronização/Marcador Hipericinas totais
Formas de uso Extratos, tintura
Indicações / Ações Estados depressivos leves a moderados, não endógenos
terapêuticas
Dose Diária 0,9 a 2.7 mg hipericinas
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sob prescrição médica
Nome cientifico Passiflora incarnata L.
Nome popular Maracujá, Passiflora
Parte usada Folhas
Padronização/Marcador Flavonóides totais expressos na forma de isovitexina ou
vitexina
Formas de uso Tintura, extratos
Indicações / Ações Sedativo
terapêuticas
Dose Diária 25mg a 100 mg de vitexina/isovitexina
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica
Nome cientifico Paullinia cupana H.B.&K.
Nome popular Guaraná
Parte usada Sementes
Padronização/Marcador Trimetilxantinas (cafeína)
Formas de uso Extratos, tinturas
Indicações / Ações Astenia, estimulante do SNC
terapêuticas
Dose Diária 15 a 70 mg de cafeína
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sem prescrição médica
Nome cientifico Piper methysticum Forst. f.
Nome popular Kava-kava
Parte usada Rizoma
Padronização/Marcador Kavapironas Kavalactonas
Formas de uso Extratos, tintura,
Indicações / Ações Ansiedade, insônia, tensão nervosa, agitação
terapêuticas
Dose Diária 60-120 mg de kavapironas
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda sob prescrição médica - utilizar no máximo por 2
meses
Nome cientifico Valeriana officinalis
Nome popular Valeriana
Parte usada Raízes
Padronização/Marcador Sesquiterpenos (ácido valerênico, ácido acetoxivalerênico)
Formas de uso Extrato, tintura
Indicações / Ações Insônia leve, sedativo, ansiolítico
terapêuticas
Dose Diária 0,8-0,9 mg de sesquiterpenos
Via de Administração Oral
Restrição de uso Venda com prescrição médica

Fisiopatologia: variações dos níveis pressóricos são normais em indivíduos sadios, no entanto
certas condições pré-patologicas como aumento da resistência vascular periférica, diminuição
da elasticidade arterial entre outras implica uma condição pa-tológica em que os níveis
pressóricos tornam-se maiores no sentido de garantir a adequada perfusão sangüínea. A longo
prazo a hipertensão arterial leve não tratada pode evoluir para formas graves de hipertensão,
predispondo o individuo a aciden-tes vasculares como por exemplo derrames cerebrais, entre
outros.

Diagnostico: É feito a partir do acompanhamento dos níveis pressóricos do indiví-duo.

Tratamento: Utiliza-se o Alho.

Insuficiência venosa

Fisiopatologia: O sangue presente no leito venoso é impulsionado em direção cen-trípeta


chegando ao coração onde ele é novamente bombeado para os tecidos. Nas regiões situadas
num nível abaixo do coração o retorno venoso é dificultado princi-palmente na região dos
membros inferiores, devido ao fato de o sangue fluir contra-riamente à ação da força da
gravidade. Para que ocorra esse retorno, o sangue ne-cessita ser propulsionado e isso se dá
geralmente pela ação dos músculos dos mem-bros inferiores que ao se contrair pressionam as
veias, combinado com a presença das válvulas ao longo das veias que impedem que o sangue
volte a sua posição ini-cial, direcionando o fluxo, quando cessa a ação dos músculos. Existem
no entanto determinadas condições em que o retorno venoso encontra-se prejudicado, seja
por deficiência de um dos fatores citados. Nessa condições teremos edema de membros
inferiores, dor em peso, entre outras manifestações.

Diagnostico: É feito a partir da analise dos sintomas

Tratamento: Uso de centelha asiática.


 Varizes:

Fisiopatologia: Nas veias superficiais o retorno venoso é ainda mais difícil, uma vez que a
contração dos músculos dos membros inferiores pouco ajuda no fluxo venoso. Com isso,
temos o aumento da turgência dessas veias, que a longo prazo tornam-se tortuosas e mais
calibrosas. Como geralmente as varizes estão associadas a graus variáveis de insuficiência
venosa, temos nessa patologia também edema de membros inferiores e dor em peso. Em
estágios mais avançados, no local das vari-zes muitas vezes, a perfusão sanguinea é
prejudicada gerando áreas de esquemia te-cidual gerando dor intensa, alem disso pode
ocorrer, nesses locais, infecção por bactérias oportunistas fazendo surgir ulcerações no local.

