Você está na página 1de 5

Magia do floripôndio

Datura arborea

Também é conhecida na costa da Colômbia como corneta de anjo, em Bolívar como higatón e no Peru como
floripôndio. (Nota do Ed.:E no Brasil, como saia-branca.)

O elemental do floripôndio é um mago completo, é netuniano e tem poderes terríveis. Visto


clarividentemente, ele se parece com um menino de 12 anos e mantém em sua mão a vara do mago.

Cada árvore tem seu correspondente elemental, o qual deve ser utilizado por aqueles que quiserem sair
conscientemente em corpo astral. Eu usava o elemental desta árvore frequentemente para ensinar meus
discípulos a sair em corpo astral. Digo que usava porque estou me referindo a tempos antigos.

Maneira de Proceder

Eu pegava uma vara da própria árvore com a qual traçava ao redor dela um círculo bem amplo no chão,
esmagava as flores da árvore e untava com o suco o cérebro do discípulo. O discípulo deitado em seu leito
adormecia e eu dava ordens ao elemental para que o tirasse fora do corpo físico. Estas ordens iam
acompanhadas do mantra da planta: KAM, o qual se pronuncia alongando o som das duas últimas letras.
Assim:

KAAAAAAAMMMMMMM

Os discípulos gnósticos de hoje devem aproveitar os poderes deste elemental para aprender a sair em corpo
astral conscientemente.

A maneira de proceder é a que ensinamos no parágrafo anterior. Quando se ordenar ao elemental, fale-se
imperiosamente assim:

Quando eu te chamar, concorrerás sempre. Eu preciso que me tires do corpo Físíco em corpo astral sempre

que te ordenar.

Posteriormerite, o discípulo picará o dedo da mão com um alfinete, fará uma incisão na árvore com uma faca
e nela depositará seu sangue. Desta forma, o pacto com o gênio do floripôndio estará formalizado.

“Escreve com sangue e aprenderás que o sangue é espírito.” ( Nietzsche)

“Este é um fluido muito peculiar.” ( Goethe ).

Em seguida, o discípulo cortará alguns de seus cabelos e os pendurará na árvore. Colherá algumas pétalas
das flores, colocará em uma bolsinha e a pendurará no pescoço como talismã. A partir desse momento, o
discípulo terá a seu serviço este humilde elemental que sempre atenderá ao seu chamado. Quando o
discípulo quiser sair em corpo astral, adormecerá em seu leito pronunciando o mantram da árvore e, com a
mente concentrada nesse gênio elemental, o chamará mentalmente, rogando-lhe que o tire em corpo astral.
Nesse estado de transição entre o sono e a vigília, o elemental do floripôndio o tirará de seu corpo físico
levando-o aos lugares anelados.

Cada vez que puder, o discípulo deve visitar a árvore, regá-la com água, abençoá-la e colher as flores que
utilizará quando melhor lhe agrade. Já dissemos antes que se esmagam essas flores com uma pedra para
delas se extrair o sumo, o qual se aplirará no cérebro a fim de sair em corpo astral. Convém advertir que a
aplicação do suco se efetua na hora de se deitar, quando o discípulo vai se entregar ao sono. Quando não se
tiver as flores à mão, o discípulo sempre poderá invocar seu servidor elemental para que o tire em corpo
astral.

Este elemental tem tamhém poder para tornar alguém invisível. Quando o discípulo quer se tornar invisível,
pronuncia o mantra KAM, chama seu servidor e roga-lhe que o faça invisível, e ele atenderá.

Em tempos anteriores, quando eu queria ficar invisível, esmagava as flores, como aliás já expliquei, aplicava
o sumo nas juntas do corpo e rogava ao elemental para que me fizesse invisível. Não obstante, advertimos
que o discípulo precisa primeiro superar o corpo.

