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Universidade Federal De Sergipe

Disciplina: Botâ nica Sistemá tica


Turma: 01B

Atividade para compor a terceira avaliação

Descreva as principais características (e cite algumas espécies


importantes) de 10 espécies, de acordo com Sistema APG:

Espécies representantes:

Grupos Basais
Amborellaceae
Espécie:
Amborella trichopoda
Características:
Reino plantae, Filo Magnoliophyta, Classe Magnoliopsida, Ordem
Laurales. Distribuiçã o geográ fica é maioritariamente na Oceâ nia.
Habita em ambientes hú midos, particularmente bosques. Os ambientes de sombra sã o
também muito apreciados pelos membros desta família, podendo na natureza, ser
encontrados associados a espécies dos musgos ou de líquenes.
Anatomicamente é porte arbustivo, arbó reo ou trepadeiras. Atinge no má ximo 8 metros
de altura. Considerada uma família muito primitiva.
Plantas dioicas - flores unissexuadas, no entanto, em alguns casos estas plantas podem
mudar de “sexo”, sendo possível que um indivíduo com características femininas
desenvolva características masculinas. A alteraçã o dos ó rgã os reprodutores destas
plantas ocorre particularmente quando em cultivares.
Possuem xilema com ausência de elementos de vaso, uma característica associada a
espécies mais primitivas. A espécie associada a esta família pode por vezes apresentar
crescimento secundá rio.
As folhas possuem uma disposiçã o alterna ou espiralada. As margens das folhas sã o
geralmente serrilhadas ou onduladas, podendo ainda ser simples, com forma de pena e
inteiras. Os membros desta família sã o normalmente perenes, sendo que as suas folhas
possuem uma tonalidade de verde-escuro.
As flores desta família organizam-se em inflorescências, geralmente terminais ou axiais,
com uma coloraçã o esbranquiçada. Estas flores surgem em inflorescências cimosas ou
axilares, possuindo pequenas dimensõ es e as flores nã o possuem diferenciaçã o entre as
sépalas e as pétalas. As inflorescências com masculinas possuem inú meros estames,
inseridos em espiral, enquanto as femininas possuem cerca de 6 carpelos, inseridos num
recetá culo, cada um com um ó vulo e placentaçã o lateral.
O fruto é composto (agregado), com forma ovoide e um pericarpo lenhoso. Estes frutos
sã o geralmente drupas carnosas e suculentas, possuem um epicarpo vermelho, um
endocarpo e um mesocarpo.

Importância econômica
Apesar de nã o possuir nenhum valor econó mico aparente, a perda dos membros desta
família implica uma grande perda em termos de conhecimento científico, por tratar-se do
ú nico membro da sua ordem, correspondo a um registo evolutivo de milhõ es de anos.

Nymphaeaceae
Algumas espécies:
Nymphaea amazonum Mart. & Zucc, Nuphar lutea subesp. luteum, Nymphaea alba.
Características:
Ervas aquá ticas anuais ou perenes, rizomatosas.
Folhas alternas, simples, espiraladas, opostas, largamente pecioladas, flutuantes,
emergentes ou submersas, pecíolo cilíndrico longo, glabro ou pubescente,
aerenquimatoso, limbo elíptico-sagitado a orbicular ou peltado, margens inteiras ou
denteadas, bordos erguidos ou nã o, superfície abaxial e pecíolos à s vezes revestidos com
espinhos.
Flores solitá rias, flutuantes ou emersas, longo-pedunculadas, antese diurna ou noturna,
odoríferas, perfeitas, actinomorfas.
Sépalas 4-9, livres; pétalas numerosas (3 a muitas), multisseriadas; transiçã o Pétala
estame gradual ou abrupta; estames numerosos (8 a muitos), livres, multisseriados,
estames externos à s vezes petaló ides, internos filiformes;
Ová rio sú pero a ínfero, carpelos 3-50, livres ou fusionados lateralmente, formando raios
estigmá ticos com apêndices carpelares terminais.
Fruto cá psula carnosa de deiscência irregular; sementes numerosas, ovó ides a globosas,
à s vezes ariladas.
Nymphaeaceae têm distribuiçã o cosmopolita.

