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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA – ICET


LICENCIATURA EM CIÊNCIAS: QUÍMICA E BIOLOGIA – QB

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: CARACTERIZAÇÃO DE LIPÍDEOS

ITACOATIARA – AM
JAN – 2023
ANTONIA DOS SANTOS SILVA
CELINE MENEZES DE SOUZA
JOSÉ DOUGLAS ARRUDA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: CARACTERIZAÇÃO DE LIPÍDEOS

Relatório apresentado ao Instituto de Ciências


Exatas e Tecnologia para obtenção de notas
parciais na disciplina Bioquímica, ministrada pela
prof. Mr. Rhanna Victória Amaral da Silva.

ITACOATIARA – AM
JAN – 2023
RESUMO

Palavras-chave:
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................5

2. OBJETIVOS...................................................................................................6

2.1 Objetivo Geral...........................................................................................6

2.2 Objetivos Específicos................................................................................6

3. MATERIAIS E MÉTODOS.............................................................................6

3.1 Solubilidade de óleos................................................................................6

3.1.1 Materiais.................................................................................................6

3.1.2 Reagentes..............................................................................................6

3.1.3 Procedimento Experimental...................................................................6

3.2 Acidez de em óleo e gordura rançosa......................................................6

3.2.1 Materiais.................................................................................................6

3.2.2 Reagentes..............................................................................................6

3.2.3 Procedimento Experimental...................................................................6

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.....................................................................7

4.1 Solubilidade de óleos................................................................................7

4.2 Acidez em óleos e gordura rançosa.........................................................8

5. CONCLUSÃO.................................................................................................9

REFERÊNCIAS................................................................................................10
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1. INTRODUÇÃO
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2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
 Reconhecer os lipídeos através das funções orgânicas presentes em suas
moléculas e das características proporcionadas por elas.
2.2 Objetivos Específicos
 Identificar a solubilidade de óleo em diferentes solventes.
 Verificar a acidez em óleo e gordura rançosa.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Solubilidade de óleos
3.1.1 Materiais
5 tubos de ensaio
Pipetas de Pasteur
Suporte para tubos de ensaio
Capela
Béquer
marcador
3.1.2 Reagentes
Água (H2O)
Ácido Clorídrico (HCl)
Hidróxido de sódio (NaHO)
Etanol
Éter
Óleo vegetal
3.1.3 Procedimento Experimental
No experimento foram identificados 5 tubos de ensaio como: 1, 2, 3, 4 e 5.
Em seguida foram colocados 3 ML de água no tubo 1, 3 ML de ácido clorídrico no
tubo 2 (manuseado na capela), 3 ML de hidróxido de sódio no tubo 3, 3 ML de etanol
no tubo 4 e 3 ML de éter no tubo 5. Logo depois, foi adicionado 5 gotas do óleo
vegetal dentro dos tubos, para testar a sua solubilidade nos solventes. A mistura foi
deixada em observação até que houvesse resultados.
3.2 Acidez de em óleo e gordura rançosa
3.2.1 Materiais
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2 tubos de ensaio
Pipetas de Pasteur
Suporte para tubos de ensaio
Béquer
Capela
Marcador
3.2.2 Reagentes
Etanol
Hidróxido de sódio (NaHO) 0,1 N
Fenolftaleína
Óleo rançoso
Óleo fresco
3.2.3 Procedimento Experimental
No experimento foram identificados 2 tubos de ensaio, denominados 1 e 2. No
tubo 1, foi adicionado 2 ML de etanol, duas gotas de hidróxido de sódio 0,1 N e uma
gota de fenolftaleína. Nesse teste foi utilizado o óleo rançoso, onde iria sendo
adicionado gotas do óleo ate que mudasse a coloração, na primeira gota ocorreu a
mudança.
No tubo 2, foi adicionado 2 ML de etanol, duas gotas de hidróxido de sódio
0,1 N e uma gota de fenolftaleína. Para esse teste foi utilizado o óleo fresco, sendo
adicionado gotas ate que mudasse a coloração, indicando a acidez do óleo. Nesse
teste foram adicionadas 50 gotas do óleo.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Solubilidade de óleos
No tubo 1 ao adicionar o óleo na água observou-se que óleo não é solúvel em
água, pois formou uma mistura heterogênea, o óleo por ser menos denso que a
água ficou na fase superior e água na fase inferior (figura 1). Segundo Nelson (2002)
os óleos são moléculas apolares, a atração das moléculas de água são feitas por
ligações de hidrogênio, que é a ligação mais intensa e se atraem com maior
intensidade, com isso, as moléculas de óleo não conseguem romper essas ligações
para ficar entre as moléculas de água.
No tubo 2 observou-se, que o óleo é insolúvel em ácido clorídrico, formando
duas fases (figura 1). Segundo Martins (2013) a atração das moléculas (polar) de
ácido clorídrico são do tipo dipolo-dipolo, essas moléculas interagem de forma que o
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polo negativo de uma se une ao polo positivo da outra, já as moléculas (apolar) do


