Você está na página 1de 8

Rev. Brasil. Biol.

, 2 (4 ) : 419-426

Dezembro, 1942 - Rlo ele Janeiro, D. F.

Cos
\ q42._ c.,

SOBRE ALEIRODIDEOS DO GENERO "ALEUROTHRIXUS"

(Homoptera) 1

A. DA CO ST A LIMA

Escola Nacional de Agronomía, Rlo de Janeiro, D. F.

( Com 9 figuras no texto)

O genero Aleurothrixus Quaintance & Baker, 1914, compreende

os sub-generas Aleurothrixus e Philodamus, ambos de Quaintance &

Baker (1917).

O segundo, restrito a Aleurodes interrogationis Bemis, 1 9 0 4 , , da

Califórnia, nao tem representante sul-americano.

No presente artigo trato de mais algumas formas, que me parecem

novas, distinguiveis das j á conhecidas mediante o emprego da seguinte

cha v e :

l. Area submarginal, na parte anterior do corpo, com cerdas espíní­

formes; na natureza, os p u p á r í o s sao sempre de cor amarelada pálida

ou esbranquícada e o revestimento céreo, de finos fios encrespados,

nao esconde o pupário ·. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

r. Area submarginal, na parte anterior do corpo, sem cerdas espini-

formes .' 3
� 2(1). Cerdas dos lados do orificio vasiforme muíto mais longas que o díá­

metro do orificio; 7 pares de cerdas espiniformes na área submar-

ginal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . aepini ,,

2'. Cerdas dos lados d o · orificio vasiforme aproximadamente tao longas

quanto o diámetro do orificio; 5 pares de cerdas espiniformes na

área submarginal . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . proximans ,,

3 (1'). Pupário todo claro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

3'. Pupário geralmente negro ou pardo escuro, com orla marginal clara . . 7

4(3) . Cerdas do orificio e posteriores curtas, aproximadamente da largura

do orificio ou mais curtas; espaeo entre este e a orla nao com mais

do dobro do diámetro antero-posteríor do orificio; cerdas posteriores


' '
maís ou menos afastadas da orla . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

' 4'. Cerdas do orificio e posteriores longas , muito mais lon gas que a lar­

' )
gura do orif i cio; espaco entre este e a orla marginal com mais do

dobro do diámetro a n t e r o - p o s te r í o r do orificio 6

l. 5 (4) • Pupários, na nature z a , protegidos por abundante secrecáo lanosa;


1

orificio vasiforme su bcor di forme; opérculo transversal, ocupando a

metade do ori f i cio; língua ultrapassando o opérculo solani

1
Recebido para pubtícacáo a 26 de Setembro de 1942.
420 A. DA COSTA LIMA

5'. Pupários, na natureza, cercados de fitas céreas decumbentes para

fóra; dorso também encoberto por um pouco de cera; orifício vasí­

forme pouco visivel; distancia entre as cerdas posteriores quase igual v

a que há entre as do orificio myrtacei

6(4'). Cerdas do orificio inseridas numa linha imaginária transversal tan­

genciando o bordo anterior do orificio; distancia do ponto de in­

sercáo das cerdas posteriores ao limite interno da orla crenulada

marginal aproximadamente igual a largura da orla . . . . . . . . ondinae

6'. Cerdas do orificio inseridas para trás daquela linha; cerdas poste­

riores inseridas mais para dentro, quase no meio da distancia entre

a orla e o orificio vasiforme . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Bondari n. sp.

7 (3') . Espaco entre o orificio vasiforme e a orla marginal com cerca do

dobro do diámetro antera-posterior do orificio, ou menos; cerdas pos­

teriores curtas, inseridas mais perto da orla que do orificio; cerdas

dorso-medianas longas e finas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

7'. Espaco entre o orificio vasiforme e a orla marginal com mais do

dobro do diámetro an tero-posterior do orificio; cerdas posteriores

mais ou menos longas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

8 (7) . Cerdas do orificio curtas, espiniformes; as posteriores táo robustas

quanto as do orificio 9

8'. Cerdas do orificio muito mais longas que a largura do mesmo, náo

espiniformes , inseridas p erto ou adiante da linha tra n s v er s a i magi ­

nária tangenciando a b orda a nterior do o r if i cio; cerdas p ost e riores

curtas , menos robustas que aquelas , náo e x cede n do a rla


o e i n seridas

mais perto da orla que do ori f i cio . . . . . . . . . . . . . . . Guimaraesi n . sp,/

