Você está na página 1de 23

SABERES

ANCESTRAIS:
A CURA ATRAVÉS DAS
PLANTAS
SUMÁRIO

Introdução --------------------------------- Pág. 2


Orientações para as formas de uso ----- Pág. 3
Agrião ---------------------------------------- Pág. 7
Alecrim -------------------------------------- Pág. 8
Amendoeira --------------------------------- Pág. 9
Aroeira --------------------------------------- Pág. 10
Bananeira ------------------------------------ Pág. 11
Boldo ----------------------------------------- Pág. 12
Coentro -------------------------------------- Pág. 14
Costela-de-adão ---------------------------- Pág. 15
Erva-cidreira -------------------------------- Pág. 17
Erva-doce ------------------------------------ Pág. 18
Espada-de-são-Jorge ----------------------- Pág. 19
Goiabeira ------------------------------------- Pág. 20
Insulina Vegetal ----------------------------- Pág. 21
Mamoeiro ------------------------------------- Pág. 22
INTRODUÇÃO:
CONTRIBUIÇÕES DOS POVOS ORIGINÁRIOS

Os indígenas tiveram um papel importante na história


científica do Brasil, trazendo diferentes conhecimentos sobre
a natureza, técnicas culturais diversas e relações com vários
entendimentos ao longo do tempo. Essas sabedorias são
transmitidas oralmente de geração em geração, revelando as
interações entre seres vivos e o ambiente.

O conhecimento indígena é único para cada etnia, expresso


por meio de mitos, costumes e outras formas ligadas à cultura,
espiritualidade e conexão com a natureza.

O uso de ervas e plantas como meio medicinal possui origem


nas práticas indígenas, onde buscavam soluções para doenças
na natureza. Esse uso não apenas cura fisicamente, mas
também tem um significado religioso e espiritual, podendo ser
aplicado em rituais e cerimônias sagradas.

Ao reconhecer a relação dos povos indígenas com a natureza e


o seu profundo entendimento sobre a flora, podemos
aprender a escolher e usar os recursos naturais para proteger
e recuperar nossa saúde. Assim, através deste livro, iremos
apresentar plantas que encontramos com facilidade em nosso
cotidiano e o seu possível uso medicinal. Esta pesquisa foi
realizada por meio de consulta a livros, internet e saberes
populares.

PÁGINA 2
ORIENTÇÕES PARA AS
FORMAS DE PREPARO

CHÁ
Infusão
Esse tipo de preparo consiste em utilizar as partes mais frágeis
das plantas, ou seja, folhas, flores e frutos triturados. Alguns
exemplos de plantas para esse preparo são a camomila, cidreira
e a hortelã.

Para fazer o preparo de uma infusão, é necessário colocar a água


fervida em um copo junto com os ingredientes. O ponto principal
do processo é tampar o recipiente para que ocorra a liberação
dos compostos voláteis na água.

Essa é a maneira mais tradicional, já que é possível encontrar os


saquinhos de infusão já preparados para praticar essa técnica.

Decocção

A decocção usa as partes mais duras das plantas, como caules,


cascas, sementes e raízes. Como são fragmentos mais
resistentes, o preparo consiste em colocar a planta para ferver
junto com a água, sempre utilizando uma tampa. Depois de
fervida, basta coar a água.

Para esse método, são recomendadas as cascas de frutas, como


de maçã, canela em pau e cravo. As ervas já desidratadas
também são ótimas opções para a decocção.

PÁGINA 3
CATAPLASMA
É o processo no qual se aplica um preparado quente ou frio de
plantas medicinais, geralmente com a finalidade de se reduzir
uma inflamação e/ou dor local. Sua aplicação pode ocorrer das
seguintes formas:

Plantas frescas ao natural podem ser aplicadas diretamente


sobre as partes doloridas ou inflamadas.

Plantas secas em trouxinhas de pano, frias ou quentes,


conforme o caso. Usa-se para cãibras, neuralgias, dor de
ouvido etc.

