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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA

FARMÁCIA

AMANDA NASCIMENTO DO AMARAL


HENRIQUE APOLINÁRIO DA SILVA
KIMBERLY NAYARA SILVA DOS REIS
LOURRANY PEREIRA DA SILVA
NATÁLIA LOURDES MOURA CELESTINO
NICOLLY GABRIELA ROCHA FERRAZ
PEDRO PAULO PEREIRA DA SILVA
SINDY LAUREN OLIVEIRA FERREIRA

QUÍMICA DOS PRODUTOS NATURAIS

CAPIM CIDREIRA (Cymbopogon citratus)

Belo Horizonte

2022
AMANDA NASCIMENTO DO AMARAL
HENRIQUE APOLINÁRIO DA SILVA
KIMBERLY NAYARA SILVA DOS REIS
LOURRANY PEREIRA DA SILVA
NATÁLIA LOURDES MOURA CELESTINO
NICOLLY GABRIELA ROCHA FERRAZ
PEDRO PAULO PEREIRA DA SILVA
SINDY LAUREN OLIVEIRA FERREIRA

QUÍMICA DOS PRODUTOS NATURAIS

CAPIM CIDREIRA (Cymbopogon citratus)

Trabalho apresentado ao curso de Farmácia do


Centro Universitário Una, como requisito parcial
de obtenção de nota para aprovação da
Unidade Curricular de Química dos Produtos
Naturais.

Orientadoras: Ana Carolina Oliveira Bretas

Marina Pereira Rocha

Belo Horizonte

2022
1. Introdução

O capim-cidreira, cujo nome científico é Cymbopogon citratus (DC) Stapf,


pertence à família Poaceae, também mais conhecido popularmente como: capim-
limão, capim-cheiroso, capim-cidrão, dentre outros. É uma planta de origem asiática
especificamente na (Índia), e no Brasil é muito comum nas regiões tropicais
(SANTOS, 2009). Sua principal utilização é por infusão, onde são acondicionadas as
folhas secas, em água fervente por 5 a 10 minutos (MELLO, 2006).
De acordo com (SANTOS, 2021), quando as folhas são maceradas,
apresentam forte essência de limão caracterizada pelo nome de lemongrass. No seu
óleo essencial, é composto principalmente pelo citral, o que garante sua função
calmante e espasmolítica. Na planta também são encontradas várias classes
metabólicas secundárias, que apresentam abundantes atividades biológicas (MELLO,
2006). A comprovação realizada por (SHAH, 2011) sobre o óleo, revelou a presença
de vários compostos potencialmente bioativos, como fenóis, terpenos, álcoois,
cetonas, ésteres e principalmente aldeídos têm sido constantemente registrados.
O capim-cidreira é predominantemente usado na forma por infusão, ou por
extração do seu óleo essencial (COSTA, 2015), tem efeito sedativo, calmante do
sistema nervoso e antibacteriano (LUCENA 2015, PEIXOTO 2015). Além de
promover outros aspectos benéficos, comprovados cientificamente. É usado para
tratamento de cólicas abdominais, febres, dores abdominais e hipertensão (LIMA
2013, MARTINS 2010, NETO 2015, NUNES 2015).
Além do uso popular bastante reconhecido, para distúrbios nervosos e
estomáquicos, o capim-limão tem emprego industrial vasto. As folhas desidratadas
são utilizadas, principalmente, pela indústria alimentícia para o fabrico de chás
(ONAWUNMI, 1984). O óleo essencial, extraído das folhas, tem emprego tanto na
indústria alimentícia, como flavorizante e aromatizante, quanto na indústria
farmacêutica na produção de fitoterápicos, inseticidas, cosméticos e perfumaria
(LORENZETTI, 1991). Várias propriedades do capim limão foram comprovadas em
experimentos científicos, citando-se entre estas as ações antimicrobiana, analgésica,
anti cancerígena, repelente a insetos e inseticida e como fonte de vitamina A
(GILBERT 1999, MELO 2002).

