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MANEJO

EFICIENTE
PRAGAS

Conheça e identifique as principais pragas


na cultura da Soja.

BASF na Agricultura.
Juntos pelo seu Legado.

1
Introdução
O primeiro passo para fazer um manejo eficiente é conhecer os possíveis
inimigos da sua lavoura. Por isso a BASF reuniu neste guia as principais
pragas da soja e como identificá-las. E para proteger o seu Legado de todas
elas, conte com as nossas soluções.

Índice

ÁCARO- ÁCARO - ÁCARO- BROCA-DAS-


RAJADO VERMELHO BRANCO AXILAS
PÁG.4 PÁG.5 PÁG.6 PÁG.8

LAGARTA-
MILITAR OU LAGARTA-
LAGARTA- DA-VAGEM
CORÓS LAGARTA-DO- DA-SOJA (Spodoptera
PÁG.10 CARTUCHO-
DO-MILHO PÁG.14 cosmioides)
PÁG.12 PÁG.16

LAGARTA- LAGARTA-
DA-VAGEM LAGARTA- DAS-VAGENS LAGARTA-
(Spodoptera DAS-MAÇÃS (Spodoptera ELASMO
eridania) PÁG.20 albula) PÁG.24
PÁG.18 PÁG.22

LAGARTA-
LAGARTA- LAGARTA- MOSCA-
FALSA-
ENROLADEIRA HELICOVERPA BRANCA
MEDIDEIRA
PÁG.26 PÁG.30 PÁG.32
PÁG.28
Índice

PERCEVEJO- PERCEVEJO-
PERCEVEJO- PERCEVEJO-
BRARIGA- VERDE-
MARROM VERDE
VERDE PEQUENO
PÁG.36 PÁG.38
PÁG.34 PÁG.40

PIOLHO TAMAMANDUÁ-
PULGÃO TORRÃOZINHO
DE COBRA DA-SOJA
PÁG.44 PÁG.48
PÁG.42 PÁG.46

VAQUINHA-
TRIPES VERDE-AMARELA
PÁG.50 OU PATRIOTA
PÁG. 52
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 4

Ácaro rajado
Nome científico: Tetranychus urticae
(Acari: Tetranichydae)

Parte atacada da planta: Folhas de soja.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da praga: A partir do estádio V3 já


é possível verificar a ocorrência da praga atacando em reboleiras.

Condições que favorecem a ocorrência da praga: Clima seco com poucas


chuvas e altas temperaturas favorecem o desenvolvimento dessa praga.

Sintomas: As folhas ficam inicialmente amareladas, devido às colônias que


ficam na face inferior das folhas, juntamente com teias. Posteriormente, as
folhas tornam-se bronzeadas e, em casos extremos, podem cair.

Principais características de ninfas e adultos que auxiliam na identificação


da praga: Os adultos apresentam coloração verde-translúcida com duas
manchas laterais no dorso, as fêmeas são maiores que os machos e apresentam
manchas mais evidentes. As ninfas são translúcidas com manchas bem claras.

Potencial de dano econômico: Dependendo do nível de infestação, ataques


intensos da praga nas folhas de soja se não controlados provocam sua queda,
reduzindo a produtividade da lavoura.

Referências bibliográficas:

Gallo, D., Nakano, O., Silveira Neto, S., Carvalho, R. P. L., & Baptista, G. C. D. Entomologia
agrícola. Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz, 2002.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 5

Ácaro vermelho
Nome científico: Tetranychus ludeni,
T. desertorum e T. gigas
(Acari: Tetranychidae)
Figura 1. . Adulto de Tetranychus ludeni.
Foto: Fausto Zafalon.

Parte atacada da planta: Atacam as folhas da soja, se alimentando do


parênquima foliar e células da epiderme.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da praga: Pode ocorrer ao longo


de todas as fases da cultura, porém, os danos mais severos podem ocorrer
durante o período de florescimento (R4 e R5).

Condições que favorecem a ocorrência da praga: Períodos quentes


e secos ou estiagem prolongada, o que favorece o aumento da taxa de
reprodução das espécies.