Diagnostico: É feito a partir da analise dos sintomas

Tratamento: Uso de Castanha da india

Tromboembolismo:

Fisiopatologia: Em casos de insuficiência venosa o sangue pode ficar extasiado por muito
tempo nas veias favorecendo a ocorrência de trombos geralmente em veias profundas de
membros inferiores. Na ocorrência de um favorecimento do fluxo, ge-ralmente por contração
muscular, o trombo pode se desprender e viajar na corrente

sanguínea chegando ao coração no átrio e ventrículo direitos e daí para a circulação


pulmonar. Como nessa circulação o calibre dos vasos vai diminuindo o trombo po-de,
facilmente, obstruir a circulação pulmonar podendo levar o individuo à morte.

Diagnostico: É feito a partir da analise dos sintomas

Tratamento: É feita com plantas que atuam na insuficiência venosa.

Hemorróides

Fisiopatologia: ocorre por mecanismos semelhantes aos que originam as varizes e trata-se de
uma dilação (variz) das veias que drenam a região do reto e do canal anal. Aumentam quando
da defecação devido ao aumento da pressão intra-abdominal.

Diagnostico: É feito a partir da analise dos sintomas

Tratamento: Uso de Hamamélis.

Insuficiência vascular
Fisiopatologia: Ocorre quando os vasos que fazem a irrigação de uma determinada área não
conseguem garantir uma perfusão tecidual adequada. Quando isso a área pode entrar em
isquemia e, dependendo do grau de insuficiência e da demanda do tecido, ate mesmo se
instalar um processo necrótico. As manifestações clínicas são intimamente relacionadas à
área afetada: nos músculos observamos a ocorrência de anginas(dor) durante o esforço (ex:
Claudicação intermitente), em que há aumento da demanda muscular de nutrientes e
oxigênio. Nesses casos, deve-se fazer o diag-nostico diferencial de dores musculares normais
que geralmente aparecem após o esforço devido ao desequilíbrio hidro-eletrolítico provocado
pelo aumento da con-centração de ácido lático no músculo; Já no sistema nervoso central
observamos manifestações como vertigens, zumbidos entre outras.

Diagnostico: É feito a partir da analise dos sintomas

Tratamento: Feito com a ginkgo-biloba.

Plantas:

Digitalis purpurea

Produzida na europa, suas folhas, colhidas no segundo ano depois do seu plantiu, são cruciais
para o tratamento de Falha cardíaca e arritmias.

Os componentes químicos isolados responsáveis pela acção farmacológica são: digitoxigenin,


gitoxigeninan gitaloxigenin. Existem muitos glicosídeos cardíacos, mas o mais importante
deles é a digoxina.

Castanha-da-india

Nome cientifico: Aesculus hippocastanum L.

Parte usada: Semente

Princípios ativos: Escina e esculósido

Formas de uso: Extratos 32 a 120mg de escina

Propriedades: Atua como venotônico estimulando o retorno venoso.

Indicação: Fragilidade capilar, insuficiência venosa.

Alho

Nome cientifico: Allium sativum L.


Parte usada: Bulbo

Princípios ativos: Aliina ou Alicina

Formas de uso: Tinturas, óleos, extrato seco.

Indicação: coadjuvante no tratamento da hiperlipidemia e hipertensão arterial leve; prevenção


da aterosclerose.

Centella-asiática

Nome cientifico: Centella asiatica (L.) Urban

Parte usada: Caules e folhas

Princípios ativos: Ácidos triterpênicos

Formas de uso: Extrato seco

Indicação: Insuficiência venosa dos membros inferiores

Ginkgo biloba

Nome científico: Ginkgo biloba L.

Parte usada: folhas, partes aéreas (caules e flores)

Princípios ativos: ginkgoflavonóides e terpenolactonas.

Formas de uso: Extrato

Indicação: Vertigens e zumbidos (tinidos) resultantes de distúrbios circulatórios; distúrbios


circulatórios periféricos (claudicação intermitente), insuficiência vascular cerebral.