Embora a medicina moderna esteja bem desenvolvida na maior parte do

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mundo, a OMS reconhece que grande parte da população dos países em
desenvolvimento depende da medicina tradicional para sua atenção primária, tendo
em vista que 80% desta população utilizam práticas tradicionais nos seus cuidados
básicos de saúde e 85% destes utilizam plantas ou preparações destas. BRASIL.
Plantas Medicinais e Fitoterápicos (2006). Apesar da rica biodiversidade existente no
Brasil, e a utilização de ervas tidas como medicinais por grande parte da população,
pouquíssimos são os dados científicos existentes sobre o uso terapêutico e possíveis
efeitos tóxicos das mesmas. Além disso, historicamente, o uso de ervas medicinais
desde os tempos remotos, têm mostrado que fazem parte da evolução humana e
foram os primeiros recursos terapêuticos utilizados pelos povos, incluindo os
indígenas, desde o período colonial. Portanto, é de extrema importância o
conhecimento sistemático acerca de plantas medicinais e fitoterápicos, a fim de
capacitar o futuro profissional de saúde sobre o emprego correto desses insumos, de
forma segura e racional, além de promover a saúde da população por meio do
estabelecimento de requisitos de qualidade e segurança, e assim apoiar as ações de
vigilância sanitária e induzir o desenvolvimento científico e tecnológico nacional.
O presente trabalho tem como objetivo a elaboração de um artigo científico,
com a finalidade de aprofundar os conhecimentos acerca de plantas medicinais,
especificamente a espécie Cymbopogon citratus (DC.) Stapf, bem como sua forma de
uso, aspectos químicos e farmacológicos, controle de qualidade e estudos inovadores
que envolvam a espécie.

2. Metodologia

Foi realizada uma pesquisa de campo no âmbito acadêmico, com a finalidade


de coleta de dados e verificar a incidência e a frequência de uso de plantas
medicinais, bem como suas formas de uso, a finalidade terapêutica utilizada, além
da origem do conhecimento acerca das mesmas. Após isso, a planta Cymbopogon
citratus (DC.) Stapf foi escolhida pela maior prevalência de uso e, a partir de então,
realizou-se uma revisão bibliográfica, através de fontes de dados acadêmicos (BVS,
science direct, repositórios de universidades e teses de doutorados, scielo), além de
sites de órgãos oficiais em saúde (Ministério da Saúde, Renisus, Formulário de
fitoterápicos, Memento fitoterápicos), com a finalidade de explorar seus aspectos
físicos, sua forma de uso, condições de cultivo, coleta, informações botânicas,

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constituição fitoquímica além das normas de qualidade associado aos compostos
químicos da espécie, preconizados pela Farmacopéia brasileira. Buscou-se também
conhecer sua atividade farmacológica, além de estudos inovadores que envolvam a
espécie, para que seu uso seja identificado e reproduzido com respaldo científico,
possibilitando assegurar eficácia e segurança, além de otimizar futuros estudos
acerca da espécie.
Nessas pesquisas foram buscados principalmente os seguintes termos:
fitoquímica, controle de qualidade, Cymbopogon citratus, capim-limão, citral,
finalidade terapêutica, origem, toxicidade.
Além disso, tanto a Farmacopeia Brasileira volume 2 como a Farmacopeia
Brasileira, 6ª Edição (última atualização pela RDC nº 609, de 9 de março de 2022),
foram utilizadas como referência, em razão da padronização de informações. Acerca
da janela temporal eleita para a procura dos dados, escolheram-se as referências de
2002 a 2022.

3. Referencial Bibliográfico

A espécie Cymbopogon citratus (DC) Stapf, apresenta odor aromático agradável,


característico de limão; sabor aromático e ardente; coloração verde-pálida (BRASIL.
Farmacopéia Brasileira), é denominada popularmente como: Capim-santo, capim-
limão, capim-cidró e capim-cidreira (BRASIL. Formulário de fitoterápicos da
Farmacopéia Brasileira, 2021). Nativa das regiões tropicais da Ásia (principalmente sul
da Índia e Sri Lanka), a planta é muito cultivada em quase todos os países tropicais,
inclusive no Brasil (onde é naturalizada). REITZ define as características
macroscópicas da planta de maneira bem específica, ao relatar:

