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15 plantas silvestres comestíveis(requisitos 1 e 9)

01 Cará moela

Nome Científico
Dioscorea Bulbifera

Nomes populares
Cará do Ar, Batata do Ar

Origem
Oeste da África e Ásia tropical.

Descrição
Herbácea perene, trepadeira, com tubérculos subterrâneos maiores e túberas
aéreas (bulbilhos) em forma de moela.
Folhas simples, longo pecioladas, alternas, com lâmina cordada. Inflorescência em
racemos longos. No Brasil é cultivada em escala doméstica para a produção de
túberas aéreas.

Uso popular e medicinal


Esta planta tem uso medicinal e valor nutricional reconhecidos.
As partes comestíveis são as túberas aéreas. De sabor agradável podem ser
cozidas, assadas ou fritas.
Devem ser bem cozidas para destruir os alcaloides tóxicos. As formas selvagens da
planta são sempre tóxicas em estado bruto, mas já foram desenvolvidos cultivares
praticamente isentos de toxina.
As inflorescências são também aparentemente comestíveis.
O suco das raízes serve para expulsar vermes intestinais. Pode ser goteado em
feridas para expulsar germes. São usados externamente como cataplasma para
tratar feridas, furúnculos e inflamações. Em curativos para tratamento de infecções
por parasita e fúngicas dérmicas, ou esmagado, misturado com óleo de palma e
massageado em áreas de reumatismo, para problemas de peitos e bicho-do-pé.
Na Índia o tubérculo é considerado diurético e remédio para diarreia e hemorroidas.
Os frutos servem para tratar furúnculo e febre.
A seiva espremida do caule é aplicada para tratar a oftalmia purulenta e contra
picada de cobra.
As folhas são usadas muitas vezes por destilação a vapor contra "pink-eye"
(conjuntivite).
Várias substâncias clinicamente ativas foram detectadas na planta. Dioscorina foi
detectado no tubérculo, apesar de ter sido relatado que algum material nigeriano
fora libertado do alcaloide. Alcaloides foram relatados nas folhas, caules e frutos. A
diosgenina foi detectada a uma concentração de 0,45%.
A saponina está presente, assim como várias outras substâncias
farmacologicamente ativas.

Receitas
Purê. Cozinhe as batatas aéreas com casca. Escorra e descasque ainda quente e
amasse ou liquidifique com um pouco de leite. Doure alho, sal e demais temperos a
gosto no azeite. Acrescente o cará amassado e misture. Agregue creme de leite e
deixe reduzir um pouco. Sirva quente ou frio. Pode também ser feito com os
tubérculos subterrâneos.
Chip. Lave os tubérculos aéreos e cozinhe com casca. Descasque e corte em
rodelas finas ou em tirinhas e frite em óleo quente. Escorra e seque em papel
absorvente. Polvilhe com sal e ervas finas secas a gosto. Também pode ser usado
para o preparo de bolo, pão e sopas. Espécie rústica e resiliente, que pode substituir
a batata-inglesa nos trópicos, inclusive as usadas na maionese e possui potencial
para panificação.
Pão de cará-do-ar na panificadora. Use cerca de 200 g de tubérculos aéreos
cozidos. Triture com quantidade necessária de água, resultando em cerca de 2
copos medida. Coloque na forma da panificadora com 2 colheres (sopa) de
manteiga, 1 colher (chá) de sal, 3 colheres (sopa) de açúcar, 4 copos medida (720
ml) de farinha de trigo e 2 colheres (chá) de fermento biológico para um pão com
cerca de 900 g. Ovos são opcionais, mas fica mais nutritivo.

02 Almeirão Roxo

Nome científico
Lactuca canadensis L.

Nomes populares
Almeirão-do-mato, almeirão roxo.

Origem
Nativa da América do Norte. Considerada invasora nos EUA e Canadá. Encontrado
de norte a sul do Brasil.

Descrição
Hortaliça folhosa, anual, ereta, vigorosa, pode atingir 2,0 m de altura. Apresenta
folhas lanceoladas, por vezes lobadas ou repicadas, verde-claras lisas ou com
nervuras roxas (variegadas). Tem inflorescências em capítulos, flores amarelas e
sementes pretas.
As folhas macias são ricas em minerais, especialmente potássio e cálcio e boa fonte
de proteína e fibras, 18 e 30% em base seca, respectivamente. As folhas de plantas
novas são mais suaves e saborosas, podendo ser consumidas cruas. A forma de
consumo mais comum são folhas refogadas ou cozidas, preparadas com feijão e
arroz ou como recheio de bolinhos.

Uso popular e medicinal


Os nativos americanos utilizavam uma infusão para tratar a dor, como
estimulante e para acalmar os nervos. A seiva leitosa foi utilizada topicamente
para tratar verrugas.
Toda a planta é rica em uma seiva leitosa que flui livremente em decorrência de
incisões (fissura, corte) na haste, que seca e endurece quando em contato com o ar.
A seiva contém lactucarium(ópio de alface), utilizada na medicina pelas suas
propriedades anódinas, antiespasmódicas, digestivas, diuréticas, hipnóticas,
narcóticas e sedativas. Lactucarium tem os efeitos de um ópio fraco, não causa
perturbações digestivas nem é viciante.
É tomado internamente no tratamento de insônia, ansiedade, neuroses,
hiperatividade em crianças, tosse seca, tosse convulsa, dores reumáticas etc.
As concentrações de lactucarium são baixas nas plantas jovens e altas quando a
planta florece. É recolhido comercialmente cortando as cabeças das plantas e
raspando o sumo em vasos de porcelana várias vezes ao dia até esgotar.
Também pode ser utilizada uma infusão da planta com flor fresca ou seca. Deve ser
utilizada com cautela e sempre com a supervisão de um profissional qualificado.
Doses normais podem causar sonolência, enquanto o excesso causa inquietação e
as sobredosagens podem causar a morte por paralisia cardíaca. A seiva tem sido
aplicada externamente no tratamento de verrugas.

03 Gurumixama
Nome científico
Eugenia involucrata DC.

Nomes populares
Cereja, cerejeira, cerejeira-do-mato, pitanga-preta, gurumixama.

Origem
Endêmica da Mata Atlântica (Brasil)

Descrição
Espécie arbórea, perene, atinge altura próxima a 15 m.
Tronco reto, ramificação cimosa, casca com até 5 mm de espessura. Folhas
simples, filotaxia oposta. Flores hermafroditas, vistosas, melíferas. Os frutos são
bagas piriformes, lisas, glabras, de coloração verde quando imaturo, tornando-se
vermelho e cor-de-vinho tinto quando maduro, medindo de 1,3 cm a 2,3 cm de
comprimento.
Os frutos proporcionam alimentação para animais domésticos, principalmente
suínos. São próprios para o consumo humano. De coloração esverdeada, a polpa é
suculenta e agridoce. São consumidas in natura ou como ingrediente em receitas de
doces, geléias e licores.
A madeira tem cor branco-pardacenta, é compacta, elástica, muito resistente e de
boa durabilidade. Produz lenha e carvão de excelente qualidade. Em São Leopoldo
(RS) esta árvore é por Lei monumento municipal e patrimônio público.
Essa frutífera não deve ser confundida com a cerejeira-americana (Prunus
americana) e as japonesas (Prunus campanulata e Prunus serrulata), ambas da
família Rosaceae, nem com a cerejeira do Norte do Brasil (Amburana acreana,
Leguminosae), uma espécie madeireira.