Antigamente, o homem vivia no seio da Mãe Natureza e todos os poderes da bendita Deusa Mãe do Mundo
ressoavam vigo-rosamente em suas caixas de rossonância e se expressavam através de todos seus chacras
com a grandiosa euforia do universo. Hoje em dia, o corpo humano está completamente desadaptado e as
potentes ondas do universo não podem se expressar através dele. Toca-nos ajustar novamente o corpo ao
seio da bendita Deusa Mãe do Mundo.

Toca-nos limpar este maravilhoso organismo e preparar o corpo para que se converta outra vez em uma
caixa de ressonância da natureza. O discípulo invocará diariamente as sete potências com o poderoso mantra
MUERISIRANCA. Rogará para que lhe preparem o corpo para o exercício da magia prática. Deverá ser
também bastante tenaz e perseverante, ano após ano, invocando diariamente as sete potências para que
preparem o corpo. O corpo de um mago tem uma tonalidade vibratória diferente da dos demais corpos da
espécie humana.

O artista jamais executará com êxito as suas melodias, por melhor que seja seu instrumento musical, se este
não estiver devidamente afinado. A mesma coisa acontece como corpo humano do mago, o qual precisa
afinar seu maravilhoso organismo para poder executar com plenitude seus grandes trabalhos de magia
prática.

O sumo das flores do floripôndio, aplicado nas articulações, serve para dar agilidade aos músculos.

Assista ao vídeo A Magia do Floripôndio


DATURA

Datura é um nome genérico que abrange várias várias espécies.

A mais conhecida é a Datura Stramonium. No Brasil é conhecida como Trombeteira, Lírio. No Perú é também conhecida
como Floripôndio ou Tóe.

É utilizada desde a antiguidade, citada até na obra de Homero "Odisséia" . Conta que Ulisses chegou à ilha habitada pela
ninfa Circe, esta deu de beber à tripulação uma poção, para que os marujos pudessem esquecer de sua terra natal.

Na Idade Média, a Datura compunha várias poções e ungüentos de feiticeiras. Conta-se que a pasta de Datura que as
bruxas medievais aplicavam um unguento de Datura em várias partes do corpo, incluindo a genitália e o ânus, para
produzir a sensação de estarem voando em suas vassouras.

Lu Gomes e Roberto Navarro (Planeta) descrevemque a imagem da bruxa voando na vassoura é considerada o estereótipo
de um tipo específico de feiticeira medieval que se utilizava principalmente da Datura Stramonium. Talvez por isso a planta
tenha sido apelidade de "erva do demônioe cizania.

A datura também era usada por motivos religiosos pelos índios que habitavam o sudoeste dos EUA e México antes da
chegada do colonizador branco.

Segundo Sangiradi Jr. ..."planta sagrada dos Zunis, índios da cultura pueblo, o estramônio (a'neglakya) pertence aos
sacerdotes da chuva e aos chefes de certas fraternidades religiosas. Somente o xamã pode colher esta erva. Ingerida, leva
ao estado de transe que permite ouvir as vozes dos pássaros, curar e adivinhar. Também é usada pelos médicos-feiticeiros
como tópico, em ferimentos e contusões.

Schhultes diz que os índios do nordeste dos Estados Unidos fazem uso limitado, mas o estramônio é o principal
ingrediente do Wysoccan, bebido pelos algonkins, leste dos Estados Unidos, antes de um rito de passagem, em que se
processa a iniciação dos adolescentes.

Também utilizada por índios que habitavam o sudoeste dos EUA e México antes da chegada da colonização. Os
componentes da planta são extremamente potentes e perigosos.