(...) Erva perene, frondosa e robusta, que cresce formando touceiras de até 1 m ou
mais de altura, com rizomas curtos, colmos simples ou ramificados, eretos, lisos,
glabros. Folhas moles, basais, glabras; bainhas fechadas na base, mais curtas que
os entre-nós, estriadas; lígula membranácea ou árida, 4-5 mm de comprimento;
lâminas eretas, planas, longo atenuadas na base da lâmina estreita, para cima
atenuada, na ponta setacea, cerca de 1 m de comprimento, 5-15 mm de largura,
margens escabrosas e perto do ápice costa forte em baixo, alvacentas na face
superior. Inflorescências normalmente em pares de racimos espiciformes, destes um
ou outro solitário, e terminais no colmo ou nos ramos de colmo, 30- 60 cm de
comprimento, eretas, entrenós da ráquis semelhante aos pedicelos da espigueta
3
pedicelada; racimos desiguais, 3-6 cm de comprimento; pedicelos lineares, planos na
face ventral, dorsalmente convexos, normalmente com cavidade no ápice, vilosos,
arroxeados. Espiguetas sésseis desarmadas, canaliculadas no lado ventral, 4,5-5,0
mm de comprimento, 0,8-1,0 mm de largura, margens crescentes, ciliadas. Glumas
iguais ou subiguais, a inferior lanceolada, bilobulada no ápice, bicarinada, com
margens agudamente curvadas do meio para cima, a superior lanceolada, 4,3-4,5
mm de compr., normalmente 1-nervada. Lema estéril lanceolado, 3,5 mm de
comprimento, 2-nervado ciliolado. Lema fértil linear, 2,5 mm de comprimento, bífido,
1-nervado, ciliolado (1982, p. 23).

As condições de cultivo têm papel preponderante no rendimento agrícola desta


espécie. A qualidade, quantidade e duração da luz é um requisito fundamental. A posição
vertical das folhas possibilita maior área foliar por unidade de superfície de solo e uma
melhor utilização da luz como consequência imediata. Este fator, conjuntamente com o
aumento da temperatura e duração do dia, determinam rápido crescimento da massa
verde, alcançando a maturidade em menor tempo (ORTIZ, 2002). As melhores condições
para o desenvolvimento de Cymbopogon citratus (DC) Stapf, são calor e clima úmido
característicos de regiões tropicais como o Brasil, com plena exposição solar e chuva de
2.500 a 2.800 mm ao ano uniformemente distribuídas (NAIR, 1983, p.15).
(MATOS 2000, p. 198.), afirma que “a propagação é feita por divisão de touceira.
Deve-se separar os perfilhos com diâmetro maior que 1,5 cm e manter as folhas cortadas
ao meio, com 5 a 10 cm de comprimento. Em seguida, fazer o plantio em saco plástico
contendo solo e areia (1:1), ou em local definitivo no campo (a pleno sol), colocando dois
perfilhos por cova (10x10 cm) adubadas com 1 kg de esterco bovino. O espaçamento
indicado é de 30 a 50 cm entre plantas. Por ser uma espécie heliófita, desenvolve-se
melhor em clima tropical e úmido. A irrigação deve ser realizada 1 vez por semana”.
(PEREIRA 2011, p. 88) afirma que “a colheita deve ser realizada no período da
manhã entre 9 e 11 horas, de 3 a 6 meses após o plantio, e de 10 a 15 cm acima do solo,
sempre com intervalos de 40 a 50 dias. Após a colheita, a secagem é realizada em estufa
com ar circulante a temperatura de 45°C/36 horas. Após este procedimento, a droga
vegetal deve ser picada em fragmentos de 3 cm e armazenada em ambiente sem
umidade, podendo ser utilizada por um período de 6 meses. A secagem à 30°C, embora
favorável a menor perda de óleos essenciais, facilita a infecção por fungos”.
De acordo com (GILBERT 2005, p. 43) esta espécie não tolera geadas e estiagem,
podendo afetar a produção e qualidade das folhas. Para obter uma maior produtividade, o

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mesmo orienta a realizar o corte das folhas a cada 40 dias. Ressalta ainda a possibilidade
de ser atacada por cochonilhas de raiz e indica o plantio desta espécie em curvas de nível
para conter a erosão.