Sintomas: O ataque ocorre em reboleiras, sendo possível ser observado


pela clorose que ocasiona nas folhas, que se dá pela redução da capacidade
fotossintética da planta devido à morte das células epidérmicas das folhas.

Principais características de larvas e adultos que auxiliam na


identificação da praga: As três espécies têm características morfológicas
muito semelhantes entre si e podem ser diferenciadas microscopicamente
por observações do edéago. De forma geral, em todo o estádio jovem a
coloração é vermelha e, na fase adulta, as fêmeas são de coloração carmim
e nos machos o idiossoma (corpo do ácaro) tem cor mais clara do que o
propodossoma (região do primeiro par de pernas).
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 6

Potencial de dano econômico: Devido ao definhamento das plantas e


dependendo da intensidade de infestação, a produtividade pode ser reduzida
em até 60% com ataque das espécies de ácaros, de forma geral.

Figura 1. . Adulto de Tetranychus ludeni. Foto: Fausto Zafalon.

Referências bibliográficas:

Hoffmann-Campo, C. B.; Corrêa-Ferreira, B. S.; Moscardi, F. Soja: manejo integrado


de insetos e outros artrópodes-praga. Embrapa Soja. 2012.

Roggia, S.; Sosa-Gómez, D. R. Manejo de ácaros-praga em soja. Embrapa Soja-


Fôlder/Folheto/Cartilha (INFOTECA-E), 2012. Disponível em <https://ainfo.cnptia.
embrapa.br/digital/bitstream/item/54312/1/folder-acaros-soja-COAMO.pdf> Acesso em
Setembro 2018.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 7

Ácaro branco
Nome científico: Polyphagotarsone-
mus latus (Acari: Tarsonemidae)
Figura 1. Dano de Polyphagotarsonemus latus.
Foto: D. Gassen.

Parte atacada da planta: Atacam as folhas tanto na face superior, quanto


na inferior, com preferência para folhas novas, em desenvolvimento. Podem
infestar também pecíolos, caules e até mesmo as vagens.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da praga: Ataca desde o estágio


vegetativo até o início do reprodutivo.

Condições que favorecem a ocorrência da praga: Períodos chuvosos


são mais favoráveis ao desenvolvimento do ácaro-branco, ao contrário dos
demais ácaros que infestam a soja, que preferem períodos quentes e secos.

Sintomas: As partes vegetais atacadas tendem a se tornar bronzeadas. O


ataque é inicialmente localizado (em reboleiras), mas pode se espalhar por
toda área cultivada. A movimentação do ácaro é limitada às proximidades
do foco inicial, mas essa praga pode se dispersar pelo vento e trânsito de
pessoas e máquinas. Não tecem teias. Quando atacam as folhas do ponteiro,
causam deformidade e atrapalham desenvolvimento das folhas novas.

Principais características de ninfas e adultos que auxiliam na


identificação da praga: São ácaros minúsculos, imperceptíveis a olho nu.
No microscópio estereoscópico, pode-se observar ovos, ninfas e adultos, os
quais têm a coloração brilhante variando do branco ao verde claro. Nota-se,
também, uma nítida separação entre os dois pares de pernas posteriores e os
dois pares anteriores.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 8

Potencial de dano econômico: O potencial de dano econômico é geral


para os ácaros na soja. De maneira que, se as infestações ocorrerem no
estágio vegetativo e, manejadas no momento ideal, pouco prejuízo pode ser
observado, pois as plantas têm a capacidade de se recuperar dos danos. No
entanto, no período vegetativo, ocorrendo altas infestações e com um manejo
ineficiente, podem ocorrer perdas na produtividade na ordem de 40 a 60%.

Figura 1. Dano de Polyphagotarsonemus latus. Foto: D. Gassen.

Referências bibliográficas:

Guedes, J. V. C.; Roggia, S.; Sturmer, G. R. Ácaros em soja: ocorrência,


reconhecimento e manejo. Revista Plantio Direto, p. 32-37, 2008.

Hoffmann-Campo, C. B.; Corrêa-Ferreira, B. S.; Moscardi, F. Soja: manejo integrado


de insetos e outros artrópodes-praga. Londrina: Embrapa soja, 2012.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 9

Broca-das-axilas
Nome científico: Crocidosema
aporema (Lepidoptera: Tortricidae)
Figura 1. Adulto de Crocidosema aporema.
Foto: D. Gassen.

