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AMARANTO

Nome Científico: Amaranthus caudatus   L.

Família botânica: Amaranthaceae

Sinonímias: Amaranthus cruentus L., Amaranthus edulis Speg., Amaranthus leucospermus S.


Watson, Amaranthus sanguineus L., Amaranthus mantegazzianus Passer.

Nomes populares: amaranto, rabo-de-gato, rabo-de-raposa, inca wheat (English, United States),

Origem ou Habitat: O Amaranthus caudatus é encontrado nas regiões altas do Equador, Bolívia,
Peru e Argentina. Desenvolve-se rapidamente a uma altitude entre 1.400 a 2.400 mnm.

Características botânicas: Planta anual, monoica, atinge até 2 m de altura, com caule glabro
ou densamente pubescente na parte terminal. As folhas são verde pálidas de 6 a 20 cm de
comprimento e 2 a 8 cm de largura, lanceoladas a ovais, com pequenas manchas avermelhadas. As
flores são de cor alaranjada, rosa ou púrpura, e se caracterizam por agrupar-se em inflorescências
terminais alargadas que podem alcançar 50 cm a 1 metro de comprimento. Brácteas ovadas, com
cinco sépalas ovadas a oblongas nas flores estaminadas, e de forma elíptica e aguda nas flores
pistiladas.

Partes usadas: sementes e folhas.

Uso popular: A infusão das flores e das folhas é utilizada como antidiarreica, anti-helmíntica,
antisséptico bronquial e diurético. Na forma de gargarejos, é indicada para dores de garganta e
gengivites.
Como a maioria das espécies de amaranto, é consumida como hortaliça em preparações culinárias.
OBS.: Uma espécie semelhante, Amaranthus deflexus L. é utilizada popularmente na forma de
compressas como emoliente, para afeções de pele e facilitar a supuração.

Composição química: As folhas e sementes possuem taninos, saponinas e protéinas (ricas em


aminoácidos essenciais – de 12-16%), além de mucilagem, linfoaglutinina, amarantina,
isoamarantina, amaranthus peptídeos AC-AMP-I e AC-AMP-2, betacianina, L-DOPA, caroteno,
espinasterol, estigmasterol, ácido elaeosteárico, beta-sitosterol, campesterol, colesterol, 24-
metiléncicloartanol.

Ações farmacológicas: As partes aéreas apresentam atividade antimicótica contra Neurospora


crassa, atividade antihemaglutinina e atividade inibitória da síntese de proteínas. Os taninos de suas
folhas conferem atividade adstringente atribuídas ao seu uso popular, sobretudo nos casos de
diarréia. A amarantina demonstrou sua utilidade como marcador de proliferação celular maligna em
células de cólon humano ao unir-se a antígenos de superfície. O extrato etanólico das sementes
demonstrou in vitro propriedades antioxidantes devido a presença de compostos fenólicos. Em um
estudo com cobaias, a ingestão tanto o grão cru, como o azeite feito do grão, demostrou redução
dos níveis plasmáticos de colesterol total e LDL, com aumento da porção HDL.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Apesar de não existirem ainda estudos toxicológicos, não
foram descritos na literatura efeitos colaterais ou caráter tóxico.
Posologia e modo de uso: Infusão, vertendo 1 xícara de água fervente sobre 1 colher de sopa
das folhas. Tomar 3 vezes por dia.
Para uso externo, infusão ou fervura das folhas na proporção de 150-200g de folhas para 1 L de
água.
Como a maioria das espécies de amaranto, é consumida como hortaliça em preparações culinárias,
suas sementes moídas são usadas para enriquecer outros farináceos na fabricação de pães e
biscoitos, além da preparação de sopas, mingau e sobremesas.

Observações: Possui um aspecto nutricional importante devido ao seu alto teor de proteínas.
Diferente da maioria dos cereais, que são deficientes em aminoácidos essenciais como lisina,
metionina e cisteína, o amaranto contém elevadas proporções destes (salvo leucina, do qual é
relativamente pobre), superando, todavia, o conteúdo proteico do leite e de outros cereais.
Na atualidade o Amaranthus caudatus é cultivado principalmente na Bolívia, Argentina, Equador,
Peru, México, Guatemala, Índia, Paquistão, África e China, onde é utilizado na forma de grão e como
hortaliça.
No Brasil existe a espécie Amaranthus viridis L.(ver caruru-de-mancha)

Referências:

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004. p. 139-142.

GUPTA, M. P. (ed.). 270 Plantas Medicinales Iberoamericanas. Santafé de Bogotá, Colombia:. Programa
Iberoamericano de Ciencia y Tecnología para el Desarollo (CYTED), 1995. p. 13-15.

http://www.tropicos.org/Name/- Acesso em: 30 de março de 2012.

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