Você está na página 1de 84

Faculdade de Ciências da Saúde

Universidade Zambeze

TECNOLOGIA FARMACÊUTICA II
EMULSÕES FARMACÊUTICAS

MSc. Yaily Lazo Roblejo


Professora auxiliar
Tema II. Formas farmacêuticas obtidas por dispersão mecánica.

Conteúdo: Emulsões. Definição. Selecção do tipo de emulsão e da


fase oleosa. Estabilidade de emulsões. Emulsificação e agentes
emulsionantes. Tipo de emulsões e agentes emulsionantes. A escala
HLB e a temperatura de inversão de fases. Tipos de agentes
emulsionantes.
BIBLIOGRAFIA

 Nogueira Prista L, Correia Alves A, Rui Morgado, Sousa Lobo J.


Tecnologia Farmacêutica. Volume I. 7ma Edição. Serviço de
Educação e Bolsas. Fundação Calouste Gulbenkian. Tema 8.1:
Emulsões.
 Vila Jato. Tecnología Farmacéutica. Tomo I. Capítulo IV: sistemas
dispersos heterogéneos.
 Lozano MC. Manual de Tecnologia Farmacêutica. Capitulo 15:
sistemas dispersos heterogéneos: emulsões.
OBJECTIVOS

1-Caracterizar as emulsões como formas farmacêuticas.


2- Formular e elaborar emulsões farmacêuticas com qualidade
tecnológica adequada.
EMULSÕES

Uma emulsão é uma dispersão de um líquido em outro líquido no


qual é imiscível.

É um sistema disperso que contém pelo menos duas fases líquidas


não miscíveis.
CARACTERÍSTICAS DAS EMULSÕES

 A maioría das emulsões de uso farmacêutico apresentam partículas


dispersas de diámetro entre 0,1a 100 µm.

 Têm uma fase dispersa (fase interna ou descontínua) e uma fase


dispersante (fase externa ou contínua).

 São termodinámicamente inestáveis (as gotas de líquido têm


tendência para flocular ou coalescer).

Para sua estabilidade as emulsões precisam a presença de um 3


componente que é o agente emulsificante.
COMPONENTES DAS EMULSÕES

 Glóbulos dispersos
 Meio dispersante
 Agente emulsificante
CLASIFICAÇÃO DAS EMULSÕES

As emulsões podem ser fundamentalmente de dois tipos:


Gotas de água dispersas em óleo (W/O)
Gotas de óleo dispersas em água (O/W)
Quando uma emulsão de um tipo é transformada a outro tipo, muda
a sinal da emulsão e o processo denomina-se inversão.
A sinal de uma emulsão corresponde com a natureza da fase externa.
ESTUDO INDEPENDENTE

Estudar as emulsões multiples e sua aplicação farmacêutica.


VANTAGENS

 Permite a preparação de misturas relativamente estáveis de dois


líquidos inmiscíveis, protegiendo ao fármaco da oxidação,
hidrólises, etc.

 Os principios de emulsificação são aplicados para a elaboração


de cremas e loções dermatológicas.

 As emulsões IV de meios de contraste permite a realização de


exámes por rayos X dos órgãos do corpo.
VANTAGENS

 Posibilita a elaboração de sistemas de liberação controlada.

 Permite mascarar sabores desagradáveis de certos fármacos por


vía oral.
SELECÇÃO DO TIPO DE EMULSÃO

O tipo de emulsão que será formulada depende da vía de


administração e sua aplicão.

Para administração oral as emulsões são de tipo O/W com o


objectivo de fazer mais fácil sua ingestão.

