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UNITPAC- Centro universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos

Farmácia Generalista

Shampoo de Aloe vera, Barbatimão e Alecrim

Acadêmicas: Camila de Oliveira


Emanuelle da C. de Alcântara
Geovana L. Gonçalves
Kelly Aila G. da Silva

Araguaína-TO
2020/1
Camila de Oliveira
Emanuelle da C. de Alcântara
Geovana L. Gonçalves
Kelly Aila G. da Silva

Shampoo de Aloe vera, Barbatimão e Alecrim

Trabalho apresentado como requisito parcial para


obtenção de notas na disciplina de Farmacognosia e
Fioterapia do curso de Farmácia Generalista da
UNITPAC. Ministrado pela Prof. Rejanne Lima
Arruda.

Araguaína-TO
2020/1
Sumário

1.Stryphnodendron barbatiman Mart. – BARBATIMÃO.................................................4


2. Rosmarinus officinalis L.- ALECRIM..............................................................................5
3. ALOE VERA L......................................................................................................................7
4. Técnicas Simplificadas de Extração de Princípios Ativos em Plantas.................8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................9
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1.Stryphnodendron barbatiman Mart. – BARBATIMÃO

Planta da família das leguminosas, também conhecida como paricarana,


ibatimô, verna, picarana e uabatimô. Árvore nativa do cerrado podendo ser
encontrada em vários estados do Brasil, desde o Amapá até o Paraná. O nome
deriva do termo indígena Iba Timo que significa a árvore que aperta.
É uma planta utilizada na indústria de curtumes e outrora muito
procurada por prostitutas, daí o nome casca da virgindade, que até hoje lhe é
aplicada. A casca do barbatimão produz matéria tintorial vermelha que, quando
precipitada convenientemente, produz tinta de escrever. Foi, portanto muito
utilizada na respectiva indústria em tempos passados. A casa do seu tronco é
rugosa e sem espinhos. As folhas são bipenadas e as flores em espigas.
Produz uma vagem achatada, séssil linear (DE MELLO, et al,1996).

Nome científico: Stryphnodendron barbatiman


Sinonímia Científica: Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville, Mimosa
Vell. barbadetiman Vell e Stryphnodendron ovobatum Menth.

Nome popular: barbatimão-verdadeiro, barba-de-timan, barba-de-timão,


casca-damocidade, casca-da-virgindade, iba-timão, ibatimô, paricarana,
uabatimô, ubatima, ubatimó, chorãozinho roxo, paricana, verna, piçarana.
Barbatimão alumbark, barbatimão.
Família: Fabaceae.
Parte Utilizada da planta: Casca.

PRINCÍPIOS ATIVOS

Planta rica em taninos condensados, substâncias monoméricas (flavan-


3- óis) e proantocianidinas (entre elas 8 tipos de prodelfinidinas e 8
prorobinetinidinas), substâncias tânicas (20 a 30%), taninos (18 a 27%),
alcalóides não determinados, amido, matérias resinosas, mucilaginosas,
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matéria corante vermelha, ácido tânico, estrifno, açúcar solúvel, flavonóides,


flobafenos, açúcar solúvel, mucilagens, flavonoides.

PROPRIEDADES E EMPREGOS TERAPÊUTICOS

O Extrato Glicólico de Barbatimão tem ação adstringente, anti-séptica,


antiinflamatória. Utilizado em preparações capilares no combate a oleosidade,
caspa e seborréia, e em produtos para afecções da pele e mucosa.
Poderá ser incorporado em: cremes, loções cremosas e hidroalcoólicas,
em shampoos, géis, sabonetes, máscaras faciais, loções de limpeza e outros
produtos cosméticos. Indicado somente para uso externo em concentrações de
até 5%. (DE MELLO, et al,1996).

Toxicidade/Contraindicações

Sementes são venenosas. Em caso de ingestão deverá ser feito o


esvaziamento gástrico, com sonda nasogástrica em sifonagem e tratamento
sintomático.