Uso popular e medicinal


Uma dissertação de mestrado avaliou o potencial gastroprotetor e antiúlcera das
sementes de E. involucrata em roedores. O trabalho destacou que o fruto já é
conhecido por possuir atividade antidiarreica e digestiva. A autora relata que esta
espécie é rica em açúcar, vitaminas, minerais, fibras dietéticas e diferentes
fitoquímicos como flavonoides, polifenois, carotenoides e terpenos que representam
compostos bioativos de potente atividade antioxidante.
Ela conclue que o extrato bruto metanólico das sementes apresenta atividade
gastroprotetora frente aos dois agressores estudados: etanol e indometacina. E
sugere a utilização da espécie no tratamento de desordens gástricas, pois considera
que tais patologias são relacionadas com estresse oxidativo.
Uma tese de doutorado abordou o estudo químico e avaliação das atividades
biológicas dos extratos de folhas e frutos de E. brasiliensis (gurumixama) e E.
involucrata (cereja-do-rio-grande). A autora relata que essas espécies são usadas
na medicina popular para tratamento de inflamações e que o extrato das folhas de
E. involucrata é rico em compostos fenólicos e flavonoides, possuem atividade anti-
inflamatória e antialérgica. O óleo essencial das folhas possui como constituinte
químico majoritário viridifloreno, enquanto o óleo essencial dos frutos tem o ß-
cariofileno majoritariamente.
O trabalho identificou 19 antocianinas nos frutos de E. brasiliensis e E. involucrata.
E nas infusões de ambas as espécies as seguintes substâncias: ácido gálico, ácido
cafeico, ácido quínico, [epi]catequina, [epi]galocatequina, ácido cafeoil-O-glicosídeo,
quercetina-3-O-ramnosídeo, [epi]afzelequina-[epi]catequina, [epi]galocatequina-
[epi]catequina e [epi]galocatequina-[epi]galocatequina.
Pesquisadores da USP/ESALQ em parceria com a FOP/UNICAMP e Universidade
de La Frontera (Chile) constataram que espécies nativas da Mata Atlântica, dentre
as quais a cereja-do-rio-grande, têm alto poder anti-inflamatório e antioxidante
demonstrados in vivo. A prevenção de doenças crônicas como o diabetes, o
estresse oxidativo e a osteoporose, é constantemente associada ao consumo de
alimentos ricos em atividade antioxidante de metabólitos secundários dos vegetais,
principalmente os fenólicos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o
consumo regular de frutas como elemento altamente benéfico para se evitar essas
doenças.

04 Agrião

Nome científico
Nasturtium officinale R.Br.

Nomes populares
Jambu, agrião-da-água, berro, agrião-aquático, agrião do rio, agrião-da-fonte,
agrião-das-hortas

Origem
Europa, tendo se aclimatado bem no Brasil. É uma planta que se difundiu pelas
regiões temperadas de ambos os hemisférios, quer como planta cultivada quer
como assilvestrada, como ocorre em locais úmidos de inúmeros países.

Descrição
Planta perene, herbácea, rasteira, de caules relativamente compridos, tenros, verde-
claro com tonalidade levemente avermelhada; estriados, de secção poligonal que
enraízam com facilidade.
Folhas simples, lirado-pinatisséctas dando a impressão de uma folha composta,
alternas, sem estípulas, com 5 a 9 lobos, sendo o central maior de formato
pentagonal e os demais formando 2, 3 ou raramente 4 pares sendo menores, quase
ovalados e de ápice afilado. Face ventral verde-escura brilhante e dorsal verde-
esbranquiçado e fosca.
Flores pequenas, cíclicas, hermafroditas, actinomorfas, diclamídeas. Sépalas em
número de 4. Corola cruciforme com 4 pétalas, brancas e alternas com as sépalas.
Androceu com 6 estames sendo 2 mais curtos que os 6 restantes. Ovário súpero,
bicarpelar, unilocular com vários óvulos. As flores se agrupam em rácimos axilares o
terminais. Florescimento em janeiro.
Frutos: pequenas síliquas encerrando poucas sementes.
Sementes: muito pequenas, redondas, castanho-avermelhadas.

Uso popular e medicinal


As folhas quando mastigadas absorvem os odores da respiração. As folhas bem
picadas, embebidas em mel e tomadas à noite é muito útil como remédio para
tosse.
O agrião também é valorizado por limpar e melhorar a pele, comendo-o e aplicando-
o externamente como uma loção. O suco fresco aplicado no rosto e lavado na parte
da manhã do dia seguinte ajuda no desaparecimento de sardas, pintas, manchas,
espinhas, cravos e acnes. É um vegetal recomendado pelo seu valor nutritivo, teor
de vitaminas e ótimo paladar, com odor característico e sabor francamente amargo
e picante. As folhas devem ser coletadas somente quando aparecerem as flores.
Loção de beleza para a pele
Misture 1 tablesp. de mel com 4 tablesp. de sumo de agrião, engarrafe e
guarde na geladeira. Obs: 1 tablesp equivale a 1 colher de sopa.
Com um chumaço de algodão, aplique de leve a loção na pele de manhã e à
noite, tendo o cuidado de evitar os olhos.
Cuidado
Seu uso interno em grandes quantidades pode provocar irritações na mucosa do
estômago e nas vias urinárias.

05 Araçá

Nome científico
Psidium cattleianum Afzel.

Nomes populares
Araçá-da-praia, araçá-do-mato, araçá-do-campo, araçá-amarelo.

Origem
Psidium cattleianum é nativa do Brasil mas foi naturalizada na Flórida, Havaí,
Polinésia tropical, Ilha Norfolk (pequena ilha do Pacífico, próximo a Austrália e Nova
Zelândia) e Ilhas Maurício (Oceano Índico) devido ao fruto comestível e como árvore
ornamental.

Descrição
O araçazeiro é espécie frutífera de porte arbustivo (1 a 4 m de altura), caule tortuoso
e casca lisa, folhas persistentes e coriáceas.
Os frutos são do tipo baga com casca de coloração amarela, vermelha ou roxa,
polpa de cor esbranquiçada e com muitas sementes. São muito procurados pela
fauna, que o dissemina largamente. Floresce várias vezes por ano, principalmente
em setembro.
Dois cultivares de araçazeiro para comércio in natura ou industrialização foram
lançados pela Embrapa Clima Temperado: "Yacy" (película amarela) e "Irapuã" de
película vermelha.
A planta forma moitas e sombras sobre a vegetação nativa em florestas tropicais e
matas. Em algumas regiões propaga-se formando quase a espécie dominante, por
isso é considerada invasora e praga (uma das 100 piores espécies invasoras do
mundo, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza - IUCN).

