Você está na página 1de 30

Plantas

medicinais
Casca Sagrada, Doutor Imbira, Mulungu e Pau de Sapo

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA


Departamento de Ciências Biológicas – DCB
Botânica Aplicada à Farmácia
Docente: Marcos Ferreira
Discentes: Emanuela Magalhães, Jessica Larissa e Thaine Rocha
01 02
Casca sagrada Pau de Sapo

03 04
Mulungu Doutor imbira
01
Casca sagrada
Nome científico: Rhamnus purshiana D.C
Família: Rhamnaceae
Gênero: Rhamnus

Nomenclatura popular: Cascara sagrada, cascara


bulkthorn, chittem bark, sacred, bark, bitter bark,
bearwood.

Parte utilizada da planta: Casca do caule e dos ramos.

Região de ocorrência: originaria do oeste da América do


norte, mas se adaptou bem ao Brasil .
Características morfológicas

Árvore pequena que mede em Suas folhas são elípticas e caducas, Os frutos são negros globosos de
torno de 5 metros podendo tem de 5 a 15 cm de largura e se aproximadamente de 7,5 mm de
chegar até 12 metros de altura. agrupam nos extremos dos ramos. diâmetro
Aspectos quimicos Aspectos
farmacologicos
● cadeia longa de ácidos graxos com vários
componentes fenólicos
● substâncias presentes na Cascara sagrada em
● Suas cascas contêm cerca de 6 a 9% com toque com a mucosa intestinal produz um
diferentes antracênicos movimento de peristaltismo através de um
mecanismo de ação não definido.
● Presença majoritária de cascarosídeos
● hidroxiantracenos e antraquinonas soltos são
● glicosídeos de fisciona ,crisofanol, aloe- absorvidas no intestino grosso onde ocorre a
emodina, frangulina hidrolização
● Nas cascas a presença de ácidos palmítico
esteárico
❑ Usado no tratamento da constipação Contra indicações :
intestinal e na prisão de ventre (ação ❑ gestantes e lactantes;
laxativa) ❑ crianças menores de 6 anos;
❑ pacientes que tem problemas intestinais
crônicos, apendicite, doença de Crohn,
sangramento retal e colite ulcerativa
Usos Populares: prisão de ventre, problemas no
fígado, cólicas menstruais, calmante , retenção de
liquido Efeitos colaterais: pode apresentar cólicas e diarréias
✓ Possui patente
02
Pau de sapo
Nome científico: Heliotropium transalpinum Vell

Família: Boraginaceae

Gênero: Heliotropium

Nomenclatura popular: Barragem-crista-de-galo

Parte utilizada da planta: Casca


Regiões de ocorrência

• Nordeste (Bahia)
• Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso do
Sul)
• Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais,
Rio de Janeiro, São Paulo)
• Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa
Catarina)
Características morfológicas

Ramos e folhas com Corola entre 3,4 a 4,2 Fruto esquizocárpico entre 2,5–
tricomas malpighiáceos milímetros de comprimento, 3 × 3,3–4 milímetros,
sublageniforme, cilíndrica, subgloboso, deiscência
estigma cônico longitudinal em 4 mericarpos
Aspectos
farmacológicos

● Possui alcaloides pirrolizidínicos causadores de tumores


hepáticos ou de falência hepática, dentre outros males
● Proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA) na composição de medicamentos fitoterápicos ou
produtos tradicionais fitoterápicos
03
mulungu
Nome científico: Erythrina Verna

Família: Fabaceae

Gênero: Erythrina

Nomenclatura popular: Murungu, mulungu-coral,


molungo, amansa-senhor, capa-
homem, canivete, corticeira, bico-de-
papagaio, eritrina, sapatinho-de-
judeu, sananduva e mulungú-suinã

Parte utilizada da planta: Cascas e inflorescências


• É endêmica do Brasil, encontrada no Cerrado,
Caatinga, Amazônia e Mata Atlântica.
• Além desta existem mais duas espécies do gênero
Erythrina que também são conhecidas como
mulungus:
1. Erythrina velutina (mulungu-da-caatinga), América
do Sul
2. Erythrina speciosa (mulungu-do-litoral), Brasil.
A espécie é utilizada como árvore ornamental nas
regiões tropicais e subtropicais e como planta
medicinal na medicina tradicional sul-americana,
especialmente na brasileira.
Regiões de ocorrência

• Tem distribuição natural na Costa Rica,


Panamá, Colômbia, Venezuela, Guianas e
Brasil.

No Brasil ocorre nos estados do Acre,


Rondônia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso,
Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São
Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande
do Sul.
Características morfológicas

• Árvore de 15-20m altura, tronco aculeado, ramo


glabrescente, lenticelado;

• Folha caduca no período reprodutivo; estípula caduca;


estipela glanduliforme; pecíolo 6,8-13cm;

• A espécie caracteriza-se pelas inflorescências em pseudo-


racemos axilares, corola laranja-avermelhado e fruto tipo
folículo;

• Floresce a partir de meados de agosto com a árvore


totalmente destituída da folhagem, prolongando até o
final de setembro.
Aspectos quimicos Aspectos
farmacologicos
Apresentam:
● Alcalóides; ● Atividade ansiolítica;

