Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do

Amazonas
Campus Manaus Zona Leste
Sistema Agroecológico de Produção Vegetal

Celosia argentea L.
Amaranthaceae

Rayane Kamilly Ferreira Reis

Introdução

A Celosia argentea L. é muito cultivada na Nigéria por

pequenos agricultores para produzir alimentos adequados e
satisfazer suas necessidades alimentares e econômicas. É um
dos principais vegetais do sudoeste da Nigéria. É usado como
vegetal de vários outros países da África Ocidental e Central,
Ásia e América tropical e subtropical. Essa é uma importante
cultura dos vegetais folhosos e de alto valor nutritivo.

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Amaranthaceae
Essa família é o resultando da união das espécies da
Amaranthaceae com as espécies da Chenopodiaceae.
Amaranthaceae é uma família de angiospérmicas e segundo as
características morfológicas e moleculares pertencem à ordem
Caryophyllales, da classe Magnoliopsida, incluída no filo
Magnoliophyta.

A família Amaranthaceae no sensu lato tem 169 gêneros e cerca de

2.360 espécies (Judd et al. 2002; The International... 2009). No Brasil
são encontradas 145 espécies, distribuídas em 19 gêneros, sendo 71
espécies endêmicas de diferentes regiões e biomas brasileiros
(Marchioretto et al. 2010)
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Amaranthaceae
As flores da maioria das espécies da família Amaranthaceae são
monoicas. Em quase todas as espécies, as flores são pequenas,
actinomorfas e monoclamídeas. As flores da maioria das espécies
surgem em uma inflorescência densa, comumente protegida por
brácteas escariosas. As suas folhas são geralmente simples,
opostas ou alternas, destituídas de estípulas. Estas são geralmente
arranjadas alternadamente ao longo das hastes. A folhagem e as
flores de algumas espécies são coloridas, geralmente na cor
vermelha devido à presença de pigmentos de betalaína.

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Amaranthaceae
O porte das espécies da família Amaranthaceae é geralmente
pequeno, raramente atingindo alturas superiores a 1 metro,
normalmente ficando pelos 0,5 metros.

Algumas plantas que fazem parte da família Amaranthaceae

realizam fotossíntese denominada por fotossíntese C4, o que
significa que elas realizam o processo de fotossíntese com um
mecanismo especial de fixação de carbono. Apesar de não ser um
mecanismo raro, a família Amaranthaceae reúne o maior grupo de
plantas C4 do reino vegetal.

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Amaranthaceae
A maioria são nativas da África, América Central e América do Sul.
Diversas espécies pertencentes a esta família encontram-se perto
de estradas e em locais considerados baldios, pois são boas
colonizadoras, quando encontram condições adequadas, já outras
espécies são cultivadas com o propósito de serem utilizadas para
consumo ou para a realização de tratamentos medicinais.

Algumas das espécies dessa família são comestíveis e medicinais,

fazendo parte da alimentação do ser humano como vegetais
(espinafres) ou pseudocereais (quinoa).

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Origem do nome

Uma das explicações para o nome do gênero é que Celosia

vem do grego keleos, que significa queimar, pois suas
inflorescências têm o formato e a cor muito semelhante a
chamas. Já o epíteto específico argentea vem do latim,
significando prateada, já que suas inflorescências, nas formas
não domesticadas (selvagens ou silvestres), apresentam
coloração rosa prateado.

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Aspectos gerais
Espécie: Celosia argentea Subclasse: Caryophyllidae
Descritor: L Divisão: Spermatophyta
Gênero: Celosia Subdivisão: Magnoliophytina
Nome comum: celósia, (Angiosperma)
crista-de-galo, Tipo Fisionómico: Terófito
Origem: Índia (Introduzida e
crista-de-galo-plumosa,
naturalizada no Brasil)
espinafre-africano, suspiro. Distribuição geográfica:
Família: Amaranthaceae Norte, Nordeste,
Reino: Plantae Centro-Oeste, Sudeste e Sul
Ordem: Caryophyllales Biomas: Amazônia, Caatinga,
Filo: Tracheophyta Cerrado, Mata Atlântica.
Classe: Magnoliopsida 8
Descrição geral
- Herbácea anual e ereta
- atinge cerca de 30 – 100 cm de
altura.
- Pouco ramificada
- Caule suculento
- Folhas simples, submebranáceas,
pecioladas, marcadas pelas
nervuras na face superior
- Folhas verdes e às vezes levemente
avermelhadas ou arroxeadas, de
5-15 cm de comprimento.
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 Descrição das flores
- Organizadas em uma - Suas inflorescências, quando
inflorescência plumosa jovens, apresentam-se
terminal, muito vistosa, de eretas, mas assim que
panículas de espigas de forma começam a ficar maduras, o
peso das sementes faz com
piramidais ou cilíndricas
que fiquem pesadas e
alongadas. apresentem a característica
- Apresenta uma variação de forma pendente.
cores brilhantes, como
vermelhas, amarelas, laranjas, - Suas sementes são
púrpuras, cremes, prateadas e minúsculas, esféricas, pretas
e brilhantes.
rosadas.
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 Composição nutricional
- O conteúdo nutritivo encontrado nas
folhas, caules e flores dessa hortaliça é
suficiente para suprir grande parte dos
nutrientes necessários na dieta de uma
pessoa.

- A distribuição de nutrientes é diferente

nos órgão e nos tecidos e a
concentração na planta difere conforme
o seu ciclo de vida.

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 Composição nutricional (planta)
- Baixo teor de umidade o que aumenta o seu tempo útil na
prateleira.

- O teor de cinzas é alto no estágio da prefloração o que indica que

a hortaliça possui mais minerais neste período.

