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Curso: Farmácia
4º Semestre-Noturno
Campus: Anchieta
APROVADO
São Paulo
2020
A etnobotânica abrange o estudo das sociedades humanas e suas interações ecológicas,
genéticas, evolutivas, simbólicas e culturais com as plantas, abordam os aspectos da diversidade
biológica e cultural, colaborando para o conhecimento de várias espécies de plantas medicinais.
Possui característica básica de estudo o contato direto com as populações tradicionais, ao
aproximar-se dessas populações é resgatado o conhecimento entre a relação do ser humano e
das plantas de uma região.
Na região nordeste do Brasil, especialmente na área de Caatinga, há uma intensificação
de pesquisas etnobotanicas. Cerca de 46% das plantas do estado do Ceará são xerófilas, dentre
elas endêmicas e pouco estudadas na farmacologia, porém conhecidas e usadas na medicina
tradicional. Um estudo foi realizado no município de Assaré, no estado do Ceará a fim de um
levantamento etnobotânico e etnofarmacológico. No estudo foi levantado 116 espécies com fins
medicinais, muitas destas usadas pela população local. A população informou também o uso e o
modo de preparo destas plantas, a folha foi o componente de maior uso de acordo com a
população, seguido de casca, semente, raiz, fruto e entrecasca respectivamente. O grande uso da
folha pode estar associado pela característica exótica das plantas e pelo seu modo de cultivo
com hábito herbáceo assim apresentando folhas durante o ano inteiro seja qual for o clima. Os
modos de preparo predominantes são de chás e decocção, há também uma pequena parte que
utiliza infusão como preparo destas plantas.
No momento que é comparado a outros panoramas realizados em áreas da caatinga que
toma 10% do território nacional, conta com o clima tropical semiárido rico em biodiversidade
voltada influência de plantas da mesma espécie em uma região, dispõe de maior probabilidade
de consumo, ampliando a potencial, já que contam com o uso. O grande número de plantas
exóticas evidenciando às nativas é extremamente comum, sendo correlacionada à dilatação do
estoque farmacêutico local, por serem de fácil cultivo e sanarem problemas mal resolvidos. A
família Fabacea apresenta o maior número de espécie em seguida, Astercacear e Lamiaceae. A
família Fabacea é uma das maiores famílias botânicas, embora seja conhecida como tal também
se faz presente no paisagismo, é muito usada para gripe, inflamação, dores. Astercacear, são
usadas como planta medicinal que alivia os sintomas de colicas mestruais, dores em geral, má
digestão dor no figado . Lamiaceae, são folhas simples sendo ervas ou arbustos com grande
influencia na industria farmacêutica e culinária, alecrim, erva cidreira, lavanda, entre outras.
Foram reportados, para o tratamento, na forma de chá Mentha spicata que auxilia na má
disgestão, com efeitos paliativos e Cymbopogon citratus contribui para o alivio de cólicas
uterinas e intestinais, pequeno número de espécies nativas foram citada no sistema, contudo,
Bauhinia cheilantha com ação antiinflamatória e Ximenia utilizada na medicina para sífilis,
reumatismo, câncer e infecções bucal, foram testemunhas em várias classes, contendo
tratamentos específicos, com significado importante indicando a cura.