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Nutrição em autismo
Sumário
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA ............................................................... 5
DIFICULDADES E COMPLICAÇÕES ALIMENTARES NO AUTISMO ....................... 6
Sensibilidade sensorial .............................................................................................. 6
Compulsão alimentar ................................................................................................. 6
Seletividade alimentar e recusa alimentar .................................................................. 7
Alterações gastrointestinais ....................................................................................... 8
Alergia à proteína do leite e intolerância à lactose ..................................................... 9
ENTENDENDO A NUTRIÇÃO NO AUTISMO .......................................................... 10
Malefícios da alimentação inadequada .................................................................... 10
O que meu filho pode comer? .................................................................................. 10
Saúde intestinal através da alimentação .................................................................. 11
PROBIÓTICOS ........................................................................................................ 11
PREBIÓTICOS ........................................................................................................ 11
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Introdução
fato que tem levado ao seu reconhecimento como um problema de Saúde Pública. O
Centers for Disease Control and Prevention publicadas em 2012, o que implica,
Açores.
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sendo as mutações “de novo” as mais estudadas.(6) Estas mutações podem ocorrer
quer por exposição excessiva a fatores mutagénicos, como por exemplo metais
pesados, quer por défices nos fatores endógenos protetores, como é o caso da
vitamina D.
esclarecer, tem sido crescente o interesse de diversas áreas médicas e muitos têm
intestinal aumentada. Para além disso, têm sido descritas alterações no perfil
crescimento de uma flora anormal. A instabilidade da flora intestinal, por sua vez,
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traduzir-se numa maior absorção de péptidos que, por sua vez, são capazes de
opióides.
aqueles descritos como fatores de risco, mas também os que têm sido sugeridos
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indivíduo autista, que exibe desintegração sensorial e pode limitar seu consumo a
poucos tipos de alimentos, limitar a consistência alimentar ou, ainda, associar seu
Sensibilidade sensorial
Compulsão alimentar
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sensorial oral atípica ( não comum) é associada a taxas mais altas de recusa
Alterações gastrointestinais
gastrointestinais.
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lactose.
Sintomas Sintomas
abdominal etc.).
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Esses aditivos têm a função de aumentar a duração dos alimentos, colorir, dar
sabor, aroma e textura que os tornem muito atraentes. Existem vários motivos para
Óleos, gorduras, sal e açúcar devem ser utilizados em pouca quantidade para
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instantâneo.
PROBIÓTICOS
São organismos vivos com funções benéficas em nosso corpo. Eles ajudam a
PREBIÓTICOS
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A suplementação é necessária?
Estudos mostram que uma dieta sem caseína (proteína do leite) e sem glúten
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podem colocar a saúde em risco e trazer maiores complicações. Esse tipo de dieta
ESTRATÉGIAS ALIMENTARES
Atividades sensoriais
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Atividades sensoriais
Exemplo:
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Atividades sensoriais
Ofertar alimentos com texturas diferentes ( íntegro, ralado, picado, papa etc.);
Exemplo:
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Atividades sensoriais
Exemplo:
4ª "Vamos comer?"
Atividades sensoriais
Exemplo:
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saudáveis com os pais e cuidadores pode ser uma boa estratégia de melhora dos
hábitos alimentares, uma vez que esses agentes podem desempenhar um papel
indivíduos sem fome. Assistir à TV é uma atividade distrativa que faz com que os
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valores para a maioria das vitaminas, minerais e aminoácidos dentro dos parâmetros
doença. Embora este benefício não seja evidente em todas as crianças e adultos
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Ácido fólico
metabolismo do folato e da metionina, uma vez que este é crucial para a síntese e
a suplementação parece ser mais efetiva em crianças com autismo severo, com
metilação. No entanto, mais estudos em larga escala são necessários para perceber
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a necessidade de suplementação.
