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Tecnologia farmacêutica i

Dispersões coloidais
emulsões

Por: Paula Lurdes Raimundo


Farmacêutica Msc
Dispersão – uma mistura de duas ou mais substâncias

Dispersão

Constituída
por:

Fase dispersa Fase dispersante

As partículas encontram-se As partículas encontram-se


disseminadas entre as da outra fase. em maior número.
Encontram-se em menor número
Colóide

• O tamanho das partículas encontra-se entre 1 nm e 1μm

• Mistura heterogénea - As partículas só são visíveis ao


ultramicroscópio

• Classificadas em: - Colóides micelares,moleculares e iónicos


- Emulsão, gel, sol e espumas
• Soles- dispersão coloidais cujo a fase externa é liquida- Liofobos e liofilos.

Podem ser identificadas através do EfeitoTyndall.


Efeito Tyndall

Solução Colóide Suspensão


(fumo)
Dispersões coloidais
Ordem Sistemas dispersos Dimensões de Particulas
1 Soluções verdadeiras <=0,001um ou u
2 Soluções coloidais 0,1um a 0,001um
3 Emulsões >0,1um
4 Suspensões >0,1um
5 Aerossoles >0,1um

 As particulas dos sistemas coloidais apresentam tamanho maior do que as existentes nas soluções
verdadeiras, mas são de dimensões inferiores as das suspensões.
 As emulsões, suspensões ou soluções verdadeiras apresentam como caracteristica comum o facto
de terem um componente mais ou menos dividido no seio do outro.
As dispersões podem ser classificadas em função do
tamanho das suas partículas:

Suspensão
Colóides
Estabilidade dos colóides

• As particulas que constituem a fase dispersa do sistema coloidal


apresenta diâmetros compreendidos entre 0,1 e 0,001um,

• Tamanha praticamente incapaz de sedimentar,

• Envelhecimento do coloide- separação de fases,


Suspensões

• Partículas com tamanho maior do que 1μm

• Mistura heterogénea: -partículas da fase


dispersa conseguem distinguir-se ao microscópio ou à vista
desarmada.
Suspensões
Emulsões
Emulsões
Def.
• É a mistura entre dois líquidos imiscíveis em que um deles (a fase dispersa)
encontra-se na forma de finos glóbulos no seio do outro líquido (a fase
contínua), formando uma mistura estável.

• Exemplos de emulsões incluem manteiga e margarina, maionese, café


expresso e alguns cosméticos.
• As emulsões mais conhecidas consistem de água e óleo.
Cont.
• São sistemas dispersos constituídos de duas fases líquidas imiscíveis
(oleosa e aquosa), onde a fase dispersa ou interna é finamente dividida
e distribuída em outra fase contínua ou externa. Temos emulsões do
tipo óleo em água (O/A: fase externa aquosa) e água em óleo (A/O:
fase externa oleosa).
cont.
Cont

• São formas farmacêuticas líquidas ou semi-sólidas, de aspecto cremoso,


resultante da dispersão de um líquido no seio do outro no qual é imiscível
a custa de um agente emulsificante.

• As emulsões são formas obtidas pela dispersão mecânica de líquidos


imiscíveis entre si, estabilizadas através do uso de tensioactivos.
• Na forma líquida para uso tópico recebe a denominação de loção.
• Para massagem, denomina-se linimento.
• Na forma semi-sólida, recebe o nome de creme.
Vantagens

• Formulação medicamentos hidrossolúveis e lipossolúveis juntos,

• Uso oral: permite mascarar sabor desagradável,

• Permite diminuir irritabilidade dérmica de certos fármacos,

• Administração de óleos e gorduras via endovenosa para nutrição


Parenteral,

• Administração I. V. de fármacos lipossolúveis.


Estabilidade das Emulsões

• As emulsões devem manter-se estaveis durante um prazo mais ou


menos longo, apos a sua preparação.

• Contudo por vezes alteram-se algum tempo depois da sua


preparação.

