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1
O
livro
de
Manfred
Junius
foi
publicado
originalmente
em
italiano
com
o
título
de
Alchimia
Verde
–
Spagyrica
vegetale
em
1979.
Depois,
em
1982,
o
texto
foi
revisado
e
ampliado
pelo
autor
para
uma
publicação
em
alemão;
a
versão
inglesa
é
baseada
na
versão
em
alemão.
O
título
do
livro
em
inglês
é:
Spagyrics:
the
preparation
of
Medicinal
Essences,
Tinctures,
and
Elixirs.
IV.
A
Determinação
de
nossas
Lágrimas
de
Diana
consiste
em
sua
união
perfeita
e
indissolúvel
com
a
Terra
Fixa
vegetal,
filosoficamente
preparada,
purificada
e
espiritualizada;
por
este
amor
(união)
eles
são
obrigados
a
abandonar
a
sua
primeira
qualidade
universal
indeterminada
(e
volátil2)
para
revestirem-‐se
de
uma
qualidade
determinada
(fixa
e
particular3).
É
isso
que
é
necessário
para
a
preparação
de
nosso
Circulatum
Minus.
V.
A
segunda
forma
de
preparar
este
nosso
Elixir
vegetal
consiste
numa
Manipulação
exata
de
uma
Planta
da
mais
nobre
Espécie,
sozinha
ou
sustentada
por
outra:
após
a
sua
Preparação,
sua
Putrefação
e
Redução
na
forma
de
um
Óleo
e
a
Separação
dos
três
Princípios,
seguida
de
sua
Purificação,
União,
e
Espiritualização,
tudo
deve
ser
transformado
em
uma
fonte
espiritual
eterna
capaz
de
regenerar
toda
a
planta
que
seja
mergulhada
nele.
[
Urbigerus
se
refere
aqui
ao
vinho.
Durante
o
trabalho
com
o
vinho,
conhecido
como
Opus
Vini,
chega
o
momento
em
que
pode-‐se
escolher
entre
a
preparação
de
um
líquido
volátil
ou
um
sólido,
chamado
de
“Pedra
Vegetal”.
4
VI.
A
terceira
forma,
mais
comum,
consiste
apenas
em
uma
Conjunção
de
um
Sal
Vegetal
fixo
com
seu
próprio
Espírito
sulfuroso
volátil
e
ambos
podem
ser
preparados
por
qualquer
Químico
vulgar.
Mas
neste
tipo
de
preparação,
a
parte
mais
pura
do
enxofre
contendo
a
Alma,
sofre
algum
dano
por
não
ser
uma
manipulação
filosófica,
e
por
consequência,
eles
[o
sal
e
o
espírito5]
não
podem
ser
unidos
inseparavelmente
sem
a
presença
de
um
meio
(Medium)
sulfuroso
com
a
qual
a
Alma
é
reforçada,
o
que
torna,
assim,
o
Corpo
e
o
Espírito
capazes
de
uma
união
perfeita.
VII.
O
Meio
(Medium)
Específico
(Adequado),
necessário
para
a
união
indissolúvel
desses
dois
Sujeitos,
é
uma
substância
sulfurosa
e
betuminosa
extraída
de
uma
planta,
viva
ou
morta,
que
pode
ser
encontrada
em
diferentes
partes
do
mundo
e
é
conhecida
por
todos
os
pescadores
do
mar
(a
que
é
extraída
da
Copaíba
é
a
melhor,
seguida
pela
Italiana)6;
depois
de
essa
substância
ser
separada
de
suas
partes
impuras
através
do
nosso
Menstruum
Universal,
ela
dilata
e
fortalece
extremamente
todos
os
poros
e
átomos
do
Sal
Fixo
Vegetal,
tornando-‐o
capaz
de
receber
seu
próprio
Espírito
e
de
se
unir
com
ele.
VIII.
Para
fortificar
o
Enxofre
e
abrir
os
poros
do
Sal,
não
se
requer
qualquer
outro
método
que
aquele
que
consiste
em
embeber
este
sal
com
a
substância
betuminosa
em
um
calor
moderado,
de
digestão,
idêntico
ao
necessário
para
chocar
os
ovos;
e
na
medida
em
que
o
sal
seca,
as
Imbibições
devem
ser
2
Esse
termo
só
aparece
na
versão
italiana.
