Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Uso popular: O chá preparado por infusão ou maceração a frio é empregado na má digestão e
azia e mal-estar gástrico em geral, bem como em desordens hepáticas. Usa-se mascar as folhas
engolindo o sumo lentamente para tratamentos de azia.
Também emprega-se a planta externamente no combate de piolhos.
Composição química: As folhas fornecem até 0,1% de óleo essencial rico em guaieno e
fenchona, responsáveis pelo seu aroma, alguns constituintes fixos de natureza terpênica, como a
barbatusina e ciclobarbatusina, e outros compostos correlatos e princípios amargos (MATOS, 2000).
Efeitos adversos e/ou tóxicos: Segundo Simões et al. (1986), apesar de terem sido
constatadas várias atividades biológicas para Coleus barbatus, sua ação terapêutica ainda não foi
totalmente estabelecida.
Preparações muito concentradas ou uso prolongado podem causar irritação gástrica. Há também
registro de um caso de sensibilidade a esta espécie.
Contra-indicações: Não deve ser utilizado em gestantes, lactantes, crianças, pessoas com
hipertensão (pressão alta), hepatites e obstrução das vias biliares. Pessoas que fazem uso de
medicamentos para o sistema nervoso central devem evitar o uso(ANVISA).
Posologia e modo de uso: O infuso é preparado com uma colher de chá das folhas secas ou
com uma colher de sopa das folhas frescas picadas para uma xícara de chá de água fervente.
A maceração é obtida a partir de uma colher de sopa das folhas frescas picadas para uma xícara de
chá de água fria. Deixa-se em repouso por 10 horas, coando-se a seguir.
No combate de piolhos: o decocto das folhas é misturado numa caneca com sabão de coco ou
glicerina sob aquecimento, deixando-se esfriar e endurecer.
Observações: É muito utilizado na medicina ayurvédica a espécie denominada C. forskohlii, na
Índia(9). Na literatura consultada somente Cunha et al. (2003) considera Coleus forskohlii como uma
espécie distinta de Plectranthus barbatus (sin. Coleus barbatus).
Referências:
ALASBAHI, R. H.; MELZIG, M. F.; Plectranthus barbatus: a review of phytochemistry, ethnobotanical uses and
pharmacology - Part 1. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 76, n. 7, p. 61-653, mai. 2010.
ANVISA. RDC N° 10/2010. Diário Oficial da União (Imprensa Nacional), 2010. Ano CXLVII, N° 46, Seção 1. p.
52-59.
CARRICONDE, C. et al. Plantas medicinais & plantas alimentícias. Olinda: Centro Nordestino de Medicina
Popular, 1996.
COSTA, M. A. et al Plantas e Saúde: Guia introdutório à fitoterapia. Brasília: Governo do Distrito Federal,
1992.
COSTA, M.C.C.D.; Uso popular e ações farmacológicas de Plectranthus barbatus Andrews. (Lamiaceae):
revisão dos trabalhos publicados de 1970 a 2003. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Botucatu, v. 8, n.
2, p. 81-88, 2006.
CUNHA, A. P.; SILVA, A. P.; ROQUE, O. R. Plantas e Produtos Vegetais em Fitoterapia. Lisboa: Fundação
Calouste Gulbenkian, 2003. p. 246-247.
LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa, SP:
Instituto Plantarum, 2008. p. 328-329.
MARDEROSIAN, A.; LIBERTY, L. E. Natural product medicine: a scientific guide to foods, drugs, cosmetics.
Philadelphia: George F. Stickley, 1988.
SIMÕES, C.M.O. Plantas da Medicina Popular do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: UFRGS, 1986
WANG, Y. Q. et al Studies on the chemical constituents of Coleus forskohlii. Zhong Yao Cai, China, v. 32, n. 9,
p. 5-1381, 2009.
ZHANG, W.; KONG, L.; Chemical constituents in the introduced Coleus forskohlii. Zhongguo Zhong Yao Za
Zhi, v. 34, n. 16, p. 2-2060, ago. 2009.