Para administração IV são do tipo O/W

Para administração IM pode ser O/W ou W/O

Para aplicação sobre pele pode ser O/W ou W/O


SELECÇÃO DA FASE OLEOSA

A fase oleosa pode estar constituida por:


O PA, nesse caso conhece-se antecipadamente o componente e sua
concentração.
Ex: emulsão de fígado de bacalhau para administração oral.
O óleo é simplemente um portador do PA. Sua selecção dependerá
da via de administração e tendo em conta as modificações que pode
produzir na viscosidade, consistência, liberação do PA e outras
propriedades da emulsão.
Ex: óleos de fonte vegetal
ESTABILIDADE DAS EMULSÕES

Do ponto de vista farmacêutico considera-se uma emulsão estável


quando os glóbulos mantém seu tamanho e forma iniciais e são
distribuidos uniformemente na fase continua durante um período de
tempo adequado para seu armazenamento e uso.
ESTABILIDADE FÍSICA DA EMULSÕES

Há vários processos físicos que influênciam para a desestabilização de


uma emulsão:

Formação de cremas e sedimentação

Agregação

Coalescência

Inversão de fases

Envelhecimento (crecimento) de Ostwald


ESTABILIDADE FÍSICA DA EMULSÕES
FORMAÇÃO DE CREMAS

Em muitas emulsões formam-se cremas ou natas quando se dexan em


repouso.

Este fenómeno é produzido pela acção da gravidade sobre a fase


dispersa e pela diferença de densidade das dois fases que formam a
emulsão.
FORMAÇÃO DE CREMAS

É o movimento para cima de gotículas dispersas com respecto à fase


continua.

Este acontece quando a densidade das gotas é menor que a fase


continua.
FORMAÇÃO DE CREMAS

A formação de cremas é um processo reversível e se é o único


processo desestabilizante da emulsão, esta pode-se reconstituir
fácilmente mediante uma pequenha agitação.
SEDIMENTAÇÃO

É o processo inverso à formação de cremas, é definido como o


desplazamento das partículas para baixo.

Têm lugar porque as densidades das gotículas são maiores que na


fase continua.
FORMAÇÃO DE CREMAS E SEDIMENTAÇÃO

Em qualquer emulsão ocorre um ou outro destes processos


dependendo das densidades das fases dispersas e continua.
FORMAÇÃO DE CREMAS E SEDIMENTAÇÃO

Ambos processos são indesejáveis desde o punto de vista


farmacêutico onde é essencial assegurar a uniformidade para a
administração de uma doses adequada, também pode causar má
aparência e facilitar a coalescência e agregação.
FORMAÇÃO DE CREMAS E SEDIMENTAÇÃO

A velocidade à qual uma partícula esférica sedimenta num liquido é


regido pela lei de Stoke.

: Velocidade de formação de cremas


FORMAÇÃO DE CREMAS E SEDIMENTAÇÃO

r: rádio dos glóbulos

: densidade da fase dispersa

: densidade do meio

: Viscosidade do meio
FORMAÇÃO DE CREMAS E SEDIMENTAÇÃO

Esta ecuação indica os fatores que influênciam na velocidade de


sedimentação e formação de crema.

Estos fatores são:

Rádio ou diámetro dos glóbulos dispersos


Diferença de densidade entre a fase dispersa e o meio de dispersão
Viscosidade do meio externo
RÁDIO DOS GLÓBULOS DISPERSOS

A reducção do tamanho de gota permite reduzir a velocidade de


formação de cremas na emulsão.

Esto é possível melhorando o sistema de obtensão e selecionando


um bom agente emulsionante.
DIFERENÇA DE DENSIDADE ENTRE A FASE DISPERSA E
O MEIO DE DISPERSÃO

Se a densidade da fase dispersa e o meio de dispersão são iguais não


há formação de crema, mas esto é muito complexo do ponto de vista
prático.

Para aumentar a estabilidade da emulsão deve-se tentar que a


diferença de densidade entre ambas fases seja a minima possivel.
VISCOSIDADE DO MEIO

O aumento da viscosidade do meio reduz a velocidade de formação


de crema e é outra forma de aumentar a estabilidade da emulsão.

Muitos agentes emulsionantes tem incluído esta propriedade como


parte de sua acção estabilizadora.
COALESCÊNCIA

É o processo no que as gotas de uma emulsão se juntam para formar


gotas maiores.
Na coalescência é producida a fusão das gotas dispersas numa grande
gota ou em gotas.
COALESCÊNCIA

Este origina uma disminução no número de gotículas, quando este


processo ocorre é producida a separação das dois fases e têm lugar a
ruptura da emulsão.
AGREGAÇÃO

É a união dos glóbulos disperses em agregados. As gotas mantém


sua identidade mas as agrupações comportam-se se como uma
unidade unica.
AGREGAÇÃO

A formação de agregados promove a formação de cremas e é um


passo preliminar para a coalescência.
INVERSÃO DE FASES

A emulsão é invertida quando passa de emulsão O/W a W/O ou


vice-versa.