Hamamelis

Nome cientifico: Hamamelis virginiana

Parte usada: folha

Princípios ativos: Taninos

Formas de uso: Extrato, tinturas

Indicação: Para hemorróidas - uso interno; hemorróidas externas e equimoses - uso externo.
PLANTAS MEDICINAIS QUE ACTUAM NO SISTEMA URINÁRIO

 Identificar as plantas usadas no tratamento das patologias acima referidas;


 Identificar as formas galênicas de apresentação das plantas, sua dosagem, posologia e
precaução
 Conhecer a fisiologia geral do sistema Urinario;
 Identificar as principais patologias do sistema Urinario;

CAVALINHA

Nome científico: Equisetum arvense L.

Nomes populares: Cavalinha, rabo de cavalo, cola-de-cavalo, lixa vegetal, erva canudo, milho
de cobra, .....

Fitogeografia: Originária da Europa.

Parte Usada: Parte aérea

Principais Constituintes Químicos: Ácido Sílico (10-15%). Compostos inorgânicos: Ca, Mg,
Na, F, Mn, Si, S, P, Cl e K (2,4-2,9%). Flavonóides e derivados. Alcalóides. Saponinas:
equisetonina (1-5%). Substâncias amargas. Vitamina C. Taninos (ácido gálico).

Ação/Aplicação: A ação diurética é justificada pela presença dos minerais, dos flavonóides, e
dos taninos.. A presença dos taninos e das saponinas também justifica sua ação adstringente
no trato genito-urinário, sendo muito útil em incontinência noturna em crianças.
O Silício, além de atuar como remineralizante, estimula a biossíntese das fibras colágenas e a
elastina preserva a tonacidade, a elasticidade e a resistência do tecido cutâneo e dos vasos.

Além disso, a presença de saponinas (ação detergente e adstringente) faz da cavalinha um


coadjuvante no tratamento externo da acne.

BRASIL (2010), refere que a cavalinha deve ser utilizada para edemas por retenção de
líquidos.

Formas de uso:

Decocção: 1 colher de sopa do caule bem picado em 1 xícara de água em fervura (150 ml).
Ferver de 5 a 7 min, abafar durante 10min. Tomar 1 xícara 2 a 4 x ao dia. Obs: não tomar
após as 17h.

Contra-Indicação: Disfunção cardíaca, gestantes e lactantes e em portadores de insuficiência


renal.

Efeitos Colaterais: fraqueza muscular, perda de peso, freqüência cardíaca anormal,


extremidades frias. Dermatite em pacientes sensíveis a nicotina. Altas doses e uso prolongado
pode causar cefaléia, irritação gástrica, diminuição de vitamina B1 e irritação no sistema
urinário

Interações: estimulantes do SNC. Usar com cautela em pacientes que estão tomando
substâncias de substituição da nicotina para abandono do tabagismo e concomitante com
diuréticos.

ABACATE

Nome científico: Persea americana Mill.


Nomes populares: Aguacate, agnata, abacate branco.

Fitogeografia: Originária da América Central. Cultivada em todo o Brasil.

Parte Usada: Folhas

Principais Constituintes Químicos:

Flavonóides: Quercetina, B-sitosterol, D-persitol. Óleos Essenciais: anetol, estragol.


Princípios Amargos: abacatina. Vitaminas: A, B, D, E e G. Minerais: K, P, Ca, Fe.
Aminoácidos.

Ação/Aplicação: Ação diurética exercida diretamente sobre o túbulo renal, principalmente


pela presença dos flavonóides.

Aumenta a secreção da bile e evita a formação de gases intestinais e estomacais.

Contra-Indicação: Não há referências nas doses recomendadas.

Efeitos Colaterais: Não há referências nas dosagens recomendadas.

Forma de uso

Infusão: 1 colher de sopa de folhas picadas em 1 xícara de água em fervura, abafa 10 min,
tomar 1 xícara 2 x ao dia.

Máscara facial ou creme para as mãos: ¼ da polpa do fruto maduro e 1 colher de sopa de mel.
Deixar agir por 40 min e enxaguar com água fria.

QUEBRA – PEDRA

Nome científico: Phyllanthus niruri L.

Nomes populares: Arranca-pedras, arrebenta-pedra, conami, erva pombinha, saudade da


mulher, saxifraga, fura-parede, saúde-da-mulher.