• Existem tres categorias de alterações das emulsões sem incluir as


alterações de ordem microbiana:
Existem três categorias de alterações das emulsões sem
incluir as alterações de ordem microbiana:
1. Floculação e formação de crème;

2. Coalescência e separação das fases;

3. Alterações físicas e químicas diversas.


Cont.

• Floculaҫão - processo onde colóides saem de suspensão na forma de


agregados, formando partículas maiores, ditos "flocos" ou "flóculos".

• Coalescência - quando em uma mistura multifásica, ocorre a união de duas


ou mais parcelas de uma fase em prol da formação de uma única (unidade
ou parcela).
Cont.
• As emulsões são instáveis termodinamicamente e, portanto não se formam
espontaneamente, sendo necessário fornecer energia para formá-las através
de agitação, de homogeneizadores, ou de processos de spray.
Com o tempo, as emulsões tendem a retornar para o estado estável de óleo
separado da água.
• Os agentes emulsificantes são substâncias adicionadas às emulsões para
aumentar a sua estabilidade cinética tornando-as razoavelmente estáveis e
homogéneas.
Um exemplo de alimento emulsionado é a maionese, na qual a gema de ovo
contém o fosfolipídeo lecitina que estabiliza a emulsão do azeite na água.
Cont.

• A estabilidade de uma emulsão depende essencialmente de três


fenómenos: sedimentação, floculação e quebra da emulsão
devido a coalescência das gotículas dispersas.

• A sedimentação resulta de uma diferença de densidade entre as


duas fases e consiste na migração de uma das substâncias para o
topo da emulsão, não sendo necessariamente acompanhada de
floculação das gotas.
Cont.

• As colisões entre as gotas podem resultar em floculação, que

pode levar a coalescência em glóbulos maiores.


Cont.

• Eventualmente, a fase dispersa pode se tornar a fase contínua,


separada da dispersão média por uma única interface.

• O tempo levado para a separação de fases pode ser de segundos


ou até anos, dependendo da formulação da emulsão.
Cont.
• Para aumentar a estabilidade cinética das emulsões tornando-as
razoavelmente estáveis, um terceiro componente, o agente emulsificante,
pode ser adicionado.

• Os materiais mais eficientes como agentes emulsificantes são os


tensioactivos, alguns materiais naturais e certos sólidos finamente divididos.

• Esses materiais formam um filme adsorvido ao redor das gotas dispersas e


ajudam a prevenir a floculação e a coalescência
Composição Básica da Emulsão

Fase aquosa

Fase Oleosa

Tensioactivo (Agente emulsificante)

Agentes Antioxidantes

Conservantes

Flavorizantes e Corantes (Emulsões Orais)


Fase oleosa
• Oleos vegetais: soja, amendoim, amêndoas, algodão, semente de uva,
macadâmia, girassol, outros

• Ésteres graxos (MIP)

• Acidos graxos

• Álcoois graxos

• Silicones

• Ceras de abelhas e carnaúba


Tensoactivo

• O tensoactivo é o agente emulsivo e torna a emulsão mais estável, pois,


interpõe-se entre a fase dispersa e dispersante, retardando assim, a
separação.

• Apresentam a propriedade de reduzir a tensão superficial da água e de


outros líquidos.

• Sua molécula apresenta um componente hidrofílico (polar) e lipofílico


(apolar).
Tensoactivo
• Se o agente emulsificante é mais solúvel na água (hidrofílico, a água
será a fase contínua, se formará emulsão do tipo O/A).

• Se o agente emulsificante é mais solúvel no óleo (lipofílico, o óleo


será a fase contínua, se formará emulsão do tipo A/O).
Cont.
• Agentes de detergência ou limpeza;

• Emulsionantes;

• Agentes de tratamento, condicionamento ou sobreengordurante;

• Agentes espumantes;

• Agentes de viscosidade ou de espessamento da formulação;

• Agentes de redução de irritação de pele e olhos.