Em forma de pasta: socar as plantas frescas formando uma


massa que se coloca diretamente sobre o local dolorido, ou
embrulhado em pano. Quando não se tem plantas frescas,
podem-se usar as secas. Nesse caso, prepara-se uma
decocção ou infusão, acrescenta-se farinha enquanto quente
até formar uma pasta e coloca-se num pano limpo e aplica-se
sobre a região afetada.

COMPRESSA
É uma forma de tratamento que consiste em colocar, sobre o
lugar lesionado, um pano ou gaze limpo e umedecido com um
infuso ou decocto frio ou aquecido, dependendo da indicação
de uso.

PÁGINA 4
BANHOS
São preparações com plantas medicinais, utilizadas
especialmente para uso externo. A preparação deve ocorrer da
seguinte forma:

Preparar o chá, por decocção ou infusão das plantas.

Deixar a infusão ou decocção em repouso por 20 a 40


minutos.

Filtrar e utilizar em quantidade suficiente para cobrir a parte


afetada.

Os banhos devem durar cerca de 20 minutos.

XAROPE CASEIRO
Feito com ervas comuns e fáceis de serem encontradas em
qualquer mercado local, o xarope caseiro tem a função de limpar
o muco acumulado no sistema respiratório.

O xarope pode ser preparado por dissolução, a calor brando


(60°C a 80°C), preferencialmente em banho-maria, de 2 partes
de açúcar cristal para 1 parte do infuso ou do decocto, conforme
cada caso, aquecendo-se a mistura até desmanchar o açúcar,
deixar esfriar e filtrar.

O xarope deve ser conservado em frasco limpo e bem fechado,


protegido da luz, em geladeira ou em local fresco. Esta
preparação não pode ser usada por longo período e deve-se
verificar, frequentemente, se o xarope não fermentou (azedou).

PÁGINA 5
BOCHECO
É a agitação de infuso, decocto ou macerado na boca fazendo
movimentos da bochecha, não devendo ser engolido o líquido
ao final.

GARGAREJO

É a agitação de infuso, decocto ou macerado na garganta pelo


ar que se expele da laringe, não devendo ser engolido o líquido
ao final.

PÁGINA 6
AGRIÃO
Nasturtium officinale

O agrião é uma hortaliça folhosa, com dois tipos existentes: o agrião


d'água e o agrião da terra. Ele cresce abundantemente nas margens
dos rios e córregos. Geralmente é cultivado no outono ou inverno,
preferindo temperaturas mais baixas. Pode ser colhido pelo menos
quatro vezes após o plantio, cortando os talos sem arrancar a raiz.
Seu consumo pode variar como suco, cru, salada, patê ou pasta.

Origem: Europa e Ásia Central.

Benefícios

Previne diabetes;
Fortalece os ossos;
Mantém saúde dos olhos;
Previne envelhecimento precoce;
Fortalece o sistema imunológico;
Previne doenças cardiovasculares;
Combate a prisão de ventre.

Efeitos adversos: Se consumido em doses elevadas ou por uso


prolongado, pode produzir irritação das mucosas gástrica e urinária.
A aplicação por via externa da planta em estado fresco pode levar a
dermatite de contato em pessoas sensíveis, e o consumo excessivo
de agrião pode aumentar o risco de aborto e, por isso, mulheres
grávidas não devem consumir essa verdura na forma de chás ou
xaropes.

Modo de uso: Xarope e chá, seguindo as orientações para as formas


de preparo.

PÁGINA 7
ALECRIM
Rosmarinus officinalis

O alecrim é uma fonte rica em cálcio, potássio e magnésio,


nutrientes fundamentais para a saúde de qualquer indivíduo. Além
disso, apresenta propriedades notáveis, como ação antimicrobiana,
digestiva, diurética, calmante, antiestressante e antidepressiva. A
erva é também enriquecida com componentes flavonóides e ácido
caféico. Suas partes usadas são as flores e as folhas.

Origem: Costa do Mar Mediterrâneo.

Benefícios

Melhorar o sistema nervoso;


Melhorar a digestão;
Proteger o fígado;
Atuar como antioxidante;
Aliviar o estresse e a ansiedade;
Auxilia no tratamento da candidíase.