9 ( 8) . Cerdas do or ifi cio inseridas adiante da Iinha imagin á ria passan do

p ela b orda anterior do mesmo; dist a ncia entre as ce r d as p oste r iore s

a p ro x imadamente igual a que se ru ede entre as do orif i cio . . . porieri

9 ' . Cerdas do ori f i cio inseridas perto da l inha imaginá r i a passan d o

pel a borda p osterior do orif i cio; di st a ncia entre as cerda s p os ­

terio r es i g u al ou menor que a metade da que s e ru ede entre as do

o ri f i cio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aguiari n. sp :

10 (7') . Cerdas p oste r iores inseridas pert a do meio d a dis t a ncia entre a orla

marginal e o ori f i cio; dist a ncia do pon t o de insercáo ao limite in­

terno da orla crenulada mar g inal igua l ou maior que a l argura (ou

es p essura ) da orla; cer d as do orif i cio e pos t eriores bem desen v o l vidas ,

b em mais longas que a largura do orif i cio . . . . . . . . . . . guareae n. sp . .

10'. Cerdas posteriore s inseridas mais perto do limite inte r no da orla que

do orificio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

11 (10') . Op érculo grande, o b literando quase toda a abertura do orif i cio; este

quase táo longo q u anto largo e com process o p ect i nado n a margem

pos te rior ; cerdas do orificio muito longas , atingi n do ou e x ceden do a

margem crenu l ada floccosus

11'. Op érculo pequeno , em r e l a c á o com a abertura do o r i f i cio ; este d i s t inta­

m e nte ma is largo q ue lon g o e sem qualquer processo na mar g em . . 12

12(11'). Cerdas do ori f i cio quase atingindo o l imi t e interno da orla cr enu­

lada , a p roximadamente táo longas quan t o a s po s t er i or e s , inseri das

a t rás de urna linha tra n sversa imaginária passa n do pelo meio d o

orifício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . similis

12'. Cerdas do ori f i cio atingindo ou pouco excedendo o meio da dist a ncia

entre o ori f i cio e a orla crenulada , mai s curtas que as posteriores e

inseridas pouco atrás de urna linha tra n sversa ima g inár i a tangen -

ciando a borda anterior do ori f i cio lucurnai n . sp. /


ALEIRODIDEOS DO GENERO "ALEUROTHRIXUS" 421

Aleurothrixus aépim (Goeldi, 1886)

Aleurodes aepim. Goeldi, 1886


Aleurothrixus aepim. Quaintance & Baker, 1914
Aleurothrixus (Aleurothrixus) aepim. Baker & Moles, 1921

Ateurothrixus graneli Blanchard, 1918, observado na Argentina sobre Tpo­

moea, deve ser Idéntico a espécie de GoELDI, comumente encontrada no Rio de

Janeiro sobre folhas de Manihot spp., redescrita primeiramente por QuAIN­

TANCE & BAKER e depois por BoNDAR. Dadas as condícóes do material examinado

por QuAINTANCE & BAKER ("poor") é natural que as figuras a.presentadas por

esses autores (est. 62, fígs, 1-7) sejam defeituosas. Assím é que náo se ve, no

pupárío, o único caráter específico de importancia assinalado por GoELDI para

aepim. Quero referir-me ao tamanho do par de cerdas implantadas aos lados

do orificio vasiforme, as quaís, conforme se ve nas figuras 76 de BONDAR e 4 de

BLANCHARD, s á o , de todas, as mais longas.

Quanto a presenea ou ausencia de processo pectinado na margem caudal

do orificio .vasiforme, se ele aparece quase sempre nos pupários de aepzm,

nunca é visto nas larvas. A larva, representada por QUAINTANCE & BAKER (fig. 2 ) ,

provavelmente ao ser montada, perdeu o par de espinhos cefálicos.

Aleurothrixus proximans Bondar, 1923

Na Baía, sobre folhas de louro (Lauraceae).

Aleurothrixus solani Bondar, 1923

Na Baía, sobre folhas de urna Solanácea.

Aleurothrixus myrtacei Bondar, 1923

Na Baía, sobre folhas de Myrtaceae.

Aleurothrixus ondinae Bondar, 1923

Na Baía, sobre folhas de "goncalínhc".

Aleurothrixus Bondari n. sp.