3
Esse
termo
só
aparece
na
versão
italiana.
4
M.
Junius
cita
uma
longa
passagem
de
Glauber
sobre
a
Opus
Vini
para
explicar
7
Só
consta
na
versão
italiana.
[Durante
esta
“putrefação”
que
não
é
mais
do
que
uma
posterior
Digestão,
há
uma
alteração
de
cor
e
o
sal
aparece
quase
semelhante
a
uma
espécie
de
lodo.
O
Enxofre
reforçado
e
o
Espírito
estão
agindo
sobre
o
Sal,
começando
a
torná-‐lo
volátil.
Depois
disso
podemos
começar
nossas
destilações].
XV.
Se
depois
de
seis
ou
sete
destilações
e
coobações
sobre
o
Restante,
você
achar
que
o
seu
espírito
não
está
suficientemente
penetrante,
e
a
parte
Restante
no
fundo
estiver
insípida,
será
um
sinal
evidente
de
que
você
falhou
em
conhecer
verdadeiramente
o
Espírito
Vegetal
que,
sendo
extremamente
volátil,
tem
por
sua
Natureza,
poder
para
volatilizar
o
seu
próprio
corpo
e
de
se
unir
inseparavelmente
a
ele,
encontrando-‐o
capaz
de
recebê-‐lo.
[A
destilação
deve
ser
realizada
em
banho-‐maria.
Entre
a
destilação
e
a
coobação
(quando
o
destilado
é
novamente
derramado
sobre
o
líquido
residual)
é
aconselhável
e
útil,
um
novo
período
de
digestão,
embora
não
seja
prescrito.
Depois
de
sete
destilações
você
notará
que
seu
destilado
terá
um
odor
muito
penetrante
e
característico
e
um
sabor
picante,
agressivo8]
XVI.
Deve
ser
observado
que,
durante
o
processo
das
Destilações,
o
Meio
sulfuroso
não
se
eleve
[volatilize]
de
maneira
nenhuma:
pois
sendo
um
verdadeiro
Meio,
que
contribui
para
a
união
do
Corpo
com
o
Espírito,
[ele
não
pode
volatilizar 9 ]
antes
da
Espiritualização
do
Corpo,
pois
sem
o
seu
consentimento
não
se
pode,
portanto,
esperar
qualquer
união
perfeita
entre
estas
duas
substâncias
[o
Corpo
e
o
Espírito 10 ].
Sendo
assim,
contrário
ao
progresso
do
trabalho,
seu
consentimento
seria
desvantajoso
para
os
dois
[o
corpo
e
o
espírito11]
e
capaz
de
subverter
completamente
toda
a
operação.
[Para
evitar
isso,
é
preferível
realizar
todas
as
destilações
em
banho-‐maria
.
A
Matéria
resinosa
não
deve
ser
destilada
em
excesso
ou
a
ponto
de
queimar.
Ela
já
terá
concluído
sua
função
como
intensificadora
do
Enxofre,
e
não
precisamos
mais
do
resto.
Uma
temperatura
muito
elevada
também
traria,
como
resultado,
a
fixação
das
partes
voláteis
do
Sal
fixo,
em
vez
de
sua
volatilização.
Terminaríamos
com
uma
substância
sólida
em
vez
de
um
Circulatum.
É
necessário
cuidado
e
uma
destilação
lenta,
como
em
todas
as
tentativas
para
volatilizar
Sais
alcalinos.
É
nesse
ponto
que
o
alquimista
pode
cometer
muitos
erros.
Essas
destilações
requerem
muita
paciência
e
experiência.]
XVII.
Se
a
Matéria
sulfurosa
começar
a
subir,
quando
o
Espírito
começar
a
passar
para
o
seu
o
próprio
Corpo
para
se
unir
inseparavelmente
com
ele,
isto
é
seguramente
uma
evidência
de
que
o
Fogo
não
foi
regulado
como
deveria,
e
em
vez
de
fornecer
um
calor
vaporoso
suave
para
facilitar
a
união,
está
fornecendo
um
calor
violento
que
vai
destruí-‐la.
XVIII.
Quando
o
sal
for
levado
à
sua
Espiritualização
perfeita,
e
à
União
real
com
seu
próprio
Espírito
Volátil,
então
estarais
de
posse
de
seu
Circulatum
Minus,
ou
8
Idem.