Efeitos adversos: Não é indicado durante a gravidez e nem para


epiléticos; em caso de overdose pode causar gastroenterites e/ou
nefrites. Pode causar espasmos, irritação e sono profundo caso
usado de maneira indevida em grandes quantidades.

Modo de uso: Chá, óleo essencial e banho de assento (para


candidíase), seguindo as orientações para as formas de uso.

PÁGINA 8
AMENDOEIRA
Terminalia catappa

A amendoeira é uma árvore grande que pode alcançar até 35 metros


de altura, e sua presença é característica de regiões tropicais. No
Brasil, é amplamente encontrada, sobretudo na Região Sudeste,
devido à sua preferência por climas quentes para um
desenvolvimento ideal. Seu fruto, comestível e levemente amargo,
é acompanhado por uma madeira vermelha sólida, conhecida por
sua resistência à água, e é utilizada na Polinésia para a construção
de canoas. Devido à rica composição de ingredientes ativos, as
folhas, e até mesmo a casca, são empregadas em várias práticas de
medicina tradicional para diversos propósitos. Em Taiwan, por
exemplo, as folhas retiradas dessa árvore são utilizadas como erva
no tratamento de doenças hepáticas.
A amêndoa, fruto da amendoeira, é uma boa opção para cuidar da
saúde do coração, por ser rica em gorduras boas. Além disso, pode
ser interessante para a prevenção das rugas e para a saúde da pele,
já que conta com vitamina E.

Origem: Ásia Menor e Nordeste de África.

Benefícios:

Trata e previne a osteoporose;


Ajuda no ganho de massa muscular;
Ajuda no controle e prevenção de diabetes;
Combate a prisão de ventre.

Modo de uso: a amêndoa pode ser consumida ao natural, sendo


aconselhado priorizar a versão com pele, pois contém mais
antioxidantes. Essa oleaginosa pode ser consumida pura ou pode
ser adicionada no iogurte, salada, arroz ou salada de frutas.

PÁGINA 9
AROEIRA
Schinus terebinthifolia

A aroeira é uma árvore de porte pequeno a médio, geralmente


atingindo alturas entre 5 e 10 metros, com um diâmetro de tronco
entre 30 e 60 centímetros. Seu tronco pode ser reto ou levemente
tortuoso. A casca externa exibe uma coloração marrom-
acinzentada, é rugosa, com espessura de até 15 mm e descama em
placas irregulares. A casca interna é avermelhada, apresentando
uma textura fibrosa. Suas folhas são perenes, compostas e
imparipinadas, medindo entre 8 e 12 centímetros de comprimento,
sendo distintamente aromáticas.

Origem: América do Sul.

Benefícios

Auxilia no controle e redução da febre;


Contribui para a redução dos níveis de colesterol;
Auxilia no alívio da azia;
Acelera o processo de cicatrização de feridas;
Previne e combate infecções no trato urinário;
Alivia dores.

Modo de uso: chá, compressas para reumatismo e artrite e banho


para combater infecções urinárias, seguindo as orientações para as
formas de uso.

PÁGINA 10
BANANEIRA
Musa

A bananeira pertence à família das Musáceas e é cultivada em todos


os estados brasileiros, desde a faixa litorânea até os planaltos do
interior. A maioria das variedades de banana originou-se no
continente asiático, evoluindo das espécies selvagens Musa
acuminata Colla e M. balbisiana Colla. Ela é um vegetal herbáceo
completo, pois apresenta caule, raízes, flores, frutos e sementes. A
bananeira, como todas as plantas, têm um ciclo de vida definido
que se inicia com a formação do rebento e seu aparecimento ao
nível do solo. Com seu crescimento há a formação da planta, que irá
produzir um cacho cujos frutos se desenvolvem, amadurecem e
caem, verificando-se em seguida a seca de todas as suas folhas,
quando se diz que a planta morreu.

Origem: Ásia.

Partes utilizadas: fruto, flores e seiva do pseudo-caule.

Uso popular: O fruto é apreciado como alimento nutritivo,


fortificante geral, tônico muscular e capilar, além de ser utilizado
como laxante, coadjuvante em casos de anemia, emoliente,
maturativo e antidiarreico. As flores são consideradas úteis no
tratamento de afecções intestinais e peitorais.