- A concentração de gordura bruta da planta se mantém estável

durante o seu ciclo de vida.

- O teor de fibra alimentar se mantêm superior comparado aos

outros espinafres da família.
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 Composição nutricional (planta)
- O teor de proteínas varia com a idade da planta.

- O maior registro é durante a prefloração, onde o consumo

dessa hortaliça durante esse período pode fornecer 12% da
dieta proteica recomendada para as pessoas.

- Contém todos os principais aminoácidos essenciais.

- O teor de carboidrato esta muito mais presente quando

nova e pode ser uma ótima fonte energética.

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Composição nutricional (planta)
- A planta também apresenta elementos nutricionalmente
importantes, como Ca, Na, K, Mg, Fe, Zn e Mn.

- Alto teor de potássio e o de cálcio.

- As vitaminas presentes na hortaliça são A, C e E, mas

podem varias de acordo com a maturação da planta.

- Há a presença também de flavonoides, taninos, alcaloides e

compostos fenólicos.

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Composição nutricional (sementes)
As sementes quando transformadas em farinhas, elas podem
apresentar:
- 12% a 16% de proteína;

- 7,5% de gordura;

- 62% de carboidratos;

- 3% de minerais (P, Mg, k, Ca e Fe);

- 1,5% de vitaminas(C, B1 e B2)

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Toxidade
A concentração de metais pesados é menos do que o limite
permitido pela OMS, portanto, a Celosia argentea L. é
desprovida de toxidade por metais pesados. Mesmo com a
presença de alcaloides, oxalato, fitato e saponina o teor deles
é baixo, assim causando mais efeito farmacológico do que de
toxidade.

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Propriedades biológicas e farmacológicas
As hastes e folhas machucadas e aplicadas como cataplasma
são usadas para:
- feridas e erupções cutâneas infectadas.

O emplastro de folhas, manchado de mel, é usado como:

- aplicação de resfriamento em áreas inflamadas e em
afecções dolorosas como bolhas e abscessos.

As infusões são usadas para:

- aliviar distúrbios gastrointestinais
- são antipiréticos
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Propriedades biológicas e farmacológicas
O extrato alcoólico ou etanólico - antitumorais,
das folhas ou da planta inteira - anti-inflamatória
tem atividade de: - antioxidante.
- cicatrização,
- antidiabética,
- antidiarreica,
- antimicrobiana,
- supressão de anticorpos,
- imunoestimulante,
- hepatoprotetora,

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Propriedades biológicas e farmacológicas
As sementes quando em - Epistaxe,
decocção ou em pó fino, são - Hemorragia retiniana aguda
consideradas: - Hemorroidas hemorrágicas.
- Antidiarreicas
- Afrodisíacas Já o óleo da semente tem
São prescritas também para atividade:
condições hemorrágicas, - Antifúngica e antimitótica.
incluindo:
- Menorragia,
- Hematúria,
- Hemoptise hematêmese,
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Propriedades biológicas e farmacológicas
A raiz é usada para:
- Cólica abdominal
- Gonorreia
A Celosia argentea L. também
é útil no tratamento de
distúrbios como:
- Menstruação excessiva
Ela também é usada na
medicina tradicional para:
- Úlceras
- Erupções cutâneas
- Tratamento de várias
doenças oculares,
- Complemento alimentar,

- Leucorreia. - Uso como tônico no

sangue.
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Uso
- É amplamente cultivada como ornamental nos jardins
residenciais do todo o Brasil.

- As folhas, as hastes e as flores são utilizadas na medicina

tradicional.

- As folhas, os ramos terminais, os talos e flores jovens podem

ser cozidos em sopas, molhos ou ensopados. São consumidos
como verdura, mas é recomendável o branqueamento.

- As suas sementes podem ser consumidas como farinha ou

cozidas. O óleo comestível é extraído das sentes prensadas e a
flores jovens podem ser consumidas.
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Propagação e cultivo
- Exclusivamente por sementes.
- O cultivo requer semeadura, repicagem e transplante
- A semeadura é feita em sementeiras
- A temperatura adequada para a germinação é de 10°C – 25°C.
- Após 10 a 15 dias da germinação quando as plantas
apresentam duas a três folhas é feito a repicagem.
- As plantas são retiradas da sementeira e são colocadas num
canteiro de espaçamento de 5cm.

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Propagação e cultivo
- Após 15 a 20 dias as plantas já estão prontas pra ir para um
local definitivo.
- O espaçamento muda conforme o jeito que a colheita é feita.
- O primeiro corte pode ser feito aos 40 dias após o plantio do
local definitivo.
- E os cortes por colheita podem ser feitos num intervalo de 30
dias.
- É preciso de irrigação e adubação só quando necessário.

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Conclusão
Diante do exposto, podemos ver que Celosia argentea L. é uma
hortaliça de alto valor nutritivo e medicinal, além de servir como
espécie ornamental e alimentícia e sem contar com o fato de que
se adapta muito bem em quase todo tipo de clima e solo sem dar
tanto trabalho.
Ela é conhecida como uma espécie PANC (plantas alimentícias
não convencionais) por não ser muito consumida mas é
encontrada facilmente em quintais ou em beiras de estradas.
Assim como outras espécies ela só não é introduzida na dieta
alimentar das pessoas por falta de informação, mas se esse
cenário mudasse a dieta alimentar de grande parte das pessoas
seria enriquecida.
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Referências
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O.D. Adegbaju; G.A. Otunola; A.J.Afolayan. Proximate, mineral, vitamn and anti-nutrient
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KINUPP, V.F; LORENZI, H. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil:guia de

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27
OBRIGADO!