Figura 1- Planta medicinal Cymbopogon citratus

Fonte: EMBRAPA. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento. Embrapa Agroindústria Tropical ISSN


1679-6543, 42, (2011).
Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/900884/1/BPD11001.pdf

Segundo a normatização do Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia


Brasileira (2ª edição), a preparação extemporânea da folha consiste nos
seguintes componentes:

Tabela 1- Formulário de Fitoterápicos da Farmacopéia Brasileira, 2 edição

Fonte: (MELO-DINIZ et al., 2006)

5
Orientações para o preparo: preparar por infusão, durante 5 a 10 minutos,
considerando a proporção indicada na fórmula. Devem ser utilizadas as folhas secas
(MELO-DINIZ et al., 2006).
*Preparação extemporânea: Toda preparação para uso em até 48h após sua manipulação, sob
prescrição médica, com formulação individualizada BRASIL, Conselho federal de Farmácia,SP. (2022).

A espécie Cymbopogon citratus possui em suas folhas o óleo essencial, que


contém em maior quantidade substâncias do grupo monoterpenos: citral 65-80%,
(PORT'S, 2011). O mirceno também é apontado como sendo um terpeno característico
da espécie. Sendo sua quantidade presente de 27,04% no óleo essencial (LUCENA,
2013). Outro terpeno característico é o limoneno, um dos monoterpenos mais
frequentes no óleo essencial. Em alguns estudos também foram isolados terpenos
como o terpinoleno, o ocimeno, o pinemo, o cariofileno, o felandreno e o
oxobisaboleno (JESUS 2019, ODELABE 2019).
As folhas e rizomas do capim-cidreira também possuem diferentes flavonoides
como luteolina, quercetina, campferol, isoorientina e isoscoparina (OLIVEIRA, 2019).
Além dos constituintes citados, a espécie C. citratus possui em sua composição
compostos fenólicos e os alcalóides (SOUZA, 2015), e Segundo (PORT’S, 2011), nas
infusões da espécie Cymbopogon citratus encontrou-se resultados de forte atividade
antioxidante, tanto para o DPPH, bem como para inibição da peroxidação lipídica.

4. Controle de qualidade da droga vegetal

Visando a qualidade do insumo terapêutico, é importante que haja uma


fiscalização de controle de qualidade em todas as etapas da produção da droga
vegetal, tais como seleção da espécie, cultivo racional, coleta planejada, limpeza,
secagem, expurgo da matéria estranha, embalagem e armazenagem (DUARTE,
2010).
Um dos primeiros métodos a serem realizados é a amostragem, esse método é
realizado por quarteamento. É feito uma distribuição uniforme da droga vegetal sobre
uma área quadrada, dividida em quatro partes iguais e retirada as porções contidas
em dois quadrados de áreas opostas.
Após ser feita a amostragem, é comparado com uma matéria-prima referência
perfeitamente identificada de acordo com a Farmacopeia. A identificação
macroscópica das drogas quando inteiras, é baseada na forma, tamanho, cor,
6
superfície, textura, fratura e aparência da superfície de fratura (BRASIL, 2019).
Se na análise macroscópica de identificação das drogas forem adulterantes, é
realizada uma análise microscópica. A análise microscópica é indispensável quando o
material estiver rasurado ou em pó.
Também são realizados testes de matéria estranha que visa verificar se elas
estão isentas de materiais estranhos, a água para estabelecer limites de umidade para
a droga vegetal, as cinzas totais para determinar sua quantidade, a contagem do
número total de micro-organismos mesófilos, pesquisas de micro-organismos
patogênicos, metais pesados e resíduos agrotóxicos. Esses testes são realizados para
garantir a qualidade de uma droga vegetal (BRASIL, 2019).
A droga vegetal consiste em folhas dessecadas de Cymbopogon citratus
contendo no mínimo 0,5% de óleo volátil apresentando odor característico de citral. É
realizado um doseamento sobre a determinação de óleos voláteis em drogas vegetais
(5.4.1.6) onde é utilizado a planta seca rasurada e é destilada por quatro horas para
ver o seu rendimento e após essa metodologia é feito a Cromatografia a gás (5.2.17.5)
para determinar as concentrações relativas por integração manual ou eletrônica pelo
método de normalização (BRASIL, 2019).