Tensoactivos podem ser classificados

• Aniônico

Fornece íons orgânicos carregados negativamente.

Apresentam um óptimo poder de detergência e espuma.

Ex: Sabões de ácidos graxos, Lauril sulfato de sódio, Alquil éter


sulfonatos.
Não Iónicos

• Em solução aquosa não sofrem ionização, não possuem carga.

• Aplicação em emulsionantes para cremes, loções, óleos de banho,


auxiliar de espessamento para Champus.

Ex: Mono e diestearato de etilenoglicol, Lanolina etoxiladas,


Ésteres de sorbitan, óxidos de amina graxa e outros.
Catiônicos
• Ao se ionizar em solução aquosa, fornece íons orgânicos carregados
positivamente.

• São incompatíveis com aniônicos, não toleram água dura, íons ferro e metais
pesados.

• São usados na preparação de condicionadores e como agentes bactericidas em


sabonetes.

Ex: Compostos quartenários de amónios, Polímeros quartenários (Cloreto de


benazalconio)
Anfóteros

• Possuem grupos funcionais com carácter aniônico e catiônico.

Ex: Anfótero betaínicotaína (betaína de coco) - Tem aplicação com co-


tensoativo para aumento da espuma, viscosidade e redução da irritação
dos champus, sabonetes líquidos e loções higenizantes.
Ex: Anfótero imidazolínico (ácidos graxos de coco) - Tem propriedades de
suavidade da pele e olhos. Aplicação em champus e sabonetes infantis.
Selecção e uso de tensoactivo
• Detergência
É um processo complexo que implica na humectação de um
substrato (pele ou cabelo), na eliminação das sujidades
• Humectância
Todos os agentes tensoactivos possuem certa propriedade humectante
• Emulsificante
Um bom agente emulsificante requer uma unidade hidrofóbica
ligeiramente maior que a de um humectante.
Selecção e uso de tensoactivo

Solubilização
• Todos os agentes tensoactivos acima de sua concentração. Micelar
possuem propriedades solubilizantes.

Ex: Incorporar um componente orgânico insolúvel em um produto


transparente, como um champu
Micela

• Após uma certa concentração, as moléculas de tensoactivo, na


solução, passam a se agregar sob a forma de micelas.

• São as micelas os “entes” da solução responsáveis pela catálise


micelar e pela solubilização da gorduras
Factores que favorecem a estabilidade de emulsões:

• Tensão superficial baixa: a adsorção de surfactantes nas interfaces óleo-


água diminui a energia interfacil, facilitando o desenvolvimento e
aumentando a estabilidade das grandes áreas interfaciais associadas com as
emulsões;
• Filme interfacial mecanicamente forte e elástico: a estabilidade das
emulsões é favorecida pela protecção mecânica dada pelo filme adsorvido
ao redor da gota. A elasticidade do filme também é importante para
permitir a recuperação após distúrbios locais;
Cont.

• O tipo de emulsão formada quando dois líquidos imiscíveis são


homogeneizados depende dos volumes relativos das duas fases e da natureza
do agente emulsificante.
• Quanto maior for o volume da fase, maior é a probabilidade do líquido se
tornar a fase contínua.

Ex: Sabões de metais alcalinos favorecem a formação de emulsões óleo em


água, enquanto que sabões de metais pesados favorecem a formação de
emulsões água em óleo.
• Além disso, a fase na qual o agente emulsificante é mais solúvel tende a ser a
fase contínua.
Verificação das Emulsões

O controle das emulsões deve ter, especialmente, o controlo e apreciação de:

• Determinação do teor em água;


• Determinação do teor em gordura total;
• Determinação do pH
• Avaliação da estabilidade;
• Determinação da viscosidade;
• Determinação do diâmetro das partículas dispersas
Classificação das emulsões
1.Quanto a carga:
 Iônicas +
 Não iônicas -