Importância econômica
Vá rias espécies sã o utilizadas como ornamentais. A Victoria amazô nica possui
importâ ncia ecoló gica, medicinal, alimentícia e com grande valor ornamental, é muito
apreciada nas estufas da Europa e América do Norte.
Magnoliaceae

Algumas espécies:
Magnolia yarumalenis, Magnolia virginiana, Magnolia officinalis, Magnolia champaca,
Magnolia hernandezii.

Características:
Reino Plantae, Divisã o Magnoliophyta, Classe Magnoliopsida, Ordem Magnoliales. Sã o
á rvores fá ceis de reconhecer pelos seus caules monopó dicos e folhagem densa. A
polinizaçã o destas plantas é realizada geralmente por coleó pteros, enquanto que a
dispersã o das suas sementes é com frequência realizada por aves ou mamíferos. Sã o
á rvores ou arbustos, glabros ou com indumento de pelos simples, de crescimento
monopó dico ou simpó dico, com nó s multiloculares e células esféricas contendo ó leos
aromá ticos e alcaloides. Caules com nó s com 6 ou mais lacunas, raios amplos e floema
secundá rio estratificado.
As folhas sã o simples, medianas a grandes, inteiras ou 2-10-lobadas, pinatinérveas, com
filotaxia em espiral ou alternas, ligeiramente lobadas em alguns indivíduos, com
estípulas terminais e espiraladas, grandes, livres ou parcialmente adnatas ao pecíolo,
inicialmente rodeando e protegendo a gema terminal, posteriormente caducas e
deixando uma cicatriz anular no nó . Folhagem persistente ou caduca. Estomas apenas no
dorso foliar, paracíticos, raramente anomocíticos.
As flores sã o solitá rias e terminais e à s vezes axilares em um pedú nculo curto. O
pedú nculo com uma ou mais brá cteas espatá ceas caducas. Perianto espiralado ou
espirocíclico, trímero (3-4 verticilos ternados), uniforme ou diferenciado em cá lice e
corola, com 6-18 tépalas caducas, livres, imbricadas. Pétalas e sépalas semelhantes, que
podem ser confundidas entre si.
As flores sã o bissexuadas perfeitas, raramente unissexuais, terminais ou pseudoaxilares
sobre um braquiblasto axilar, monoclamídeas ou heteroclamídeas, radiais com
receptá culo alongado. Apresentam androceu espiralado e gineceu apocá rpico
espiralado, com estames numerosos e livres, muitas vezes com três nervuras. Os filetes
sã o curtos e grossos, pouco diferenciados das anteras.
Apresentam carpelos numerosos (bi a pluricarpelar) livres, sobre um receptá culo
alongado. Ová rio sú pero, com placentaçã o lateral, com dois a mais ó vulos e nectá rios
ausentes. O estigma geralmente estende-se para baixo na superfície adaxial do estilete,
porém pode ser reduzido ou ausente.
O fruto, apocá rpico ou sincá rpico, consiste num agregado de folículos que geralmente
ficam muito pró ximos na maturidade e que apresenta deiscência ao longo da superfície
adaxial.

Importância econômica
Magnoliaceae nã o é uma família de grande relevâ ncia econó mica, porém algumas
magnó lias sã o cultivadas para fins ornamentais, sendo vá rias espécies usadas em
jardinagem pelas suas características florais, tendo-se obtido numerosos cultivares
híbridos. A Magnolia officinalis, Magnolia champaca e outras espécies produzem
substâ ncias de uso na farmacopeia tradicional sul-americana e chinesa e moderna. A
maioria das espécies de magnó lias foram usadas historicamente como madeira de
serraçã o para a construçã o civil e como madeira roliça para carpintaria, entalhador,
vigas e pavimentos. Também a madeira da espécie Magnolia hernandezii é usada para
fabricar utensílios de cozinha.

Monocotiledôneas

Asparagaceae
Algumas Espécies:
Agave atrovirens, Anthericum liliago, Aphyllanthes monspeliensis, Asparagus aphyllus,
Asparagus densiflorus, Furcraea selloa, Yucca aloifolia, Cordyline terminalis, Nolina
recurvata, Ophiopogon japonicus, Sansevieria trifasciata, Asparagus setaceus, Asparagus
densiflorus, Chlorophytum comosum.

