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Capı́tulo 4

Polı́gonos

Nesse texto abordamos a construção de polı́gonos com a utilização do mouse


e por meio da digitação de comandos na Entrada.

Polı́gonos
A ferramenta Polı́gono possibilita construir polı́gonos a partir de pontos
já construı́dos na Janela de Visualização ou mesmo a partir de pontos criados
no momento do uso da ferramenta. Assim, para construir um polı́gono basta
clicar na ferramenta Polı́gono e clicar em pontos a sua escolha na Janela de
Visualização. A construção deve ser finalizada clicando novamente no ponto
em que a construção foi iniciada.

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22 • Capı́tulo 4: Polı́gonos

É possı́vel ainda construir um polı́gono digitando comandos na Entrada.


Para isso, utiliza-se uma das seguintes sintaxes:

Polı́gono(<Ponto>, . . . , <Ponto>)

Esse comando constrói um polı́gono a partir de um conjunto de pontos


especı́ficos, por exemplo,

Polı́gono((0, 0), (2, 3), (1, 5))

constrói um polı́gono de vértices (0, 0), (2, 3) e (1, 5) que são os parâmetros do
comando. Supondo que os pontos A = (0, 0), B = (2, 3) e C = (1, 5) estivessem
construı́dos no GeoGebra. Nesse caso, bastaria digitar o comando a seguir para
obter o mesmo polı́gono acima:

Polı́gono(A, B, C)

A outra sintaxe é a seguinte:

Polı́gono(<Lista de Pontos>)

Com essa sintaxe é possı́vel construir um polı́gono a partir de uma lista de


pontos. Assim, dada uma lista de pontos L = {(1, 1), (4, 2), (5, 7), (1, 5)}, basta
digitar:
Capı́tulo 4: Polı́gonos • 23

Polı́gono (L)

Polı́gono Regular
Com a ferramenta Polı́gono Regular obtemos polı́gonos a partir de dois
pontos e de um número natural que indica a quantidade de lados ou vértices.
Para construir um polı́gono regular basta clicar em Polı́gono Regular, escolher
dois pontos e, em seguida, o GeoGebra carrega uma janela em que deve-se
digitar um número ou o nome de uma variável que representa a quantidade de
vértices.

Após digitar o número de vértices, ou a variável, clicando-se em OK obtém-


24 • Capı́tulo 4: Polı́gonos

se um polı́gono regular.

O mesmo resultado pode ser obtido usando a seguinte sintaxe na Entrada:

Polı́gono(<Ponto>, <Ponto>, <Número de Vértices>)

Polı́gono Rı́gido
O GeoGebra possui uma ferramenta com a qual é possı́vel construir polı́gonos
não deformáveis, ou seja, polı́gonos cuja forma não é afetada ao movimentar
um vértice ou um lado. Essa ferramenta é chamada Polı́gono Rı́gido. Clicando
na ferramenta Polı́gono Rı́gido podemos construir um polı́gono de cinco lados
conforme exibido abaixo.
Capı́tulo 4: Polı́gonos • 25

Como podemos observar o GeoGebra retornou apenas os dois primeiros


pontos clicados, A e B, e um polı́gono rı́gido. Nesse caso se movermos o ponto
A todo o polı́gono é movido juntamente. Se movermos o ponto B, o polı́gono
é girado em torno do ponto A. Portanto, em nenhum dos casos o polı́gono é
deformado.
Capı́tulo 5

Isometrias no Plano

Isometrias no plano é um tópico de estudo da Geometria das Transformações


e sua abordagem visa propiciar conceituações de congruência e de semelhança,
procurando desenvolver a capacidade de perceber se duas figuras têm ou não
a mesma forma e o mesmo tamanho independente da posição que elas ocupam
no plano.
Nesse texto vamos abordar algumas isometrias utilizando o GeoGebra.

Simetria de Translação
Na simetria de translação obtém-se uma imagem da figura original deslo-
cada uma medida c dada, a qual pode ser representada por um vetor.

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Capı́tulo 5: Isometrias no Plano • 27

No GeoGebra é possı́vel obter um polı́gono pol2 a partir de um polı́gono


pol1, por exemplo. Inicialmente construı́mos um polı́gono pol1 e um vetor u.
Clicando em Translação por um Vetor e, em seguida, clicando no polı́gono
e no vetor obtemos a figura transladada.

