Você está na página 1de 4

URUCUM

Nome Científico: Bixa orellana  L.

Família botânica: Bixaceae

Sinonímias: Orellana orellana (L.) Kuntze, Orellana americana Kuntze, Bixa urucurana Willd., etc.
Nomes populares: urucu, colorau, urucuzeiro, açafroa-da-bahia, achiote (Peru, México, Cuba,
Argentina), etc.

Origem ou Habitat: América Tropical

Características botânicas: árvore ou arbusto perene, medindo de 3-8 m de altura. Folhas


simples, alternas, longamente pecioladas, glabras, levemente cordiformes a ovalado-lanceoladas,
grandes, medindo de 8-20 cm de comprimento. Flores brancas ou levemente róseas, dispostas em
panículas terminais. Fruto do tipo cápsula deiscente, ovoide, coberto densamente de espinhos
flexíveis, marrom-escuro quando maduro, abre-se por duas linhas longitudinais, mostrando uma
cavidade com muitas sementes - 30 a 40 sementes - de cor alaranjada forte a vermelho-escuro. Os
frutos encontram-se em cachos de até 17 unidades.

Partes usadas: sementes, folhas e raízes.

Uso popular: Os indígenas utilizam os arilos das sementes como matéria tintorial para a pintura
dos corpos em rituais, como proteção contra insetos e queimaduras por exposição ao sol e para
tingimento de tecidos e utensílios caseiros de palha e barro.
Na medicina caseira é utilizada como expectorante. O colorau é amplamente utilizado como corante
e condimento na cozinha nordestina.
Na literatura etno-farmacológica, as sementes são referidas como estomáquica, tonificante do
aparelho gastrointestinal, antidiarreica, antifebril, palpitações do coração, crises de asma,
coqueluche e gripe.

Composição química: As sementes são ricas em carotenóides. No arilo ceroso da semente


ocorre um óleo essencial rico em geranil-geraniol, monoterpenos e sesquiterpenos oxigenados além
dos carotenóides bixina e norbixina. As folhas contém flavonóides, diterpenos, ácido gálico e óleo
essencial.

Ações farmacológicas: antimicrobiana, antimalárica, hipoglicemiante, anti-inflamatória,


analgésica e antioxidante.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Nas doses usuais não foram observados efeitos adversos. Em
doses muito elevadas podem causar um efeito purgante e hepatotóxico.

Contra-indicações: O consumo das sementes ou da raiz pode ser abortivo.

Posologia e modo de uso: Infusão: 10g de raiz ou sementes para 1 litro de água. Tomar 1-3
xícaras ao dia. As sementes são empregadas na forma de chá, maceradas em água fria ou como
xarope.

Observações: As sementes de urucum eram utilizadas pelos indígenas desde o séc.XVII, como
antídoto em casos de envenenamento com ácido prússico ou cianídrico presente na mandioca
(Manihot sculenta) (Alonso & Desmarchelier, 2005).

Referências:

ALONSO J. DESMARCHELIER, C. Plantas Medicinales Autócnas de La Argentina, Buenos Aires: Editorial LOLA, 2005
DRESCHER, L. (coordenador). Herbanário da Terra: Plantas e Receitas. Laranja da Terra, ES: ARPA (Associação Regional
dos Pequenos Produtores Agroecológicos), 2001.
LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2.ed. Nova Odessa, SP: Instituto
Plantarum, 2008.
SIMÕES, C. M. O. Plantas da Medicina Popular do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: UFRGS, 1986.
http://www.tropicos.org/Name/3800005?tab=synonyms - acesso em 09 de outubro de 2012.

Você também pode gostar