2. Quanto ao tipo de emulsões


Quanto ao tipo de emulsoes podem ser:

a) Quanto à fase interna


 A/O (fase interna água/ fase externa óleo)
 O/A (fase interna óleo/fase externa água)
 Múltiplas O/A/O e A/O/A (fase interna é uma emulsão)
Cont.
• b) Quanto ao tamanho da fase interna elas podem ser:
-Macroemulsões
-leitosas
-gotícula :> 400 nm
-Miniemulsões
-gotícula: 100-400 nm
Cont.
• Microemulsões
-Transparentes
-Termodinamicamente estáveis
-Gotícula: < 100 nm
Vias de administração das emulsões

• Emulsões orais
As emulsões orais são normalmente emulsões do tipo O/A.

• Utiliza-se com frequência no preparo destas formulações as gomas ou

surfactantes não iônico como agentes emulsivos.

• Exemplos de Emulsões Orais :

- Emulsão com Óleo de Fígado de Bacalhau

- Emulsão de Óleo Mineral


Emulsões Tópicas (Cremes e Loções Cremosas)
• Os cremes são emulsões O/A ou A/O de alta viscosidade e constituída de uma fase
aquosa e oleosa homogeneizadas através da utilização de um terceiro componente
que possui afinidade por ambas as fases (tensoactivo).

• Sua aparência geralmente é branca, devido o maior tamanho dos glóbulos oleosos.

• As loções são emulsões O/A ou A/O de média e baixa viscosidade podendo utilizar
além do tensoactivo um solvente alcoólico.

• A aparência das loções pode ser branca (macroemulsão) ou transparente


( microemulsão) dependendo do dos glóbulos oleosos emulsionados.
Características das Emulsões O/A
• Tacto menos oleoso;
• Secagem rápida;
• Condutividade eléctrica semelhante à fase aquosa;
• São coloridas por corantes hidrossolúveis;
• Podem formar uma espuma branca quando aplicados sobre a pele;
• É obrigatório de uso de conservantes;
• Exigem necessariamente a adição de Humectantes.
Preparo das Emulsões Tópicas

• Aquecer os componentes hidrossolúveis e lipossolúveis á uma


temperatura em torno de 80º a 85º.

• Adicionar uma fase à outra (a fase de maior quantidade sobre a de


menor) agitando até a formação da emulsão.

• Adicionar activos, essências quando a temperatura esfriar a cerca


de 30º.
Preparação das Emulsões
• Adicionar fase dispersa na fase contínua, sob agitação.
• Outros componentes-dissolvidos antes da mistura, na fase em que
são solúveis.
• Emulsões O/A:
-Podem ser obtidas pela técnica inversa (F.A. add. F. O.)

• Componentes oleosos sólidos/semi-sólido


devem ser previamente fundidos,
fase aquosa deve ser aquecida na mesma temperatura.
Cont.
• Ingredientes voláteis -adicionados após resfriamento da emulsão,

• Componentes que possam influenciar na estabilidade - devem ser


diluídos ao máximo/adicionados lentamente.

• Escolha do equipamento (homogeneizadores, “mixers”) - depende


da intensidade de agitação requerida para obter o tamanho de
partícula desejável.
Controlo de Qualidade EMULSÕES

• Teor de água – Karl-Fisher;


• Gordura total – Soxhlet;
• Determinação do pH - métodos colorimétricos e potenciométricos;
• Viscosidade- viscosímetros do tipo rotativos;
• Avaliação da estabilidade;
• Diâmetros das partículas dispersas;
• Determinação do tipo de emulsão - Ensaio de diluição,
• Doseamento do princípio ativo;
• Controle Microbiológico;
• Características organolépticas.
SUSPENSÕES
Suspensões

Definção:

Forma farmacêutica líquida que contém partículas sólidas dispersas

em um veículo líquido, no qual as partículas não são solúveis.

SUSPENSÕES • Preparação que contém partícula finamente dividida

da substância ativa dispersa de forma relativamente uniforme em um

veículo no qual essa substância apresenta solubilidade mínima •

Sistema bifásico (fase sólida dispersa na fase líquida)


Generalidade

As suspensões são preparações geralmente líquidas, constituídas de um ou

vários princípios sólidos sob a forma de finas partículas, insoluveis em meio

dispersante.