5. Análise Fitoquímica

As plantas possuem diversas substâncias químicas que estão presentes em


todas as espécies e outras que são características de grupos botânicos ou
intraespecíficos, produtos do metabolismo primário e secundário, respectivamente. As
variações destes compostos estão submetidas à influência do clima, da composição
do solo e do período vegetativo, entre outros (CUNHA, 2014).
A análise fitoquímica preliminar, tem por objetivo caracterizar os componentes
químicos presentes nas plantas, produtos do metabolismo secundário vegetal. Esses
metabólitos servirão como marcadores químicos da espécie, ou até mesmo da região
que são encontradas (BESSA, 2013). Ao conhecer a composição química da droga
vegetal a ser trabalhada, pode-se delinear com mais clareza os melhores métodos
para a extração e os bioensaios aos quais deverá ser submetida para o isolamento de
princípios ativos na produção de fármacos e fitoterápicos (CARVALHO 2014, SILVA
2016).
Os métodos e técnicas utilizadas para a prospecção fitoquímica variam de acordo

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com a tecnologia disponível. Rotineiramente, são realizados testes com reações
químicas de coloração e precipitação em tubos de ensaios e placas de toques.
Todavia, são também feitas detecções e fracionamentos cromatográficos com
reagentes distintos, acompanhados de testes farmacológicos simples (CUNHA 2014,
SIMÕES 2010).
Estudos fitoquímicos realizados por SOUZA, RIBEIRO, SOARES, SODRE E
ASCÊNCIO (2015, p.2 a p.7), com a planta Cymbopogon citratus sucedeu-se da
seguinte maneira:
O extrato bruto foi obtido pelo decocto de 2 g do pó em 20 mL de etanol 70 %
seguido de filtragem em papel filtro.
Para investigação da presença de fenóis, flavonóides, e antraquinonas seguiu-se
a metodologia descrita por (MOUCO 2003), que consistiu em diferentes reações de
colorações e precipitações, incluindo:

●Reação com cloreto férrico, observando o desenvolvimento de coloração ou


precipitado indicando a presença de compostos fenólicos;
●Reação de cloreto de alumínio, verificando o aspecto fluorescente da substância em
oposição ao seu controle positivo frente à luz ultravioleta, que indicasse a presença de
flavonóides;
●Reação de Shinoda, observando-se o desenvolvimento de coloração rósea
avermelhada para a presença de flavonóides, violeta para flavanonas e laranja para
flavonas;
●Reação com hidróxido de sódio, observando o desenvolvimento de coloração
amarela intenso que indicasse a presença de flavonol.

Tabela 2 - Dados para detecção da presença de compostos pertencentes a diferentes classes de


flavonóides pela técnica de acidificação e alcalinização.

Fonte: (BARBOSA 2001, MATOS 2009).

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Tabela 3- Dados para detecção da presença de Subclasses de Flavonóides pela técnica de
acidificação, alcalinização e aquecimento.

Fonte: ASCÊNCIO, RIBEIRO, SOARES, SODRE, SOUZA, (2015).

Foi realizada também uma análise por cromatografia em camada delgada (CCD)
de acordo com o método descrito por (RODRIGUES 2004), com poucas modificações.
As classes de flavonóides detectadas para os extratos secos de folhas de C.
citratus, estão à mostra na Tabela 4. Como é possível observar, foram detectadas
quatro classes de flavonóides: Antraquinonas, Flavonóis, Flavonas e Xantonas,
estando em consonância com alguns resultados na literatura científica (GOMES 2011).

Tabela 4 - Resultados da prospecção fitoquímica de extratos de folhas de C. citratus

Fonte: ASCÊNCIO, RIBEIRO, SOARES, SODRE, SOUZA, (2015).

Como mostrado (Figura 2), a formação de precipitado indicou a presença de alcalóides


no extrato das folhas de C. citratus. (SOARES 2013, GOMES 2011) também relataram
a presença deste metabólito para esta espécie. Segundo (SOARES, 2013), a presença
deste composto na planta pode lhe conferir algum tipo de toxicidade, que deve ser
caracterizada e monitorada.