com ácido fólico (antes e durante a gravidez e no primeiro mês após o parto, em
autismo, constatou- se que a ingestão de ácido fólico no primeiro mês de gravidez foi
menor nas mães de crianças autistas, sendo tanto menor o risco da doença quanto
maior as doses diárias ingeridas. Esta associação revelou-se muito mais forte para
Este estudo vai de encontro aos resultados anteriormente obtidos por Schmidt et al
pode causar danos no tecido nervoso associados ao autismo, pelo que é de todo o
Vitamina D
Uma das vitaminas que mais tem despertado o interesse dos investigadores,
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incluindo alguns que têm sido relacionados com o autismo, regulando a sua
doenças autoimunes. Uma vez que existe uma forte associação entre o autismo e
no desenvolvimento da doença. Por outro lado, não pode deixar de ser sugerida a
hipótese de que, uma vez que parece existir défice de vitamina D nas doenças
valores inadequados de vitamina D nas crianças com autismo podem indicar que a
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não só a produção de vitamina D pode variar ao longo das estações do ano, como a
diferentes ao longo do ano, pelo que a evidência não permite estabelecer uma
hipótese razoável.
da função imunitária. Podemos constatar que os vírus influenza, por exemplo, são
mais ativos nos meses de inverno, pelo que níveis adequados de vitamina D neste
causadas por estes vírus que, assim, poderão ter efeitos adversos no
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para alguns ácidos gordos saturados, como por exemplo os ácidos valérico e
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suplemento utilizado não é comum. Desta forma, não é possível obter evidência
nervoso central. Tem também sido reportado um aumento de anticorpos IgA contra a
sua vez, conduz a menor atividade das enzimas líticas, tornando o processo de
doentes autistas. Posto isto, surgiu a hipótese de que a exclusão de glúten e caseína
sem caseína e sem glúten em autistas com níveis de proteínas na urina elevados,
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destas proteínas com um suposto efeito opióide, bem como na isenção de glúten e
justificar a intervenção dietética, que tem sido avaliada pelos pais de autistas como
uma das mais efetivas, segundo o Autism Research Institute. O paralelismo entre
despercebido, uma vez que nesta última, em alguns casos, também são
no autismo não sejam muitos, vários têm sido os que concluem que a sua adoção
doentes com autismo que adotam uma alimentação sem caseína e sem glúten
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não é forte, pelo que o tema tem sido muito questionado e controverso. Isto, porque
se alguns estudos demonstram que os doentes beneficiam com a dieta, outros não
glúten e caseína, não só nos sintomas, bem como nos comportamentos sociais. O
que parece ainda suscitar bastantes dúvidas é qual o critério a aplicar para definir
da alimentação pode ser de difícil aceitação e aplicação por parte dos pais e das
próprias crianças, pelo que apenas deve ser sugerido como tratamento em casos de
autistas, que não pode ser esquecida, pois pode comprometer o correto
derivados do leite e do trigo são dos mais apreciados, o que poderá representar uma
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Dada a crescente evidência e o uso cada vez mais global da dieta isenta de
em cada caso, de modo a que esta intervenção seja aplicada em casos de real
necessidade.
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2012).
desnutrição energético/protéica.
quinze alunos autistas, quatro com autismo infantil, dois com síndrome de Rett, três
dois tiveram ganho de peso e utilizavam diariamente medicação que contribui para o
aumento de peso. Nove alunos fazem uso da risperidona e tiveram média de ganho
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de 7,4kg; dois que usam depakene tiveram ganho de 2kg, e um que faz uso de
haloperidol ganhou 7,2kg. No mesmo estudo, onze alunos que não fazem uso de
(DOMINGUES, 2007).
nutricional.
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(SILVA, 2011).
O consumo dos sucos artificiais foi maior que o açúcar, o que pode levar a
uma surpresa. Porém, considerando que a composição dos sucos em sua maioria é
envolver atenção de todos que o cercam, contribuindo para resultado das melhoras
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desenvolvimento dos portadores. Dentre eles, podem destacar-se: ômega 03, zinco
e vitamina D.
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necessário modular esta sinalização pelo uso dos medicamentos, além de dieta rica
neurônios colinérgicos. Por ter essas funções de regulações dos fatores neutróficos,
realizar alguns estudos in vivo, foi possível observar que o tratamento com vitamina
D, minimiza a redução dos níveis de serotonina e dopamina que pode ser causada
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ESERIAN, 2013).
(OLIVEIRA, 2012).
vitamina é uma opção atrativa, segura, simples e barata. Só deve ter atenção
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