O mesmo resultado pode ser obtido digitando:

Transladar(<Objeto>, <Vetor>)

Com os seguintes parâmetros e obtemos outro polı́gono pol2 transladado


por u.

Transladar(pol1, u)

Utilizando o comando

Sequência(<Expressão>, <Variável>, <Valor Inicial>, <Valor Final>)

juntamente com o comando Transladar podemos obter uma sequência de polı́gonos


transladados por múltiplos do vetor u:

Sequência(Transladar(pol1, i * u) ,i, 1, 6)
28 • Capı́tulo 5: Isometrias no Plano

O comando Sequência possibilita criar sequências de números, de pontos,


de segmentos, de polı́gonos, entre outros. Nesse comando deve ser digitado uma
expressão em uma variável a sua escolha, por exemplo:

Sequência(2 ∗ n, n, 0, 5)

para obter os seis primeiros números pares;

Sequência((n, f (n)), n, 1, 10)

para obter dez pontos de uma função f .


Nos comandos acima o n é a variável do comando e os dois próximos valores
determinam os limites mı́nimo e máximo em que o comando deve ser executado.
Capı́tulo 5: Isometrias no Plano • 29

Simetria de Rotação
Na simetria de rotação, obtemos a imagem de um objeto por meio de um
giro em torno de um ponto fixo, chamado de centro de rotação.

A ferramenta Rotação em torno de um Ponto por um Ângulo permite obter


uma figura B girando uma figura A.

Assim, com a ferramenta Rotação em torno de um Ponto por um Ângulo


ativa, clica-se na figura e no ponto. O GeoGebra exibe uma caixa com um
campo para ser preenchido com a medida do Ângulo. Além disso, há opções
para escolha do sentido do giro.
30 • Capı́tulo 5: Isometrias no Plano

Definida a amplitude do ângulo e o sentido do giro, clica-se em OK para


que seja obtida a imagem girada pelo ponto O (centro de rotação).

É possı́vel ainda obter a imagem girada de uma figura digitando-se coman-


dos na Entrada. Para isso, utiliza-se uma das seguintes sintaxes:

Girar(<Objeto>, <Ângulo>)

Girar(<Objeto>, <Ângulo>, <Ponto>)

As duas sintaxes acima apresentam diferenças quanto aos resultados obti-


dos. Na primeira a imagem girada é obtida em relação à origem, ou seja, o
ponto (0, 0), já que não é especificado o centro de rotação. E na segunda, a
imagem girada é obtida em relação a um centro escolhido arbitrariamente.
Capı́tulo 5: Isometrias no Plano • 31

Da mesma forma que fizemos com o comando Transladar, podemos utilizar


o comando:

Girar(<Objeto>, <Ângulo>, <Ponto>)

aninhado ao comando Sequência para obter uma série de polı́gonos que corres-
pondem a giros de pol1 em torno do ponto O.

Sequência(Girar(t1, −30◦ *i, O), i, 1, 12)


32 • Capı́tulo 5: Isometrias no Plano

Simetria de Reflexão
Na simetria de reflexão há um segmento passando pela figura ou fora dela
que atua como espelho, refletindo a imagem desenhada. Esse segmento recebe
o nome de eixo de simetria.

O eixo e divide a figura em duas partes iguais ou congruentes. A figura A


e sua simétrica, a figura B, estão a mesma distância do eixo e.
No GeoGebra podemos obter imagens refletidas utilizando as ferramentas
Reflexão em Relação a uma Reta ou Reflexão em Relação em Relação a um
Ponto. Com uma das ferramentas selecionadas, clica-se na figura a qual deseja-
se obter a imagem refletida e clica-se na reta (ou ponto).
É possı́vel ainda obter a imagem refletida de uma figura digitando-se co-
mandos na Entrada. Para isso, utiliza-se uma das seguintes sintaxes:

Reflexão(<Objeto>, <Ponto>)

Reflexão(<Objeto>, <Reta>)
Capı́tulo 6

Objetos e suas Propriedades

Quando construı́mos um objeto no GeoGebra, por exemplo, um polı́gono,


uma reta, um ponto, eles são exibidos na Janela de Visualização com atribu-
tos como cor, espessura da linha, transparência/opacidade, entre outras carac-
terı́sticas que são predefinidas pelo próprio programa. Essas caracterı́sticas ou
atributos podem ser modificadas pelo usuário do programa e como realizá-las é
o tema desse capı́tulo.