A inversão pode producirse pela adição de um electrólito, uma


concentração em fase dispersa elevada e modificação da
temperatura.
INVERSÃO DE FASES

Uma emulsão O/W com estearato de sódio como agente


emulsionante pode invertirse por a adição de cloreto de cálcio, é
formado o estearato de cálcio que é um emulsionante lipófilo e
favorece a formação de um producto W/O.
CRESCIMENTO DE OSTWALD

As gotas mais pequenhas são solubilizadas nas gotas maiores e este


produce um aumento do tamanho.
Este processo têm lugar em emulsões onde há tamanho de gotas
pequenhos.
Para prevenir este processo é necessário obter uma distribução de
tamanho homogénea.
ESTABILIDADE QUÍMICA

As emulsões podem sofrer processos de inestabilidade química:


Pode producirse incompatibilidades entre os diferentes
componentes.
Pode producirse a precipitação dos agentes emulsionantes por a
adição de compostos nos que são insolúveis
Mudançãs no pH também pode producir inestabilidade na
emulsões.
ESTABILIDADE QUÍMICA

Reações de inestabilizações Ex: oxidações


Para prevenirlas é necessário utilizar agentes antioxidantes.
CONTAMINAÇÃO MICROBIANA

A contaminação microbiana pode fazer uma emulsão inestável.


Muitos cogumelos e bactérias podem contaminar a fase aquosa.
Elles têm a capacidade de proliferar á temperatura ambiente em
intervalos grandes de pH.
A contaminação pode manifestarse externamente (mudança de pH,
cor, odor, produção de gas) ou não, neste caso é um risco para o
doente si é um microorganismo patógeno.
CONTAMINAÇÃO MICROBIANA

As emulsões W/O são menos sensíveis a contaminarse que as


emulsões de tipo O/W por duas razões:
1)Têm menor proporção de fase aquosa.
2)A fase oleosa têm ação de barreira e impide a extensão da
contaminação por toda a emulsão.
Para prevenir a contaminação é necessário adicionar un agente
antimicrobiano.
AGENTES EMULSIONANTES

Há vários processos que producem a inestabilidade de uma


emulsão, destes processos os mais críticos são:
Coalescência
Agregação
Formação de cremas
Para formular uma emulsão estável há que impedir o acercamento
das gotas entre se e a ruptura da película interfacial. Para este é
necessário o emprego do agente emulsificante.
MECANISMO DE AÇÃO DOS AGENTES EMULSIONANTES

 Redução da tensão interfacial


 Formação duma película interfacial que actua como barrera
mecánica à coalescência.
 Estabilização electrostática
 Estabilização estêrica
 Modificação das propriedades reológicas com o fim de impedir a
formação de cremas
AGENTES EMULSIONANTES

Os agentes emulsificantes não podem desenvolver todas estas


funcões, não há agente emulsificante ideal porque suas
propriedades são dependentes das propriedades das duas fases
inmiscíveis.
AGENTES EMULSIONANTES

Os tensioactivos são acumulados ou adsorbidos na interfase debido


a sua natureza anfipática.
As moléculas de tensioactivo são ordenadas na interfase entre a
água e o óleo de forma tal que a cadena hidrocarbonada penetra na
gota de óleo mientras que o grupo polar é orientado hacia a fase
aquosa.
AGENTES EMULSIONANTES

Esta orientação retira a cadena hidrocarbonada hidrófoba do água


onde não é bienvenida e o grupo polar entra em contacto com a
água, de tal forma que possa hidratarse.
FORMAÇÃO DE PELÍCULA

O agente emulsionante têm que formar uma película alrededor de


cada gota de material disperso. O objectivo deste é formar uma
barrera que impida a coalescencia de gotículas que entren em
contacto umas com outras.
Para que a película seja uma barrera eficiente têm que apresentar
certo grau de elasticidade superficial e não deve adelgazarse e
romperse quando é presionada entre duas gotas e se é rota têm que
ter a capacidade de retornar a formarse rápidamente.
ESTABILIZAÇÃO ELECTROSTÁTICA