● Flavonóides; ● Ação anticonvulsivante,

● Cumarinas; ● Calmante

● Saponinas;
● Açúcares redutores e
triterpenos/esteróides.
Usos Populares:
• A utilização para fins medicinais é Contra indicações :
em geral feita sob a forma • Crianças com menos de 5 anos
de tintura ou por decocção da casca • grávidas
ou folhas. • Mulheres que estão amamentando
• Pessoas que usam medicamentos anti-
• São utilizados como sedativo, para hipertensivos ou antidepressivos, sem
acalmar situações de nervosidade supervisão médica
excessiva, combater a insónia e a
depressão e para baixar a pressão
sanguínea.
Efeitos colaterais: sedação, sonolência e paralisias musculares
✓ Possui patente

Fonte: google imagens


04
Doutor imbira
Nome científico: Pseudobombax Marginatum

Família: Malvaceae
Gênero: Bombax

Nomenclatura popular: Imbiratanha, embiruçu,


imbiratanha, paina-de-arbusto (DUARTE, 2006)
embira da catinga, embira catingueira, doutor
imbira dentre outros
Parte utilizada da planta: Casca
Regiões de ocorrência

• Minas Gerais;
• Goiás;
• Mato Grosso;
• Região Nordeste: na caatinga e ocasiolnalmente, na vegetação de transição
entre este ecossistema e a floresta montana.
• No Ceará, está presente na caatinga arbórea e encostas de serras,
podendo ser encontrada em solos rasos e pedregosos.
Características morfológicas

• Árvore lenhosa de folhas caducas, que se apresenta como


planta decídua de tronco largo com casca verde lisa ou
rugosa, e de raízes tuberculadas.

• Porte arbóreo, 6 a 14 metros, caule ereto, reto, diâmetro de


30 a 40 cm com casca lisa com listras longitudinais, ou
rugosa com “rugas” (sic) verdes ou posteriormente, cinza.

• As flores têm pétalas compridas e estreitas, recurvadas,


internamente brancas e são dotadas de muitos estames
brancos e longos.
Aspectos quimicos Aspectos
farmacologicos
● Há presença de fenóis, taninos,
alcalóides, esteróides livres e, algumas ● A literatura, não dispõe de trabalhos
classes de flavonóides foram detectadas que apresentem dados fitoquímicos da
em extratos hidroalcoólicos da casca e folha de Embiratanha.
entrecasca de P. marginatum de acordo
com Chaves (2012) e Paiva et al.
(2013).
Usos Populares:

• O decocto e o macerado aquoso de


sua casca e entrecasca é comumente
utilizado para o tratamento de
insônia, ulceras, gastrites e
inflamações

✓ Não possui patente


• Cáscara sagrada: Conheça a planta medicinal - Vitat. Vitat. Disponível em:
<https://vitat.com.br/cascara-sagrada/>. Acesso em: 1 jun. 2022.
• QUANTIFICAÇÃO DE ANTOCIANINAS DOS EXTRATOS DE EMBIRATANHA (Pseudobombax
marginatum) - DOI: 10.15628/holos.2015.2459
• CENTRAL FARMA. Cáscara sagrada - Laxante que promove o bom funcionamento intestinal -
Central Farma. Centralfarma.com.br. Disponível em: <https://www.centralfarma.com.br/cascara-sagrada-
75mg-30-capsulas/p>. Acesso em: 1 jun. 2022.
• DOS, Contribuidores. Árvore lenhosa, xerófila, de folhas caducas. Wikipedia.org. Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Embiratanha>. Acesso em: 1 jun. 2022.
• ST. -HIL, A; CAMBESS, Juss; AVALIAÇÃO DE, A; et al. UNIVERSIDADE FEDERAL DE
PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS
FARMACÊUTICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
DESENVOLVIMENTO FARMACOTÉCNICO DE FORMULAÇÕES PLÁSTICAS DO EXTRATO
BRUTO DO CAULE DE Pseudobombax marginatum (. [s.l.: s.n., s.d.]. Disponível em:
<https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/10242/1/DISSERTA%C3%87%C3%83O%20JORGE%2
0VERAS%20FILHO%202012%20FINAL%20pdf.pdf>. Acesso em: 1 jun. 2022.
• https://florien.com.br/wp-content/uploads/2016/06/CASCARA-SAGRADA.pdf
• https://infinitypharma.com.br/wp-content/uploads/2020/05/Cascara%20Sagrada%20Extrato%20Seco.pdf
• SOUZA, Jaqueline. UNIVERSIDADE DE UBERABA UNIUBE ESTUDO DA ESPÉCIE Rhamnus
purshiana DC CONHECIDA CÁSCARA SAGRADA. [s.l.: s.n.], 2019. Disponível em:
<https://repositorio.uniube.br/bitstream/123456789/849/1/ESTUDO%20DA%20ESP%C3%89CIE%20Rh
amnus%20purshiana%20DC%20CONHECIDA%20C%C3%81SCARA%20SAGRADA.pdf>.
• SIBBR. Species: Heliotropium transalpinum (Pau-De-Sapo). Sibbr.gov.br. Disponível em: <https://ala-
bie.sibbr.gov.br/ala-bie/species/286438?lang=pt_BR>. Acesso em: 1 jun. 2022.
• FERNANDES, José. ESTUDO MORFOLÓGICO DE Heliotropium transalpinum VELL.
(BORAGINACEAE): UMA ESPÉCIE MEDICINAL EM ALTA FLORESTA, MATO
GROSSO. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, v. 18, n. 37, 2021. Disponível em:
<https://conhecer.org.br/ojs/index.php/biosfera/article/view/5316>. Acesso em: 1 jun. 2022.
• Flora Digital do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Ufrgs.br. Disponível em:
<http://www.ufrgs.br/fitoecologia/florars/index.php?pag=buscar_mini.php&especie=6801>. Acesso em:
1 jun. 2022.

Você também pode gostar