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Figura 2 - Reação para detecção de alcalóides em extrato de C. citraus. (A) Solução do extrato em HCl;
(B) Reagente Dargendorff; (C) Mistura de A e B formando precipitado (seta) indicando a presença de
alcalóides.

Fonte: ASCÊNCIO, RIBEIRO, SOARES, SODRE, SOUZA (2015).

O teste para saponinas indicou resultado fortemente positivo para esta


classe de metabólitos secundários, pela formação de espuma abundante e persistente
(Figura 3). Este dado reforça o potencial farmacológico da planta em estudo, pois
substâncias dessa classe, possuem propriedades anti-inflamatórias, larvicidas,
hipocolesterolemiantes, expectorantes, ventrópicas e cicatrizantes (PELAH, 2002).

Figura 3: Reação para detecção de saponinas. (A) com o teste de espuma; (B) solução controle.

Fonte: ASCÊNCIO, RIBEIRO, SOARES, SODRE, SOUZA (2015).

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A caracterização de fenóis por CCD (Figura 4), permitiu a pré-identificação de 03
possíveis compostos. Uma mancha característica do extrato (Rf = 0,84) coincide com o
da substância padrão quercetina (Rf = 0,84). Outra mancha do extrato (Rf = 0,93)
coincide com a distância do padrão morina (Rf = 0,93) e por último, outra mancha do
extrato (Rf = 0,18) foi coincidente com o padrão do ácido elágico (Rf = 0,18). Outras
manchas foram detectadas no extrato de C. citratus, indicando a necessidade da
utilização de mais padrões de referência e/ou outros tipos de eluentes no
desenvolvimento da técnica (ASCÊNCIO, RIBEIRO, SOARES, SODRE, SOUZA,
2015).

Figura 4: Cromatograma (CCD) da solução extrativa de C. citratus; (1) Extrato, (2) Padrão Quercetina,
(3) Padrão Rutina, (4) Padrão Morina, (5) Padrão Ácido Elágico, (6) Padrão Naringina, (7) Padrão Ácido
Tânico e (8) Padrão Galato de Epigalocatequina.

Fonte: ASCÊNCIO, RIBEIRO, SOARES, SODRE, SOUZA (2015).

Através dos testes qualitativos aplicados com extratos das folhas de


Cymbopogon citratus, identificou-se a presença de metabólitos secundários como
flavonóides, antraquinonas, alcalóides e saponinas. (ASCÊNCIO, RIBEIRO, SOARES,
SODRE, SOUZA, 2015).
O capim-cidreira (Cymbopogon citratus) possui uma constituição extensa de
compostos de interesse farmacobotânico, que abrange desde compostos com
finalidades antioxidantes, até compostos com finalidade para tratamentos
cardiovasculares. A investigação fitoquímica com a planta C. citratus é vasta na
atualidade, porém os metabólitos secundários constituem substâncias produzidas
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pelas plantas em concentrações variáveis de acordo com o ambiente adjacente da
mesma (SIMÕES, 2003).
De acordo com os resultados da prospecção fitoquímica de extratos de folhas de
C. Citratus, mostrados na figura 4, a concentração de flavonóides confere maior
quantidade em relação aos outros compostos.

5.1.Rota Biossintética
Os flavonóides pertencem a uma classe de compostos amplamente distribuída no
reino vegetal e representam uma das classes de metabólitos secundários mais
importantes e diversificados entre os produtos naturais. Encontram-se em abundância
nas angiospermas e têm grande diversidade estrutural (PEREIRA, 2016).

A estrutura básica dos flavonóides é formada por um núcleo fundamental, com 15


átomos de carbono (C15) arranjados em três anéis (C6-C3-C6), sendo dois anéis
fenólicos substituídos (os já mencionados anéis A e B) e um anel C (DORNAS, 2007).

Figura 5: Núcleo Fundamental dos Flavonóides e sua numeração

Fonte: (SIMÕES, 2017).

