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ARNICA WEDÉLIA

Nome Científico: Sphagneticolatrilobata  (L.) Pruski

Sinonímias: Wedelia paludosa DC., Wedeliatrilobata(L.) Hitchc., Wedelia brasiliensis (Spreng.) S.F.
Blake, Thelechitonia trilobata (L.) H. Rob. & Cuatrec., !Stemmodontia trilobata (L.) Small,
Sphagneticola ulei O. Hoffm., Silphium trilobatum L., Acmella brasiliensis Spreng., etc.

Nomes populares: arnica-do-mato, arnica-do-brejo, pseudo-arnica, vedelia, vadelia,


malmequer, mal-me-quer do brejo, margaridão, pingo-de-ouro(SILVA, 2001),insulina vegetal( no
RGS ).

Origem ou Habitat: Planta nativa do Brasil, ocorre naturalmente ao longo da costa.

Características botânicas: É perene, herbácea e prostrada. Aprecia áreas úmidas, mas


desenvolve-se também em outros ambientes, desde que não estejam sujeitas a secas prolongadas.
Tolera sombreamento, porém floresce com mais intensidade ao sol. É também usada como planta
ornamental. No Espírito Santo é encontrada invasora desde Vargem Alta, região serrana, até
Itapemirim, região litorânea(SILVA, 2001).

Partes usadas: flores e folhas.

Uso popular: dor neurogênica e inflamatória, afecções do trato respiratório,


antiinflamatória(MANCZAK, 1996), infecções bacterianas(SCHLEMPER, 1996), candidíase
vaginal(SCHLEMPER, 1998), tosse(RONAN,2009), expectorante, anticonvulsiva(CARVALHO, et al.,
2001). Na forma de tinturas é indicada para golpes, machucaduras, ferimentos, nevralgias, anemia,
coqueluche, trombose e derrame de sangue(MICHALAK, 1997).
No Rio Grande do Sul usa-se o abafado das folhas para diabetes.

Composição química: luteolina (flores e caules), ácido caurenóico (em maior concentração nas
raízes), chalconacoreopsina (flores), esteróides e terpenóides (raízes),³ friedelan-3β-ol, ácido ent-
16β-hidroxi-cauran-19-óico,¹ wedelactona(8) paludolactona,² ácido grandiflorênico(RONAN,2009)
estigmasterol, glicosídeos de estigmasterol e sitosterol, ésteres derivados do ácido
oleanóico(CARVALHO, et al., 2001).

Ações farmacológicas:

Interações medicamentosas: não há estudos sobre interações medicamentosas , mas as


indicações populares orientam cautela em quem usa medicamentos para diabetes

Efeitos adversos e/ou tóxicos: não ha´relatos de efeitos adversos ou tóxicos relatados para
esta espécie

Contra-indicações: Um estudo em laboratório demonstrou atividade citotóxica de seu extrato


hidrometanólico e de sua fração diclorometano, principalmente devido à presença dos ácidos
caurenóico e grandiflorênico em suas composições(RONAN,2009), porém não foram encontradas
referências clínicas e/ou populares sobre toxicidade na literatura consultada.

Posologia e modo de uso: A população costuma usar alcoolatura com a parte aérea, com as
flores ou com as flores sem as lígulas para uso externo. O chá abafado, usado popularmente contra
a diabetes, é feito com as folhas colocando uma colher de sobremesa em uma xícara de água
quente e tomar 3 xícaras ao dia.
Observações: na medicina Ayurvédica é utilizada a espécie Wedeliacalendulaceaepara dor de
cabeça ,diarréia e distúrbios hepáticos.

Referências:

BATISTA, R. et al.Diterpenostripanosomicidas de Wedelia paludosa D.C. In: SIMPÓSIO DE PLANTAS


MEDICINAIS DO BRASIL. 14, 1996. Florianópolis-SC. Programa e Resumos. [Florianópolis, 1996]. p.
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BRESCIANI, L. F. V. et al. Estudo fitoquímico e farmacológico caomparativo de diferentes partes da


Wedelia paludosa (Compositae). In: SIMPÓSIO DE PLANTAS MEDICINAIS DO BRASIL. 15, 1998. Águas
de Lindóia,SP.Programa e Resumos. [São Paulo, 1998?]. p. 85.

CARVALHO, G. J. A. et al.Diterpenos, triterpenos e esteróides das flores de Wedelia paludosa.


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http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
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MANCZAK, A. et al. Efeito antinociceptivo do extrato hidroalcoólico obtido da Wedelia paludosa DC.
In: SIMPÓSIO DE PLANTAS MEDICINAIS DO BRASIL. 14, 1996. Florianópolis,SC.Programa e Resumos.
[Florianópolis, 1996?]. p. 95.

MICHALAK, I. E. Apontamentos fitoterápicos da Irmã Eva Michalak.Florianópolis: EPAGRI, 1997.


60p.

RONAN, B. et al. Cytotoxicity of Wedelia paludosa D.C. extracts and constituents. Revista Brasileira
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http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-695X2009000100009&lng=en -
Acesso em: 20 julho 2010.

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em: 20 julho 2010.

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SCHLEMPER, S. R. de M. et al. Avaliação da atividade antifúngica, in vitro, de algumas plantas


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