(Figs. 1 e 2)

Das especies conhecidas, ondinae é, sem dúvida, a que mais se

aproxima de Bondari, principalmente pelo tipo da secrecáo cérea, que

orla o pupário. Comparando, porém, alguns pupários de ondinae, gen­

tilmente cedidos por BONDAR, com os da nossa espécie, observo as se­

guintes diíerencas:

Nos exemplares de ondinae as cerdas laterais ·do orificio vasiforme ínse­

rem-se sempre numa linha transversal, ímagináría, passando adiante da borda

anterior do orificio; em Bondari ficam mais para trás, como se pode ver na n­

gura 2.

Em ondinae, a distancia do ponto de Insercáo das cerdas posteriores sub­

marginais ao limite interno da orla crenulada marginal é , aproximadamente,


422 A. DA COSTA LIMA

igual a largura desta regiao; em Botuiari, tal distancia é cerca de 1/3 maior

que a largura da referida re g í á o , inserindo-se as cerdas perto do meio do es­ del


m
pago entre o orifício vasiforme e a margem crenulada.

Em ondinae o orifício vasiforme está situado atrás de urna dobra trans­

versal e se apresenta exatamente como na fig. 81 a de BONDAR, o opérculo e :1


semi circular e ocupa a metade do orificio; em Bondari o orificio vasírorme é 1


quadrangular, pouco mais largo que longo (relacáo 6: 5), de contorno quase cir­

cular e se acha no fundo de urna depressáo, cuío tegumento se apresenta

circularmente esclerosado (fig. 2); o opérculo é trapezoidal, obliterando grande

parte do orifício, com a borda posterior representada por urna saliéncia me­

diana entre angulas póstero-laterais dentiformes.

Material típico, sóbre folhas de urna planta náo determinada; Rio de Ja­

neiro, 1940; n.? 8 . 786 da colecáo do Gabinete de Entomologia da Escala Na­

cional de Agronomia. Folhas, com os exemplares representados na figura l.

no vidro n.? 1.057. Exemplares típicos (cotipos) montados nas laminas l . 009-

1.013 da mesma colecáo ,

O nome da espécie é dado em homenagem a BONDAR pelo que con­

tribuiu para o conhecimento dos nossos Aleirodídeos.

Aleurothrixus Guimaraesi n. sp.

(Fig. 3)

As dimensóes. dos exemplares náo podem ser tiradas por es tes se acharem

dobrados.

Cór geral negra; orla amarelada, cera formando franjas, presas a margem.

Cerdas dorso-centrais e do orificio aproximadamente do mesmo compri­

mento, longas, as do orifício atingindo a orla; as cerdas posteriores (sub-mar­

ginais) cairam, contudo os poros de ímplantacáo térn cerca de metade do díá­

metro dos das cerdas do orificio; estas ficam situadas pouco atrás da linha

transversa imaginária passando pela borda anterior do orificio; as posteriores

inseridas a urna distancia do limite anterior da orla denteada marginal apro­

ximadamente igual a espessura da orla (que tem cerca de 26 µ.) . Distancia

entre os poros das cerdas do orificio 62,5 µ. ; entre os poros das cerdas poste­

riores 33,8 ¡.,• •

Material típico: n.? 8 . 976, da coleeáo do Gabinete da Escala Nacional de

Agronomía; sóbre folhas de sapotizeiro (Achras sapota), Rio de Janeiro, Eng.

Agr. José de Aguiar Guimaráes, col.; exemplar holotípo na lamina l . 947; pa­

ra tipo em lamina l . 946.

Aleurothrixus porteri Quaintance & Baker, 1916

Aleurottirixus (Aleurothrixus) porteri Quaintance & Baker, 1917, J. Agríe. Res.,

6: 466, fig. 3, A-D, E, G. I, K, L e est. 68.

Encontrado no Brasil sóbre Citrus e jaboticabeira e no Chile sóbre

Citrus, Cestrum parqui, Lippia citriodora, Myrtus, Persea americana e

Schinus.

Aleuroihrixus guareae n. sp.

(Figs. 4 e 5)

Dimensóes: 630-730 µ. x 430-480 ¡.,• •

Cór geral negra; orla amarelada; cera em placas presas a margem e em

filamentos flocosos cobrindo o dorso em maior ou menor extensáo.


