Você está na página 1de 4

ARNICA ERVA-LANCETA

Nome Científico: Solidagochilensis  Meyen

Família botânica: Asteraceae( Compositae )

Sinonímias: SolidagolinearifoliaDC., Solidagolinearifolia var. brachypodaSpeg.,


Solidagomicroglossa var. linearifolia(DC.) Baker

Nomes populares: arnica, arnica-brasileira, arnica-de-terreiro, arnica-da-horta, arnica-do-


campo, erva-lanceta, lanceta, flecha(DRESCHER, 2001), espiga-de-ouro, rabo-de-rojão, rabo-de-
foguete, macela-miúda, marcela-miúda, sapé-macho,² federal, erva-federa, etc.

Origem ou Habitat: América do Sul incluindo o sul e sudeste do Brasil.

Características botânicas: subarbusto ereto, perene, não ramificado, entouceirado,


rizomatoso, levemente aromático, de 80 até 120 cm, nativo na parte meridional da América de Sul,
incluindo o sul e sudeste do Brasil. Suas folhas são simples, alternas, quase sésseis, ásperas ao tato,
medindo entre 4 a 8 cm de comprimento. Capítulos florais pequenos, com flores amarelas, reunidas
em inflorescências escorpióides dispostas na extremidade dos ramos, conferindo ao conjunto o
aspecto de uma grande panícula muito ornamental. Multiplica-se por sementes e principalmente
pelos rizomas.

OBS.: O nome popular "arnica" é, na verdade, aplicado a estas espécies pela similaridade de uso
medicinal com a "arnica-verdadeira" Arnica montanaL., nativa das regiões montanhosas da Europa,
porém não é cultivada nem se desenvolve bem aqui no Brasil, ao contrário do que afirmam muitas
publicações sobre plantas medicinais.²

Partes usadas: inflorescências.

Uso popular: externamente para ferimentos, escoriações, traumatismos, contusões,² picadas de


inseto, infecções³. Na medicina veterinária suas inflorescências secas são queimadas para o
tratamento de uma doença bacteriana que afeta os cavalos e caracterizada pela inchação dos
gânglios do pescoço.² Banhos com o infuso da planta inteira são usado para angina, contusões e
reumatismos(MARONI, 2006). Internamente é popularmente usada como sedativo, para distúrbios
digestivos³ e para dor cabeça¹. Uma pesquisa recente demonstrou alívio da lombalgia com aplicação
tópica de gel contendo extrato da planta.

Composição química: quercitina (um flavonóide glicosídeo), taninos, saponinas, resinas, óleo
essencial, diterpenos inulina e rutina, ácido quínico, ramnosídeos e ácido caféico, clorogênico e
hidrocinâmico e seus derivados,² 3-metoxibenzaldeído, acetofenona(SIMÕES, 1986), solidagenona.

Ações farmacológicas: São as seguintes: vulnerária,² analgésica(DRESCHER, 2001),


antiespasmódica(SIMÕES, 1986), anticefalálgica¹. Estudos em laboratório confirmaram as ações
antiinflamatória(GOULART, 2007), antimicrobiana, anti-agreganteplaquetária, antioxidante. Um
estudo in vivo em sistema de teste vegetal demonstrou propriedades citotóxicas e
antiproliferativas(BAGATINI, 2009).

Efeitos adversos e/ou tóxicos: o uso interno deve ser feito com cautela , não há estudos de
efeitos adversos
Contra-indicações: sensibilidade a componentes da planta.

Posologia e modo de uso: Uso externo: Aplicação tópica sobre a área afetada com auxílio de
um pedaço de algodão ou compressas embebidos na tintura ou maceração em álcool de suas folhas
e rizomas².

Referências:

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. 1. ed. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004. 1072p.

BAGATINI, M. D. et al . Cytotoxic effects of infusions (tea) of Solidagomicroglossa DC. (Asteraceae)


onthecellcycleofAllium cepa. Revista Brasileira de Farmacognosia,João Pessoa, v. 19, n. 2b, p. 632-636,
Abril/Junho 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.- Acesso em: 15 julho 2010.

DRESCHER, L.(coord.). Herbanário da Terra: Plantas e Receitas. Laranja da Terra,ES: ARPA (Associação
Regional dos Pequenos Produtores Agroecológicos), 2001. p. 65-66.

GOULART, S. et al. Anti-inflammatory evaluation of SolidagochilensisMeyen in a murine model of pleurisy.


JournalofEthnopharmacology, [S. I.], v. 113, n. 2, p. 346-353, 2007. Disponível em:
http://www.sciencedirect.com/science?

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa, SP: Instituto
Plantarum, 2002. p.170-171.

MARONI, B. C.; STASI, L. C.; MACHADO, S. R. Plantas Medicinais do Cerrado de Botucatu. São Paulo: UNESP,
2006. 60p.

SIMÕES, C. M. O. et al.Plantas da Medicina Popular no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Editora da
Universidade-UFRGS, 1986. p. 68-69.

STASI, L.C.; HIRUMA-LIMA, C. A. Plantas Medicinais na Amazônia e na Mata Atlântica. 2 ed. Revisado e
Ampliado. São Paulo: UNESP, 2002. p. 471-472.

http://www.tropicos.org/Name/2703256 - Acesso em: 15 e 16 de março de 2012.

Você também pode gostar