– As suspensões são muito utilizadas por via oral, aplicação topica na pele e

nas mucosas e também suspensões para administração parenteral.

– Apresentam-se geralmente prontas para o uso,

– Aumenta ou prolonga a acção de medicamentos.


Generalidade

• De ponto de vista galenico, interessa obter suspensões que não depositem


rapidamente e que se possam reconstituir com facilidade por agitação, e que a
redispersão origine um produto de aspecto homogéneo-Estaveis fisicamente,

• O diamentro das particulas suspensas influência no efeito terapêutico-


facilitando a absorção, rapidez no efeito terapêutico ou obstrução da agulha,

• É fundamental e obigatoria a esterilização-desevolvimento de microorganismos


nos cristais.
Aspectos Fisicos Das SUSPENSÕES

1. Flutuação das particulas suspensas,

2. Velocidade e modo de sedimentação,

3. Crescimento dos cristais,

4. Redisperrsibilidade
Suspensões
Flutuação das particulas suspensas

Liquido em contacto com um sólido- o liquido espalha-se parcialmente, formando


um ângulo de contacto definido com o sólido.

Agente Molhante-reduz o ângulo de contacto entre a superficie sólida e o liquido,


aumentando a molhabilidade das particulas.- Agente primário das suspensões.

Spaans- A/O- Liquido oleoso

Tweens-O/A- Liquido aquoso

Usamos mesmos agentes emulsivos que nas emulsões para as suspensões.


Composição de uma suspensão

Fármaco sólido a ser disperso;

Agente suspensor;- secundário- quase sempre presente

Agente molhante- Primario- pode estar ausente

Agentes floculantes;

Veículo;

Outros adjuvantes farmacotécnicos (edulcorantes, flavorizantes,


corretores de pH, tampões e conservantes).
• A molhabilidade de um sólido pode ser incrementada, com o aumento da
molhabilidade das particulas.

Reduzindo a tensão interfacial,

Diminuição da tensão superficial da fase liquida.

Nota que: o agente molhante nem sempre esta presente nas suspensões.
Suspensão que näo necessitam de agentes suspensores

• Sólido pulverizado adequadamente e facilmente molhável- dificil


floculação e formação de glomerados- favorecido pela densidade do
liquido de dispersão próxima da densidade da particulas.

Ex:Carbonato de Magnesio

Oxido de Zinco + amido de milho


Velocidade e modo de sedimentação

• Particulas finas, liquido viscoso- longo periodo de deposição das particulas por
acção da gravidade.

• Apos a sedimentação as particulas devem ser facilmente resuspensas.

• Quanto maior a viscosidade, menor a velocidade de sedimentação, maior a


estabilidade da suspensão.

Agente Suspensor- Aumenta a viscosidade da fase dispersante impedindo a sedimentação.


Agente tensoactivo secundário e deve estar presente na maioria das vezes.
Crescimento dos cristais

• Particulas com alguma solubilidade no líquido-fenomeno


indesejável- o Principio activo deve ser bastante insoluvel.

• Variação da temperatura,

• Caracteristicas fisicas das particulas: o polimorfismo.


Redisperrsibilidade
Defloculadas Floculadas
As particulas existem com entidades separadas As partículas formam agregados

A velocidade de sedimentação e lenta A velocidade de sedimentação é rápida

Frequentemente o sedimento não se dispersa cm O sedimento é facil de dispersar


facilidade

A suspensão mantêm s mais tempo com bom A suspensão desfaz-se, mais rapidamente e o
aspecto, o sobrenadante permanece sempre turvo sobrenadante é limpido

Agente Floculante-

 Problemas de redispersibilidade estão relacionados com as forças de atração ou de repulsão entre as partículas.
Potencial Zeta

 É a carga elétrica presente na superfície de materiais macroscópicos ou particulados que


são adquiridas quando em contato com um líquido

Quando o Potencial Zeta é importante?


