Você está na página 1de 4

ESTABILIDADE DAS EMULSÕES.

Lívia de Paula Lima¹, Tiffany Ferrucio², Patrick Oliveira Lima³.

¹Universidade do Vale do Paraíba, Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo, Avenida


Shishima Hifumi, 2911, Urbanova - 12244-000 - São José dos Campos-SP, Brasil,
livia.peter@hotmail.com, tferrucio2@gmail.com, patrickoliveira0002@gmail.com.

Resumo
Para uma emulsão estar estável, uma deve se combinar certos
elementos. Portanto, utilizando conhecimentos de química para estabilizar o sistema e variando
questões de processo de fabricação, a estabilidade cinética pode ser atingida.
Emulsões são sistemas polifásicos, no qual se encontra uma fase dispersa dentro de uma outra.
O comportamento de uma emulsão depende fortemente do tamanho da fase dispersa, podendo ser
bolhas ou gotículas. pela ação de um emulsionante. A noção de estabilidade em emulsões é dada
por meio do tempo necessário para o início visual de separação de fases e pode levar de alguns
minutos. Emulsões que possuem estabilidade demoram para separar fases. Existem diversas
aplicações para emulsões como a maionese, manteiga, sorvetes, leite. [1].

Palavras-chave: Coloides, Espuma, Emulsão

Introdução
Substâncias anfifílicas (possuem uma parte polar e outra apolar) possuem propriedades de se
adsorverem nas interfaces, afetando tensões superficiais. Denominando-se tensoativos, ou
surfactantes. Podem ser insolúveis em água. Para evitar, é necessário formar emulsões. Uma
emulsão é composta de uma fase dispersa, na forma de pequenas gotas, e uma fase dispersora.
As emulsões mais comuns são emulsões de óleo em. Dado à grande área interfacial as
emulsões são termodinamicamente instáveis. Essa instabilidade leva à separação espontânea
de fases devido à coalescência das gotículas das fases dispersas. A adição de detergente
permite estabilidade ao sistema, pois se acumula nas interfaces, diminuindo a tensão e
facilitando a formação de gotículas menores e com maior estabilidade.

Metodologia

Prepare uma solução de Lauril Sulfato de sódio a 3%, depois em cinco tubos de ensaio
acrescente os seguintes constituintes das emulsões representado na figura 1:

Figura 1: Proporção dos constituintes das emulsões


Emulsão 1 Emulsão 2 Emulsão 3
- 0,5 mL - 0,5 mL - 2 mL
tensoativo; água tensoativo;
- 2 mL óleo. destilada; - 0,5 mL
- 2 mL óleo. óleo.

Emulsão 4 Emulsão 5
- 2 mL - 2 mL
tensoativo; tensoativo;
- 0,5 mL - 2 gotas
óleo. óleo.

Fonte: Os autores, 2023.

Todos os tubos de ensaio devem ser agitados, deixado em repouso até que as fases sejam separadas
novamente. Após o repouso adicione uma gota da emulsão em uma lâmina de vidro e observe em um
microscópio ótico. Depois é agitado novamente e colocado em banho térmico, e com isso é analisado novamente
as amostras no microscópio.

Resultados e discussão

Na figura 2 e 3 é possível observar a comparação feita com as emulsões em temperatura


ambiente e aquecidas.

Figura 2: As emulsões em temperatura ambiente: A) Emulsão 1; B) Emulsão 2; C) Emulsão 3;


D) Emulsão 4; E) Emulsão 5.

A B C D E
) ) ) ) )
Fonte: Os autores

Figura 3: As emulsões aquecidas: A) Emulsão 1; B) Emulsão 2; C) Emulsão 3; D) Emulsão 4;


E) Emulsão 5.

A B C D E
) ) ) ) )

Fonte: os autores

As emulsões podem apresentar estáveis e instáveis, é possível observar que aquelas que
apresentam estabilidade é nítido a separação de fases depois de um certo tempo, pode-se dizer que
quanto maior for seu tempo mais estável é a emulsão. Já as instáveis são aquelas que ao olho nu
estão se tornando heterogêneas mais rapidamente [1]. Mas a temperatura pode influenciar as
emulsões, ou seja, com o aumento da temperatura, acaba interferindo na tensão superficial da
solução, diminuindo a viscosidade do óleo, sendo assim, acabam favorecendo no processo de
separação das emulsões [2]. Então é possível observar que na figura 2 e 3 as emulsões são estáveis
em temperatura ambiente, sendo um processo lento, e estáveis em aquecimento, sendo um processo
rápido.

Descarte de Resíduos

O óleo é um material que deve ser reciclado, o óleo de cozinha é altamente poluente e seu
descarte incorreto pode resultar na impermeabilização e contaminação do solo. No experimento foi
utilizado uma concentração baixíssima de óleo diluído em água e surfactante, por esse motivo o
descarte foi realizado na pia. [5]

A solução de Lauril Sulfato de sódio a 3% é uma composto bioacumulavél, por isso seu
descarte correto é pela sua queima em um incinerador químico equipado com pós-combustor e
purificador de gases, contudo, como foi utilizado em baixíssima concentração o descarte foi feito na
pia. [4]

Conclusão

Em síntese, observou-se no experimento realizado a variação dos tamanhos e concentrações


de micelas mediante a diferentes concentrações de água destilada, tensoativo e óleo e diferentes
temperaturas. Pode-se concluir que, a estabilidade cinética de uma emulsão exige uma combinação
adequada de ingredientes, no experimento é possível visualizar que, as emulsões mais estáveis -
aquelas que apresentavam sua fase homogênea por mais tempo- apresentam micelas mais
arredondadas, menores e em maior concentração.

O aquecimento das emulsões resultaram na coalescência da mesma, nesse processo há a


formação de uma gotícula única por reunião de duas ou mais gotículas. Esse processo é acelerado
em função de temperaturas mais elevadas, pois com o aumento da temperatura há o aumento de
choques moleculares e a aceleração da separação de fases. [1]

Referências

[1] FRANZOL A., REZENDE C. M. Estabilidade de emulsões: um estudo de caso envolvendo


emulsionantes aniônico, catiônico e não-iônico. SciELO, São José dos Campos, V. 25, p. 1-9,
dezembro, 2015. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/po/a/3zgkZ5GKyNRyfqVqZYTBM9z/#ModalTutors .
[2] MOTTA D. C., PORFÍRIO M. L., GOMES A. L. V. Estudo experimental do efeito da temperatura e
da velocidade de sedimentação das emulsões. Set. edu. br, v. 4, n.1, p. 129-136, maio, 2017.
Disponível em: file:///C:/Users/LNS/Downloads/4057-Texto%20do%20artigo-12541-1-10-
20170528.pdf.

[4] LAURIL SULFATO DE SÓDIO. Página 1 de 8. Data 11/11/15. Fispq Nº 159. Disponível em:
http://www.quimicamoderna.net.br/fispq/FISPQ_114735.pdf. Acesso em 04/09/2023.

[5] Descarte incorreto do óleo de cozinha contamina o meio ambiente; saiba o que fazer. Sudema,
2022. Disponível em: https://sudema.pb.gov.br/noticias/descarte-incorreto-do-oleo-de-cozinha-
contamina-o-meio-ambiente-saiba-o-que-fazer#:~:text=O%20ideal%20%C3%A9%2C%20inicialmente
%2C%20resfriar,op%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20reciclar%20o%20material. Acesso em
04/09/2023

[6] Daltin,
Decio Tensoativos: química, propriedades e aplicações / Decio Daltin. – São Paulo:
Blucher, 2011.

Você também pode gostar