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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA

ÁLGEBRA LINEAR E GEOMETRIA ANALÍTICA – AULA 3

ENGENHARIA CIVIL – CCET – CAMPUS CIDAO

Bases e coordenadas

Dependência Linear

⃗ ⃗ ⃗ ⃗

Dois ou mais vetores dados são linearmente dependentes (L.D) quando um deles
for combinação linear dos demais;

⃗⃗ ⃗

⃗⃗

Caso não haja combinação entre eles, são chamados de linearmente


independentes (L.I).

Mudanças de Base

Sejam ⃗ ⃗⃗ e bases do espaço V. Conhecendo as coordenadas


de um vetor na base C, queremos determinar suas coordenadas na base B, mais
especificamente, seja

Agora tendo

Então:

⃗ ⃗⃗
Onde:

⃗⃗

O que é equivalente a:

[ ] [ ] [ ] [ ]

Onde

A matriz é chamada de matriz de mudança de base de C para B. Como os


vetores são L.I, temos que a matriz de mudança de base tem
determinante não nulo é, portanto e invertível. Portanto, multiplicando por ,
temos

[ ] [ ] [ ]

Ou seja,

Notas

 Operações de vetores
 Adição (polígono e paralelogramo);
 Subtração (polígono e paralelogramo);
 Multiplicação (números reais e que sejam diferentes de zero (6= 0))

 Coordenadas e base
 Dependentes, se somente se (⇔)
 Colineares ou coplanares;
 Pelo menos uma das constantes de multiplicação sejam diferente de zero (6= 0);
 A soma entre os vetores seja igual a zero (= 0).

 Independentes
 Oposto aos dependentes;
 Se todas as constantes de multiplicação sejam diferente de zero (6 = 0).
Bases

 Subespaços (admitem subconjuntos de vetores reiais)


 Fechado para multiplicação escalar;
 Fechado para adição;
 O minimo conjunto de vetores que gerará um subespaço.

AULA EXTRA

Quando se tem um par de números que descrevem um vetor, como [-3, 2], deve se
pensar cada coordenada como um escalar, neste caso [ ], significando, pensar
sobre como cada uma alonga ou comprime um vetor.

No sistema cartesiano de coordenadas, há dois vetores muito especiais:

 O que aponta para a direita, com comprimento 1, comumente chamado î (i-chapéu),


ou vetor unitário na direção do eixo x.
 E o que aponta para cima, com comprimento também 1, comumente chamado ĵ
(jota-chapéu), ou vetor unitário na direção do eixo y.

Agora pensando que a coordenada x do nosso vetor como escalar que escala o î,
sendo alongada por um fator de 3, e a coordenada y como escalar que escala o eixo
ĵ, virando ao contrário e sendo alongada por um fator de 2. Nesse sentido, os vetores
que essas coordenadas descrevem é a soma de dois vetores escalados, no caso
.

Esse é um conceito surpreendentemente importante, a ideia de adicionar dois


vetores escalados.

Os dois vetores î e ĵ, têm um nome especial, juntos são chamados de “a base do


sistema de coordenadas”. Isso quer dizer basicamente, que quando você imagina
coordenadas como escalares, os vetores base são os escalares na realidade, o que
anteriormente foi considerado uma escala.

Há também uma definição mais técnica, mas vamos vê-la depois.

Enquadrando nosso sistema coordenado em termos desses dois vetores especiais


como base, surge um ponto bem interessante e sutil:

“E se escolhêssemos vetores base diferentes?”


Poderíamos escolher vetores base diferentes, e receber uma novo sistema de
coordenadas completamente razoável.

Por exemplo, pegue um vetor apontando pra cima e para a direita, junto com um
outro vetor apontando para baixo e para a direita, de algum jeito. Leva um tempo
para pensar sobre todos os diferentes vetores que se pode obter por escolher dois
escalares, usando cada um para a escala 1 de vetores, e então juntando, o que se
tem. Quais vetores bidimensionais você pode ter ao alterar a escolha dos escalares?

A resposta é que você pode ter todos os vetores bidimensionais possíveis, e de


certa forma é um bom quebra-cabeça para contemplar o porquê.

Um novo par de vetores base como esse ainda nos dá um caminho válido para
voltar e ir para frente, entre pares de números e dois vetores bidimensionais, mas a
associação é definitivamente diferente da que se consegue usando a base mais
padrão de î e ĵ.

Isso é uma coisa que será mais bem detalhada posteriormente, descrevendo a exata
relação entre sistemas de coordenadas diferentes, mas por enquanto, podemos
simplesmente apreciar o fato de que qualquer vez que descrevemos vetores
numericamente, depende de uma escolha implícita de que vetores base estamos
usando.

Então toda vez que você está escalando dois vetores e adicionando eles assim

É chamada de uma combinação linear entre esses dois vetores.

De onde vem a palavra “linear”? Por que isso tem a ver com linhas?

Bem, isso não é uma etimologia, mas um bom jeito de pensar sobre isso é que se
você fixar um destes escalares, e deixar o outro alterar seu valor livremente, a ponta
do vetor resultante desenha uma linha reta, conforme o valor do segundo vetor varia.

Agora se você deixar ambos os escalares variarem livremente, e considerar todo


vetor possível que se pode resultar, há dois resultados possíveis:

 Para a maioria dos pares de vetores, você conseguirá alcançar qualquer ponto
possível no plano, todo vetor bidimensional está dentro do seu alcance.
 Porém, no azar onde dois vetores originais são alinhados, a ponta do vetor
resultante é limitada a apenas uma linha passando através da origem.
 Na realidade há uma terceira probabilidade, ambos os vetores podem ser 0, onde,
no caso, você estará sempre no ponto origem.