Uso popular e medicinal


Os frutos são ricos em vitamina C, tem sabor amargo agradável, são
frequentemente consumidos frescos ou transformados em doces, geléias, sucos e
sorvetes. Na culinária, purês e pastas feitas a partir da fervura da fruta com açúcar e
água são utilizados em recheios de assados.
Frutas e folhas são usadas na medicina tradicional contra a hemorragia, diarréia e
cólicas.
As folhas contêm compostos ativos contra as estirpes resistentes aos antibióticos de
bactérias gram-positivas, que são importantes patógenos humanos. Contém
também flavonóides, saponinas, taninos e óleos essenciais, principalmente b-
cariofileno. Acredita-se que toda a planta seja fonte de antioxidantes.
Um trabalho realizado em 2010 analisou os teores totais de compostos fenólicos,
carotenóides, antocianinas e a atividade antioxidante em genótipos de araçá-
vermelho, araçá-amarelo e araçá-pera cultivados em Pelotas (RS, Brasil) com a
finalidade de incentivar a produção, a comercialização e o consumo dos mesmos.
Os autores concluiram que araçá-pera apresenta características funcionais
superiores ao araçá-amarelo e ao araçá-vermelho e o seu consumo pode ser
indicado como parte de uma dieta equilibrada para manutenção da saúde. O araçá-
vermelho pode ser destacado pela presença de antocianinas e teor mais elevado de
carotenóides.

06 Ora-pro-nóbis
Nome científico
Pereskia grandifolia Haw.

Nomes Populares
Cacto-rosa, jumbeba, rosa-madeira, rosa-mole, groselha-da-américa.

Origem
Nativa no Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil exceto Rio Grande do Sul, onde é
apenas cultivada. Ocorre na floresta Atlântica e Mesófila (ou floresta estacional
semidecídua, área de transição entre as florestas sempre-verdes do litoral e o
cerrado).

Descrição
P. grandifolia é um arbusto ou árvore, pode atingir de 2 a 5 m de altura. Possui
folhas simples, inteiras, ovaladas, glabras e levemente carnosas, com dois espinhos
junto ao caule. As flores estão dispostas em cimeiras terminais com coloração rosa.
Os frutos são do tipo bagas piriformes (em forma de pera), achatados ou angulosos,
que ficam verde amarelados quando maduros, liso (sem espinhos), com sementes
pretas.
Nota: não confundir esta espécie com outra também conhecida por "ora-pro-nóbis",
cujas flores são brancas: Pereskia aculeata.

Uso popular e medicinal


Dados etnobotânicos revelam que as folhas de P. grandifolia e P. aculeata, ambas
conhecidas como "ora-pro-nóbis", são empregadas topicamente como emoliente na
medicina popular em razão do seu conteúdo mucilaginoso. Indústrias
alimentícias a inclui em complementos alimentares, devido ao alto teor de
arabinogalactana.
Folhas de P. grandifolia são tradicionalmente usadas para o tratamento de câncer,
hipertensão arterial, diabetes, doenças associadas ao reumatismo, inflamação,
como remédio para o alívio de dores de estômago, úlceras e revitalização do corpo.
A composição química e a ação no organismo de P. grandifolia têm sido alvo de
estudos de vários pesquisadores. Três alcaloides, tiramina, saponinas, compostos
fenólicos, ß-sitosterol são reportados nesta planta. Foram isolados e identificados o
2,4-di-tert-butilfenol, a-tocoferol e ß-sitosterol do extrato de acetato de etila de P.
grandifolia, compostos relacionados a atividades antioxidantes.
Extratos metanólicos e hexânicos de P. grandifolia também são citados com
atividade antioxidante e com efeito citotóxico em linhagens celular KB, MCF-7
(células de câncer da mama humana ER-a positivas) e HeLa. Diferentes extratos de
P. grandifolia são reportados com atividade antimicrobiana.
HeLa é homenagem a Henrietta Lacks, mulher negra que viveu entre os anos 1920
e 1950 nos EUA. Dela foram extraídas células cancerosas que originaram a primeira
linhagem imortal de células humanas.
Do ponto de vista nutricional esta espécie desperta interesse da indústria
alimentícia, sobretudo pelo alto teor de proteínas e mucilagens. Na composição
química são encontrados: umidade (10%), proteína (32%), lipídios (12,57%), cinzas
(12,57%), fibra alimentar total (18,82%), fibra solúvel (2,2%), fibra insolúvel (16,6%),
carboidratos (29,8%).

Culinária
Patê verde. Selecione e lave 350 g de folhas, branqueie e pique. Em 2 colheres
(sopa) de azeite refogue sal, alho, orégano, pimenta e demais temperos a gosto
com cerca de 400 g de ricota. Adicione as folhas, mexa e deixe murchar bem.
Triture colocando água fervente apenas para o liquidificador funcionar. Consuma
quente ou frio. Guardado em geladeira tem grande durabilidade.
Flores salteadas. Colha as flores jovens bem abertas ou os botões bem
desenvolvidos, lave, retire apenas as pétalas (descarte a base para não ficar
babento) e salteie na manteiga ou azeite com alho, sal, manjericão e demais
temperos a gosto. As flores salteadas podem ser consumidas como verdura ou
agregadas a outros pratos (massa, arroz ou carne).
Bolinho. Pode os ramos terminais, com uma tesoura corte 400 g de folhas. Ferva,
escorra as folhas e corte-as em tirinhas finas. Em uma bacia misture bem 4 ovos, 1
colher (chá) de sal, tempero a gosto, 12 colheres (sopa) de farinha de trigo com
fermento. Adicione as folhas picadas. Frite em óleo quente, seque e sirva quente.

07 Uvaia

Nome científico
Eugenia pyriformis Cambess
Nomes populares
Eugenia uvalha, uvaia do Pêra, uvaia do mato.

Origem
Nativa da Mata Atlântica, Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul,
mas pode ser encontrava em vários Estados. O nome é indígena, "uvaia" vem do
Tupi e significa “fruta ácida”.

Descrição
Espécie arbórea, o florescimento ocorre entre agosto e setembro e os frutos
amadurecem entre outubro e novembro. O amadurecimento não é uniforme, é
comum encontrar flores, frutos verdes e maduros no mesmo ramo.
A uvaia tem a polpa muito delicada, com a casca bem fina, de um amarelo-ouro
ligeiramente aveludado. O aroma é suave e muito agradável.

Uso popular e medicinal


Algumas espécies de Myrtaceae são utilizadas como plantas medicinais no
Paraguai e Argentina, formando um complexo conhecido popularmente como
Ñangapary. Em outras espécies há pesquisas confirmando a presença de
substâncias reconhecidamente potenciais para o uso medicinal.
A infusão de folhas de Eugenia uniflora em água, por exemplo, pode servir
para controle da hipertensão, diminuição do colesterol e ácido úrico,
emagrecimento e também como adstringente e digestivo.
Em folhas e caules de E. moraviana Berg foi isolado o ácido 6ahidroxibetulínico (um
triterpeno), o ácido platânico, o ácido betulínico e o b-sitosterol, compostos que tem
atraído muita atenção pelo seu potencial de uso no tratamento de HIV, tumores
(câncer), malária e processos inflamatórios.
Nas folhas de E. uniflora e principalmente nas de E. pyriformis há flavonoides com
propriedades inibidoras da xantino-oxidase, atuando no tratamento da gota humana.

Culinária
Fruto de polpa firme meio fibrosa, muito suculenta, de cheiro e gosto fortes, lembra
vagamente uma pitanga no sabor. Dá para comer ao natural apesar de ser ácida. A
frutinha é bem alaranjada, clara e brilhante, do tamanho de um limão médio e de
semente única e pequena com polpa farta.
Nada tem a ver com a uva e nem é seu parente distante. É rica em vitamina C.
Enquanto a laranja tem em média 40,0 mg de vitamina C, a uvaia tem 200 mg. Tem
sabor ácido e doce, ideal para compotas, sorvetes e geleias. Pode ser consumida
como sucos e aperitivos e servir de base para molho, vinagre, vinho, licor, doce de
massa, pudim e mousse.

