Você está na página 1de 8

Vetores

No nosso dia-a-dia, estamos acostumados a usar grandezas


escalares que são identificadas facilmente apenas pelo número e a
unidade, sem a necessidade de apresentar outras informações. Por
exemplo: 10 m, 55 Kg, 100g, 400 ml, 10 cm etc. No entanto, no
caso dos vetores, precisamos dar mais informações, pois o número
(iremos chamar de módulo) não será suficiente para passar tudo
que precisamos saber sobre determinado vetor. São necessários
mais dois parâmetros, a direção, que indica em que reta o vetor
está, horizontal, vertical ou para os lados, e também precisamos do
sentido, que é para onde esse vetor aponta, podendo ser de baixo
pra cima ou de cima pra baixo.

(imagem de um vetor, mostrando o que é módulo, direção e


sentido).

Podemos definir um vetor como sendo um segmento de reta


orientado, que representa todos os vetores equipotentes, mas o que
é equipotente?

Todo vetor possui outro vetor que é equipotente ao primeiro, ou


seja, tem o mesmo módulo, direção e sentido, mas está deslocado
em outro ponto do espaço.

(Imagem de um espaço com vários vetores equipotentes a um


central um)

Propriedades fundamentais de um vetor


Soma de Vetores
Um vetor pode ser somado com outro vetor. Para isso, podemos
usar uma regra bem simples para conseguir executar a soma, que é
a “Boquinha de um, na traseira do outro”. Basicamente iremos
pegar a ponta em que o vetor está apontando e colocar no sentido
oposto do segundo vetor.

(imagem da soma de vetores)


Após fazer isso, traçamos uma reta da extremidade do primeiro até
a ponta do segundo, obtendo o vetor resultando da soma dos dois
primeiros. Esse método é usado para representar os vetores
graficamente, sendo necessárias outras formas para representa-los
algebricamente.

(Imagem da soma dos vetores)

Subtração de Vetores
Para subtrair um vetor, usamos a mesma regra de soma, porém
iremos mudar a direção de um deles e depois juntar as
extremidades, como na primeira operação.

(Imagem explicada de como subtrair vetores)

Vetores com sinais negativos


Quando nos deparamos com vetores de sinal negativo, significa que
devemos inverter seu sentido original.

(Exemplo de um vetor normal e outro com sinal negativo)

Multiplicação por um número


Também podemos multiplicar um vetor, que irá mudar o modulo e
caso o número seja negativo, também irá mudar o sentido, como
explicado no tópico, anterior.

(Exemplo da multiplicação de um número)

Representando Vetores Algebricamente


Para representar um vetor bidimensional, ou seja, em duas
dimensões, um plano, precisamos informar um valor no eixo X e
outro no eixo Y, usando parênteses para colocar os dois valores,
separados por vírgula.

- Usaremos apenas uma letra com uma seta em cima para


representar os vetores.
(Imagem da representação de um vetor)

Podemos representar ele em um gráfico, como no exemplo a


seguir, com o vetor saindo da origem e indo até o ponto que o as
coordenadas se encontram.

(Gráfico com um vetor)

Somando e subtraindo vetores algebricamente


Para somar dois vetores, teremos que somar X com X e Y com Y,
ficando com um vetor resultante no final. Isso se aplica também a
subtração, basta subtrair um X com o outro X e um Y com o outro Y.

(Exemplo de soma e subtração de vetores)

Vetores tridimensionais
Até agora, estávamos estudando vetores com dois eixos, o X e o Y,
ou seja, um plano com duas dimensões. Em um vetor
tridimensional, temos o eixo X, o Y e o Z (Abscissa, Ordenada e
Cota), um espaço com três dimensões. Fica um pouco mais difícil
representar esses vetores em um gráfico, pois agora teremos que
usar mais um eixo, como na imagem abaixo:

(imagem do eixo em três dimensões)

O vídeo abaixo mostra como desenhar um gráfico em três


dimensões:

(vídeo representando o gráfico em três dimensões)

Todas as operações de soma, subtração, multiplicação e divisão


também se aplicam nesse tipo de vetor, a diferença é que agora
temos mais um eixo para fazer as operações.

Como achar um vetor com dois pontos


É bem simples, basta pegar o segundo ponto e subtrair com o
primeiro.

(imagem bem simples de como fazer um vetor)

Módulo de um vetor
Agora as coisas começam a ficar um pouco mais complicadas, mas
ainda continua simples de entender. Quando representamos um
vetor graficamente, podemos observar que ele forma um triangulo
retângulo onde a hipotenusa é o próprio vetor.

(imagem do gráfico destacando a relação de Pitágoras)

Com isso, podemos usar o teorema de Pitágoras para conseguir


descobrir o módulo do vetor, desenvolvendo a equação abaixo:

(desenvolvimento da equação para achar o modulo de vetor)

Como podemos ver, o modulo é representado com duas linhas do


lado, ou seja, iremos desconsiderar o sinal, queremos apenas o
numero.

Apesar de ser mais difícil de mostrar, também podemos usar esse


método com vetores de três dimensões, a diferença é que também
iremos colocar o Z na formula.