Características:
Pequenos arbustos. Caules com cladó dios organizados de forma fasciculada, na axila de
folhas escamiformes, escariosas. Flores com tamanho muito reduzido, actinomó rficas e
unissexuais; invó lucro perigonial 6-mero, em 1 verticilo, solitá rias, na axila de brá cteas;
androceu com 6 estames; ová rio tricarpelar, sú pero. O fruto é uma baga globosa.

Importância econômica
Alguns gêneros desta família possuem importâ ncia econô mica, um destes gêneros é o
Agave (de acordo com o APG III pertence a Asparagaceae) que possui algumas espécies
importantes, pois fornecem matéria-prima para a produçã o de bebidas alcoó licas, como
por exemplo o pulque e a tequila que sã o populares na América Central, mas também
sã o conhecidas em diversas partes do mundo; O sisal (Agave sisalana), que é uma planta
de fibra que é utilizada como alternativa em á reas secas do Nordeste. Espécies desta
família sã o utilizadas como ornamentais no Brasil e em todo o mundo. Entre as
cultivadas no Brasil para fins ornamentais, podemos destacar as yucas, os agaves, a
pata-de-elefante, o cordiline, a grama-preta, as dracenas, e a espada-de-sã o jorge, o
melindre e o aspargo-ornamental. O clorofito (Chlorophytum comosum) é muito
utilizado em canteiros, que causa um bonito efeito na ornamentaçã o. Uma das espécies
do gênero Dracaena é muito conhecida (Dracaena fragrans) ou pau-d’á gua onde é
comercializado fragmentos do caule que brotam muito fá cil em vasos com á gua.

Convallariaceae
Espécie:
Convallaria majalis

Características:
Pequenos arbustos. Caules com cladó dios organizados de forma fasciculada, na axila de
folhas escamiformes, escariosas. Flores com tamanho muito reduzido, actinomó rficas e
unissexuais; invó lucro perigonial 6-mero, em 1 verticilo, solitá rias, na axila de brá cteas;
androceu com 6 estames; ová rio tricarpelar, sú pero. O fruto é uma baga globosa.
Bromeliaceae
Algumas espécies:
Ananas comosus, Aechmea, Ananá s, Billbergia, Canistrum, Cryptanthus, Fernseea,
Greigia, Hohenbergia, Neoregelia, Neoglaziovia, Nidularium, Pseudoananas, Quesnelia,
Streptocalyx, Wittrockia.

Características:
A família Bromeliaceae possui uma diversidade imensa de displays florais, com cores,
aromas e formas variando de acordo com o há bito dispersor predominante. Plantas
terrestres, rupícolas ou, principalmente epífitas.
Distribuiçã o Geográ fica é o Hemisfério Sul.
Há bito herbá ceo, porém, pode ocorrer raramente o há bito lenhoso
Caules geralmente contraídos. O acompanhamento de rizomas horizontais ou estolõ es é
característica de alguns gêneros e espécies. Existe assistência de longos estolõ es
formando moitas com projeçõ es de suas rosetas, dando um aspecto bem característico.
As raízes tem a finalidade apenas de fixaçã o nas espécies atmosféricas, representantes a
absorçã o de á gua e nutrientes é realizada por meio de escamas absorventes, em um
mecanismo de osmose. Dessa forma, as escamas em Bromeliaceae exercem importante
papel eco-fisioló gico.
As folhas se apresentam em espiral e de característica imbricada formando uma roseta,
algumas vezes tubulares até amplamente abertas. Pode ocasionar também espécies com
folhas dísticas. As folhas podem exibir margens lisas a espinescentes. Na superfície foliar
exibe um indumento formado pelos tricomas absorventes. As escamas foliares sã o
constituídas de duas unidades, o pedículo e o escudo, desempenhando eminente papel
na absorçã o de á gua e nutrientes e na preservaçã o contra a dessecaçã o em ambientes
com restriçã o hídrica.
A inflorescência é normalmente notá vel pelo colorido das flores e das brá cteas. Sã o
terminais ou laterais, simples ou composta, organizadas em panícula, racemo ou
capítulo, mais raramente as flores sã o isoladas. A inflorescência pode se apresentar
séssil ou mais comumente ser sustentada por um eixo de origem caulinar, o escapo,
parcial ou literalmente recoberto por brá ctea, que sã o normalmente vistosas,
brilhantes e coloridas.
As flores sã o trímeras, com perianto distinguindo o cá lice e a corola; hermafroditas ou
raramente funcionalmente pistiladas ou estaminadas; actinomorfas a zigomorfas.
Apresentam sépalas livres ou concrescidas na base, simétricas a fortemente
assimétricas; pétalas livres ou parcialmente soldadas, por vezes providas de um par de
apêndices membraná ceos na face interna; estames seis, dispostos em duas séries,
filetes livres ou concrescidos, algumas vezes ligados à corola produzindo um tubo;
ová rio sú pero, semi-ínfero ou ínfero, trilocular, placentaçã o
axial; estilete simples, estigmas três.
O fruto será seco, cá psula septícida ou dificilmente loculicida, ou será carnoso, baga. As
sementes podem ter apêndices que serã o plumosos ou aliformes, ou simplesmente
serem desprovidas de apêndices.
A polinizaçã o é feita por pá ssaros, insetos, morcegos e raramente pelo vento. A
reproduçã o será realizada de duas formas, assexuadamente ou sexuadamente. Na
reproduçã o assexuada ou vegetativa, produzem-se brotos decorrentes da planta mã e,
que talvez saiam da base da planta por estolhos ou rizomas, ou saiam do interior da
pró pria roseta. A produçã o de estolhos é característica de algumas espécies. A
reproduçã o sexuada ou por sementes é comum para muitas espécies da família.
A dispersã o pode ser a longas distancias ou na pró pria planta mã e, assim como
registrado nas espécies da subfamília Tillandsioideae.
Além de possuírem uma elevada capacidade adaptativa, estas plantas também nã o sã o
muito exigentes quanto aos cuidados que necessitam para apresentarem um
crescimento adequado.