Outros usos
Essa espécie pode ser utilizada em programas de reflorestamento e em áreas
urbanas e seus frutos apresentam potencialidade de uso industrial. A plantação da
uvaia tem ajudado na recuperação de áreas da Mata Atlântica. Seus frutos são
muito consumidos pelos pássaros.

08 Picão

Nome científico
Bidens pilosa L.

Nomes Populares
Amor-seco, carrapicho, carrapicho-de-agulha, carrapicho-picão, coambi, cuambu,
erva-picão, fura-capa, goambu, picão, picão-amarelo, pico-pico, piolho-de-padre.

Origem
Picão-preto é nativo da América tropical, tornou-se uma das principais espécies de
planta daninha e de praga em todo o mundo.

Descrição
Espécie herbácea anual, desenvolve-se em todo o País instalando-se em áreas
ocupadas com espécies olerícolas (alho, alface, beterraba, cebola, cenoura,
tomate), lavouras de banana, mamão, manga, maracujá e pomares de goiaba,
laranja, maçã e pêssego. Forma compostos alelopáticos que inibem o
desenvolvimento da alface, nabo e repolho.
Hospedeira alternativa do Begomovirus do tomate, transmitido a determinadas
culturas pela mosca-branca, da Ralstonia solanacearum (que causa a murcha
bacteriana, doença das mais severas para as bananeiras), a cochonilha Orthezia
praelonga e o ácaro Brevipalpus phoenicis, que transmitem o vírus da leprose dos
citros.
Apresenta caule anguloso, verde, com manchas avermelhadas e pilosidade branca.
Folhas opostas com limbo dotado de 5 recortes profundos que atingem a nervura
central e com margem serreada, pecíolos verdes ou avermelhados, pilosos.
Inflorescência axilar e terminal do tipo capítulo longo-pedunculado.
Capítulos rodeados por um invólucro de brácteas foliáceas semelhante a um cálice
e um segundo invólucro de 5 a 6 brácteas não muito desenvolvidas, de coloração
amarela, semelhante a uma corola. Flores centrais tubulosas, de coloração amarela.
Fruto aquênio preto.
Propaga-se por meio de sementes. Fornece pólen para abelhas.

Uso popular e medicinal


Picão-preto é planta medicinal das mais conhecidas da América do Sul, amplamente
utilizada no tratamento de inúmeras doenças dentre as quais inflamação,
hipertensão, úlceras, diabetes e infecções de todos os tipos, que estão sendo
validadas pela moderna pesquisa científica.
A planta tem longo histórico de uso entre os povos indígenas da Amazônia.
Geralmente é arrancada e preparada em decocção ou infusão para uso interno, ou
esmagada para uso externo na forma de cataplasma.
Na Amazônia peruana picão-preto é usado contra febre aftosa, angina, diabetes,
distúrbios menstruais, hepatite, laringite, vermes intestinais e inflamações (internas
e externas). Na região de Piura (norte do país), a decocção das raízes é utilizada
para a hepatite alcoólica e vermes. Na tribo Cuna misturam as folhas esmagadas
com água para tratar dores de cabeça. Em Pucallpa a folha é enrolada e aplicada a
dor de dente; as folhas são também utilizadas para dor de cabeça.
Em outras partes da Amazônia a decocção da planta é misturada ao suco de limão
para tratar angina, hepatite, dor de garganta e retenção de água. Usam as folhas
secas ao sol com azeite para fazer cataplasma e aplicar em feridas e lacerações; e
a infusão de flores para tratar a dor de estômago devido a intoxicação alimentar.
Na fitoterapia peruana picão-preto é utilizado para reduzir a inflamação, aumentar a
micção e proteger o fígado. É comumente utilizada para a hepatite, conjuntivite,
abcessos, infecções fúngicas, infecções urinárias, como um auxiliar de perda de
peso e estimular o parto.
Na medicina herbal brasileira é usado para febres, malária, hepatite, diabetes, dor
de garganta, amigdalite, obstruções no fígado (e outras doenças do fígado),
infecções urinárias e corrimento vaginal. A infusão ou decocção de toda a planta em
gargarejos é indicado para amigdalite e faringite. Externamente é usado em feridas,
infecções fúngicas, úlceras, assaduras, picadas de insetos e hemorroidas.
Especialistas relatam o uso de picão-preto para normalizar os níveis de insulina e de
bilirrubina no pâncreas, fígado e sangue.
No México usam toda a planta ou a folha para tratar a diabetes, doenças do
estômago, hemorroidas, hepatite, problemas nervosos e febre. Indicam-na como
gargarejo para bolhas na boca e o suco da planta usam em cataplasma externo
para o rim e fígado.
Desde 1979 e 1980 cientistas têm demonstrado que as substâncias presentes na
erva são tóxicas para bactérias e fungos. Vários flavonoides de picão-preto foram
documentados com atividade antimalárica. Em 1991 cientistas suíços isolaram
vários fitoquímicos com propriedades antimicrobianas e anti-inflamatórias, o que os
levou a sugerir este vegetal na medicina tradicional para o tratamento de feridas,
contra inflamação e infecção bacteriana do trato gastrointestinal.
Os principais constituintes químicos de picão-preto são ácidos (beênico,
butanodióico ou succínico, cafeíco, cáprico, elaídico, láurico, linoleico, mirístico,
palmítico, palmitoleico, paracumárico, tânico e vanílico), esculetina, beta-sitosterol,
borneol, cadinol, cafeína, daucosterol, friedelano e friedelina (compostos
triterpenos), germacreno D, glucopiranósidos, inositol (uma vitamina do complexo
B), isoquercitrina, limoneno, lupeol (triterpenoide), luteolina (um dos principais
bioflavonoides), muurolol, okanin-glucósidos, fitol (pigmento presente na clorofila),
poliacetilenos (tridecapentaineno, fenilheptatrieno), precoceno (inseticida),
piranoses, quercetina (flavonoide antioxidante), sandaracopimaradiol, esqualeno,
estigmasteróis, tetrahidroxiauronas, tocopherol quinonas e tridecatetraendieno.

09 Taioba
Nome científico:
Xanthosoma taioba

Nomes Populares
Taioba-mansa, taiá, mangará, orelha-de-elefante, macabo.

Origem
Nativa da América Tropical. No Brasil é cultivada na Região Sudeste.

Descrição
Planta herbácea tuberosa perene. Produz um rizoma central grande e outros laterais
mais estreitos e alongados, com até 20 cm de comprimento. Conta com
pseudocaule formado pela bainha das folhas membranáceas, que são largas e
grandes, podendo atingir mais de 1 m de altura.
As folhas são a principal parte comestível, mas os rizomas também podem ser
consumidos se bem cozidos ou quando processados na forma de farinha. Nem
todas as espécies podem ser consumidas, por exemplo a taioba-brava (Colocasia
antiquorum) é tóxica, possui talo e folhas verde-arroxeadas enquanto a taioba
comestível apresenta folhas e talos verde-claros.