PÁGINA 11
BOLDO
Plectranthus barbatus

O boldo é uma planta que possui propriedades digestivas e


hepáticas, diuréticas, anti-inflamatórias e antioxidantes, que podem
contribuir para o tratamento e prevenção de condições como
gastrite, aterosclerose e câncer. As duas espécies de boldo mais
comuns são o boldo do Chile, conhecido como boldo verdadeiro
(Peumus boldus Molina), disponível em lojas de produtos naturais na
forma de folhas secas, sachês para chás ou cápsulas; e o boldo
brasileiro, boldo africano ou falso boldo (Plectranthus barbatus),
cultivado e encontrado em jardins no Brasil.

Apesar de seus diversos benefícios para a saúde, é importante


ressaltar que o boldo pode causar efeitos colaterais, especialmente
quando consumido em excesso ou por períodos superiores a 30 dias.

Benefícios

Estimular o funcionamento do fígado;


Auxiliar no tratamento de problemas da vesícula;
Melhorar a digestão;
Auxiliar no tratamento da gastrite ;
Aliviar os sintomas da intolerância alimentar;
Melhorar o funcionamento do intestino;
Eliminar fungos e bactérias;
Possui ação antioxidante;
Melhorar a ressaca ;
Efeito calmante.

PÁGINA 12
Tipos de boldo e suas diferenças

Boldo do Chile

As folhas de boldo do Chile têm as bordas lisas, são mais alongadas,


ásperas e arredondadas. Este tipo de boldo pode ser adquirido em
supermercados, farmácias ou lojas de produtos naturais, uma vez
que não é cultivado no Brasil.

Boldo Brasileiro

O boldo brasileiro tem as folhas mais largas e arredondadas,


apresentando uma textura aveludada e bordas serradas. Este tipo
de boldo não é amplamente comercializado, sendo vendido com
mais frequência na forma de planta para cultivo. Além disso, pode
ser encontrado em florestas, canteiros ou nos jardins residenciais.

Modo de uso: chá, seguindo as orientações para as formas de uso.

PÁGINA 13
COENTRO
Coriandrum sativum

O coentro é um aliado valioso para o sistema digestivo. Esta planta


contém poderosos antioxidantes e propriedades antibacterianas
que, quando consumidas, estimulam a produção de enzimas
digestivas no corpo. Além disso, é uma fonte rica em vitaminas A, C e
K, e fornece uma excelente quantidade de fibras. Dessa forma,
incorporar o coentro em suas refeições diárias pode favorecer o
funcionamento eficiente do seu estômago, fígado e intestinos.
O coentro é particularmente destacado por seu teor elevado de
ferro. Em cada 100 gramas, fornece 91% da dose diária
recomendada de ferro. Além disso, é uma fonte significativa de
magnésio e cálcio, tornando-se uma opção benéfica para fortalecer
o corpo, especialmente se estiver com anemia ou deficiência desses
minerais.

Origem: Oriente Médio e do sul da Europa

Benefícios

Mantém a saúde da pele;


Diminuir o colesterol e triglicerídeos;
Melhora a digestão;
Controlar a pressão alta;
Prevenir a diabetes;
Ajudar a desintoxicar o fígado;.
Equilibrar o intestino.

Modo de uso: chá e consumo do coentro fresco e higienizado.

PÁGINA 14
COSTELA-DE-ADÃO
Monstera deliciosa

Também conhecida por Monstera, a Costela-de-Adão é uma planta


do tipo trepadeira natural do México. Sua origem justifica o seu
gosto por climas mais quentes e de muita umidade, o que é natural
aqui no hemisfério Sul. No Brasil, existem mais de 60 espécies da
planta, que crescem em grande quantidade e variedade.
A principal característica dessas espécies é, sem dúvida, a estrutura
das plantas perfuradas, que possibilitam a passagem de luz entre as
plantas, garantindo uma luminosidade total para todas as folhas.
A Costela-de-Adão possui folhas com crescimento rápido,
cordiforme e nas cores verde escuro, podendo chegar a 12m.
Quando nascem no formato de coração, e quando se desenvolvem
surgem os tão famosos detalhes arredondados e os buracos na
planta, podendo chegar a medir até um metro de diâmetro.