Don Juan, no livro "A Erva do Diabo" de Carlos Castañeda :

"-- A erva-do-diabo tem quatro cabeças; a raiz, a haste e as folhas, as flores e as sementes. Cada qual é diferente, e quem
a tornar sua aliada tem de aprender a respeito delas nessa ordem. A cabeça mais importante está nas raízes. O poder da
erva-do-diabo é conquistado por meio de suas raízes. A haste e as folhas são a cabeça que cura as moléstias; usada
direito, essa cabeça é uma dádiva para a humanidade. A terceira cabeça fica nas flores, e é usada para tornar as pessoas
malucas ou para fazê-las obedientes, ou para matá-las. O homem que tem a erva por aliada nunca absorve as flores, nem
mesmo a haste e as folhas, a não ser no caso de ele mesmo estar doente; mas as raízes e as sementes são sempre
absorvidas; especialmente as sementes, que são a quarta cabeça da erva-do-diabo e a mais poderosa das quatro".

A ingestão de sementes de datura eram parte de umm rito de passagem feitos por jovens da tribo huichol. Eles retornam do
delírio sem a memória de sua mãe, como se nascessem do nada, do vazio. As folhas secas de datura eram fumadas para
combater os efeitos da asma.

O nome Datura, a sua denominação genérica, é a partir do Hindu Dhatura (dhat = a essência eterna (de Deus)), que foi
derivada do sânscrito nome D'hastura.

SegundoSangirardi Jr

"...a intoxicação produzida pela droga tem dua fases opostas: a uma exaltada agitação segue-se o sono profundo e
inquieto. Os sintomas são provocados por dois alcalóides do grupo tropano, que atua sobre os sistemas nervosos periférico
e central. Esses dois alcalóides, dos quais a atropina é um composto racêmico, são: escopolamina (histocina), o principal e
hiosciamina.

Floripondio - A Datura dos Andes

Datura arborea ( Brugmância arborea) Flores de corola branca, por vezes amarelada com 15 a 18 cm de comprimento.

No preparo da bebida mágica, raspa-se a casca do tronco, que é espremida numa cabaça. A dose média é
aproximadamente um copo comum (200ml), o suficiente para provocar as duasclasicas etapas da embriaguez com esse
tipo de substâncias : exaltação furiosa e depressão com sono comatoso.
Reinburg observou que, entre os zaparos, a issioma é reservada aos homens e constitui, quase sempre, uma bebida de
prova para aspirantes de xamã.

Para os jivaros, a maikoa é beberagem dos guerreiros, que consultam os espíritos antes de partirem em expedição. Tem
outros usos ainda como para o marido traido saber quem é o sedutor da esposa

Kastern menciona a grande festa do tsantsá, em que os guerreiros, na floresta, tomam uma bebedeira profética. Na rgande
festa em honra do tambor sagrado, os mais velhos tomam maikoa e no dia seguinte, interpretam os próprios sonhos.

Seja qual for o tipo de datura, quantidades excessivas ou uso prolongado podem levar a convulsões, coma, danos
permanentes no cerebro. Os seus alcaloides são extremamente potentes e perigosos.

Lewin, descrevendo os sintomas físicos e psíquicos provocados pela datura, mostra a preponderância de violencia
insanidade e tendência de cometer desatinos."Mais graves, diz o toxicologista alemão, eram os efeitos provocados pelos
fanáticos religiosos, os taumaturgos, os magos, os sacerdotes e charlatães que, ao longo das cerimõnias cultuais, faziam
fosse aspirada a fumaça daq planta atirada sobre um braseiro.

A titulo de curiosidade, diz Sangirardi Jr, vale menscionar que os negros escravos do Brasil preparavam o chamado
amansa-senhor, com plantas tóxicas, entre as quais as raízes pulverizadas do estramônio. Servida pela mucama ou pelo
pajem, misturada com alimentos líquidos, a planta levafva a vitima à demência ou as portas da morte.

Entre nós o estramonio tekm vários empregos na medicina popular, notadamente contra asma e coqueluche. Contra a
asma fuman-se as folhas secas, que muitos compram nos hervanários, de onde a advertência de Hoehne:

"*As pessoas que as adquirem ignorando o modo de usar, preparam chás das mesmas e assim se envenenam.

Você também pode gostar