Uso popular e medicinal


Um levantamento etnobotânico com espécies identificadas como medicinais em
área urbana de Ouro Preto (Minas Gerais, Brasil) entre 1998 e 2000 destacou que a
folha da taioba, na forma de decocto, é usada como antianêmico e tônica [2].
Taioba é usada na alimentação humana e animal. Se comem os tubérculos (ou
cormos, que são ricos em amido), folhas e talos. Seu uso é semelhante ao taro [3].
Nas folhas são encontrados proteínas, lipídeos, carboidratos, cálcio, magnésio,
sódio, potássio, manganês, vitamina C e outros nutrientes.

Culinária
Taioba refogada: Ingredientes. 5 folhas de taioba, óleo, alho e sal a gosto.Modo de
preparo. Lave as folhas da taioba. Retire o pecíolo e a nervura principal das folhas e
corte-as em tiras finas. Aqueça o óleo e refogue a taioba até murchar totalmente,
deixando que se inicie um leve cozimento.
Outras receitas: suflê de taioba e queijo de cabra, gnocchi de batata e taioba com
manteiga e nozes; peixes grelhados com taioba, torta de taioba com amêndoas.

10 Inhame

Nome científico
Colocasia esculenta

Nomes Populares
Batata-dos-trópicos, orelha-de-elefante.

Origem
Acredita-se que seja originária do Sudeste da Ásia, incluindo Índia e Malásia.

Descrição
É uma espécie herbácea perene, úmida, vivaz, caracterizada pelo rizoma tuberoso
que forma um cormo de aspecto escamoso e de grossura variável de onde nascem
em roseta, na extremidade de longos pecíolos, folhas que podem atingir 70 cm de
comprimento por 60 cm de largura, de limbo cordiforme. Os pecíolos são grossos,
suculentos e muitas vezes arroxeados.
A inflorescência é uma espádice cilíndrica. Os frutos são pequenas bagas
uniloculares. Os cormos têm casca espessa e rugosa, de cor castanha a quase
negra, sendo rodeados por um espesso revestimento fibroso, facilmente removível
quando da colheita. O interior do cormo é farinhoso ganhando, quando cortado e
exporto ao ar, uma cor azulada. Após a cozedura a superfície exposta ao ar
enegrece rapidamente por oxidação. Quando cortado fresco exsuda uma seiva
viscosa e irritante para a pele e mucosas.
Existem mais de 200 cultivares de inhame selecionados pelos seus rizomas (*)
comestíveis ou pela folhagem ornamental. Esses cultivares se dividem em dois
principais grupos: inhame de lodo (charco, inundado), sendo este ingrediente de um
prato tradicional da Polinésia conhecido como "poi", um amido cozido pastoso feito
do rizoma-mãe; e inhame de sequeiro, conhecido por "eddo" ou "eddoe", espécie
com rizomas menores, são cozidos como batata ou preparados para compor outras
pratos.
(*) Nota: o termo correto segundo manuais de Botânica é "cormo". Bulbos, cormos,
tubérculos e rizomas são todos caules modificados e adaptados para acumular
nutrientes, existindo pequenas diferenças entre eles.
Uso popular e medicinal
Popularmente o inhame é reconhecido pela função limpadora do organismo, por
tonificar e limpar o sangue. Indicado para os casos de dengue, zica, chicungunya,
menopausa, anemia, para espessar cremes de frutas para crianças em substituição
às farinhas comerciais.
Considerado preventivo natural contra dengue, ingerindo-o 2 a 3 vezes por semana
em vez de batata. Em situações de epidemia, é suficiente comer um inhame por dia
em sopa, purê, ensopadinho, pastinha com alho ou quaisquer das receitas
encontradas nos sites especializados. Mesmo já estando com dengue, comer ou
tomar o elixir de inhame (encontrado em casas especializadas), costuma acelerar
muito a recuperação. Inhame também é importante depois da dengue, para eliminar
os resíduos do sangue que tornam mais dramática a recaída.
As folhas jovens são ricas em vitamina C e as raízes ricas em um amido composto
de amilase (28%) e amilopectina (72%). Taro contém tiamina (vitamina B1),
riboflavina (vitamina B2), niacina, ácido oxálico, oxalato de cálcio e uma sapotoxina.
Os tubérculos contêm aminoácidos e proteínas de alto peso molecular que inibem
as enzimas "amilase salivar" e "amilase pancreática"
Os rebentos contêm as antocianinas pelargonidina 3-glucosídeo, cianidín 3-
ramnosídeo e cianetação 3-glicosídeo. Amidas hidroxicinamoil foram obtidas das
inflorescências e dois novos dihidroxi-esterois foram isolados dos tubérculos.
Os rizomas são muito ricos em amido e fibra dietética. O alimento cru contém sódio,
carboidratos, fibra alimentar, açúcares, proteínas, vitaminas e minerais. Alguns
estudos preliminares sugerem a utilidade do "poi" no tratamento de alergias, atraso
de crescimento físico em crianças (veja quadro) e certas condições
gastrointestinais.
A fibra derivada de inhame pode absorver o agente mutagênico 1,8-dinitropireno
(um carcinógeno humano).
Atraso de crescimento é uma tradução do inglês failure-to-thrive (FTT), descreve
uma situação resultante do uso inadequado de calorias necessárias para demandas
metabólicas e de crescimento de uma criança, manifestando-se como crescimento
físico significativamente menor comparado a outras crianças de mesma idade.
Um estudo atesta pela primeira vez que um extrato cru de "poi" solúvel em água tem
atividade antimetastática potente num modelo murino (roedores) de câncer de
mama.
Em linhagens altamente metastáticas mostrou que o tratamento do extrato leva a
ablação quase que completa de metástases num modelo de colonização pulmonar.
Em um modelo clinicamente mais relevante, o tratamento do extrato foi iniciado
após o estabelecimento de tumores mamários em camundongos, observando-se
significativa inibição de metástases espontâneas em seus pulmões. Os autores
concluem que o extrato mostrou-se eficaz tanto no modelo preventivo quanto no
terapêutico.

Culinária
Existem várias receitas da planta crua (consome-se a folha), em saladas e
vitaminas. No vapor adquire sabor bem gostoso, também na forma de purê ou
molho parecido com maionese. Na frigideira fazem o inhame sauté ou como batata
frita. Outros pratos: pizza de frigideira, nhoque (feito como nhoque de batata),
bolinhos de inhame, forminhas de inhame, pizza de sardinha, bolo salgado, torta em
camadas, sopas de inhame com misso (tradicional alimento japonês), creme de
inhame com agrião, inhame doce, torta de inhame com abacaxi, bolo doce, biscoitos
e mousse de inhame com ameixa.

Outros usos
Devido a dimensão, cor e brilho das folhas é utilizada como planta ornamental de
interior.

11 Pinhão

Nome científico
Araucaria angustifolia

Nomes Populares
Pinheiro-do-paraná.

Origem
Regiões Sul e Sudeste do Brasil. Considerada a árvore-símbolo do Estado do
Paraná (Brasil).