Uso externo:
Extrato Glicólico: Indicado somente para uso externo em concentrações
de até 5%. Poderá ser incorporado em: cremes, loções cremosas e
hidroalcoólicas, em shampoos, géis, sabonetes, máscaras faciais, loções de
limpeza e outros produtos cosméticos (DE MELLO, et al,1996).

2. Rosmarinus officinalis L.- ALECRIM

Pequena planta de porte subarbustivo lenhoso, ereto, pouco ramificado,


de até 1,5 m de altura. Folhas lineares coriáceas e muito aromáticas, medindo
1,5 a 4 cm de comprimento por 1 a 3 mm de espessura. Flores azulado-claras,
pequenas de aroma forte muito agradável. Nativa da região mediterrânea, e
cultivada em quase todos os países de clima temperado esta planta é
amplamente distribuída por todo o mundo, devido principalmente aos seus
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usos culinários, medicinais e comerciais, incluindo nas indústrias de fragrâncias


e de alimentos (LORENZI, H.; MATOS,F., 2006).

CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA

Reino: Plantae
Filo: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Família: Lamiaceae
Gênero: Rosmarinus
Espécie: R. officinalis
Nomenclatura Binominal: Rosmarinus officinalis L. (Labiatae).
Sinonímia botânica: Rosmarinus latifolius Mill.
Designa-se: do Romano, que em latim significa o orvalho que veio do mar.
Nomes Populares: alecrim-de-jardim; alecrim; rosmarino; labinotis;
alecrinzeiro; alecrimcomum; alecrim-de-cheiro; alecrim-de- horta; erva- coada;
flor-do-olimpo; rosa-marinha; rosmarinho (LORENZI, H.; MATOS,F., 2006).
Partes utilizadas: folhas e flores.

Princípio Ativo

Óleo essencial constituído de derivados terpênicos (pineno, canfeno,


borneol livre e como acetato, cineol, cânfora); sesquiterpenos; ácido oleanólico;
pouco tanino; substâncias amargas; saponina ácida; e compostos glucosídicos
(LORENZI, H.; MATOS,F., 2006).

PROPRIEDADES E EMPREGOS TERAPÊUTICOS


O Extrato Glicólico de Alecrim tem ação dermopurificante, tonificante,
estimulante celular, antioxidante, protetor de tecidos e ativador da circulação
periférica. Pode ser usado em preparações para o couro cabeludo, estimulando
a circulação e o crescimento capilar. Tem ação anticaspa, previne a queda e
confere brilho aos cabelos. (BRUNETON, J. 2001).

Toxicidade/Contraindicações
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Seu óleo essencial pode causar eritema e causar dermatite em indivíduos


sensíveis (BRUNETON, J. 2001).

3. ALOE VERA L.

É uma planta herbácea que cresce em qualquer tipo de solo, mas é


melhor adaptada aos solos leves e arenosos e não exige muita água. Suas
folhas são verdes, grossas, suculentas e medem de 30 a 60 centímetros de
comprimento. Suas flores são vistosas, apresentam tonalidade branco-
amarelada, em formato tubular (Lorenzi & Matos, 2008).

Nome científico: Aloe vera L.


Sinonímia Científica: Aloe barbadensis mil, Aloe vera (L.) Burm f., A. chinensis
Bak., A. elongata Murray, A. indica Royle, A. officinalis Forsk, A. perfoliata L., A.
rubescens DC, A., vera L. var. littoralis Köning ex Bark., A. vera L. var.
chinensis Berger, A. vulgaris Lam, A. perfoliata vera L., A. humilis Blanco, A.
vera L. Var. officinalis.
Nome popular: Babosa, Sávila, Ghrita-Kumari, Jadam (malásia), Aloe, Aloe
de Barbados (Espanha), Aloés de Curaçao (Inglaterra), Aloés (França), Aloés
de Curaçao (Alemanha), Erva-babosa, Erva-deazebre, Caraguatá e Caraguatá-
de-jardim.
Família: Liliaceae.
Parte Utilizada da planta: Folhas .