óleo são do tipo dipolo-induzido, ou seja, não tem polos positivo e negativo, fazendo
com que essas moléculas não se atraem, logo, o óleo não tem força suficiente para
interagir e dissolver o ácido clorídrico.
No tubo 3 observou-se que óleo é insolúvel em hidróxido de sódio (figura 1).
Formou-se uma mistura heterogênea, na qual o óleo por ser menos denso que o
hidróxido de sódio ficou na fase superior. Segundo Atkins (2006) o hidróxido de
sódio é preparado pela eletrólise de uma solução aquosa de cloreto de sódio (NaCl),
ele apresenta ligação iônica e é uma molécula polar que ocorre a interação íon-
dipolo. Por isso, o óleo não consegue interagir com o hidróxido de sódio, pois ambos
têm polaridades diferentes.
No tubo 4 observou-se que óleo é insolúvel em etanol, formou-se uma mistura
heterogênea (figura 1). O óleo ficou na fase inferior (submerso), pois tem densidade
maior e o álcool na fase superior por ser menos denso. Segundo Galvão et al (2013)
as moléculas de óleo se agrupam por interações do tipo dipolo-induzido e as do
etanol por ligações de hidrogênio, que são ligações muito mais forte que as do óleo,
dessa forma, o óleo não consegue se dissolver no etanol.
No tubo 5 o óleo é solúvel no éter, ou seja, dissolveu no solvente, formando
uma mistura homogênea (figura 1), o óleo é apolar e o éter é pouco polar. No
entanto, a interação que as moléculas de éter fazem são do tipo dipolo-dipolo.
Segundo Leão (2004) as forças do tipo dipolo-induzido são de fraca intensidade por
isso as moléculas de óleo conseguem penetrar entre as de éter.
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Figura 1: No tubo 1 contém a mistura de água e óleo, no tubo 2 ácido clorídrico e óleo, no
tubo 3 hidróxido de sódio e óleo, no tuno 4 etanol e óleo, no tubo 5 éter e óleo.

Fonte: Próprio autor, (2023).

4.2 Acidez em óleos e gordura rançosa


No tubo 1 observou-se que ao adicionar gordura rançosa formou rapidamente
uma mistura homogênea e a coloração mudou de rosa (base) para incolor (ácido)
(figura 2), logo, a gordura rançosa é muito ácida, pois suas cadeias sofreram
quebras, liberando seus constituintes, que são os ácidos graxos, ou seja, a gordura
rançosa é mais ácida devido ter muito mais ácido graxos livres. Durante o processo
de fritura, aumenta a deterioração do óleo, pois maior quantidade de ácidos graxos
livres é formado (OSAWA et al p. 250, 2006).
No tubo 2 observou-se que ao adicionar o óleo formou uma mistura
heterógena e a coloração mudou de rosa (base) para translúcido e amarelo (pouco
ácido) (figura 2), indicando que tem menos acidez, ou seja, tem poucos ácidos
graxos livres nas suas moléculas.
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Figura 2: A) no tubo 1 e 2 contém etanol, hidróxido de sódio e fenolftaleína. B) no tubo 1


contém etanol, hidróxido de sódio, fenolftaleína e gordura rançosa. No tubo 2 etanol,
hidróxido de sódio, fenolftaleína e óleo.

Fonte: Próprio autor, (2023).

5. CONCLUSÃO
Com base nos resultados obtidos, constatou-se que as interações
intermoleculares e as funções orgânicas influenciam na solubilidade de um
composto. Devido a adição de solventes obteve-se compostos solúveis e insolúveis
com diferentes polaridades. Além disso, verificou-se que é possível ocorrer diversas
alterações químicas durante o processamento e consumo de alimentos que são
constituídos por lipídeos, os índices elevados de acidez de compostos como óleos e
gorduras são prejudicais a saúde.
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REFERÊNCIAS
ATKINS, P. W; JONES. L. Princípios de química: questionando a vida moderna e o
meio ambiente. 3. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.

GALVÃO, A. C; BOSCHI, R; COELHO, K. A; MACHADO, D. C; ZUQUI, V.


Solubilidade do metanol, etanol e isopropanol em óleos vegetais a diferentes
temperaturas e pressão atmosférica. Ciência e Natura, 2013.

LEÃO, M. V. G. Química orgânica, 2004.

MARTINS, C. R; LOPES, W. A; ANDRADE, J. B. D. Solubilidade das substâncias


orgânicas. Química Nova, 2013.

NELSON, D. L; COX, M. M. Leninger princípios de bioquímica. In: Leninger


princípios de bioquímica, 2002.

OSAWA, C. C; GONÇALVES, L. A; RAGAZZI, S. Titulação potenciométrica aplicada


na determinação de ácidos graxos livres de óleos e gorduras comestíveis. Química
Nova, 2006.

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