Fitogeografia: Nativa das Américas.

Partes Utilizadas: parte aérea.

Principais Constituintes Químicos:

Compostos fenólicos: (3,5%). Flavonóides: Quercetina, Quercitrina, nirurina, astragalina,


hipofilantina, triacontanol, rutina. Cumarina: ácido elágico, carboxilato de metil brevifolin.
Tanino. Triterpenos: acetato de lupeol.
Ação/Aplicação: As folhas e as sementes apresentaram ação antibacteriana. Testes em ratos
demonstraram ação contra o vírus da hepatite do tipo B “in vitro”.

Dissolve cálculos renais, impedindo a contração do ureter e promovendo a sua desobstrução.


Desenvolve atividade diurética pela elevação da filtração glomerular e excreção urinária de
ácido úrico.

Extratos obtidos das folhas, raízes e caule de Phyllanthus niruri apresentam atividade
antiespasmódica em diferentes tecidos de musculatura lisa, entre elas, íleo e bexiga de cobaia,
útero de rato e ureter e tecido vascular de cães.

Contra-Indicação: Gravidez, lactação e crianças. Em cálculos de tamanho grande. Utilizar por


mais de 3 semanas.

Efeitos Colaterais: Em doses elevadas podem causar diurese excessiva, diarréias e


hipotensão.

Formas de uso:

Infusão: 3 g (1 colher de sopa) em 1 xícara (150 ml) de água fervente, abafar 10 min. Tomar
1 xícara 2 a 3 x ao dia.

Tintura: 5 a 20 ml ao dia

Outras propriedades:

A planta é utilizada externamente como inseticida de pulgas e piolhos

ABOBORA

Cucurbita pepo
Parte utilizada: sementes inteiras, trituradas, extratos ou óleo de sementes.

Princípio ativo: cucurbitina, ác. Linoléico, oléico, fitosteróis

Ação: anti-helmíntica, diurética

Aplicação/uso: Tratamento sintomático da Hiperplasia prostática benigna (aumenta fluxo


urinário, reduz retenção urinária, melhora tempo e freqüência da micção). Anti-helmíntica
para oxiúros e tênias.

Posologia: anti-helmíntica: 50 sementes triturada com leite e açúcar formando uma pasta,
após 2 horas ingerir óleo de rícino. HPB: 200 a 300 mg 2 x ao dia. (SAAD, 2009)

Cuidados: perda de eletrólitos, medicações diuréticas, cças, gestantes e lactantes.

URTIGA

Urtiga dioica

Parte utilizada: raiz

Princípio ativo: escopoletina, glicosídeos flavonóides, fenilpropranos, sitosterol, ...

Ação: diurética, imunoestimulante, antiinflamatória

Aplicação/uso: Tratamento inicial da Hiperplasia Prostática Benigna. Inflamação das vias


urinárias, prevenção e tratamento de cálculos renais.

Posologia: extrato seco de 600 a 1.200 mg/dia, por 6 a 12 semanas. (SAAD, 2009)

Cuidados: medicações diuréticas, cças – 2 a., gestantes e lactantes. Pode ocorrer alterações
GI.

PLANTAS MEDICINAIS QUE ACTUAM NO SISTEMA RESPIRATORIO

DOENÇAS DA VIAS RESPIRATÓRIAS

 Resfriado comum, infecção respiratória superior:


Inflamação benigna com catarro do trato respiratório superior e médio, causada por infecção
viral.
Medidas fitoterápicas:

 Os medicamentos não devem comprometer o mecanismo de limpeza mucociliar do


trato respiratório superior;
 Se aparecerem complicações bacterianas, os medicamentos fitoterápicos podem ser
administrados como adjunto da terapia de antibiótico.
Plantas Medicinais que actuam no Sistema Respiratorio

SABUGUEIRO Sambucus nigra

Fitogeografia: Europa e Ásia central

Parte utilizada: flores

Princípio ativo: glicosídeo cianogênico (sambunigrina), óleos essenciais, mucilagens, taninos,


e ácidos orgânicos.

