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EUANGIOSPERMAS: Monocotiledôneas 1
Alismataceae
Ervas aquáticas ou de locais
encharcados, latescentes, rizomatosas. Folhas
simples, alternas, basais, bainha prolongando-se
no pecíolo. Inflorescências terminais,
racemosas, eventualmente formando panículas,
flores dispostas em nós ao longo do escapo.
Flores bissexuadas, actinomorfas, hipóginas,
diclamídeas, heteroclamídeas; sépalas 3, verdes;
pétalas 3, alvas. Estames 9-25, livres; anteras
basifixas ou versáteis. Gineceu apocárpico, 5 a
vários carpelos; placentação basal; estigma
linear. Frutos aquênios.
Fig. 3 Cladograma de Alismatales.
DIOSCOREALES
Dioscoreaceae
Trepadeiras, raramente arbustos;
presença de rizomas ou tuberculos; ramos
eventualmente alados ou com bulbilhos axilares.
Estípulas foliosas ou transformadas em espinhos.
Folhas alternas, simples ou compostas,
geralmente longamente pecioladas; venação
campilódroma ou actinódroma, as laterais
anastomosadas. Inflorescências geralmente
axilares, espigas, racemos, panículas ou cimeiras
Fig. 2 Alismataceae: flor
multifloras. Flores geralmente unissexuadas
Família cosmopolita, com 12 gêneros e (plantas monóicas ou dióicas), subtendidas por 2
cerca de 80 espécies, a metade ocorrendo no brácteas, geralmente actinomofas, epígenas,
Novo Mundo. A maioria das espécies são diclamídeas, homoclamídeas; tépalas 6, livres ou
incluídas em Sagittaria (32 espécies) e conadas em dois verticilos. Estames 6
Echinidorus (27 espécies). Estão proximamente (estaminódios eventualmente presentes), livres
relacionadas às Limnocharitaceae que também ou conados; deiscência longitudinal das anteras.
possuem canais laticíferos, grãos de pólen bi a Gineceu sincárpico, tricarpelar, trilocular;
multiforaminados, formação do saco embrionário placentação axilar ou parietal, 1-4 óvulos por
tipo Allium e embrião em forma de ferradura, lóculo; nectários septais freqüentemente
mas diferente de Alismataceae possuem presentes. Frutos cápsulas, raramente sâmaras,
placentação laminar, com muitos óvulos por até 6 sementes (2 por lóculo), geralmente aladas.
carpelo e fruto folicular. Mais distantemente, A família é cosmopolita com cerca de
estão relacionadas a outras famílias 850 espécies e nove gêneros, metade das
essencialmente aquáticas, inclusíve com espécies espécies ocorre no Novo Mundo e a grande
marinhas, como Hydrocharitaceae (115 espécies, maioria pertence a Dioscorea. Insetos devem
incluindo Najadaceae, 35 no Novo Mundo), que participar da polinização e a dispersão, no caso
se destaca no grupo pelo ovário ínfero e dos frutos alados, é auxiliada pelo vento. O
sincárpico, e Butomaceae (família monotípica). inhame, amplamente utilizado na alimentação,
Habitam rios lagos ou locais inundados ao corresponde ao tubérculo de algumas espécies
menos sazonalmente e são possivelmente (e.g. Dioscorea alata e D. bulbifera). Outras
polinizadas e dispersadas por insetos. espécies são utilizadas na composição de
remédios hormonais e pílulas anticoncepcionais,
ou ainda de remédios para diversos males.
base dos filetes. As femininas aclamídeas ou
monoclâmideas, tetrâmeras, com estaminódios
alvos, filiformes, ovário tetracarpelar, unilocular,
ínfero ou semi-ínfero; placentação parietal, com
numerosos óvulos. Fruto indeiscente, carnoso;
sementes com endosperma abundante.
Agavaceae
Ervas ou árvores, freqüentemente
rizomatosas. Folhas simples, espiraladas,
sésseis, freqüentemente formando uma roseta na
base, lanceoladas a lineares, afinalando em uma
ponta aguda no ápice, inteiras ou espinescentes
na margem, suculentas e fibrosas.
Inflorescências terminais (plantas
monocárpicas) ou axilares (policárpicas) em
racemos, panículas ou espigas multifloras,
atingindo até vários metros de altura, com
brácteas ao longo do escapo. Flores bissexuadas,
mais raramente unissexuadas (plantas dióicas),
actinomorfas ou levemente zigomorfas,
hipóginas (Agavoideae) ou epígenas
(Yuccoideae), diclamídeas, monoclamídeas;
tépalas 6, livres ou fundidas na base, geralmente
claras. Estames 6, inseridos na base do
perigônio, anteras dorsifixa, com deiscência
longitudinal. Gineceu sincárpico, trilocular;
placentação axilar, vários a muitos
B C
D E
F G
Fig. 15 Iridaceae: A. planta florida; B. flor; C. detalhe da flor
(note posição dos estames e ramos do estilete). D-F.
exemplos de Iridoideae; G. Isophysis.
Orchidaceae
Ervas terrestres, epifíticas ou rupículas,
evetualmente saprófitas, raramente subterrâneas;
B C
Fig. 17. Orchidaceae: rupícola; epífita e saprófita.
unem ao viscídio (secreção viscosa produzida
pelo gineceu) por uma haste derivada do
prolongamento do polínios (caudículo) ou por
um estipe derivado de uma camada de células da
face do rostelo (tegula), ou de seu ápice
(hámulo). Gineceu tricarpelar, uni ou trilocular
(Apostasioideae), fundido ao androceu em um
ginostêmio, dando origem a coluna; estilete
trilobado, o lóbulo mediano modificado em Fig. 19. Orchidaceae.: Flor, repare no labelo e a coluna no
detlahe.
rostelo, separando os polínios do estigma;
placentação parietal (axilar, em Apostasioideae), As flores epígenas, zigomorfas, as sementes
com inúmeros óvulos diminutos. Frutos numerosas, micotróficas e a presença de
cápsulas secas; sementes como pó, sem membros saprófitas foram utilizados para
endorperma. associar Orchidaceae e Burmanniaceae. No
entanto, a união dos estames entre si e deles ao
gineceu difere daquela com o perianto,
encontrada em Burmanniaceae. Apesar de
Orchidaceae ter sido previamente relacionada a
Commelinales e Zingiberales por causa da
redução estaminal e de flavonóides, Dahlgren et
al. (1985) não considerou essa relação homologa,
e preferiu assumir sua derivação dentro de
Liliales, tendo como uma das evidências a
semelhança de algumas espécies de
Apostasioideae com as Hypoxidaceae. Foram
incluídas também em uma ordem à parte,
Orchidales.