• Potencial zeta é utilizado para prever e controlar a estabilidade de suspensões e
emulsões coloidais. 
• Quanto maior o potencial zeta mais estável é a suspensão, pois as partículas carregadas
se repelem e essa força supera a tendência natural à agregação.

A dissociação de grupos ionogênicos na superfície da partícula e a adsorção diferencial de


íons da solução na superfície das partículas. 
Gera uma carga líquida na superfície da partícula que afeta a distribuição de íons na sua
vizinhança, aumentando a concentração de contraíons junto a sua superfície.
Assim, forma-se uma dupla camada elétrica na interface da partícula com o líquido.
Agentes floculantes
Lauril sulfato de sódio (0,5 – 1,0%)
Docusato sódico (0,01-1,0%)
Polisorbato 80 (Tween80) - (0,1 – 3%)
Monooleato de sorbitano (span 80) – (0,1- 3,0%)
Polietilenoglicol 400 – (até 10%)
Colóides hidrofóbicos (ex. goma xantana, Veegun, CMC, etc)
Argilas (ex.bentonita)
Cloreto de sódio (até 1%)
Ângulos de contato

• Água
• Líquidos polares
Glicerina
Propilenoglicol
Etapas da produção

1-Pulverização da fase sólida no estado seco (micronizadores, que consiste em


fazer com que as partículas choquem entre si por acção do ar com movimento
turbulento, dentro de uma câmara ou através de cristalização), homogeinizar as
particulas - efeito caking e crescimento dos cristais,

2-Dispersar mecanicamente o sólido na fase externa (misturadores em hélice,


lâminas, pás),

3-Deve-se recorrer a agitadores que se movam com grande velocidade para


evitar a aglomeração do material que está sendo disperso,

4-Enchimento: é útil um reservatório principal, com agitação, que diminui a


capacidade de aglomeração junto ao fundo por onde é retirada a suspensão.
Parâmetros Avaliados:

• Determinação do tamanho das partículas suspensas;


• Teor;
• Comportamento reológico;
• Determinação do potencial zeta.
VANTAGENS-Ideal para veicular ingredientes ativos insolúveis em veículo normalmente
utilizados em formulações líquidas.

• Apresentam maior estabilidade quando comparadas as soluções

• Esta forma pode ser empregada para prolongar o efeito do fármaco.

DESVANTAGENS-Ideal para dispensar f.f sólidas (comprimidos) devidamente


pulverizadas na forma líquida para pessoas com problema de deglutição.

• Fármacos potentes insolúveis empregados em pequenas doses não devem ser


veiculados na forma de suspensão devido ao maior risco de erro na sua administração
Agentes suspensores para veículos aquosos

• Goma Arabica- uso oral


• Goma adraganta- uso externo- sabor intenso
• Goma Karaya-
• Alginatos ex: Alginato de propilenoglicol, Alginato de sódio
• Metilcelulose-1500 ou 4000-po, solucao
• Carboximetilcelulose sodica-
• Celulose microcristalina
• Carbopol 934=carbomero-geles e pomadas
• Argilas- Ex: Bentonite 2 a 5%, atapulgite, hectorite ao Veegum
Agentes suspensores para veículos aquosos -liquidos

Outros:
• Glicerina
• Soluções de sacarose
• Propilenoglicol
• Soluções de sorbitol a 70%
• Soluções de glicose hipertonicas.
Agentes suspensores para veículos oleosos

Restrito para uso parenterico-Suspensões oleosas

Ex:
• Lanolina a 5 ou 6%
• Ceras ex: cera branca 1% usada nas penicilinas G,
• O oleo de ricino.
Agentes Correctivos

• Conservantes
• Edulcorante
• Aromatizantes
• corantes
Tipos de Suspensão Especiais

Tipos especiais de suspensão:


Suspensão de liberação prolongada 
As partículas são formadas com resina de troca iônica contendo fármaco complexado
na superfície.
Fármacos ácidos: complexados com resina catiônica (+)
Fármacos básicos: complexados com resina aniônica (-)

Exemplos de resinas trocadoras: Amberlite® (poliestireno sulfonado, trocador aniônico).