Ação: atividade antiviral in vitro contra um sorotipo viral respiratório. (Fetrow, 2000).
Propriedades diurética, antipirética, antiséptica. (Lorenzi e Matos, 2002). Utilizada para
gripes e resfriados

Reações colaterais: diarréia (bagas), vômito (ingestão excessiva das bagas), envenenamento
por cianeto a partir das cascas, raízes, folhas e bagas verdes do sabugueiro. Altas doses
podem causar hipocalemia.

Contra-indicação: gestantes, lactantes e crianças. Em superdosagem causa hipocalemia

Modo de usar: Infusão: água fervente (150 ml) para 1 colher de sopa (3g) de flores secas de
sabugueiro, deixar em infusão por 5 min, coar e tomar 1 xícara 2 a 3 vezes ao dia.

Fitogeografia: Europa (S. alba) e América do Norte (S. nigra)

Parte utilizada: casca do caule

Princípio ativo: glicosídeos fenólicos (salicina, salicortina,..) ésteres do ácido salicilico,


taninos e flavonóides.

Ação: exercem efeitos antiinflamatórios, analgésicos, antipiréticos. (Fetrow, 2000) Indicado


para doenças febris, problemas reumáticos e dor de cabeça. (Schulz, 2002). Inflamação, dor,
febre, gripe e resfriados (ANVISA, 2010).
Reações colaterais: aumento do tempo de sangramento, dermatite de contato, disfunção
hepática, lesão renal, sangramento GI, intoxicação por salicilato (náusea, vômito, tontura,
zumbido, confusão, letargia, diarréia, acidose metabólica)

Posologia: a dose diária de salicina é de 60 a 120 mg VO.

Casca seca: 1 a 3 g na forma de decocção VO, 3 X ao dia

Contra-indicação: gestantes, lactantes e crianças. Pacientes com hipersensibilidade aos


salicilatos. Utilizar com cautela por pacientes com asma, história pregressa de alergia a
plantas, bem como propensos a desenvolver tromboembolismo sistêmico, IAM prévio, AVC,
insuficiência renal, úlcera péptica, sangramento GI pregresso.

Interações: Agentes anticoagulantes. Agentes anti-hipertensivos Diuréticos. (Fetrow, 2000).


Passiflora sp. Corticóides e antiinflamatórios. (ANVISA, 2010).

Importante: recomenda-se apenas o uso de produtos padronizados de salicilato.

FITOTERÁPICOS PARA TOSSE

Três métodos básicos estão disponíveis para o tratamento puramente sintomático da tosse
Redução da irritação local da garganta;

Supressão periférica do reflexo da tosse;

Supressão central do reflexo da tosse.

Expectorantes Fitoterápicos

Os expectorantes são agentes que podem influenciar a consistência, a formação e o transporte


de secreções bronquiais.

Mecanismos de ação:

Redução da viscosidade do muco;

Liquefação de secreções

GUACO
Mikania glomerata Spreng.

Fitogeografia: Planta nativa do Sul do Brasil, habita as bordas da Mata Atlântica. Costuma
vegetar em condições de sombreamento parcial). Ocorre também na Argentina, Uruguai e
Paraguai. Parte Usada: Folhas frescas ou secas Princípio ativo: Óleo essencial
(sesquiterpenos), taninos, saponinas, resinas, substância amarga (guacina), cumarinas,
guacosídeo. Na sombra, o teor de cumarina do guaco foi de 5%. A pleno sol produziu 1%, em
experimentos na Unicamp. A produção de cumarina nas folhas do guaco é cerca de sete vezes
maior do que no caule.

A ação das cumarinas promove a fluidificação dos exudatos traqueobrônquicos facilitando


sua expulsão pelo reflexo da tosse. Atua relaxando a musculatura lisa das vias aéreas
principalmente dos brônquios. Estimula a secreção e a eliminação da urina (ação diurética).
Auxilia a eliminação de ácido úrico. Possui ação cicatrizante pela presença dos óleos
essenciais. Apresenta atividade antifúngica e antimicrobiana, podendo ser utilizado como
preventivo da cárie e placa bacteriana dos dentes.

Dosagem/Modo de Usar:

Infuso – 3 g (1 colher de sopa) de folhas para 1 xícara de água fervente (150 ml); tomar 1
xícara - 3 vezes ao dia.