Descrição
A árvore alcança até 50 m de altura, caracterizada pela copa umbeliforme (formato
de umbela, guarda-chuva) no alto do tronco. A espécie pertence ao grupo
Gimnosperma (do grego Gymnos "nu" e sperma "semente"), ou seja, as sementes
são nuas, não ficam encerradas nos frutos.
Gimnospermas possuem raiz, caule, folha e ramos reprodutivos chamados
estróbilos. Na araucária os estróbilos são bem desenvolvidos e conhecidos como
cones - o que lhes confere a classificação no grupo das coníferas.
A espécie é dióica (os sexos são separados), planta que possui estróbilos
masculinos não possuem estróbilos femininos e vice-versa. Plantas masculinas
formam estróbilos alongados (que protegem os grãos de pólen) e as femininas
formam estróbilos arredondados, lenhosos, que protegem os óvulos. Depois de
fecundados, os óvulos dão origem às sementes (ou pinhão), comestíveis, saborosas
e nutritivas, de forma oblonga, coloração marrom-castanho e casca lisa. As pinhas
maduras desfazem-se liberando as sementes que são coletadas no chão.
As folhas são pequenas, sésseis, lanceoladas, coriáceas e de cor verde-escura.
A frutificação ocorre no outono e inverno. Propaga-se por semente.

Uso popular e medicinal


Os pinhões são ricos em reservas energéticas (57% de amido) e aminoácidos.
Diferentes partes de A. angustifolia são usadas na medicina popular brasileira. As
folhas cozidas ou em infusão são usadas para tratar escrofulose (tumores que se
formam nos gânglios linfáticos, principalmente o pescoço), fadiga e anemia.
A infusão da casca mergulhada em álcool é empregada para tratar “cobreiro” (leia
mais adiante), reumatismo, varizes e distensões musculares. O xarope produzido a
partir da resina é usado para o tratamento de infecções do trato respiratório.
Um estudo demonstrou que o extrato hidroetanólico de folhas de A. angustifolia
assim como diferentes frações e subfrações exibiram atividade anti-herpes,
apoiando o uso desta espécie vegetal na medicina popular. Conhecida como
“cobreiro”, herpes (herpes-zóster) é identificada na maior parte das vezes pelas
vesículas que aparecem nos lábios.
Os efeitos químicos e biológicos de brácteas de A. angustifolia foram investigados
em estudo cujos resultados mostraram que o extrato alcoólico apresenta elevados
níveis de compostos fenólicos: 1586 ± 14,53 mg GAE / 100 g de brácteas (GAE:
Galic Acid Equivalent, Equivalente de Ácido Gálico). Esses dados estão de acordo
com os resultados encontrados para as sementes (pinhão) cozidas. Esse teor de
polifenóis é maior do que o encontrado em outros produtos fenólicos como o vinho
tinto (200,40 mg / 100 mL), ameixa fresca (366 mg / 100 g) e amora (486,53 mg /
100 g).
Os principais componentes do extrato são catequina (140,6 ± 2,86 mg / 100 g
brácteas), epicatequina (41,3 ± 2,73 mg / 100 g brácteas), quercetina (23,2 ± 0,06
mg / 100 g brácteas) e apigenina (0,6 ± 0,06 mg / 100 g brácteas).
Tais compostos são antioxidantes naturais, apresentam grande importância na
inibição de mecanismos oxidativos associado a doenças degenerativas e câncer. Os
autores destacam que o extrato tem efeito protetor contra os danos oxidativos de
lípidos, proteínas, DNA e células de fibroblastos de pulmão humano.

Culinária
O pinhão é tradicional na culinária do Sudeste e Sul do Brasil. Nas festas juninas
costuma-se cozinhar e comer acompanhado de quentão. Muitas receitas de creme,
sopa, bolinho, croquete, ensopado, risoto, bom-bocado, pudim, torta, etc., incluem o
pinhão como ingrediente.

Outros usos
A madeira foi muito explorada (a espécie está ameaçada de extinção) para diversos
fins: caixotaria, movelaria, laminados, tábuas para forro, ripas, caibros, lápis,
carpintaria, palitos de fósforos, formas para concreto, marcenaria, compensados,
pranchas, postes, adornos, esculturas, utensílios domésticos, artigos de esporte,
instrumentos musicais, mastros de navio, etc..
Indicada para recuperação de área degradada. Os pinhões constituem alimento
para a fauna silvestre.

12 Jaracatiá
Nome Científico
Jacaratia spinosa

Nomes Populares
Mamoeiro-bravo, Mamoeiro-do-mato, Mamãozinho, Mamuí.

Origem
Originária da Mata Atlântica, a distribuição do jaracatiá abrange os estados desde
Minas Gerais ao Rio Grande do Sul.

Descrição
O jaracatiazeiro é uma árvore nativa das matas da região Centro-Sul e Norte do
Brasil e não é cultivada comercialmente.
O jaracatiá ocorre também no Paraguai, Bolivia, Peru, Equador, Panamá,
Nicarágua, Guiana, Guiana Francesa e Suriname.
Pode atingir 20 metros de altura e o seu tronco não é lenhoso, à semelhança dos
mamoeiros comerciais. As folhas são divididas em 8 lóbulos, verdes, brilhantes,
bordas lisas e os seus pecíolos são longos. As flores femininas e masculinas são
formadas separadamente nas inflorescências e emitidas nas axilas foliares com os
ramos.
Detalhe da folha.
Seus frutos são ovalados ou piriformes, lactescentes e, ao amadurecerem, tornam-
se amarelos a alaranjados. São semelhantes em forma e cor ao mamão papaya,
mas seu sabor é algo entre o maracujá e a manga. O tronco e as frutas contêm um
leite como o mamão. Tal leite é presente mesmo nos frutos maduros e pode
queimar a língua e lábios de pessoas mais sensíveis, quando consumidos in natura.
A propagação pode ser feita por sementes e por enraizamento de estacas dos
ramos. A frutificação ocorre após 2 a 5 anos após plantio.

Uso
Os frutos bem maduros são comestíveis ao natural e os frutos verdes e o tronco
podem ser usados no preparo de doces. A extração total ou parcial do tronco do
jaracatiá para o preparo de doce contribuiu para o quase desaparecimento dessa
espécie no interior do Brasil. Por isso atualmente poucas pessoas conhecem a
árvore e seus frutos.

13 Aroeira
Nome científico
Schinus molle L.

Nomes Populares
Aroeira-salsa, aroeira-periquita, anacauita, molho, pimenteira-bastarda (Portugal),
pimenta-rosa

Origem
S. molle é nativa da zona árida do norte da América do Sul e desertos andinos do
Peru. Estendeu-se para Argentina e Chile. Atualmente está naturalizada ao redor do
mundo onde é cultivada como planta ornamental e para produção de especiaria.

Descrição
Planta arbustiva com folhas pontiagudas estreitas, cresce de 4 a 10 m de altura,
com um tronco de 25 a 35 cm de diâmetro. Produz em abundância pequenas flores
amareladas formadas em panículas que suportam um grande número de frutos
vermelhos de tipo baga. Floresce entre os meses de agosto e novembro e a
maturação dos frutos ocorre entre dezembro e janeiro, permanecendo na árvore até
março.
É espécie autóctone da América Central e América do Sul. Também é encontrada
em regiões subtropicais e tropicais dos EUA e África.
Na região Norte e América do Sul três espécies distintas - S. molle, S. aroeira e S.
terebinthifolius - são indistintamente chamadas de "peppertree" (árvore-pimenteira).
S. terebinthifolius é a conhecida aroeira-da-praia, planta da Farmacopeia Brasileira.