Parte atacada da planta: Atacam os brotos foliares nos estágios iniciais. No


estágio vegetativo atacam, primeiramente, os folíolos apicais. Em seguida, se
locomovem para as axilas das folhas, onde penetram as hastes e os pecíolos
formando galerias descendentes, o que causa impedimento do fluxo da seiva
para as folhas. No período reprodutivo, podem atacar os botões florais e, mais
raramente, as vagens.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da praga: Estágios iniciais,


desde a formação dos brotos, até a fase reprodutiva da planta com o
desenvolvimento dos botões florais.

Condições que favorecem a ocorrência da praga: A broca-das-axilas tem


ocorrência maior em regiões com altitudes mais elevadas como na região Sul
do Brasil, com temperaturas amenas.

Sintomas: Nos estágios iniciais, os sintomas podem ser observados com


a formação de uma estrutura muito semelhante à um cartucho nos folíolos
apicais. As lagartas produzem uma seda que une os folíolos, retardando a
abertura dos brotos. Quando as folhas abrem, ficam encarquilhadas e rugosas,
com cerca da metade da área foliar reduzida. As consequências mais evidentes,
causadas pelo bronqueamento, são o enfraquecimento das plantas, podendo
haver quebra, e facilitar a entrada de doenças. Além disso, reduz a altura da
planta, com formação de ramos secundários e diminuição da altura de inserção
das primeiras vagens.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 10

Principais características de larvas e adultos que auxiliam na identificação


da praga: Esta espécie possui cinco estágios larvais. As lagartas recém-
eclodidas têm coloração amarelo-esverdeado, sendo a cabeça e a região
protoráxica de cor preta brilhante. Ao longo do desenvolvimento, as lagartas
passam de bege à amarela e ao final do estágio larval se torna avermelhada.
Na fase adulta, as mariposas são pequenas e, quando em repouso, as asas
permanecem paralelas ao corpo e têm coloração cinza a marrom-escuro com
manchas prateadas. Entres os machos e as fêmeas existem diferenças, sendo
os machos mais escuros nas laterais das asas e de cor clara no dorso e nas
fêmeas ocorre o oposto.

Potencial de dano econômico: a partir de 25 - 30% de plantas com


ponteiros atacados, desde a emergência até o enchimento das vagens. Se não
controladas as lagartas podem causar redução significativa da produção final.

Figura 2. Lagarta de Crocidosema aporema. Foto: D. Gassen.

Referências bibliográficas:

Gazzoni, L. D. O bicho assusta, mas os danos são controláveis. Cultivar Grandes


Culturas, n.12, 2000. Disponível em: <https://www.grupocultivar.com.br/artigos/o-bicho-
assusta-mas-os-danos-sao-controlaveis> Acesso em Setembro 2018.

Hoffmann-Campo, C. B.; Oliveira, L. J.; Moscardi, F.; Corrêa-Ferreira, B. S.; Corso, I.


C. Pragas que atacam plântulas, hastes e pecíolos da soja. In: Hoffmann, C. B.;
Corrêa-Ferreira, B. S.; Moscardi, F. (Ed.). Soja: manejo integrado de insetos e outros
artrópodes-praga. Brasília, DF: Embrapa, p. 145-212, 2012.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 11

Corós
Nome científico: Phyllophaga
cuyabana e Lyogenis suturalis
(Coleoptera: Curculionidae) Figura 1. Adulto de Phyllophaga cuyabana.
Foto: D. Gassen.

Parte atacada da planta: Raízes.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da praga: Ocorrem durante todo


desenvolvimento da lavoura, sendo necessária maior atenção no período
inicial. Nessa fase, havendo um sincronismo entre emergência de plântulas e
presença de larvas grandes (maiores do que 1,5 cm), pode causar a morte de
plantas.