Xarope: tomar 1 a 2 colheres das de sopa 2 a 3 vezes ao dia

Efeitos Colaterais, Contra-indicações e Interações Medicamentosas:

Altas doses podem provocar: taquicardia náuseas, vômito e diarréia. Pode provocar
hipertensão.

A presença da cumarina pode potencializar o efeito de medicamentos anticoagulantes,


podendo provocar hemorragia. Interrage com antiinflamatórios.
Curiosidades: É planta melífera – procurada pelas abelhas na época de floração.

ALCAÇUZ

Glycyrrhiza glabra

Fitogeografia: originário do mediterrâneo. Porém cultivado nos Estados Unidos, Espanha,


Índia, Grécia,... Parte Utilizada: rizomas e raízes Princípio ativo: 5 a 9% glicirrizina
(saponina), glicosídeo, ác. Glicirrético, manose, glicose, triterpenóides,..

Ação; antiinflamatória, mineralocorticóide suave, antiulcerosa, diurético leve, antitussígena,


antialérgico. (Fetrow, 2000). Tosses, gripes e resfriados

Aplicação e uso: estimula a síntese de suco gástrico. Possui ação semelhante as drogas
corticosteróides, impede a inflamação e o processo alérgico, acelera a secreção do muco.
Usada no tratamento de bronquite e eliminação de secreção no trato respiratório superior.
Posologia: 4,5 g (1 ½ colher de sopa) raiz seca em 150 ml de água, tomar 3 a 4 x ao dia.
(ANVISA, 2010). Para úlcera péptica: 200 a 600mg VO ao dia, durante 4 a 6 semanas.
(FETROW, 2000). Reações colaterais: efeitos mineralacorticóide (cefaléia, letargia, retenção
de sódio e de água, hipopotassemia, hipertensão), fraqueza muscular, Insuficiência cardíaca e
parada cardíaca (superdosagem). Interações: anti-hipertensivos e diuréticos, corticosteróides
(incluindo tópicos), digoxina (induzir hipopotassemia – risco de intoxicação) e anti -
inflamatório. Contra-Indicações: hipertensão arterial, arritmias e doenças CV, renal, hepática,
diabetes e hiperestrogenismo. Evitar uso em gestante, lactantes e crianças. Utilizar com
cautela no indivíduo idoso.

AGRIÃO
Nasturtium officinale

Fitogeografia: originária da Europa Parte Utilizada: caule e folhas Princípio ativo:


gliconasturiína, glicosinolato, vitaminas A, e C, fosfatos e óleos. Ação: diurético,
antiinflamatório leve, antimicrobiano, expectorante, cicatrizante. Aplicação e uso: afecções
das vias urinárias, bronquite, tosse, erupções cutâneas. Ainda são poucos os estudos com a
planta. Modo de usar: xarope: 1 colher de sopa 2 a 3 x ao dia. Cuidados: evitar uso em
gestantes e lactantes. Em tratamentos com acetaminofeno (inibição do metabolismo
oxidativo).

GENGIBRE

Zingiber officinalis R.

Fitogeografia: originária da Índia e Malásia. Introduzida no Brasil no século XIV pelos


colonizadores.

Parte utilizada: rizoma

Principais constituintes químicos: óleo volátil (1 – 3%): gingerol, citral, 1-8 cineol,
zingibereno, bisaboleno, geraniol. Princípios amargos. Ácidos Orgânicos. Sais Minerais.
Resinas.
Ações: segundo Fetrow (2000), é estimulante digestivo, combate gases intestinais, aumenta o
peristaltismo e o tônus do músculo intestinal. Protetor GI. Possui ação anti-emética sem
demonstrar efeitos colaterais. Estimulante CV. Agente antiinflamatório útil no tratamento da
artrite. Produz alívio da dor e do edema em paciente com artrite reumatóide, osteoartrite ou
desconforto muscular. O extrato de gengibre estimula o centro vasomotor e respiratório.
Usado para náuseas e vômitos da gravidez (ANVISA, 2010). Contra-indicação: Utilizar
apenas sob supervisão médica em pacientes que tomam anticoagulantes, portadores de
hipertensão, cálculos biliares e irritação gástrica. (Fetrow, 2000 e ANVISA 2010). Evitar o
uso em crianças menores de seis anos.

