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PITANGUEIRA

Nome Científico: Eugenia uniflora  L.

Família botânica: Myrtaceae 

Sinonímias: Eugenia brasiliana (L.)Aubl., Plinia rubraL., Plinia pedunculata L.f., Plinia


tetrapetala L., Myrtus brasiliana L., etc.

Nomes populares: pitangueira-vermelha, pitanga, pitanga-vermelha, ibipitanga, pitangatuba,


pitangueira-de-jardim, pitangueira-do-campo, etc.

Origem ou Habitat: É nativa do Brasil.

Características botânicas: arbusto ou arvoreta medindo de 4-10 m de altura, de tronco


tortuoso e liso, de cor pardo-clara, ramificado, copa estreita. Folhas simples, opostas, oval-
lanceoladas, medindo até 7 cm de comprimento e 3 cm de largura, curto-pecioladas, glabras,
brilhantes, as folhas jovens são avermelhadas. Flores brancas, hermafroditas, diclamídeas,
tetrâmeras, actinomorfas, pétalas delicadas, caindo facilmente com a brisa. Frutos tipo drupa,
globosos e sulcados, brilhantes, de cor vermelha, amarela-alaranjada ou preta, com polpa carnosa e
agridoce, contendo uma ou duas sementes. As raízes rebrotam sob a árvore. 
No Cerrado ocorre a espécie Eugenia pitanga (O.Berg)Kiaersk., de porte menor, até 1 metro de
altura, com frutos e usos semelhantes.

Partes usadas: folhas e frutos.

Uso popular: As folhas são usadas na forma de chás e banhos para tratamento de febres
intermitentes, o chá contra diarreias persistentes, contra afecções do fígado, em gargarejos nas
afecções da garganta e contra o reumatismo e gota. É tido popularmente como estimulante e
excitante.
Os frutos são comestíveis, ao natural ou na forma de polpa para sucos e geleias. No Nordeste
popularizou-se na forma de sorvete, picolé, refrescos, geleias, licor e vinho. 
Na Argentina e Uruguai é utilizada para combater a hipertensão arterial. 
No Paraguai é utilizada como eupéptica, aromática, hipolipemiante e hipoglicemiante.

Composição química: Frutos: vitaminas A, complexo B, C e os minerais cálcio, ferro e fósforo,


ácidos cítrico e oxálico, pectinas e licopeno, óleo essencial composto por furanoelemeno,
germacreno, gama-elemeno, selinadieno e oxidoselina. Contém ainda fibras insolúveis. A pitanga
roxa apresenta consideráveis teores de fenólicos e carotenóides - as antocianinas e os flavonóis -
com propriedades antioxidantes. 
Folhas: ácidos gálicos, sitosterol, triterpenos, compostos fenólicos, flavonóides, triterpenóides, óleo
essencial contendo limoneno, cineol, cânfora, compostos sesquiterpênicos, citronelol e geraneol.
Em folhas de pitangueira (Eugenia uniflora) coletadas no leste do Paraguai, foi assinalada a
incidência dos flavonóides quercetina e miricetina, taninos macrocíclicos hidrolisáveis, obtidos do
extrato metanólico das folhas.
Os compostos fenólicos foram investigados por vários autores, como eugeniflorinas D1 e D2,
derivados da pentahidroxiindolizidina, as quais são atribuídas propriedades antidiabéticas.

Ações farmacológicas: Possui ação antioxidante, antibacteriana, antifúngica, anti-inflamatória,


antidiarreica, analgésica, levemente calmante, efeito vasodilatador e redutor de batimentos
cardíacos, possui ação inibitória sobre as enzimas a-glicosidase, maltase e sucrase. Apresenta
atividade vaso-relaxante e hipoglicemiante.
Os frutos apresentam fibras insolúveis que auxiliam a função do trato intestinal.

Contra-indicações: É contra-indicada em pacientes com arritmias cardíacas.

Observações: Outros usos: 
Corante - as antocianinas são pigmentos naturais e podem ser utilizadas como corante de
alimentos. 
Cosmético - as folhas de pitanga tem emprego na indústria cosmética do país, para extração do óleo
essencial, que são usados na composição de xampu, sabonetes, cremes para a pele e o cabelo.
No Brasil, várias Mirtáceas possuem valor alimentício, como os gêneros Psydium(goiaba,
araçá), Plinia (jabuticaba), Eugenia (pitanga, cereja-nacional, jambo e Cambuci); os
gêneros Pimenta (pimenta) e Syzygium (cravo-da-índia) destacam-se como condimentos. 

Referências: 

Espécies nativas da flora brasileira - plantas para o futuro,Região Sul,/ Lídio Coradin et al. Brasília, MMA, 2011. 
LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2.ed. Nova Odessa, SP: Instituto
Plantarum, 2008.
CORRÊA, M. P.. Dicionário das plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas (1926-1978) (6 v.). Rio de Janeiro: IBDF,
1984. 
SIMÕES, C. M. O. Plantas da Medicina Popular do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: UFRGS, 1986.
Sobral, M., Proença, C., Souza, M., Mazine, F., Lucas, E. 2012. Myrtaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim
Botânico do Rio de Janeiro. (http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB010560).- acesso em 04 de outubro de 2012.
http://www.tropicos.org/Name/22101634 - acesso em 04 de outubro de 2012.

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