Uso popular e medicinal


As bagas secas e torradas são usadas como substituto da pimenta, mas
recomenda-se muita cautela pois a semente contém substâncias alergênicas que
podem irritar a membrana mucosa.
Um óleo essencial destilado a partir da fruta é usado como um tempero em assados
e doces. Os frutos são pulverizados e utilizado em uma bebida gelada não-alcoólica
chamada "horchata" ou "orchata" na América do Sul. Um vinho é feito de galhos e
outro das bagas.
Costuma-se mascar a goma que exsuda da casca. Sabe-se que essa goma tem
sido utilizada para o tratamento de distúrbios digestivos e como um purgante
conhecido como 'American Mastic'.
Outras propriedades atribuidas a aroeira são: antiemético (evita enjôos e náuseas),
antirreumático e aperiente (estimula o apetite) e cicatrizante.
Todas as partes da árvore têm alto conteúdo de óleo e óleos essenciais que
produzem um aroma picante. Suas folhas, cascas, frutos, sementes, resinas e
oleorresinas (ou bálsamo) foram utilizadas medicinalmente pelos povos indígenas
nas regiões tropicais. A planta aparece em artefatos religiosos de antigos índios
chilenos.

Componentes

Planta toda: ácido 3-epimasticadienolálico, beta-espatuleno, ácido


isomasticadienonálico, ácido isomasticadienônico.
Fruto: alfa-pineno, cinza, beta-felandreno, beta-pineno, canfeno, carvacrol,
cariofileno, d-limoneno, óleo essencial, etil-fenol, gordura, fibra, glucose, l-
felandreno, mirceno, piperira, perilaldeido, proteina, sobrerol, silvestrine (?).
Folha: beta-sitosterol, óleo essencial, kaempferol, leucodefinidina, miricetina,
quercetina.
Flor: óleo essencial
Casca: fisetina, ácido gálico, ácido protocatequínico, tanino.

Outros usos
A madeira é dura, pouco elástica, com alburno escuro, de excelente durabilidade.
Útil na confecção de mourões, esteios, trabalhos de torno, obras hidráulicas e na
construção civil. A casca pode servir para curtir couro e o córtex para produzir
resina.
Por ser árvore ornamental e de pequeno porte, é amplamente empregada no
paisagismo em geral.

14 Dente-de-leão

Nome científico
Taraxacum campylodes

Nomes Populares
Alface-de-cão, amargosa, amor-dos-homens, chicória-louca, coroa-de-monge,
dente-de-leão-dos-jardins, radite-bravo, relógio-dos-estudantes,salada-de-toupeira,
soprão.

Origem
Planta originária das regiões temperadas dos dois hemisférios. Sua utilização é
relatada nos achados arqueológicos da era do imperador Amarelo na China de 2704
- 2100 a.C, pelos escritos preservados em cascos de tartaruga, juntamente com
descrições sobre a acupuntura e outras bases que fazem parte até hoje da Medicina
Tradicional Chinesa.

Descrição
Erva vivaz de até 50 cm de altura. Raiz pivotada, folhas radicais dispostas em
roseta, lanceoladas. Algumas são inteiras, outras onduladas, a maioria apresenta
recorte mais ou menos profundos e irregulares, formando lobos desiguais,
triangulares, terminados por uma ponta aguda.O limbo das folhas é sustentado por
um pecíolo curto, abarcante, frequentemente avermelhado. Do ápice do caule
subterrâneo partem hastes florais eretas, curvas, mais compridas que as folhas,
fistulosas, terminadas por inflorescência amarela.
Cada capítulo floral compõe-se unicamente de flores liguladas, de maneira que
parecem dobradas, como acontece com os cravos. Os frutos são aquênios.
Terminam em apêndices compridos e coroados de topetes de cerdas finíssimas,
estendidas por todos os lados, dando ao conjunto um aspecto de paraquedas. Os
frutos se deslocam com leve toque da brisa ou assopro, voando para longe. Folhas,
hastes e flores, sofrendo a mínima lesão, emitem um látex.

Uso popular e medicinal

A infusão ou decocção das raízes secas, folhas ou a planta toda são amplamente
utilizadas como um tônico geral, anti-inflamatório, depurativo, colagogo, diurético,
laxante suave e para distúrbios renais e hepáticos.
As infusões são também recomendadas para o tratamento de problemas de pele
tais como acne, eczema, além de queixas artríticas e reumáticas.
Externamente o látex é aplicado a furúnculos e outras infecções de pele ou como
uma cataplasma em feridas inflamadas.
Na Indochina é usada como diurética e colagoga. Na Índia, as raízes são aplicadas
como um tônico, diurético, laxante suave e principalmente em distúrbios renais e
hepáticos. Na China as folhas são prescritas internamente como um depurativo
amargo no tratamento de tumores da mama e do pulmão, mastite, abcessos,
icterícia e infecções do trato urinário. E externamente para tratar picadas de cobra.
Na Europa e na América do Norte as folhas e raízes, frescas ou secas, servem
como um laxante suave e como diurético para o tratamento de pressão arterial
elevada, reduzindo o volume de fluido no corpo. As raízes aceleram a eliminação de
toxinas, trabalhando principalmente no fígado e vesícula biliar, ajudando a remover
os resíduos e simultaneamente estimulando os rins a remover as toxinas na urina.
As folhas ou raízes também podem ajudar a prevenir ou mesmo dissolver cálculos
biliares. Uma decocção das raízes é utilizada como antidiabético. As folhas também
são consumidas como um vegetal. Quando cultivadas sem luz (artificial ou quando
coberto com terra) as folhas pálidas são mais frágeis e têm melhor sabor. Quando
jovens e fechadas as cabeças da flor podem ser usadas como alcaparras.
No Norte de África as folhas são usadas como tempero. As folhas amargas também
são aplicadas em vinhos, cervejas e bebidas não-alcoólicas. As raízes do solo são
usados como um substituto para o café.
Na primavera as flores contêm muito néctar e são localmente importante para a
produção de mel.
Na Farmacopeia Brasileira dente-de-leão é registrada como antidispéptico,
aperiente e diurético.

Princípios ativos e composição química


Além dos já citados são encontrados aminoácidos, apigenina, carboidratos,
carotenoides, cobalto, cobre, colina, compostos nitrogenados, estigmasterol, ferro,
flavonoides, fósforo, frutose, glicosídeo (taraxacosídeo), inulina, lactucopicrina,
látex, levulina, luteolina, magnésio, matéria graxa, mucilagem, níquel, óleo
essencial, pectina, potássio, pro-vitamina A, resina, sais de cálcio, saponinas,
silicatos, sitosterol, soda, sódio, estigmasterol, taninos, taraxina, taraxacosideos,
taraxasterol, taraxerol, vitaminas (A, B1, C, PP, D), xantofilas.
Outras propriedades terapêuticas
São citadas também as seguintes propriedades: antirreumática, antiúrica,
antivirótica, aperiente, bactericida, carminativa, colagoga, colerética, depurativa,
desobstruente das vísceras abdominais, diurética, digestiva, estimulante,
expectorante, febrífuga, fortificante dos nervos, galactagoga, hepática,
hipocolesterolêmica, hipoglicêmica, laxante suave, nutritiva, sudorífera, tônica.