Interações: Anticoagulantes: podem aumentar o risco de sangramento Reações colaterais:


Possível ocorrência de depressão do SNC ou arritmias (com superdosagem). O uso externo
abusivo pode provocar queimaduras. Outras Propriedades: O pó é usado como condimento no
preparo de biscoito, bolos e bolachas. Fabricação de bebidas (gengibeer, conhaque).
Preparação do quentão, pé-de-moleque e cocada nordestina

Formas de uso:

Como anti-emético: 500 a 1000 mg de gengibre em pó VO ao dia.

Decocção: 0,5 a 1g (1 a 2 colheres de café) de raiz em 1 xícara das de chá de água (150 ml).
Tomar 1 xícara 2 a 4 vezes ao dia.

Cataplasma: Preparo: colocar a quantidade de gengibre em uma bacia e despejar água quente
sobre ele, aos poucos, mexendo bem e rapidamente, para obter-se uma pasta homogênea.

Pulmão: 3 colheres de sopa cheia de gengibre ralado. Aplicar no paciente em decúbito


ventral, apenas sobre a região do pulmão, durante 20 minutos, 1 x ao dia (bronquite, tosse
produtiva)

Rins: 3 colheres de sopa cheias de gengibre ralado. Aplicar 2 cataplasmas concomitante, um


de cada lado, com o paciente em decúbito ventral, durante 20 minutos 1 x ao dia. (cólica
renal. Não deve ser usado em processos inflamatórios agudos e lesões renais).

Para articulação: 1 a 2 colheres de sopa cheia de gengibre ralado. Aplicar em volta de cada
articulação acometida, durante 1 a 2 horas, 2 a 3 x ao dia (usada em quadros artrítico e
reumático crônico, com dor nas articulações.)

Outras formas de uso: Rizoma fresco: mascar um pedaço (rouquidão).


EUCALIPTO

Eucalyptus globulus Labil

Fitogeografia: Originário da Austrália. Partes Usadas: Folhas e óleo essencial. Principais


constituintes químicos: óleo essencial (0,8 – 1%), eucaliptol ou cineol, alfa e beta pineno, alfa
terpinol, borneol. Taninos, ácidos fenólicos, flavonóides. Ceras. Indicação científica: Fetrow
(2000) relata que os óleos essenciais do eucalipto lhe conferem propriedades anti-sépticas e
expectorantes e em uso externo é cicatrizante. Os ácidos fenólicos estão associados a
atividade hipoglicemiante em coelhos.

Accao : o eucalipto é indicado para gripes, resfriados, para desobstrução das vias respiratórias
e como adjuvante no tratamento de bronquite e asma

Formas de Uso:

Uso externo: sob a forma de inalação do vapor das folhas, 2g (1 colher de sobremesa) para
cada 150 ml de água.

Inalação do óleo: pingar algumas gotas (2 a 3) em água fervente (1 litro) e inalar por 20
minutos;

Escalda-pés durante 20 min/ banhos de imersão.

Contra-indicação: Gravidez e lactação. Menores de 12 anos (ANVISA, 2010). Pessoas que


estão ingerindo algum tipo de analgésico ou tranqüilizante podem apresentar uma aceleração
da atividade destes fármacos, pois o eucalipto acelera o metabolismo hepático destes
medicamentos. Pode causar agitação e gastrite em pessoas sensíveis. Doses altas do óleo são
tóxicas. Para pacientes que recebem terapia hipoglicemiante. Interações: analgésico ou
tranqüilizante Efeitos colaterais: Pode causar náuseas, vômitos e diarréia. Irritação cutânea
em pessoas com hipersensibilidade ao óleo.

ALHO Allium sativum L.

Fitogeografia: Origem: Ásia Central. Partes Utilizadas: Bulbo fresco e óleo Principais
Constituintes Químicos: Ca, Silício, Na, Fe, Mg, Mn. Vitamina A, B1, B2, C. Heterosídeos
sulfurados: alicina (10-13%). Ácido Fosfórico livre. Óleos essenciais: Aliina (10-13%).
Óxido dialildissulfeto (60%), enzimas (aliinase, peroxidase). Ações: A ação da alicina sobre
bactérias gram positivas e gram negativas confere ao alho, ação bacteriostática e bactericida

Ações: Possui ação vermífuga fraca para Áscaris e Oxiúros.