Mais terminologia:

O conjunto de todos os possíveis vetores que se pode alcançar com uma


combinação linear de um dado par, de vetores, é chamado de espaço gerado
(expansão) desses vetores. Considerando o vetor 1 como e o vetor 2 como ⃗⃗ ,
temos:

⃗⃗

Então, reafirmando o que vimos nesse jargão, a expansão da maioria dos pares de
vetores bidimensionais são todos os vetores no espaço bidimensional, mas quando
se alinham, sua expansão são todos os vetores cuja ponta estagna-se em uma linha.

Você se lembra de como foi dito que a álgebra linear gira ao redor da adição de
vetores e multiplicação escalar?

Bem, a expansão de dois vetores é basicamente uma maneira de perguntar, “Quais


são todos os vetores possíveis que você pode alcançar usando apenas essas duas
operações fundamentais, adição de vetores e multiplicação escalar?”

Esse é um bom momento para falar sobre como as pessoas pensam de vetores
como pontos. Realmente é confuso pensar sobre uma completa série de vetores
dentro de uma linha, e é mais confuso ainda pensar sobre TODOS os vetores
bidimensionais de uma vez, preenchendo o plano, no caso, todos oriundos do ou
ultrapassando o ponto.

Então, quando lidando com séries de vetores como essa, é comum representar cada
um com apenas um ponto no espaço. O ponto na ponta do vetor, onde,
normalmente, deve-se pensar sobre esse vetor com sua “cauda” no ponto origem.
Desse jeito, se você pensar sobre todos os possíveis vetores cuja ponta está em
uma certa linha, pense apenas sobre a linha em si.

Da mesma forma, pensar sobre todos os possíveis vetores bidimensionais de uma


vez, conceitualize cada um como o ponto onde sua ponta está. Então, efetivamente,
o que você vai pensar sobre será o infinito, uma malha plana do próprio espaço
bidimensional, deixando as setas fora dele.

Geralmente, se você pensar em um vetor na própria definição, imagine-o como uma


flecha, e se você está lidando com uma série de vetores, é conveniente pensar em
todos eles como pontos.

Então, para o nosso exemplo de expansão, a expansão da maioria dos pares de


vetores acaba sendo a malha infinita do espaço bidimensional, porém, se eles se
alinharem, sua expansão é apenas uma linha.
A ideia de expansão é ainda mais interessante se pensarmos sobre vetores em
proporções tridimensionais. Por exemplo, se você tiver dois vetores, no espaço 3D,
que não estão apontando na mesma direção, “Qual a expansão gerada por eles?”.
Bem, a expansão é a junção de todas as combinações lineares possíveis desses
dois vetores, ou seja, todos os vetores possíveis que podem ser obtidos escalando
cada um deles, e somando. Pode-se imaginar dois botões giratórios, que ao girar,
mudam os dois escalares que definem a combinação linear, somando os vetores
escalados e seguindo a ponta do vetor resultante.

Essa ponta definirá uma espécie de lâmina plana, passando pela origem do espaço
3D, sendo essa lâmina plana o espaço gerado por esses dois vetores. Ou mais
precisamente, o conjunto de todos os vetores possíveis cujas pontas se encontram
nessa lâmina plana, é o espaço gerado de seus dois vetores.

E o que acontece se adicionarmos um terceiro vetor e considerar o espaço gerado


pelos 3? Uma combinação linear de 3 vetores é definida praticamente da mesma
maneira como a de dois vetores: escolhemos 3 escalares diferentes, escalamos
cada um desses vetores, e depois adicionamos todos eles. E novamente o espaço
gerado desses vetores é o conjunto de todas as combinações lineares possíveis.
Duas coisas podem acontecer aqui:

 Se o seu terceiro vetor estiver no espaço gerado pelos outros 2 vetores, o espaço
não muda, e eles continuam formando a malha plana, em outras palavras, somar
uma versão escalada desse terceiro vetor na combinação linear não irá dar acesso a
quaisquer novos vetores.
 Mas se você simplesmente escolher aleatoriamente um terceiro vetor, é quase certo
que não estará na expansão gerada pelos 2 primeiros. Assim, uma vez que está
apontando em uma direção diferente, irá liberar o acesso a todos os vetores 3D
possíveis. Uma maneira de pensar sobre isso é que, à medida que você escala esse
novo vetor, ele move a malha gerada pelos outros 2 vetores, varrendo a expansão.
Outra maneira de pensar sobre isso é que você está fazendo uso completo desses
três escalares que mudam livremente que você tem à disposição para acessar todas
as 3 dimensões no espaço.

No caso do terceiro vetor estar no espaço gerado pelos outros 2, ou de dois vetores
se alinharem, precisa-se de termos para descrever o fato de que pelo menos um
desses vetores é redundante, não acrescentando nada ao espaço gerado. Quando
isso acontece e você tem vários vetores e poderia remover um sem reduzir o espaço
gerado, são linearmente dependentes. Pode ser expresso também como uma
combinação linear dos outros vetores, uma vez que está no espaço gerado deles.

Por outro lado, se cada vetor realmente acrescentar uma outra dimensão ao espaço
gerado, são linearmente independentes.

⃗ ⃗⃗
Desafio:

A definição teórica de base de um (sub)espaço é um conjunto de vetores


linearmente independentes que se estendem por esse espaço.

Faça a frase fazer sentido através da aula de hoje

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