Outras indicações terapêuticas


Baixa produção de leite por lactantes, cálculos biliares, cárie dentária, celulite,
cirrose, cistite, colecistite (inflamação da vesícula biliar), constipações, depurativo
para todo o organismo, dermatoses, desordens hepatobiliares, desordens
reumáticas, diabetes, diluir gorduras do organismo, distúrbios menstruais;
dermatoses, doenças ósseas, eczemas, edemas; escarros hemópticos, espasmos
das vias biliares, esplenite (inflamação do baço); excesso de colesterol, falta de
apetite, fígado, fraqueza; gota, hemorroidas, hepatite; hidropisia; hiperacidez do
organismo, hipoacidez gástrica, icterícia, impurezas no sangue, insuficiência
hepática; litíase biliar, nevralgia, nefrite, obesidade, obstipação, oligúria, palidez;
paludismo, piorreia (derramamento de pus), prevenção de derrames, prisão de
ventre, problema hepáticos, problemas digestivos, radicais livres, renovar e
fortalecer o sangue, reumatismo; rugas, sardas, tonificar o sistema sexual, varizes,
verrugas, vesícula.
Utilizada também na prevenção da gota, artritismo, cálculos renais, cárie dentária,
doenças das gengivas e reumatismo
Antidispéptico, aperiente e diurético. Componentes: a planta inteira seca (3 a 4 g);
água q.s.p. (150 mL). Preparar por infusão considerando a proporção indicada. Uso
interno: acima de 12 anos, tomar 150 mL do infuso, logo após o preparo, 3 vezes ao
dia. Advertência: contraindicado para pessoas com gastrite, úlcera gastroduodenal,
cálculos biliares, obstrução dos ductos biliares e do trato intestinal. O uso pode
provocar hipotensão arterial.
Para estimular a digestão. Servir raízes e folhas novas em forma de salada.
Depurativa/anemia. O suco leitoso, que se espreme das folhas e das raízes, é
empregado nas curas depurativas. Anemias, enfermidades do fígado e bexiga:
tomar de 2 a 3 colheres (café) diárias, durante 3-4 semanas de acordo com o grau
de comprometimento do órgão. Suco: bater no liquidificador 4 folhas, 1 copo d´água
e gotas de limão.
Tônico/normalizador da alcalinidade. Prepara-se o suco, obtido tanto das folhas
como das raízes e combinado com suco de cenoura e de folhas de nabo, ajudando
ainda a combater doenças da coluna vertebral e ossos, tornando os dentes firmes e
fortes, ajudando a prevenir a piorreia e a cárie dentária.
Desintoxicar o fígado/depurativo. Deixar macerando durante toda a noite 1 colher
(chá) das raízes em 1 xícara (chá) de água. No dia seguinte, ferver rapidamente,
coar. Tomar metade ½ h antes do café da manhã e outra metade após o café da
manhã.
Tônico e depurativo. Infusão 10 g de folhas por litro de água, 3 xícaras (chá) por dia,
sendo preparadas apenas imediatamente para consumo.
Vitiligo. Sumo das folhas, uso externo.
Desintoxicante hepático e depurativo. Deixar macerar por 1 dia 1 colher (chá) de
raízes secas em 1 xícara (chá) de água. Tomar ½ xícara antes das refeições.
Decocto: 2 a 3 colheres (chá) das raízes secas em 250 mL de água. Ferver 10 a 15
minutos. Tomar 3 vezes ao dia.
Aperiente. 1 colher (chá) de raízes secas em ½ copo de vinho tinto seco. Deixar
macerar por 10 dias. Tomar 1 cálice antes das refeições. Raiz pulverizada: 1 g por
dose, 4 g por dia. Extrato fluido: 30 gotas, 3 a 4 vezes ao dia.
Diurética. 2 colheres (sopa) de raízes e folhas picadas, em 1 litro de água. Ferver
por 3 minutos, tampar até esfriar. Coar, tomar durante o dia, dividido em várias
doses
Tintura-mãe. 50 gotas, 3 vezes ao dia. Obs: tintura-mãe significa que a
concentração do extrato da planta é de 300 g de erva fresca para 250 ml de álcool
de cereal e 50 ml de água desmineralizada, segundo a metodologia aplicada na
MTC (Medicina Tradicional Chinesa).
Tintura (1:5). 5 a 10 ml em 25% etanol, 3 vezes ao dia. Obs: tintura com diluição 1:5
significa que em uma solução existem apenas 20% de tintura-mãe. Essa diluição é o
que geralmente se encontra em farmácia de manipulação e fitoterápicos.

Culinária
As folhas tenras e as raízes muito suculentas dão uma salada excelente, de sabor
amargo, que exerce sobre todo o organismo uma ação profundamente depurativa,
melhorando e regenerando o sangue. Especialmente indicada nas anemias, é
recomendada às pessoas de "sangue pobre".
As folhas, preparadas como se prepara o espinafre (ter o cuidado de cortar antes as
pontas duras) constituem uma boa verdura, reputada por sua ação emoliente.
Flores: fritas ou em saladas, maioneses e geleias.
Sementes: torradas e moídas, podem ser usadas como "café de chicória".
Rizomas: comidas cruas ou cozidas, cortadas em fatias.

15 Azedinha
Nome científico:
Oxalis acetosella

Nome popular
Oxálida-azeda

Uso popular e medicinal


Por suas propriedades febrífuga, diurética e refrescante é muito apreciada por todos
aqueles que se voltam para a natureza para curar e prevenir os seus males. O seu
sabor ácido é muito agradável.
Quem quiser uma cura branda, mas contínua, contra as inflamações intestinais e da
bexiga pode misturar algumas folhas frescas à salada. Ricas em vitamina C, as
folhas são também um remédio eficaz contra a constipação.
Para uso externo, ela possui um efeito adstringente em feridas, ajudando com isso a
uma cicatrização mais rápida. Compressas de folhas esmagadas servem para
reduzir os inchaços. Antigamente as folhas frescas eram mastigadas para curar
casos de gengivite.
As partes usadas são as folhas frescas. Folhas secas perdem quase todas as
propriedades terapêuticas.
Abscessos frios (cataplasma): misturar um punhado de folhas frescas, cozidas e
mornas, com uma colher de azeite puríssimo, aplicando sobre o abscessos com um
pedaço de gaze.
Diurético (decocção): ferver por 5 minutos, 50 g de folhas em um litro de água.
Consumir o líquido frio, em calicezinhos durante o dia. Para obter um medicamento
mais suave preparar por infusão com as mesmas doses da decocção,
Febre (decocção): ferver em um litro de água 60 g de folhas. Adoçar um pouco e
beber em calicezinhos durante o dia.
Intestino (inflamação, decocção): colocar em uma panelinha 25 g de azeite com 50
g de folhas frescas de azedinha, 15 g de folhas frescas de cerefólio, 15 g de folhas
de alface e 15 g de folhas de beterraba. Ferver tudo até que as folhas estejam
cozidas. Passar o líquido por um pedaço de tela, apertando bem para extrair todo o
líquido. Beber uma colher de hora em hora até a inflamação desaparecer.

Culinária
Um punhado de folhas frescas picadas pode ser adicionado às saladas, conferindo-
lhes um agradável e estimulante sabor ácido. Pode também ser utilizado para
enriquecer o sabor de sopas de legumes e molhos.

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