Os efeitos hipocolesterolêmicos foram bem documentados em animais e seres humanos. O


alho reduz os níves de colesterol, triglicerídios e lipoproteínas de baixa densidade (LDL),
enquanto produz aumento dos níveis de lipoproteína de alta densidade (HDL).

Em um estudo foi relatada uma redução média de 6% no colesterol sérico total e 11% nas
LDL. (20 pacientes, >220mg/dl de colesterol, tratados durante 12 semanas, com doses de
900mg/dia) (FETROW 2000)

Estimula o pâncreas a produzir Insulina auxiliando diabéticos não insulino- dependents

Devido sua ação vasodilatadora é um poderoso hipotensor. Em um estudo (1993) o uso de


altas doses de alicina reduziu significativamente a pressão arterial diastólica, porém produziu
apenas uma pressão sistólica ligeiramente menor.

Estimula a imunidade e promove a diminuição do ritmo cardíaco, inibe a formação de


radicais livres e a oxidação dos lipídeos, além de reduzir a captação dos mesmos pelas células
do endotélio basal.
O óleo de alho fluidifica as secreções brônquicas ajudando a desobstruir as vias aéreas.

Posologia: recomenda-se de 600 a 900 mg ao dia, ou 8 mg (óleo de alho) diariamente.


(Fetrow, 2000) Maceração: 0,5 g (1 col. café) em 30 mL (cálice) de água. Tomar 1 cálice
2x/dia. (ANVISA) OBS: O cheiro é combatido comendo salsa crua ou bebendo suco de limão
em igual quantidade de água, meia hora antes da ingestão do alho. Contra-Indicação: Casos
de hipersensibilidade ao óleo. Pacientes com distúrbios GI, como úlcera, refluxo,... Em casos
de hipotensão. Gestantes (efeitos ocitócitos), lactantes e crianças menores de três anos.
Efeitos-Colaterais: Em hiperdosagens pode provocar irritação gástrica e náuseas. Pode
ocorrer casos de reações alérgicas em pessoas mais sensíveis. O uso crônico ou em doses
excessivas podem resultar em diminuição na produção de hemoglobina e lise dos eritrócitos.
Interações: Anticoagulantes. Agentes antiplaquetários

EQUINACEA Echinacea purpurea

Parte utilizada: rizomas e raízes E. pallida; suco fresco das raízes e partes aéreas da E.
purpurea.

Princípio ativo: equinaceína, equilona, equinacosídeo, polissacarídeos, flavonóides, óleos


essenciais.

Ação: imunoestimulante

Aplicação e uso: agente de cicatrização em abscesso, queimaduras. Tratamento de apoio de


infecções semelhantes a gripe e infecções recorrentes do trato respiratório superior e trato
urinário inferior. Diminui a recidiva de infecções por Candida albicans.

Posologia: extrato seco - 900 mg a 1 g 3x ao dia (adulto), tintura – 15 a 30 gts 2 a 5x ao dia.


Usar no máximo por 8 semanas

Cuidados: evitar o uso em gestantes, lactantes, pacientes HIV +, Tuberculose, doenças auto-
imunes, esclerose múltipla.
REFERÊNCIAS Bibliograficas:

FETROW, Charles W. e ÁVILA, Juan, R. Manual de Medicina Alternativa para profissional.


Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2000.

LORENZI, H. e MATOS, F. J. A.. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. São


Paulo: Instituto Plantarum, 2002.

SILVA JUNIOR, Antonio A. Essêntia Herba: plantas bioativas. Florianópolis: EPAGRI,


2006, 633 p., v. 2.

SCHULZ, V. et. al. Fitoterapia racional: um guia de fitoterapia para as ciências da sáude. 4º
ed. SP: Manole. 2002.

TESKE, M. TRENTINI, A.M. Herbarium: Compêndio de fitoterapia. 4º edição. São Paulo:


Ed. Herbarium, 2001.

BRASIL. Resolução n.º 10 de 9 de março de 2010. Dispõe sobre a notificação de drogas


vegetais junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e dá outras
providências. ANVISA. Disponível em: www.anvisa.org.br. Acesso em 16 de março de
2010.

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