Vetores unitários
Para saber se um vetor é unitário, basta descobrir o modulo dele, se
der 1, então será unitário.

(Exemplo de vetor unitário)

Versor de um vetor
Para acharmos o versor de um vetor, precisamos dividir o
próprio vetor pelo módulo dele mesmo, depois calcular o
modulo do vetor resultante e então acharemos 1 como
resposta, então teremos o vetor unitário, com mesma
direção e sentido, mas modulo diferente.
(exemplo da operação de um versor)

Produto escalar
Essa operação entre dois vetores é uma operação muito utilizada e
de suma importância, pois complementa cálculos mais avançados
no futuro. Bem, o resultado de um produto escalar sempre será um
número e para acharmos ele é necessário multiplicar um eixo pelo o
mesmo eixo do outro vetor e depois somar.

(Exemplo de produto escalar)

O produto escalar é bem interessante porque conseguimos achar


uma relação entre o ângulo formado entre os dois vetores em um
gráfico.

(relação de ângulo com produto escalar)

Se o produto escalar for maior que 0 o ângulo será agudo (menor


que 90 graus), se for menor que 0 será obtuso (maior que 90 graus)
e se for igual a 0 será reto (exatamente 90 graus).

O produto escalar de um vetor sobre ele mesmo é a mesma coisa


que escrever vetor^2.

A ordem que o produto escalar é feito não altera o resultado, então


podemos fazer tanto U escalar V quanto V escalar U.

Definição geométrica do produto escalar


A definição diz que o escalar entre dois vetores é igual ao produto
do modulo dos dois multiplicado pelo cosseno do ângulo entre eles.
Ficou complicado, né? Veja melhor na imagem abaixo:

(imagem d a definição)

Irei mostrar como chegamos nessa formula, porem, não é


necessário saber isso para continuarmos os estudos de geometria
analítica, por isso, se não quiser saber como chegar nessa
expressão, pule para o próximo tópico.

(dedução da formula)

Ângulo entre Vetores


Para acharmos o ângulo entre dois vetores, podemos usar a
formula anterior, isolando o cosseno do ângulo, como mostra
abaixo:
(imagem da formula para achar esse ângulo)
Produto Vetorial
Diferente de o produto escalar, o produto vetorial sempre irá gerar
outro vetor que é perpendicular aos dois vetores, ou seja, faz um
ângulo de 90 graus ao mesmo tempo com eles. Vale ressaltar que,
diferente do produto escalar, a posição dos vetores na hora de
montar a operação pode alterar o resultado final, mudando o
sentido para onde irá apontar o vetor resultante. Para realizar essa
operação teremos que usar matrizes, como é mostra no exemplo
abaixo:
(Exemplo de matrizes)
Área de um paralelogramo
Para determinar a área de um paralelogramo basta usar a formula
abaixo:

(formula da área de um paralelogramo)

Equação Vetorial da Reta


Podemos obter um vetor com um ponto conhecido A e outro ponto
qualquer P. Esse vetor é paralelo a outro vetor, que chamaremos de
V, que tem a mesma direção e sentido que o primeiro, mas não é
garantido que tenha o mesmo modulo.

Com essa informação nas mãos, podemos dizer que o vetor AP é


igual a V multiplicado por um número real (AP =xV). Podemos
desenvolver ainda mais essa formula, veja:

(as três formas de desenvolver essa equação)

Ao variar o x, iremos obter pontos (P), formando a reta.

Com dois pontos, podemos definir a uma nova equação da reta,


veja:

(...)

Equação paramétrica
A fórmula na sua versão paramétrica é um desdobramento da
versão vetorial, veja:

(equação na vertical)
Esse jeito de escrever deixa mais fácil a visualização das contas na
hora em que queremos saber se algum ponto pertence à reta,
isolando o x, como no exemplo abaixo:

(exemplo)

Caso o resultado seja diferente do que informado, o ponto não


pertencerá à reta.

Ou se sabermos apenas uma coordenada do ponto qualquer.

(Exemplo com apenas uma coordenada)

Equação simétrica
Isolando o t iremos obter a equação simétrica da reta e como ele é
o mesmo para x, y e z, podemos obter a seguinte equação:

(equação simétrica da reta)

Equação reduzida
Para obter a equação reduzida, basta isolar alguma variável em
relação à outra, como no exemplo abaixo:

(equação reduzida em relação à x)

Retas Paralelas aos Planos Coordenados


Podemos pegar uma reta paralela a um plano e desenvolver a sua
equação, onde um dos eixos não irá variar. Veja o exemplo abaixo
com o plano em XoY:
(exemplo de reta paralela ao plano XoY)
Como podemos ver o eixo Z não variou. Caso o plano esteja em
ZoY, o X não irá variar e caso esteja em XoZ, o Y não irá variar.
(Exemplo de planos em ZoY e XoZ)

Retas paralelas aos eixos coordenados


Se uma reta é paralela a um certo eixo, significa que apenas um
este irá variar e os outros irão se manter constantes.
(exemplo)

Você também pode gostar