Importância econômica:
Algumas espécies, como o ananá s (abacaxi), apresentam propriedades medicinais,
nomeadamente as suas propriedades diuréticas e anti-inflamató rias, sendo por isso
utilizado no controlo de determinadas doenças.
A família Bromeliaceae possui uma espécie que produz infrutescências que podem ser
consumidas como fruta de sobremesa, ou cozinhadas, o ananá s. Diversas espécies podem
ser utilizadas como ornamental devido à s suas vá rias cores. O seu cará cter ornamental,
assim como as suas propriedades medicinais tem vindo a favorecer o desaparecimento
de algumas das espécies desta família, em ambiente natural. Apesar de nã o ser comum,
algumas espécies encontram-se em vias de extinçã o estando mesmo referenciadas no
livro vermelho das espécies ameaçadas.

Arecaceae
Algumas espécies:
Chamaerops humilis, Cocos nucifera, Elaeis guineensis, Euterpe oleracea, Phoenix
canariensis, Phoenix dactylifera, Trachycarpus fortunei, Areca catechu, Lodoicea
maldivica.

Características:
Sã o plantas perenes, arborescentes, tipicamente com um caule cilíndrico nã o ramificado
do tipo estipe, atingindo grandes alturas, mas por vezes se apresentando como caule
subterrâ neo. Nã o sã o consideradas á rvores porque todas as á rvores possuem o
crescimento do diâ metro do seu caule para a formaçã o do tronco (crescimento
secundá rio), que produz a madeira e tal nã o acontece com as palmeiras.
As á rvores ou arbustos deste grupo possuem troncos nã o-ramificados ou que sã o
raramente ramificados, podendo ser rizomatosos. O á pice de seu caule tem
frequentemente um meristema apical. Essas plantas podem ser espinhosas devido a
modificaçõ es em seus segmentos foliares com fibras expostas.
As Folhas sã o alternas e espiraladas, geralmente agrupadas em uma espécie de coroa,
que podem ser bem separada, simples ou até mesmo inteira. Sã o divididas de forma
pinada a palmada durante a expansã o foliar, e quando na maturidade com aparência
palmado-lobadas (segmentos radiam-se de um ú nico ponto).
Quando as folhas sã o costa-palmado-lobadas, seus segmentos palmados partem de um
eixo central. Também podem ser pinado-lobadas ou compostas, onde o eixo central
desenvolvido leva segmentos pinados. Raramente podem ser compostas bipinadas, e sã o
diferenciadas em pecíolo e lâ mina.
As Inflorescências destas plantas sã o determinadas ou indeterminadas, que se parecem
espigas compostas, sendo está s axilares ou terminais, possuem brá cteas de tamanhos
pequenos ou grandes e sã o decíduas ou persistentes.
As flores podem ser bissexuais ou unissexuais (plantas monoicas ou dioicas), possuem
simetria radial, sã o geralmente sésseis e seu perianto é dividido em cá lice e corola.
Suas sépalas possuem nú mero de 3 e sã o livres ou conadas, imbricadas ou valvadas e
seus estames tem nú mero de 3 ou 6 com filetes livres ou conados, e podem estar presos
ou nã o á s suas pétalas. O gineceu geralmente apresenta 3 carpelos, mas pode variar até
10.
Possuem ová rio supero geralmente com placentaçã o axial e com estigmas variados, que
estã o distribuídos um ó vulo em cada ló culo, pode ser aná tropo a ortó tropo. Nã o possui
nectá rios nos septos do ová rio e tem androceu com 6 estames dispostos em 2 séries de
3, gineceu com ová rio sú pero tricarpelar.