Numa emulsão a presença de tensioactivos iónicos na interfase


ajuda à modificação da carga superficial, aumentando a força de
repulsão entre as gotas e por tanto a estabilidade.
Se o agente emulsionante está ionizado, as gotas adquieren carga
eléctrica e são repelidas mutuamente impidiendo a coalescência.
ESTABILIZAÇÃO ESTÉRICA

É revestir as partículas com uma camada adsorbida de um material


(polímero) que impide que as gotas se aproximen muito.
Quando as camadas de polímeros são aproximadas se produce uma
interação entre elas, que causa a repulsão entre as mesmas.
MODIFICAÇÃO DE PROPRIEDADES REOLÓGICAS

Uma elevada viscosidade estabiliza a emulsão impidiendo a


formação de cremas e sedimentação e também a coalescência.
Ex: adicionar agentes viscosizantes
TIPOS DE EMULSÃO E AGENTES EMULSIONANTES

Numa emulsão um dos dois líquidos não miscíveis é aquoso e o


outro é um óleo.
A dispersão da fase aquosa ou oleosa depende das quantidades
relativas das duas fases líquidas e do agente emulsificante.
De acordo à Bancroft o tipo de emulsão depende da natureza do
agente emulsificante.
TIPOS DE EMULSÕE E AGENTES EMULSIONANTES

A regra de Bancroft plantea que: Ao preparar uma emulsão o


líquido no que o agente emulsionante é mais solúvel formará a fase
continua.
Ex:
O oleato sódico é solúvel em água e emulsifica o óleo em água.
O oleato cálcico é solúvel em óleo e emulsifica o água em óleo.
EQUILÍBRIO HIDRÓFILO-LIPÓFILO

Para que uma substância seja activa como agente emulsificante têm
que ter certa afinidade por a interfase entre a fase dispersa e o meio
de dispersão.
Não deve ser muito solúvel em nenhuma das duas fases porque
permaneceria na parte principal da fase e não seria adsorvido na
interfase
EQUILÍBRIO HIDRÓFILO-LIPÓFILO

O tipo de emulsão está associada com o balance entre as tendências


a soluciones lipófilas e hidrófilas dos agentes emulsionantes.
Griffin criou uma escala baseada no equilíbrio destas duas
tendências opostas, a denominó escala HLB.
EQUILÍBRIO HIDRÓFILO-LIPÓFILO

A escala HLB é uma escala numérica que é extendida desde 1 até a


cerca de 50.
Os tensioactivos mais hidrófilos apresentam valores HLB altos (8-
18) e freqüentemente formam emulsões de tipo O/W.
Os tensioactivos com valores de HLB de 1 até 6 são considerados
lipófilos e freqüentemente forman emulsões de tipo W/O.
Portanto o valor de HLB nos informa sobre que tipo de emulsão se
formará.
ESTUDO INDEPENDENTE

Revisar a figura 4.25 e tabela 4.3 do Villa Jato. Pag 274 e 275.
Revisar tabelas 21.5 e 21.6 do Remington. Cap: Emulsões.
EQUILÍBRIO HIDRÓFILO-LIPÓFILO

A hidrosolubilidade e liposolubilidade de um tensioactivo também


muda com a temperatura e este produce mudanças no HLB.
A mudança de solubilidade com a temperatura é mais importante
para tensioactivos não iónicos porque sua solubilidade em água
depende das ligações de hidrogênio que possa estabelecer.
Com altas temperaturas os pontes de H são enfraquecidos pelas
forças térmicas e a solubilidade do tensioactivo em água é
disminuida.
EQUILÍBRIO HIDRÓFILO-LIPÓFILO

Os emulsificantes não iónicos comums são solúveis em água à


temperatura baixa e estabilizam emulsões de tipo O/W enquanto
são solúvel em óleo à temperatura alta e estabilizan emulsões de
tipo W/O.
A temperatura em que se produce esta transição para um agente
emulsionante se denomina temperatura de inversão de fase (TIP).
EQUILÍBRIO HIDRÓFILO-LIPÓFILO