ALEIRODIDEOS DO GENERO "ALEUROTHRIXUS" 423

Cerdas dorso-centrais muito mais longas e mais finas que as posteriores e

do orifício; estas quatro espínítormss e subiguais (v. Iig. 5) ; as do orifício

inseridas perto da linha imaginária passando pela borda posterior do mesmo;

as posteriores inseridas a urna distancia do limite interno da orla dentea da

marginal aproximadamente igual a espessura da orla (que tem cerca de 26 ¡1.l .

Distancia entre os poros das cerdas do orifício - 62,4 !J. ; entre os poros

das cerdas posteriores - 3 1 , 2 \J. •

Material típico: holotipo n. 0 8 . 978, montado na preparacáo l . 952, da co­

le�ao do Gabinete de Entomologia da Escola Nacional de Agronomía, colhido

Aleurothrixus Bondari n. sp. - Fig. 1: Folha com exemplares; fig. 2: parte posterior
do pupárío desp.gmen tado . Fig. 3 - Aleurothrixus Guimaraesi n. sp., parte posterior
do pupário despigmentado, prep. n.º 1947. Aleurothrixus Aguiari n. sp. - Fig. 4: P u p á r ío
despígmentado, prep. n. 0 1&59; fig. 5: parte posterior do pupário despigmentado, prep.
n. 1952. [Figs . 1 e 2, J. Pinto, foto; figs. 3 a 5, C. Lacerda, foto].
424 A. DA COSTA LIMA

pelo Eng, Agr. José de Aguiar Guimaráes, sóbre folhas de abieiro (Lucuma

caimito), no Rio de Janeiro, VII-1942.

Paratipos: n.? 8.977 (preparacñes n.? 1.948-1951 e p re p a r a c ó e s 42-44 da

mesma colecáo) , sóbre folhas de Guarea trichilioides, Quinta da Boa Vista,

Rio de Janeiro, C. Lima col. e preparacóes n.v 66 e 120 da colecáo da Divisáo

de Defesa S a ru t á rr a Vegetal; esta corn exernplares colhidos sóbre " c a b e l u d a"

(Eugenia tomentosa) e aquela com espécimes retirados de folhas de sapoti­

zeiro (Achras sapota); todos do Rio de Janeiro ( V - 1 9- 2 1 ) .

Fig. 6 - Aleurothrixus guareae n. sp., parte posterior do p u p á ri o despigmentado,


prep. n.º 1955. Aleurothrixus lucumai n. sp. - Fig. 7: Pu p á r r o s em folha de abieiro,
vidro n.º 1120; fig. 8: puparío despigmentado e corado, prep. rr.? 1963; fig. 9: parte pos­
terior do pupárto despigmentado, prep. n. 0 1964. [Todas as figuras e. Lacerda, foto].

A princípio julguei que os exemplares desta espécie fossem de A.

porteri, devido ao aspecto das cerdas, as posteriores e do orifício curtas

e espiniformes, as dorso-centrais longas e finas. Entretanto, o próprio

aspecto das cerdas espiniformes, comparado com o das que foram re-
ALEIRODIDEOS DO GENERO "ALEUROTHRIXUS" 425

presentadas por QuAINTANCE & BAKER para porteri e, sobretudo, a po­

sigao dessas cerdas levam-me a considerar os nossos espécimes como

de urna espécie diferente daquela.

Aleurothrixus Aguiari n. sp.

(Fig. 6)

Dimensóes: 832 µ. X 624 µ. .

Cor geral negra; nao foi observada a secrecáo cérea nos exemplares, quando

ainda nao estavam montados. Cerdas dorso-centrais, do orificio e posteriores

aproximadamente do mesmo tamanho; as do orificio inseridas adiante da linha

í m a g í n á r í a passando pela borda posterior do orificio; . as posteriores inseridas

a urna distancia do limite interno da orla denteada marginal aproximada­

mente igual a espessura da orla (que tem cerca de 39 µ.) e ainda mais aproxi­

madas da borda posterior do orificio.

Distancia entre os poros das cerdas do orificio - 57 µ. ; entre os poros das

cerdas posteriores - 26 µ. . .

Material típico: n.0 8.979, exemplares montados nas laminas 1.953-1.957,

da colecáo do Gabinete de Entomología da Escala Nacional de Agronomía, co­

lhidos sobre "carrapeteira" (Guarea trichiliodes) e nas preparacóes 43 e 45, da

mesma colecáo ,

Nota-se nesta espécie, em relacáo com o orifício vasiforme, urna

esclerose transversa e outra que se prolonga para trás da borda pos­

terior do orifício, o qual é quase totalmente fechado pelo opérculo.