Controle de Qualidade
de Formas Farmacêuticas Liquidas
CONTROLE DE QUALIDADE

Seleção de metodologia analítica específica a serem aplicadas no


Controle de Qualidade de Medicamentos.

• Quanto aos aspectos físicos, físico-químicos e microbiológicos


das amostras dos medicamentos,

• Seguem a monografia oficial de formas farmacêuticas e


metodologias gerais , inscritas nas Farmacopéias
CONTROLE DE QUALIDADE

• No caso de ausência desta, poderá ser adotada a última edição


dos compêndios internacionais:

Farmacopéia Americana e seu Formulário Nacional;

 Farmacopéia Britânica; e

 Farmacopéia Internacional.
ENSAIOS DE ESTABILIDADE DE MEDICAMENTOS

Analise da degradação dos princípios ativos de uma preparação


farmacêutica, com objetivos de:

• Analisar os fenômenos de degradação do fármaco, utilizando métodos


analíticos normais e acelerados.

• Determinar o tempo de utilização do medicamento (prazo de validade).


As alterações, na estabilidade dos medicamentos são provocadas por
fatores, como: · Temperatura; · Luz; · Humidade; · Gases que compõem no
ar atmosférico;

• Interações entre fármacos;

• Interações dos fármacos com os excipientes ou adjuvantes;

• Alterações de pH;

• Qualidade das embalagens,

• Impurezas.
Estes fenômenos ocorrem por:
 Processos Químicos de Hidrólise,

 Oxi-redução,

Fotólise, ou Racemização.

• A estabilidade pode ser feita pelos métodos tradicionais, com a realização de


testes laboratoriais, sob diversas condições.

• Estes testes devem ser realizados mensalmente e após um certo número de


ensaios, determina-se o grau de estabilidade dos princípios ativos.
• Os instrumentos e aparelhos utilizados para realizar os testes de
estabilidade, são os mesmos utilizados para os ensaios de
desenvolvimento do medicamento.

• Os testes de estabilidade, a que os medicamentos são submetidos,


devem ser realizados sempre em suas embalagens originais, com o
objetivo de retratar fielmente, os parâmetros de especificação do
produto.
Controle de Qualidade XAROPES
Consiste em verificar os seus caracteres organolépticos, físicos e
químicos.

Características organolépticos – os xaropes devem apresentar-se límpidos


, viscosos e com sabor agradável.

Ensaios físicos dos xaropes - viscosidade; - Propriedade polarimétrica; -


Densidade.
Ensaios químicos dos xaropes - Teor de sacarose – Método de Fehling;
Determinação de Volumes;
Doseamento do princípio ativo.
Análise microbiológica
Controle de Qualidade EMULSÕES
Os ensaios das emulsões visam:
• Características organolépticas
• Teor de água – Karl-Fisher;
• Gordura total – Soxhlet;
• Determinação do pH - métodos colorimétricos e potenciométricos;
• Viscosidade-viscosímetros do tipo rotativos;
• Avaliação da estabilidade;
• Diâmetros das partículas dispersas;
• Determinação do tipo de emulsão - Ensaio de diluição.
• Doseamento do princípio ativo;
• Controle Microbiológico;.
Controle de Qualidade SUSPENSÕES
O controle de qualidade de suspensões é realizado a partir da análise:
• Características organolépticas;
• Do doseamento do princípio ativo;
• De pH, densidade e viscosidade;
• Do grau de floculação;
• De Redispersibilidade;
• Do volume de sedimentação;
• Do controle microbiológico e da verificação de volume
Controle de Qualidade Soluções orais, misturas e gotas orais

Os ensaios realizados para estas formas são:


• Densidade relativa – picnômetro;
• Determinação de volume nominal;
• Ensaio de gotejamento;
• Doseamento e análise microbiológica.
TEORICA-PRATICA
TECNOLOGIA FARMACÊUTICA I
Aulas laboratoriais
Suspensões e Emulsões
Aula nº 4 – Emulsões

1. Preparação do linimento óleo-calcário (FP IV)

2. Preparação da emulsão oral de parafina líquida (FH VII).

3. Determinação do EHL do óleo de soja

4. Determinação do tipo de uma emulsão.


Aula nº 5 – Suspensões

1. Influência do agente molhante numa suspensão

2. Avaliação de diversos agentes suspensores

3. Preparação de uma suspensão de A.A.S.

4. Preparação da loção de calamina (USP 27).


EMULSÃO ORAL DE PARAFINA LÍQUIDA
• Metilcelulose (4000 mPa.s ) 2 g
• Ácido benzóico 1 g
• Sacarina sódica 1 g
• Solução de sorbitol a 70% 200 g
• Solução de glicerina 85% 40 g
• Vanilina 1 g
• Parafina líquida 300 g
• Água destilada 455 g
Dissolva o ácido benzóico e a sacarina na água aquecida a 70°C. Adicione a metilcelulose à
metade da solução anterior e agite. Adicione a restante solução após arrefecimento. Deixe
em repouso a mistura durante 16h, no frigorífico, para permitir o intumescimento do agente
viscosificante. Dissolva a vanilina na solução de glicerina a 85% e adicione a
solução final à mistura que contém metilcelulose. Em seguida, junte a solução de
sorbitol a 70%. Emulsione lentamente a parafina líquida na fase aquosa.
DETERMINAÇÃO DO E.H.L DO ÓLEO DE SOJA

Óleo de soja 10 g
Agentes emulsivos 5 g
Água purificada q.b.p 100 g

Com base nesta fórmula e utilizando como agentes emulsivos o Span 80 (E.H L = 4,3) e Tween
80 (E.H.L =15,0), nas quantidades necessárias para preparar 5 emulsões com valores de E.H.L.
finais de 8,5; 9,0 ; 9,25 ; 9,5; 10,0.
Preparar pelo método do frasco, submetendo a agitação cada amostra durante 2 minutos por
duas vezes (deixando repousar no intervalo).
Deixar as emulsões em repouso por 24 horas e, no final observar e registar o aspecto na tabela
seguinte:
INFLUÊNCIA DO AGENTE MOLHANTE NUMA SUSPENSÃO

• Enxofre precipitado 5 g
• Água destilada q.b.p 60 g

Modo de preparar:
Disperse o enxofre na água.
INFLUÊNCIA DO AGENTE MOLHANTE NUMA SUSPENSÃO

• Enxofre precipitado 5 g
• Polissorbato 80 x gotas
• Água destilada q.b.p 60 g

Misture o enxofre com polissorbato 80.


Junte a água, agitando sempre
AVALIAÇÃO DE DIVERSOS AGENTES SUSPENSORES
• Óxido de zinco 2,5 g
• Agente suspensor 0,5 %
• Água destilada q.b.p 25 ml

Agentes suspensores:
 Bentonite
 carboximetilcelulose sódica
 Carbopol 934.

Usando quatro provetas de 50 ml prepare, em cada uma, 25 ml de suspensão de óxido de zinco,


utilizando numa das provetas apenas água e, nas restantes, os diferentes agentes suspensores, de
modo a obter a concentração indicada. Agite simultaneamente as provetas e deixe as suspensões
em repouso.
SUSPENSÃO ORAL DE ÁCIDO ACETILSALICÍLICO

• Ácido acetilsalicílico 6 g
• Alginato de sódio 1,5 g
• Água destilada q.b.p.100 g

• Modo de preparar:
Triture o alginato juntamente com aspirina e adicione água, a
pouco e pouco, agitando sempre.
FIM
OBRIGADA PELA ATENÇÃO

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