Condições que favorecem a ocorrência da praga: A sucessão de plantio


milho/soja contribui para o aumento da população de corós, uma vez
que as larvas se alimentam das raízes dessas duas culturas. Além disso,
o sistema de plantio direto proporciona um microclima mais favorável ao
desenvolvimento dessa praga; contudo, por propiciar melhores condições para
o desenvolvimento radicular, pode-se atingir maior tolerância das plantas.

Sintomas: É possível identificar o ataque de corós a partir da presença de


reboleiras com plantas murchas e amareladas, devido aos danos causados nas
raízes. Nota-se também um alto consumo das raízes secundárias.

Principais características de larvas e adultos que auxiliam na identificação


da praga: Os adultos são besouros de aproximadamente 1,5 a 2 cm de
comprimento, de coloração castanha-escura. As larvas têm coloração
esbranquiçada, medindo até 3,5 cm de comprimento. São caracterizadas
pela coloração amarelada da cabeça e pelos 3 pares de pernas torácicas bem
desenvolvidas.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 12

Potencial de dano econômico: O potencial de dano econômico depende


muito do histórico, distribuição da praga na área e do tamanho da população
presente. A média de perdas de produção em áreas infestadas vão de 20 até
70%. No entanto, há relatos de perda total em áreas com altas infestações.

Figura 2. Larva de Phyllophaga cuyabana. Foto: D. Gassen.

Referências bibliográficas:

Gallo, D.; Nakano, O.; Silveira Neto, S.; Carvalho, R. P. L.; Baptista, G. C.; Berti Filho, E.;
Parra, J. R. P.; Zucchi, R. A.; Alves, S. B.; Vendramim, J. D.; Marchini, L. C.; Lopes, J. R.
S.; Omoto, C. Entomologia agrícola. Piracicaba: FEALQ, 2002. 920p.

Hoffmann-Campo, C. B.; Moscardi, F.; Corrêa-Ferreira, B. S.; Oliveira, L. J.; Sosa-Gómez,


D. R.; Panizzi, A. R.; Corso, I. C., Gazzoni, D. L.; Oliveira, E. B. Pragas da soja no Brasil
e seu manejo integrado. Londrina: Embrapa soja, 2000.

Oliveira, L. J.; Garcia, M. A.; Hoffmann-Campo, C. B.; Sosa-Gómez, D. R.; Farias, J. R. B.;
Corso, I. C. Coró-da-soja Phyllophaga cuyabana. Londrina: Embrapa soja, 30p.1997.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 13

Lagarta-militar ou
lagarta-do-cartucho-
do-milho
Nome científico: Spodoptera
frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae) Figura 1. Lagarta de Spodoptera frugiperda.
Foto: D. Gassen.

Parte atacada da planta: Plântulas, folhas e vagens.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da praga: Todo período


vegetativo e reprodutivo.

Condições que favorecem a ocorrência da praga: Períodos mais secos.

Sintomas: Plântulas cortadas rente ao solo, vagens perfuradas (pode causar


danos à soja Bt).

Principais características de larvas e adultos que auxiliam na


identificação da praga: As lagartas são inicialmente claras, passando a
pardo-escuras ou esverdeadas chegando a atingir 50 mm de comprimento.
Apresentam no último segmento abdominal quatro pontos pretos distribuídos
como vértices de um quadrado e sutura em forma de “Y” invertido no
topo da cabeça. Os adultos têm asas com envergadura entre 32 e 38 mm,
apresentam dimorfismo sexual, sendo os machos mais escuros e com asas
com listras mais claras próximas às margens e manchas brancas próximas
ao centro nas asas anteriores, enquanto as fêmeas apresentam coloração
cinza-amarronzada. Ambos com asas posteriores esbranquiçadas.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 14

Potencial de dano econômico: No início do desenvolvimento das plantas,


se não forem controladas podem provocar redução no estande da cultura, e
também promovem danos decorrentes da alimentação de folhas e vagens que
podem resultar em perda significativa de produtividade.

Figura 2. Adulto de Spodoptera frugiperda. Foto: Leandro Feller.