Aleurothrixus floccosus (Maskell, 1895)

Aleurodes [loccosa. Maskell, 1895


Aleurodes horridus Hempel, 1895
Aleyrodes howardi Quaintance, 1907
, Aleurothrixus floccosus Quaintance & Baker, 1914
--- ;;,4.Zeurothrixus howardi Quaintance & Baker, 1914
• Ateurottiriscus (Aleurothrixus) [toccosus Quaintance .& Baker, 1917

Descrito de material colhido em Jamáica. Encontrado em Flórida,

México, Zona do Canal, Guiana Inglesa, Brasil, Argentina, Paraguai e

Chile; sobre Citrus e outras plantas.

Aleurothrixus similis Sampson & Drews, 1941


\

No México, sobre folha de um "mistletoe" (Loranthaceae).

Aleurothrixus lucumai n. sp.

(Figs. 7-9 )

Dimensóes: 8 1 6 µ. x 533 µ, .

Cor geral negra, fosca; secrecáo cérea abundante em volta do corpo, sob

o aspecto de tiras e filamentos flocosos. Cerdas dorso-centrais e do orificio

aproximadamente íguaís, mais fracas que as posteriores; as do orificio ínse­

ridas adiante de urna linha í m a g í n á r í a passando pela borda posterior do opér­

culo; as posteriores, inseridas a urna distancia do limite anterior da orla


426 A. DA COSTA LIMA

denteada marginal geralmente inferior a espessura da orla (que tem cerca de

18,5 uJ , bem afastadas do orificio.

Distancia entre os poros das cerdas do orificio 44 ¡.,. ; entre os poros das

cerdas posteriores - 3 1 ¡.,. •

Material típico - Exemplares cotípos: n.? 8 . 9 8 1 , de abieiro (Lucuma caimito)

e n.0 8 . 982, de sapotizeiro (Achras sapota), colhidos no Rio de Janeiro pelo

Eng. Agr. José de Aguiar Guímaráes ,

Esta especie deve ser muito próxima de A. similis Sampson &

Drews, 1 9 4 1 , se nao for mesmo idéntica. Entretanto, dela difere, prin­

cipalmente, na posicáo e aspecto das cerdas do orifício e por ter o

orifício vasiforme mais afastado da orla crenulada marginal.

BIBLIOGRAFIA

BAKER, A. C. & MOLES, M. L., 1921, The Aleyrodidae of South America with description
of four new chilean species. Re v . ctui » Hist. Nat., 25: 609-656, ests. 68-75.

BLANCHARD, E. E., 1918, Una nueva especie de Aleurothrixus (Homoptera, Aleyrodidae).


Physis, 4: 344-347, figs. 1-6. ·

BONDAR, G., 1923, Aleurodideos do Brasil. Secret. Ind. & Obras Pu b ! . da Bah í a Sec.
Pathol. Veget. III + 183 pp., 84 figs.

MASKELL, W. M., 1896, Contributions towards a monograph of the Aleurodidae a family


o f . Hemiptera - Homoptera. Trans .. & Proc , New Zeland Inst., 28: 411-449,
ests. 24-35.

QUAINTANCE, A. L. & BAKER, A. C., 1914, Classification of the Aleyrodidae. Part. II.
N. S. Dept. Agric., Bur . Ent., Techn. Ser., 27 (2): 95-109, ests. 35-48.

QUAINTANCE, A. L. & BAKER , A. C., 1916, Ale yr odidae , or white flies at tacking the
orange, with de s cri pt' ons of t'hr ee n ew species of economic i m p o r t a n c e. J. Agri­

Rev . , 6: 4 5 9 - 472, 3 figs., e s ts. 64-69.

QU AINTANCE, A. L. & BAKER, A. C . , 1917, A contribution to one k nowledge or the whi te


fli es o f the s ubfamily A leyrodinae ( Aleyrodidae ) . Proc. U. S. Nat. Mus., 5 1 : 33 5-445,
ests. 32-77.

SAMP SON, W . W . & DREW S, E. A., 1941, A review of the Aleyrodidae of M exico, Las es­

pe c ies mexicanas de l a familia Aleyrodidae ( I ns ecta, Homoptera). Ann. Ese. Nac.


Cien. Biol., México, 2 : 14 3 - 1 8 9 , 24 f igs.

Você também pode gostar