Janela de Propriedades
Clicando com o botão direito do mouse sobre um objeto na Janela de
Visualização ou sobre seu nome na Janela de Álgebra podemos acessar as Con-
figurações.

Nas Configurações visualizamos cinco abas: Básico, Cor, Estilo, Avançado


e Programação. Na aba Básico é possı́vel modificar atributos de um ou mais
objetos selecionados.
Em nossa imagem do exemplo acima selecionamos o triângulo t1 de vértices

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34 • Capı́tulo 6: Objetos e suas Propriedades

A, B e C. Ao acessar as propriedades desse objeto que são exibidas na Janela


de Propriedades abaixo, visualizamos as definições e atributos desse triângulo.

A opção Fixar Objeto quando selecionada fixa o objeto na Janela de Visua-


lização não permitindo que ele seja movido com o ponteiro do mouse. A opção
Definir como Objeto Auxiliar faz com que o nome do objeto componha uma
lista de objetos que não são exibidos por padrão na Janela de Álgebra. Por
exemplo, o triângulo DEF e seus elementos foram definidos como auxiliares.
Capı́tulo 6: Objetos e suas Propriedades • 35

Caso necessitemos, é possı́vel exibir as nomenclaturas dos objetos auxiliares


na Janela de Álgebra. Para isso, basta clicar com botão direito do mouse
sobre o objeto, acessar Configurações e desmarcar a opção Definir como Objeto
Auxiliar.
Na aba Cor é possı́vel modificar a cor do objeto selecionado a partir de uma
palheta de cores predefinidas no software. Clicando em outro é possı́vel ainda
acrescentar cores que não são apresentadas na palheta.

Para isso, devemos modificar os valores dos controles deslizantes.

Para controlar a transparência ou opacidade do objeto modificamos os va-


lores do controle de transparência para valores de 0 a 100. Sendo que no valor
zero a figura é totalmente transparente e no 100, totalmente opaca.
36 • Capı́tulo 6: Objetos e suas Propriedades

Na aba Estilo são disponibilizadas opções que permitem modificar a espes-


sura e o estilo da linha.
E além disso, modificar o preenchimento de objetos.

As imagens abaixo são exemplos de aplicação da opção preenchimento.

A opção Inverter Preenchimento permuta o preenchimento do objeto com


o plano de fundo.
No exemplo abaixo, antes de selecionarmos Inverter Preenchimento, o plano
Capı́tulo 6: Objetos e suas Propriedades • 37

de fundo era de cor branca e o polı́gono estava preenchido com a malha Tijolos.
Capı́tulo 7

Cı́rculo, arco e setor

Nesse texto abordamos como construir cı́rculos, arcos e setores circulares


no GeoGebra a partir de comandos digitados na caixa de Entrada.

Cı́rculo
O GeoGebra apresenta quatro sintaxes para o comando Cı́rculo. A primeira
delas é a seguinte:

Cı́rculo(<Ponto>, <Medida do Raio>)

Nessa sintaxe devemos digitar, como parâmetros, o centro e o comprimento


do raio (não é necessário que o ponto esteja previamente construı́do). Quanto
ao parâmetro Medida do Raio, podemos digitar um valor numérico, que de-
terminará um raio de comprimento fixo para o cı́rculo. Podemos ainda, por
exemplo, digitar o nome de um controle deslizante. Assim, é possı́vel modificar
a medida do raio por meio do controle deslizante.
Com um ponto A = (1, 1) construı́do na Janela de Visualização e digitando
o comando Cı́rculo(A, 2) na Entrada, obtemos o seguinte cı́rculo.

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Capı́tulo 7: Cı́rculo, arco e setor • 39

A segunda sintaxe do comando cı́rculo apresenta os seguintes parâmetros:

Cı́rculo(<Ponto>, <Segmento>)

Para construir um cı́rculo a partir do ponto A e do segmento BC digitamos


o comando Cı́rculo(A, a) na Entrada.