Importância econômica
As nozes-de betel, pupunha, coqueiro, dendê, açaí jussara, sagu e tamareira sã o plantas
consideradas alimentícias, elas possuem um meristema apical comestível, um exemplo é
o Palmito. Outras palmeiras economicamente importantes
sã o Calamus (ratan), Copernicia prunifera (cera da carnaú ba), Phytelephas (marfim
– vegetal), Raphia (rá fia) e muitos outros gêneros que fornecem fibras que podem
ser usados na confecçã o de artesanatos e também como material de cobertura para
construçõ es.
A família também possui plantas ornamentais que sã o de grande importâ ncia econô mica
como, Caryota, Chamaerops, Livistona, Sabal, Washingtonia, Butia, Dypsis e entre outros.

Eudicotiledôneas

Buxaceae
Algumas espécies:
Buxus balearica, Buxus microphylla, Buxus sempervirens, Buxus vahlii, Pachysandra
terminalis.

Características:
Reino Plantae, Filo Magnoliophyta, Classe Magnoliopsida, Ordem Buxales. Distribuiçã o
Geográ fica é cosmopolita.
As espécies pertencentes a esta família apresentam normalmente um porte arbustivo, no
entanto, também é possível encontrar espécimes com porte arbó reo ou herbá ceo. A
grande maioria das espécies, pertencentes à família Buxaceae, é perene. Se deixada
crescer naturalmente, a copa destas espécies adquire uma forma piramidal, enquanto
outras crescem em forma de coluna.
As folhas sã o coriá ceas, simples, com uma cor esverdeada quase permanente e uma
forma ovalada, elíptica ou lanceolada, com a presença de um pecíolo. Estas dispõ em-se
de forma alterna, por vezes oposta, cobrindo quase na totalidade o caule geralmente
lenhoso. As folhas, normalmente verdes, podem tornar-se amareladas ou castanhas
devido a doenças ou durante o inverno, isso nã o ocorre em todas as espécies, sendo que
em algumas a cor verde mantém-se permanentemente durante toda a vida.
As suas inflorescências (racemos) sã o axiais, isto é, surgem no local de ligaçã o das folhas
ao caule, podem também surgir na regiã o terminal, geralmente associadas a brá cteas.
Estas plantas sã o unissexuais, apresentando apenas um sexo por flor. As suas flores sã o
pequenas e nã o apresentam pétalas, as masculinas sã o geralmente pendentes, enquanto
as flores femininas apresentam um ová rio superor. A placentaçã o é geralmente axial. A
maioria destas espécies é dió ica, isto é, cada espécime apresenta apenas um sexo. No
entanto, existem algumas espécies monó icas, que produzem plantas com ambos os sexos
no mesmo indivíduo, mas estas nã o sã o hermafroditas.
Os seus frutos sã o infrutescências, principalmente cá psulas secas ou semelhantes
drupas, que podem conter uma ou duas sementes, consoante a espécie. As cá psulas sã o
geralmente deiscentes, dividindo-se em três partes libertando as sementes brilhantes
(azuis ou pretas), no entanto, algumas espécies sã o indeiscentes.
Os elementos pertencentes à família Buxaceae formam híbridos facilmente, o que
contribuiu para a grande quantidade de cultivares existentes. A maior parte destes
híbridos surgiu devido ao interesse em espécies mais verdes e mais resistentes a
condiçõ es ambientais adversas.
Sã o extremamente resistentes, tanto à s condiçõ es ambientais, como à poda intensiva. No
entanto, estas plantas sã o susceptíveis ao frio, geadas e a uma excessiva exposiçã o solar,
assim como a alguns patogénicos.