Esta planta também é conhecida como: Costela de Adão, Abacaxi do


Reino, Banana do Mato, Ceriman, Monstera entre outros nomes. É
uma planta que possui certas peculiaridades, como por exemplo o
fruto comestível que ela produz, que é totalmente desconhecido por
muitos, já que a planta geralmente não produz frutos em ambientes
domésticos, apenas ao ar livre.

Origem: América Central e México.

Propriedades medicinais

As folhas, assim como quase toda a planta, são tóxicas e em caso de


contato com a pele, pode causar serias lesões e irritações. Já o seu
fruto, quando totalmente maduro, apresenta vários benefícios a
saúde. Geralmente o fruto leva em torno de 1 ano para ficar maduro
e para saber se está maduro, deve ser observado o seu
desenvolvimento. Se o fruto apresentar um "inchaço" e um aroma
gostoso semelhante ao de abacaxi, significa que pode ser colhido,
depois disso deve-se aguardar os hexágonos em forma de mosaico
se soltarem, só então você pode provar um pequeno pedaço, e
aguardar, se pinicar a língua ou a garganta, deve-se aguardar mais
um pouco, se não pinicar, significa que pode comer, mais com
moderação, para não se entoxicar.

PÁGINA 15
Benefícios

Rica em vitamina C;
Protege da Anemia;
Fonte de Proteína;
Rica em Fósforo.

PÁGINA 16
ERVA-CIDREIRA
Lippia alba

A erva-cidreira, também conhecida como melissa, pertence à


espécie Melissa officialie e à família Lamiaceae, a mesma do boldo e
do hortelã. De aroma cítrico e suave, semelhante ao do limão, a
planta costuma ser usada na preparação de chás, sucos,
sobremesas, óleos essenciais e infusões, com receitas passadas de
geração para geração.

Ao longo dos anos, a erva, encontrada originalmente na região do


Mediterrâneo, ganhou espaço nos tratamentos médicos e
terapêuticos graças às suas propriedades analgésicas, relaxantes e
anti-inflamatórias. Os ativos presentes na erva atuam no sistema
cardíaco, gastrointestinal, respiratório, reprodutor e nervoso,
promovendo uma série de benefícios à saúde humana.

Origem: América Central e México.

Benefícios

Melhora a qualidade do sono;


Ajuda a combater a gripe;
Diminui a pressão arterial;
Combate a ansiedade e o estresse;
Alivia dores de cabeça;
Combate os gases intestinais.

Modo de uso: Chá, seguindo as orientações para as formas de uso.

PÁGINA 17
ERVA-DOCE
Pimpinella anisum

A erva-doce, conhecida também como anis-verde, anis ou


pimpinela-branca, é uma planta medicinal popularmente consumida
como chá depois das refeições para melhorar a digestão, possuindo
também propriedades analgésicas e anti-inflamatórias. A parte
utilizada para fazer a bebida são as sementes secas, as quais têm
coloração amarelada, sabor adocicado e aroma intenso. É uma
bebida rica em flavonoides, ácido málico e cafeico, compostos
bioativos com propriedades digestivas, laxativas e contra gases.

Origem: Egito.

Benefícios

Aliviar gases;
Melhorar náuseas;
Tratar prisão de ventre;
Amenizar cólicas;
Combater má digestão;
Fortalecer o sistema imunológico;
Aliviar dores de cabeça;
Possui efeito calmante.

Modo de uso: Chá, seguindo as orientações para as formas de uso.

PÁGINA 18
ESPADA-DE-SÃO-JORGE
Dracaena trifasciata

A espada de São Jorge é uma planta originária da África e também é


conhecida como espada de Ogum. Ela é considerada uma planta
protetora, isso porque nas religiões de matrizes africana, ela é
considerada uma planta de proteção, ligada aos poderes de Ogum.
Reza a lenda que a espada-de-são-jorge tem o poder de espantar o
mau-olhado e deixar fluir as boas energias na casa. Isso pode
ocorrer, principalmente, se ela for colocada próximo à porta
principal do imóvel. A planta possui uma dupla origem religiosa.. Na
umbanda e no candomblé, ela simboliza a espada de Ogum,
conhecido como um orixá guerreiro. Já no catolicismo, a planta
ganhou esse nome por representar o santo São Jorge que teria
matado um dragão com a ponta da sua lança.