Os flavonóides estão envolvidos em uma variedade de processos biológicos, tais


como: a proteção dos vegetais contra a incidência dos raios ultravioleta, a proteção
contra insetos, fungos, vírus e bactérias; atração de animais para a polinização;
possuem atividade antioxidante; controlam a ação de hormônios vegetais; são agentes
alelopáticos e inibem enzimas. Também podem ser utilizados como marcadores
taxonômicos devido a especificidade em algumas espécies (RODRIGUES, 2015).
Os flavonoides são oriundos da rota biossintética mista, na qual Rodrigues define
da seguinte forma:

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(...) Uma parte do esqueleto flavonoídico é derivado do ácido chiquímico e a outra do
acetil-CoA . O esqueleto básico dos flavonóides é composto por dois anéis
aromáticos (A e B) e uma junção destes com três átomos de carbono, que formam o
anel C. A via do ácido chiquímico origina o aminoácido fenilalanina, precursora do
ácido cinâmico, responsável pela formação do anel aromático B e a junção com três
átomos de carbono. Já a via do acetil-CoA origina três moléculas de malonil CoA
que, através de reações subsequentes de hidroxilação e redução, levam a formação
dos anéis A e C. Juntamente com processos oxidativos, originam-se diferentes
classes de flavonóides: chalconas, flavanonas, flavonas, di-hidroflavonóis e flavonóis,
de acordo com a presença do oxigênio no átomo de carbono 4, ligação dupla entre
os átomos de carbono 2 e 3 ou a presença de um grupo hidroxila na posição 3 do
anel C.16 (Figuras 4 e 5) (RODRIGUES, 2015, p.8).

Figura 6: Esqueleto base dos Flavonóides

Fonte: (PEREIRA, I. S. P. et al., 2016. p. 8)

Figura 7: Biossíntese dos flavonóides

Fonte: (PEREIRA, I. S. P. et al., 2016. p. 8)

Figura 8: Continuação da Biossíntese dos Flavonóides

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Fonte: (PEREIRA, I. S. P. et al., 2016. p. 9)

6. Atividade Farmacológica

O chá ou abafado preparado a partir das folhas do C. citratus, frescas ou secas, é


bastante utilizado na medicina popular do mundo todo permitindo uma variedade de
indicações (DUBEY e al, 1997).

Na península Malaia é comum que as pessoas utilizem o chá obtido a partir das folhas
contra vários tipos de doenças como a gripe, pneumonia, febre, problemas gastrointestinais
e até como ação sudorífera. Na África e Ásia, a planta é considerada como antitussígeno,
anti séptico, anti-reumático para tratar lumbagos, entorses e hemopatias (ALVES, SOUZA,
1960).

No Brasil, o capim limão tem uso muito semelhante ao restante do mundo. Os


empregos atribuídos a essa planta são extremamente numerosos, tais como: fortificante,
antitérmico, antiinflamatório, digestivo, antigripal, analgesico, antiespasmódico, em
cardiopatas, diurético e muitos outros (BRANDÃO, STEHLMANN, 1994).

Segundo (NOGUEIRA, 1983), o capim-limão se destaca em vários estudos e foi


indicado como medicamento para “males psiconeurológicos" por 201 entre 479 mulheres
que frequentam unidades de saúde na cidade de São Paulo, mostrando que é a planta mais
utilizada para tal finalidade.

Efeitos adversos e toxicidade

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Estudos sobre a C. citratus apontam que a planta é atóxica (DUBEY, 2000), ou seja,
não possui toxicidade em seu consumo, indivíduos saudáveis fizeram o uso regular do chá,
pelo método de infusão e não foram constatadas evidências nocivas à saúde. (LEITE 1986,
FARMACOLOGIA 1985, FORMIGONI 1986). De acordo com (MIRSHA, 2001), ratos foram
submetidos ao extrato e não sofreram efeitos adversos, não houve também alterações
bioquímicas no sangue e nem na urina. Ausentes também ação genotóxica e mutagênica
(KAUDERER 1991, SILVA 1991, ZAMITH 1993).

Porém conforme (GUERRA, 2000), nos organismos de animais, podem gerar efeitos
hepatotóxicos e nefrotóxicos com o extrato fluído de 30 a 80%. Resultados coincidentes de
(PAIVA, 1997) demonstraram que o beta-mirceno e o liomoneno foram capazes de causar
nefropatia tubular hialina sexo-específica em ratos machos.