Muitas vezes a mistura de vários tensioactivos permite estabilizar


melhor uma emulsão farmacêutica.
HLB CRÍTICO DA FASE LIPÓFILA

É o valor da mistura de agentes emulsionantes que em


determinadas condições de preparação permite obter a emulsão
mais estável entre a fase oleosa e a água.
Este valor de HLB também denomina-se HLB ótimo.
HLB CRÍTICO DA FASE LIPÓFILA

Quando a fase oleosa têm um componente, simplemente é


necessario consultar as tabelas para conhecer o HLB da mistura
emulsificante.
Quando a fase oleosa apresenta vários componentes o HLB ótimo
da emulsão depende do HLB requerido para cada componente e da
proporção em que são encontrados estes na emulsão. Neste caso o
HLB da emulsão é a soma dos HLB requeridos para cada
componente da fase oleosa vezes sua pocentaje na referida fase.
HLB CRÍTICO DA FASE LIPÓFILA

Depois de conhecer o valor de HLB requerido para a emulsão há


que determinar a composição da mistura emulsificante para
satisfacer este requerimento.

B= 100-A
ESTUDO INDEPENDENTE

Estudar os factores que producem a mudança do HLB ótimo.


VANTAGENS DO HLB ÓTIMO

1- Permite a seleção da proporção ótima de tensioactivos para


assegurar a estabilidade da emulsão.
2- As emulsões obtidas são menos suscetíveis de mudar no método
de fabricação.
3- Em muitos casos a velocidade de liberação do PA é maior.
EXERCICIO 1

Determine o HLB ótimo da seguinte emulsão de tipo O/W


Cera __________________________5g
Parafina líqui da _______________ 26 g
Óleo vegetal ___________________ 18 g
Glicerina _______________________ 4g
Agente emulsivo ________________ 5g
Água q.b.p ______________________ 100g
EXERCICIO 1

Cera
Representam o 49%
Parafina líquida dos componentes da
emulsão
Óleo vegetal

Porcentaje de cada componente na fase oleosa

Cera: 10%
Parafina líquida: 53%
Óleo vegetal: 37%
EXERCICIO 1

HLB devido à Cera: 10x12/100= 1.2


Parafina líquida: 53x12/100=6,36
Óleo vegetal: 37x9/100=3,3

HLB total: 10,86


EXERCICIO 2

Determine o HLB ótimo da siguinte emulsão de tipo O/W e as


quantidades dos agentes emulsionantes
Parafina líquida _______________ 33 g (HLB=12)
Óleo mineral ___________________ 2 g (HLB= 12)
Lanolina anhidra _______________ 1g (HLB=10)
Alcool cetílico _________________ 1g (HLB=15)
Agente emulsivo ________________ 5g
Tween 80 HLB= 15 Span 80 =4,3
Água q.b.p ______________________ 100g
EXERCICIO 2

Porcentaje de fase oleosa 37%


Parafina líquida _______________ 89,2 %
Óleo mineral ___________________ 5,4%
Lanolina anhidra _______________ 2,7 %
Alcool cetílico _________________ 2,7 %
EXERCICIO 2

Porcentaje de fase oleosa 37%


Parafina líquida _______________ 89,2 x12/100= 10,7
Óleo mineral ___________________ 5,4 x 12/100=0,7
Lanolina anhidra _______________ 2,7 x 10/100= 0,3
Alcool cetílico _________________ 2,7 x15/100= 0,4

HLB total da emulsõe: 12,1


EXERCICIO 2

Porcentaje de fase oleosa 37%


Parafina líquida _______________ 89,2 x12/100= 10,7
Óleo mineral ___________________ 5,4 x 12/100=0,7
Lanolina anhidra _______________ 2,7 x 10/100= 0,3
Alcool cetílico _________________ 2,7 x15/100= 0,4

HLB total da emulsão: 12,1


EXERCICIO 2

Porcentaje de tween 80= 72,9 (3,64)


Porcentaje de Spam 80=27,1 (1,36)
TIPOS DE AGENTES EMULSIVOS

Há 3 grandes grupos de agentes emulsivos:

Tensioactivos

Materiais de fonte natural


Sólidos finamente divididos
SELEÇÃO DO AGENTES EMULSIVOS

Embora a seleção do agente emulsificante é basada em sua eficácia


também é necessário ter em conta outros aspectos como são:
 Ser químicamente estável
 Não deve existir incompatibilidades entre os agentes emulsivos
com os componenentes da formulação
 Atóxicos
 Ser eficaz à baixas concentrações
SELEÇÃO DO AGENTES EMULSIVOS

Nas emulsões administradas por via parenteral só podem


empregarse tensioactivos não iónicos e anfóteros.
Ex: lecitina, albúmina sérica, polisorbato 80.
Na vía oral são preferidos os compostos não iónicos por ser menos
irritantes e tóxicos.
Ex: ésteres do glicerol, ésteres da celulosa, ésteres do sorbitám,
polisorbatos, polisacarídeos e seus deivados.
TENSIOACTIVOS

São clasificados tendo em conta as características da porção polar


da molécula.
Quando a cabeça pode ionizarse:
Aniónicos
Catiónicos
Anfóteros
Quando a cabeça não pode ionizarse:
Tensiactivos não iónicos
TENSIOACTIVOS ANIÓNICOS

Os tensioactivos aniónicos apresentam um grupo polar com a


capacidade de ionizarse em solução aquosa, adquiriendo uma carga
eléctrica negativa; a parte activa de sua molécula é um anião.
Seu uso está limitado por a toxicidade e são empregados só em
formulações externas.
Ex: sabões, os sulfonatos e os sulfatos.
SABÕES

São bons agentes emulsivos reservados porém exclusivamente para


uso externo dado que têm mau sabor e exercem um efeito irritantes
e laxativo sobre o tracto intestinal.
Ex: oleato de sódio, linolenato de amónio, palmitato de sódio,
esterato de triisopropanolamina.
SULFONATOS E SULFATOS

Estes produtos são obtidos pela acção do ácido sulfúrico sobre


certos óleos ou sobre alguns álcoois gordos como o láurico e
cetílico.
Os óleos sulfatados são preparados a partir de óleos contendo
compostos hidroxilados como o ácido ricinoleico existente no óleo
de rícino.
Ex: sulfato de laurilo e sódio, sulfato de laurilo e trietanolamina.
TENSIOACTIVOS CATIÓNICOS

Caracterizam-se por apresentar um grupo polar hidrofílico capaz de


ionizarse em solução aquosa adquiriendo uma carga eléctrica
positiva.
São solúveis na água, sendo agentes emulsivos de tipo O/W e são
incompatíveis com as substâncias aniónicas.
Ex: sais de amónio cuaternário (cloreto de benzalcónio)
TENSIOACTIVOS ANFÓTEROS

São aquelles cuya porção polar pode ionizarse tanto positiva como
negativamente. São compatíveis com os agentes iónicos e não
iónicos.

Ex: lecitina
TENSIOACTIVOS NÃO IÓNICO

São efectivos num amplio rango de pH e apresentam numerosas


aplicações em farmácia ja que são compatíveis, estáveis e não
tóxicos. São os agentes emulsivos empregados em emulsões para
uso interno.
TENSIOACTIVOS NÃO IÓNICOS

Monoestearato de glicerilo

Ésteres de sorbitano (spans)

Ésteres de polioxietilenossorbitano (tweens) ou polisorbatos

 Álcool estearílico, cetílico ou cetoestearílico

 Cetomacrogol 1000
MATERIAIS DE FONTE NATURAL E SEUS DERIVADOS

Goma arábica
Goma adraganta
Goma karaya
Gelatina
 Cera de abelhas
 Lanolina anidra
 Alginatos
Agar Goma arábica
 Goma guar
 Derivados da celulosa: metilcelulosa, CMC
SÓLIDOS FINAMENTE DIVIDIDOS

 Bentonite

 Hidróxidos de magnésio e de alumínio

 Gele de sílica
MOTIVAÇÃO

Na próxima aula estudaremos cómo estes agentes emulsivos são


utilizados na preparação de emulsões farmacêuticas.

Você também pode gostar