PRINCÍPIOS ATIVOS
Compostos antracênicos (aloína, aloe-emodina, aloinase); mucilagem;
carbohidratos; polissacarídeos; ácido crisofânico; enzimas (celulose,
carboxipeptideos, catalase, amilase, oxidose), aminoácidos; vitaminas B, C e E;
e sais minerais.

PROPRIEDADES E EMPREGOS TERAPÊUTICOS


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O Extrato Glicólico de Aloe Vera tem ação emoliente, cicatrizante,


tonificante, antiinflamatória, suavizante, lenitiva, refrescante, hidratante,
protetora e restauradora de tecidos. Usado em preparações lenitivas para peles
delicadas, sensíveis, irritadiças e/ou secas. Também é indicado para
tratamento da acne, psoríase, coceiras, eczemas, erisipela, picadas de insetos
e de pequenos ferimentos (como cicatrizante).
Poderá ser incorporado em cremes, loções cremosas, hidroalcoólicas
ou tônicas, em shampoos, géis, cremes para banho, loção de limpeza, filtros
solares e outros produtos cosméticos. (FREITAS. et al, 2014).

Toxicidade/Contraindicações

Pacientes com hipersensibilidade a substância. O uso de preparações


de Aloe vera deve ser evitado em pessoas com alergia a plantas da família
Liliaceae (OLIVEIRA.2006).

4. Técnicas Simplificadas de Extração de Princípios Ativos em Plantas.

Extratos brutos vegetais são, normalmente, misturas complexas


constituídas quase sempre por diversas classes de produtos naturais, contendo
diferentes grupos funcionais. O processo de separação desses produtos ativos
deve ser avaliado quanto a eficiência, a estabilidade das substâncias extraídas,
a disponibilidade dos meios e o custo do processo escolhido, considerando a
finalidade do extrato que se quer preparar. Os extratos glicólicos são obtidos
por processo de maceração, infusão ou percolação de uma erva em um
solvente hidroglicólico, podendo ser este o propileno glicol ou a glicerina puros
ou com pequena quantidade de água (PACHÚ, 2005).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRUNETON, J. Farmagonosia, Fitoquímica. Plantas Medicinales. Ed.l ACRIBIA


S.A/ Zaragosa, Espanha, 2. ed , 1099 pp., 2001.

DI STASI, L.C. Plantas medicinais: arte e ciência: um guia de estudo

interdisciplinar. São Paulo: UNESP, 1996. 230p.

FREITAS, V. S.; RODRIGUES, R. A. F.; GASPI, F. O. G. Pharmacological

activities of Aloe vera (L.) Burm. f. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v.

16, n. 2, p. 299- 307, 2014.

LORENZI, H. & MATOS, F. J. Plantas Medicinais no Brasil: Nativas e Exóticas

Cultivadas/ Francisco José de Abreu Matos/ Primeira Edição/ Instituto Plantarum/

Nova Odessa/ 512 pp. 2006.

LORENZI, H.; MATOS, F.J.A. Plantas medicinais no Brasil - Nativas e

exóticas. 2.ed. São Paulo: Instituto Plantarum, 2008. 244p.

MIYAKE, Thaila; Métodos de extração e fracionamento de extratos

VEGETAIS; disponível em http://www.uepg.br/fitofar/dados/tecnicasextrativas.pdf

acesso dia 07/07/2014

OLIVEIRA. J. A.B.; MASAYUKI, I.; YUKIKO, E. Formulário Médico

Farmacêutico, 3ª edição, 2006. Pág. 509.

PACHÚ, Clésia Oliveira; Processamento de plantas medicinais para

obtenção de extratos secos e líquidos , disponível em

http://www.prodep.cct.ufcg.edu.br/teses/Clesia_OP_2007.pdf, acesso em

10/07/2014.

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