Importância econômica
Estas espécies têm sido maioritariamente utilizadas como ornamentais em jardins por
todo o mundo. Ao longo de séculos as espécies, pertencentes a esta família, eram
utilizadas como limites de jardins, assim como para criar belas paisagens ornamentais,
como por exemplo, os jardins do palá cio de Versalhes.
A madeira de algumas espécies era utilizada na criaçã o de instrumentos musicais e
outros utensílios, assim como na criaçã o de entalhes para mó veis, no entanto, esta
utilizaçã o já nã o é muito comum.

Fabaceae

Algumas espécies:
Acacia dealbata, Acacia baileyana, Acacia sophorae, Acacia pycnantha, Albizia julibrissin,
Adenocarpus telonensis, Anthyllis vulneraria subesp. maura, Anthyllis vulneraria
subesp. reuteri, Astragalus boeticus, Astragalus hamosus, Bauhinia variegata. Além disso
também tem feijã o, amendoim, grã o-de-bico, soja, lentilha e entre outros.

Características:
Desde ervas anuais, fava ou vargens até arbustos de grande tamanho ou á rvores de
pequeno tamanho.
Folhas compostas (penati ou palmaticompostas) – raramente simples, alternas. Flores
zigomó rficas ou actinomó rficas (género Acacia), hermafroditas, 5-meras, reunidas em
inflorescências racemosas (cachos, espigas, panículas, corimbos, capítulos, com
diferentes comprimentos), raramente solitá rias; cá lice com as sépalas geralmente
concrescidas (raras vezes actinomó rficos ou subactinomó rficos); corolas tipicamente
papilonadas –com um estandarte, duas asas e uma quilha, androceu com 10 estames
geralmente monadélficos, gineceu com ová rio sú pero, geralmente unicarpelar e
uniloculado.
O fruto é uma vagem, por vezes indeiscênte.
Importância econômica
O principal valor econô mico é a madeira e também é de grande importâ ncia na produçã o
agrícola (produtos de alimentos), ó leos, resinas e medicamentos.

Lythraceae
Algumas espécies:
Punica granatum, Lythrum tribracteatum, Lythrum portula, Lythrum thymifolia,
Lythrum borysthenicum, Lythrum salicaria.

Características:
Ervas anuais, bianuais ou vivazes. Folhas simples, alternas ou opostas. Flores
hermafroditas, actinomó rficas, 6-meras; receptá culo cô ncavo, formando um hipanto,
cá lice formado por dentes triangulares, que alternam com os segmentos de um epicá lice,
corola com as pétalas livres, muito mais desenvolvidas do que as sépalas, androceu
entre 4 e 12 estames, inseridos em 1-2 verticilos, gineceu com ová rio sú pero, 2-6
carpelos, 1 estilete apical com estigma capitado. O fruto é uma cá psula.

Importância econômica:
Devido à s novas técnicas de horticultura, alguns gêneros sã o utilizados em variados
está gios do desenvolvimento, possibilitando ser uma fonte de madeira, corantes
naturais e medicamentos. Além disso, em consequência da beleza das flores, seu
potencial ornamental e de paisagismo também ainda é muito explorado. Estudos mais
recentes buscaram trazer o potencial medicinal e um possível uso para indú stria dessas
plantas, pois já eram antes conhecidas por sua beleza. Exemplo: Ellagitannins -
promissoras na reduçã o dos níveis de açú car no sangue em pessoas com diabetes tipo 2
e a Lawsonia inermis - fonte do henna corante cosmético e é cultivada também por suas
flores perfumadas.

Referencias Bibliográficas

https://jb.utad.pt/pesquisa

https://knoow.net/ciencterravida/biologia/buxaceae-familia/

https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/angiospermas
basais/33932

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