Caso não houvesse nem o ponto A e nem o segmento BC construı́dos pre-


viamente na Janela de Visualização, o mesmo resultado poderia ser obtido por
meio do comando:

Cı́rculo((1, 1), Segmento((6, −2), (7, 1)))

Na terceira sintaxe, Cı́rculo(<Ponto>, <Ponto>) , devemos digitar dois


pontos como parâmetros: o primeiro determina o centro do cı́rculo e, o segundo,
um ponto sobre a circunferência. A medida do raio, nesse caso, é determinada
pela distância entre esses pontos. O procedimento para obter o cı́rculo usando
esse comando é semelhante aos que apresentamos nos exemplos anteriores.
A quarta e última sintaxe do comando Cı́rculo é a seguinte:

Cı́rculo(<Ponto>, <Ponto>, <Ponto>)

Na entrada digitamos o comando determinando quais são os pontos que


estarão sobre a circunferência. Por exemplo, digitamos:
40 • Capı́tulo 7: Cı́rculo, arco e setor

Cı́rculo((1, 1), (3, 1), (2, 4))

para construir um cı́rculo cuja circunferência passa pelos pontos (1, 1), (3, 1) e
(2, 4).

Arco
As sintaxes a seguir são úteis para a construção de arcos no GeoGebra:

• Arco(<Cı́rculo>, <Ponto>, <Ponto>)

• Arco(<Elipse>, <Ponto>, <Ponto>)

• Arco(<Cı́rculo>, <Valor do Parâmetro>, <Valor do Parâmetro>)

• Arco(<Elipse>, <Valor do Parâmetro>, <Valor do Parâmetro>)

• ArcoCircular(<Centro>, <Ponto>, <Ponto>)

• ArcoCircuncircular(<Ponto>, <Ponto>, <Ponto>)

As duas primeiras sintaxes são uteis para construir arcos tendo como su-
porte um cı́rculo ou uma elipse e dois pontos. Veja como construir um arco
sobre uma elipse nos passos a seguir.
Capı́tulo 7: Cı́rculo, arco e setor • 41

1 Considere uma elipse e e dois pontos A e B. Note que os pontos A e


B podem ou não pertencer a elipse e.

2 Digitamos o seguinte comando na Entrada:

Arco(e, A, B)

e obtemos um arco sobre a elipse e delimitado pelo ângulo no centro


da elipse e e semirretas por A e B.

As sintaxes

Arco(<Cı́rculo>, <Valor do Parâmetro>, <Valor do Parâmetro>)

Arco(<Elipse>, <Valor do Parâmetro>, <Valor do Parâmetro>)


42 • Capı́tulo 7: Cı́rculo, arco e setor

são utilizadas para obter arcos sobre cı́rculos e elipses, respectivamente. Os


valores dos parâmetros são úteis para definir os giros dos pontos inicial e final
desse arco. Na imagem a seguir aparece uma circunferência c e semirretas
consecutivas formando ângulos de 15 graus. Além disso, foram construı́dos dois
pontos A e B.

Observe o resultado de

Arco(<Cı́rculo>, <Valor do Parâmetro>, <Valor do Parâmetro>)

em cada caso:

• caso 1: Arco(c, 15◦ , 45◦ )


Capı́tulo 7: Cı́rculo, arco e setor • 43

• caso 2: Arco(c, A, B)

• caso 3: Arco(c, B, A)

• caso 4: Arco(c, π, 2π)


44 • Capı́tulo 7: Cı́rculo, arco e setor

Setor
Para construir setores utilizando comandos devemos utilizar uma das sin-
taxes a seguir:

• Setor(<Cônica>, <Ponto>, <Ponto>)

• Setor(<Cônica>, <Valor do Parâmetro>, <Valor do Parâmetro>)

• SetorCircular(<Centro>, <Ponto>, <Ponto>)

• SetorCircuncircular(<Ponto>, <Ponto>, <Ponto>)

Essas sintaxes são utilizadas de modo semelhante ao que apresentamos para


arcos.

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