Referências bibliográficas:

Moscardi, F.; Bueno, A. F.; Sosa-Gómez, D. R.; Roggia, S.; Hoffmann-Campo, C. B.;
Pomari, A. F.; Corso, I. C.; Yano, S. A. C. Artrópodes que atacam as folhas da soja.
In: Hoffman-Campo, C.; Corrêa-Ferreira, B.; Moscardi, F. (Eds.). Soja: Manejo integrado
de insetos e outros artrópodes-praga. 1. ed. p. 213–334, 2012.

Sosa-Gómez, D. R.; Corrêa-Ferreira, B. S.; Hoffmann-Campo, C. B.; Corso, I. C.;


Oliveira, L. J.; Moscardi, F.; Panizzi, A. R.; Bueno, A. F.; Hirose, E.; Roggia, S. Manual
de identificação de insetos e outros invertebrados da cultura da soja. Documento
269 / Embrapa Soja ISSN 1516-781X, 3. Ed, 100p. 2014.

Ávila, C. J. Pragas da soja: conheça e previna-se. Embrapa Agropecuária Oeste,


2017. Disponível em <https://pragas.cpao.embrapa.br/> Acesso setembro 2018.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 15

Lagarta-da-soja
Nome científico: Anticarsia
gemmatalis (Lepidoptera: Erebidae)
Figura 1. Adulto de Anticarsia gemmatalis.
Foto: D. Gassen.

Parte atacada da planta: Atacam as folhas.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da praga: Todo período


vegetativo e reprodutivo.

Condições que favorecem a ocorrência da praga: Regiões de clima tropical


e subtropical, onde há temperaturas em torno de 20-30°C.

Sintomas: Pequenas perfurações, com nervuras centrais e laterais intactas


causadas por lagartas menores (até o 3º ínstar) e desfolha intensa causadas
por lagartas maiores (4º a 6º ínstar).

Principais características de larvas e adultos que auxiliam na identificação


da praga: A lagarta apresenta cor verde com listras longitudinais brancas
sobre o dorso. Em altas populações ou escassez de alimento a lagarta torna-se
escura, mantendo as listras brancas e pode chegar a 40 mm de comprimento.
O adulto é uma mariposa que mede entre 30 e 38 mm, apresenta coloração
cinza a marrom e asas com linha transversal escura unindo a extremidade de
uma asa à outra.

Potencial de dano econômico: Maior capacidade de desfolha ocorre do


quarto ao sexto ínstar, podendo provocar até 100% de desfolha e, dependendo
do estágio de desenvolvimento da planta, causar a perda total da lavoura.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 16

Figura 2. Lagarta de Anticarsia gemmatalis. Foto: D. Gassen.

Referências bibliográficas:

Hoffmann-Campo, C. B.; Corrêa-Ferreira, B. S.; Oliveira, L. J.; Sosa-Gómez, D. R.;


Panizzi, A. R.; Corso, I. C. Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado. Circular
técnica / Embrapa Soja ISSN 1516-7860, n.30, 70 p., 2000.

Moscardi, F.; Bueno, A. F.; Sosa-Gómez, D. R.; Roggia, S.; Hoffmann-Campo, C. B.;
Pomari, A. F.; Corso, I. C.; Yano, S. A. C. Artrópodes que atacam as folhas da soja.
In: Hoffman-Campo, C.; Corrêa-Ferreira, B.; Moscardi, F. (Eds.). Soja: Manejo integrado
de insetos e outros artrópodes-praga. 1. ed. p. 213–334, 2012.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 17

Lagarta-da-vagem
Nome científico: Spodoptera
cosmioides (Lepidoptera: Noctuidae)
Figura 1. Lagarta de Spodoptera cosmioides.
Foto: D. Gassen.

Parte atacada da planta: Folhas e vagens.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da praga: Ocorre nas principais


fases do ciclo da soja, atacando a planta recém-germinada, assim como as
folhas e partes reprodutivas, se alimentando das vagens.

Condições que favorecem a ocorrência da praga: Dentre as regiões


de cultivo de soja no Brasil, o clima do Cerrado é o que mais favorece a
ocorrência da praga, com temperaturas médias entre 25-28 °C e umidade
relativa elevada no período da cultura.

Sintomas: Vagens broqueadas e desfolha.

