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EMULSÕES

Duas fases diferentes

Dissolução não acontece 100%

Fase dispersa em outra. Fase aquosa e oleosa

Agente emulsificante mantém e estabiliza a emulsão, diminuem tensão


superficial – termodinamicamente instáveis – devem ser utilizadas dentro
do prazo de validade pois são inst́áveis

Não existe emulsão s/ agente emulsificante

O emulsificante tem um caráter anfipático

Cremes de modo geral, condicionadores com aparência leitosa

Gotículas de óleo dispersas em água ou gotículas de água dispersas em


óleo

Emulsão água em óleo – óleo predominante – emulsificante deve ser


predominantemente apolar pois o óleo está em maior quantidade

Emulsão óleo em água – água predominante – emulsificante deve ser


predominantemente polar pois a água está em maior quantidade

Fase interna, descontínua ou dispersa – gotículas dispersas

Fase externa, contínua ou dispersante – dispersante

A emulsificação permite ao farmacêutico preparar misturas homogêneas


e relativamente estáveis de dois líquidos imiscíveis. Ela possibilita a
administração de uma substância ativa líquida na forma de minúsculos
glóbulos. Nas preparações líquidas de uso oral, a emulsão O/A permite a
administração de um óleo de sabor desagradável por meio de sua
dispersão em um veículo aquoso edulcorado e flavorizado. O tamanho
reduzido dos glóbulos do óleo pode torná-lo mais digerível e de fácil
absorção ou, se esse não for o objetivo, pode torná-lo mais eficaz, como
o que ocorre, por exemplo, com o óleo mineral, que é usado como
agente catártico após ser emulsiflcado.

Características de boas emulsões:

 Pequenas gotículas e homogêneas – gotículas grandes favorecem


coalescência
 Lenta agregação – floculação – agregação da fase interna – não
tem como impedir mas esse processo deve ser lento
 Lenta cremagem – aglomeração das gotículas dispersas na
superfície por serem menos densas que dispersante
 Lenta sedimentação – no fundo do frasco por serem mais densas
que dispersante
 Coalescência – total separação das fases – perda total da
estabilidade. Processo irreversível.

A redispersão pode reestabelecer a emulsão quando ocorre floculação,


cremagem ou sedimentação

 Fase aquosa
Deve ser deionizada, sem minerais – presença de íons podem
desestabilizar a emulsão por conta das cargas elétricas.

Agentes quelantes – sequestra íons. Ex.: EDTA

 Conservantes da fase aquosa

 Umectantes – previnem o ressecamento da formulação. Ex.:


propilenoglicol, glicerina

 Doadores de consistência da fase aquosa

 Emulsificantes

 Fase oleosa

Componentes lipossolúveis. Ex.: hidrocarbonetos, óleos.

Doadores de consistência da fase oleosa  Emolientes (engordurante) 


Emulsionantes  Antioxidantes: BHT, vitamina E, palmitato de ascorbila 
Conservantes da fase oleosa

 Agente emulsificante

Estabiliza a emulsão e retarda separação das fases. Ex.: gomas.

Podem ser: aniônicos, catiônicos, não iônicos e anfotéricos.

◼ Carga depende do pH do meio

 pH ácido: catiônica

 pH alcalino: aniônica

◼ Pouco uso na cosmética e farmácia

Emulsões Aniônicas

◼ Vantagens:  Uso farmacêutico:  Proporcionam liberação mais rápida


dos ativos
◼ Desvantagens:  Incompatibilidade: ◼ Emulsionantes e ativos
catiônicos ◼ No caso dos sabões alcalinos, com substâncias que ◼
Reduzem o pH a valores inferiores a 7,0 (p.ex., ativos ácidos)  Maior
irritação cutânea.

Emulsões Catiônicas

◼ Vantagens: Condicionamento e tratamento dos cabelos Maior


substantividade das emulsões na pele

◼ Desvantagens: Incompatibilidade: ◼ Tensoativos aniônicos ◼ Maior


irritação cutânea

Emulsões Não-Iônicas

◼ Vantagens:  Compatível com tensoativos aniônicos e catiônicos 


Menor irritação à pele  Estável em ampla faixa de pH  Compatível com
a grande maioria dos ativos farmacêuticos e cosméticos

◼ Desvantagens:  ↑ custo

◼ Estabilidade de sistemas emulsionados

 Estabilidade termodinâmica

◼ Indica se ocorrerá separação das fases

◼ Formação de emulsão é termodinamicamente desfavorável

◼ Aumento da área interfacial e repulsão das fases

 Estabilidade cinética

◼ Indica em quanto tempo ocorrerá a separação de fases

◼ Importante para definir tempo de prateleira (validade)


Bases auto-emulsionantes ◼ Preparações comerciais semi-acabadas para
a obtenção de emulsões estáveis:  Composição: ◼ Mistura de
tensoativos (10 a 50%) ◼ Agentes de consistência de fase oleosa +
emolientes (50 a 80%)  Vantagens: ◼ A simples adição de água em
diferentes quantidades proporciona a formação de emulsões (cremes ou
loções) ◼ Na farmácia: ganho de tempo, economia, facilidade de
obtenção ◼ Evitam a necessidade de cálculos de EHL para a escolha dos
emulsionantes e suas respectivas proporções ◼ Aceitam 10% de
emolientes adicionais.

Tipos dependentes do emulsionante Aniônicas Catiônicas Não-


iônicas As aniônicas e não-iônicas são preferidas para aplicação na pele

 Métodos de preparo de emulsões

Na preparação extemporânea de emulsões em pequena escala, três


métodos podem ser usados, a saber: o método continental ou goma seca,
o rnÁtodo inglês ou goma úmida e o rnÁtodo do frasco ou de Forbes. No
primeiro, o emulgente (geralmente goma arábica) é misturado com o
óleo antes da adição de água. No segundo, o emulgente é adicionado à
água (na qual é solúvel) para forrnar urna mucilagem, e então o óleo é
lentamente incorporado para formar a emulsão. O método do frasco é
reservado para óleos voláteis ou menos viscosos, sendo u1na variação do
método da goma seca.
 Sistema EHL

Equilíbrio hidrófilo-lipofílico ou EHL. Por esse método, atribui-se a cada


tensoativo um valor de EHL ou um número indicando sua polaridade.
Embora os valores tenham sido estabelecidos até 40, a faixa usual situa-se
entre 1 e 20. Materiais que são altamente polares ou hidrofílicos
apresentam valores mais elevados do que aqueles menos polares e mais
lipofílicos. Em geral, tensoativos com valores de EHL entre 3 e 6 são
altamente lipofílicos e produzem emulsões AJ/O, e os com valores de EHL
de cerca de 8 a 18 resultam em emulsões O/A.

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