9
Nota
do
tradutor.
10
Idem.
11
Idem.
Elixir
Vegetal,
e
Menstruum,
com
o
qual
podereis
fazer
maravilhas
no
Reino
Vegetal,
separando
instantaneamente
não
só
seus
Princípios
ou
Elementos,
mas
também
e
na
mesma
Operação,
o
Puro
do
Impuro.
[
Se
você
trabalhou
corretamente
você
está
agora
na
posse
do
Circulatum
Minus
preparado
de
acordo
com
a
terceira
via.
A
partir
de
tudo
o
que
foi
dito,
a
primeira
via
é
agora
facilmente
entendida,
pois
tudo
deve
ser
preparado
a
partir
da
mesma
espécie
de
planta
da
qual
você
obteve
sua
matéria
resinosa;
por
exemplo,
o
Circulatum
pode
ser
feito
a
partir
do
do
pinheiro
americano
Abies
balsamea.
XIX.
Se
você
colocar
no
seu
Elixir
Vegetal
qualquer
planta
verde
finamente
picada,
ela
apodrecerá
em
menos
da
metade
de
um
quarto
de
hora
e
sem
qualquer
auxílio
de
calor
externo,
e
se
precipitará,
morta,
para
o
fundo.
Esta
parte
morta,
Caput
Mortum,
não
é
nada
mais
do
que
uma
Terra
danada.
Flutuando
na
superfície,
restará
um
óleo
amarelo
contendo
o
Sal
e
o
Enxofre,
e
o
elixir
ficará
a
cor
da
planta
e
com
o
seu
Espírito
Vegetal.
Se
isso
não
acontecer,
isso
significa
que
suas
Operações
não
foram
Filosóficas.
[Quando
mergulhar
uma
planta
verde
recém-‐cortada,
uma
folha
ou
duas
de
hortelã,
por
exemplo,
primeiro
você
vai
verá
o
líquido
tornar-‐se
leitoso
e
até
mesmo
completamente
opaco.
Isto
indica
uma
emulsão
bem
sucedida.
Se
deixamos
repousar
durante
algum
tempo,
finas
gotas
de
óleo
irão
se
acumular
gradualmente
na
superfície
formando
uma
camada
de
óleo
amarelo.
Este
óleo
contém
o
sal
de
enxofre
e
das
espécies
de
plantas
imersas
no
Circulatum.
A
experiência
do
autor
mostrou
que
a
cor
do
óleo
varia
de
espécie
para
espécie.
Algumas
produzem
um
óleo
amarelo
e
outras
um
óleo
verde
esmeralda
e
em
outras,
um
óleo
laranja
ou
avermelhado.
No
seguinte
aforismo
Urbigerus
fala
sobre
o
valor
terapêutico
desse
óleo.
XX.
Apenas
uma
gota
deste
óleo
amarelo
tomada
de
manhã
e
à
noite
durante
Indisposições,
num
copo
de
vinho,
ou
em
qualquer
outro
veículo
adequado,
é
capaz
de
curar,
infalivelmente
e
insensivelmente
essas
Indisposições,
dependendo
das
virtudes
e
qualidades
atribuídas
à
planta;
também
pode
corroborar
o
Espírito
Vital,
se
tomado
de
forma
contínua
para
purificar
o
sangue
durante
os
períodos
de
doenças
contagiosas.
[Os
Aforismos
XXI
-‐
XXIV
falam
sobre
outros
usos
do
Circulatum
Minus:
Ele
é
capaz
de
extrair
o
corante
dos
corais
(XXI);
Ele
serve
para
preparar
o
Elixir
Proprietatis
[de
Paracelso],
se
for
imerso
em
quantidades
iguais
de
mirra,
aloés
e
açafrão
(XXII);
também
pode
dissolver
todos
os
tipos
de
gomas,
óleos
e
bálsamos,
separando
sua
Essência
(XXIII).
Ele
extrai
a
tintura
de
vários
metais
e
minerais
(XXIV)
embora
“sem
separar
os
seus
Princípios,
não
sendo
o
Menstruum
apropriado
para
tais
operações”.
O
Aforisma
XXV
finalmente
nos
diz
que
podemos
recuperar
o
Circulatum
após
o
uso
por
meio
de
uma
destilação
suave,
para
que
ele
possa
ser
usado
novamente,
se
necessário.