Interação medicamentosa

O capim cidreira preparado por infusão, decocção ou maceração possui interação


com calmantes e finalidades para controle da hipertensão, além de ser benéfico para
tratamento de pedras nos rins e febre (SCHIAVO, 2017).

Os estudos de (GONÇALVES 2017, JÚNIOR 2012), Apresentam que a planta C.


Citratus possui interação com clonazepam e diazepam aumentando o seu efeito
sedativo, o estudo aponta 50 entrevistas, onde 68% foram mulheres, pois possuem o
hábito com mais frequência de preparar os chás, e um maior conhecimento sobre os
homens, que apresentam apenas 32%. A faixa etária foi entre 20 a 90 anos, sendo
predominante 61 a 70 (VENDRUSCOLO, MENTZ 2006).

7. Estudos inovadores

Do ponto de vista etno farmacológico, o capim-limão vem sendo disposto


como carminativo, sedativo, diaforético, antipirético, diurético, antipirético e
antirreumático. Numerosos estudos vemnos trazendo que, mais que essas atividades,
existem presentestambém efeitos calmantes e leves antiespasmódicos,
analgésicos, anticancerígenos, antibacterianos, anti-helmínticos, antifúngicos,
inseticidas e larvicidas atribuídos ao composto alfa limão Aldeído,
beta citral e mirceno em seus óleos essenciais. O ordenamento deste óleo essencial
15
vem sendo citada em inúmeros estudos, tendo
como relevantes os compostos citral e o mirceno.(LORENZI; MATOS, 2002;
SOUSA et al., 1991; LEMOS et al., 2013),(GUIMARÃES et al., 2008).
Devido a composição de seu óleo essencial, o potencial antimicrobiano do capim
limão tem sido objeto de pesquisas. Santos et al.(2009) apresentaram que o óleo essencial
de capim limão foi altamente inibitório contra a bactéria S. aureus (0,08 mg/mL), porém
teve baixa atividade antibacteriana contraPseudomonas aeruginosa e E. coli (1,25 e 0,63
mg/ mL,respectivamente). ( PINHO; TATIANA; 2016 )

Um outro estudo realizado na universidade federal de Pernambuco, comprovou


a eficacia da ação dos componentes do Cymbopogoncitratus em embalagens ativas de
poli (BUTILENO ADIPATO co-TEREFTALATO) aditivada com óleo essencial de
capim limão.Nesse estudo os filmes foram preparados de quatro maneiras diferentes:
filmes de
PBAT puro; filmes de PBAT com 5% (m/m)de OECL; filmes de PBAT com 10% (m/m)
de OECL; filmes dePBAT com 15% (m/m) de OECL. (PESSOA, 2019)
O óleo essensial de capim limão apontou como componentes principais
o geraniol (36,89%), citral (35,68%) e cis-verbenol(20,02%). Estes compostos
aparecem em diversos estudos na literatura. O estudo de componentes principais
(PCA) demonstrou a agregação do óleo essencial na matriz polimérica através da
formação de grupos distintos para os filmes analisados. As propriedades mecânicas
dos filmes aditivados tiveram uma baixacom o aumento da concentração de óleo
essencial. O filme com
15% de OECL apresentou propriedades mais próximas a do PBATpuro. As caracterís
ticas dos filmes se mantiveram próximas das relativas ao polímero puro, confirmando
assim que a adição de óleos essenciais não teve efeito significativo sobre a
temperatura de cristalização (Tc), cristalinidade (Xc), temperatura de fusão (Tf)
e entalpia de fusão (ΔHf) dos filmes aditivos, e a faixa de
degradação térmica dos filmes aditivos. O filme adicionado de15% de OECL tem efei
to inibitório sobre Staphylococcus aureusem contato com
queijo mussarela, garantindo que o filme tenha umfuturo promissor como embalagem
para atividade antibacteriana em embalagens de alimentos perecíveis. O PBAT é
conhecido por ter propriedades de baixa barreira ao gás em comparação comoutros
polímeros. No entanto, suas propriedades de barreira ao gás natural foram mantidas
16
com a adição de 5% de OECL. Para valores mais elevados de óleos
essenciais adicionados, a permeabilidade aovapor de água dos filmes aumentou signif
icativamente.(PESSOA, 2019)

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