Outra grande característica deste tipo de planta é que ela é


considerada uma das mais eficientes para filtrar o ar e eliminar
elementos químicos, como benzeno e xileno, que evaporam de
produtos de limpeza.
A espada-de-são-jorge pode ser de três tipos. Sendo elas:

Sansevieira cylindrica: tem as folhas mais arredondadas;


Sansevieria Trifasciata Hahnii: o seu formato lembra uma coroa
e as suas folhas são menores;
Sansevieira zeylanica: suas folhas têm formato de espada, com a
borda amarela e o interior inteiro verde.

Origem: África.

PÁGINA 19
GOIABEIRA
Psidium guajava

A goiabeira é uma planta medicinal da espécie Psidium guajava


muito indicada para auxiliar no tratamento da diarreia, diabetes,
colesterol alto ou aliviar a dor, pois possui propriedades
antiespasmódicas, anti-inflamatórias e antioxidantes.
Essa planta é muito conhecida pelos seu fruto, a goiaba, no entanto,
suas folhas possuem propriedades medicinais, podendo ser usada
para o preparo de chás, compressas e banhos de assento.
As partes normalmente usadas da goiabeira são as folhas frescas ou
o caule da casca para o preparo do chá, óleo essencial, compressas
ou banhos de assento.

Origem: Sul do México e do Amazonas Colombiano.

Benefícios

Combate a diarreia;
Controla a diabetes;
Baixa o colesterol ruim;
Combate inflamações;
Previne doenças cardiovasculares.

PÁGINA 20
INSULINA VEGETAL
Cissus sicyoides

A insulina vegetal é uma planta medicinal rica em flavonoides,


resveratrol, cumarinas e taninos, que lhe conferem propriedades
antioxidantes e hipoglicemiantes, que podem ajudar a normalizar os
níveis de açúcar no sangue, sendo, por isso, popularmente utilizada
como remédio caseiro para auxiliar no tratamento da diabetes.
A parte normalmente utilizada da insulina vegetal são suas folhas,
que podem ser usadas secas ou frescas, geralmente para o preparo
do chá, no entanto, também pode ser usada na forma de
compressas ou xarope.

Seu uso traz benefícios para diabetes, pressão baixa, inflamação


muscular, reumatismo, má circulação, abcessos e furúnculos.

Origem: América do Sul.

PÁGINA 21
MAMOEIRO
Carica papaya

A espécie Carica papaya L. é o mamoeiro mais cultivado em todo


mundo. É uma planta herbácea, tropical, cujo centro de origem é,
muito provavelmente, o Noroeste da América do Sul, vertente
oriental dos Andes, ou mais precisamente, a Bacia Amazônica
Superior, onde sua diversidade genética é máxima.
O Brasil é o primeiro produtor mundial de mamão, situando-se entre
os principais países exportadores, principalmente para o mercado
europeu. É uma fruteira cultivada em quase todo o território
brasileiro, merecendo destaque os estados da Bahia, primeiro
produtor, Espírito Santo e Ceará, segundo e terceiro produtores,
respectivamente, responsáveis por cerca de 90% da produção
nacional. O mamoeiro produz plantas masculinas, femininas e
hermafroditas, que originam frutos de formatos distintos.
Essa espécie pode atingir de 6 a 9 metros de altura e é lactescente,
ou seja, produz látex.
As folhas e sementes do mamoeiro apresentam substâncias
bioativas com ação antioxidante, anti-inflamatória e antiviral, além
de poderem ter benefícios no tratamento do diabetes, hipertensão e
doenças cardiovasculares, e, ainda, como fonte adjuvante para
diversas patologias. O uso popular das folhas e sementes de
mamoeiro, auxilia, principalmente, no controle de glicose em
determinados casos de diabetes.

Origem: América do Sul.

PÁGINA 22

Você também pode gostar