Principais características de larvas e adultos que auxiliam na identificação


da praga: As lagartas apresentam coloração verde a marrom escura, podendo
variar de acordo com a alimentação e o ínstar. No dorso, possuem três listras
de coloração clara (amarelo a alaranjado) que percorrem da cabeça ao final do
abdômen. É possível visualizar, no dorso, manchas triangulares entre as listras,
que são maiores nos últimos segmentos abdominais. Chegam a medir 50 mm
de comprimento no último ínstar. Os adultos são mariposas de 16 a 20 mm de
comprimento. Os machos possuem as asas anteriores na cor marrom, e uma
mancha central (também conhecida como mancha orbicular) clara. As fêmeas
possuem asas anteriores com manchas escuras. As asas posteriores de ambos
os sexos são esbranquiçadas.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 18

Potencial de dano econômico: Apresentam elevado potencial de dano


econômico devido ao hábito de atacar as vagens de soja e se apresentarem
tolerantes ou até mesmo resistentes à tecnologias Bt. Se não controladas no
início de sua infestação migram para as partes internas das plantas dificultando
o seu controle.

Figura 2. Adulto de Spodoptera cosmioides. Foto: Fausto Zafalon.

Referências bibliográficas:

Bavaresco, A., Garcia, M. S., Grützmacher, A. D., Foresti, J., & Ringenberg, R. Biology
and thermal requirements of Spodoptera cosmioides (Walk.) (Lepidoptera:
Noctuidae). Neotropical Entomology, v. 31, n. 1, p. 49-54, 2002.

Moscardi, F., Bueno, A. F., Sosa-Gómez, D. R., Roggia, S., Hoffmann-Campo, C. B.,
Pomari, A. F., Yano, S. A. C. Artrópodes que atacam as folhas da soja. Soja: manejo
integrado de insetos e outros artrópodes-praga, cap, v. 4, p. 859, 2012.

Silva, G., Bortolotto, O., Biatto, R., Tonsic, D., Pomari, A., Yatie, A., & Bueno, A. Biologia
de Spodoptera cosmioides (Walker, 1958) (Lepidoptera: Noctuidae) em Soja Bt e não-Bt.
In: Embrapa Soja-Artigo em anais de congresso (ALICE). In: Jornada Acadêmica
da Embrapa Soja, 8., 2013, Londrina. Resumos expandidos... Londrina: Embrapa Soja,
2013. p. 29-31 (Embrapa Soja. Documentos, 339).
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 19

Lagarta-da-vagem
Nome científico: Spodoptera eridania
(Lepidoptera: Noctuidae)
Figura 1. Lagarta de Spodoptera eridania.
Foto: D. Gassen.

Parte atacada da planta: Podem se alimentar das folhas e das vagens.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da praga: Ocorrem durante os


estágios vegetativo e reprodutivo, com maior importância no início da fase
reprodutiva da cultura.

Condições que favorecem a ocorrência da praga: Ocorrem principalmente


nos trópicos e subtrópicos. O Brasil possui clima favorável para o
desenvolvimento e reprodução desta espécie durante todo o ano.

Sintomas: Causam desfolha e seu dano característico no período reprodutivo


são perfurações nas vagens.

Principais características de larvas e adultos que auxiliam na


identificação da praga: As lagartas desta espécie são marrons e podem
chegar à sete instares larvais, alcançando um comprimento de 35 mm.
Possuem uma faixa lateral longitudinal amarela, que é interrompida por uma
mancha escura no tórax. Os adultos são mariposas com coloração cinza
e marrom com marcas pretas e marrom-escuras espalhadas pelas asas
anteriores de forma irregular.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 20

Potencial de dano econômico: Recomenda-se o controle para que não


ocorram danos econômicos a partir de 10% de vagens atacadas no período
de formação de vagens e enchimento dos grãos. Recomenda-se, ainda, o
controle no início da infestação. Trata-de de um inseto que possui habito
migratório e quando no interior das plantas dificulta o contato do inseticida
com os insetos e consequentemente o seu controle.

Referências bibliográficas:

Hoffmann-Campo, C. B., Moscardi, F., Corrêa-Ferreira, B.S., Oliveira, L.J., Sosa-Gómez,


D. R., Panizzi, A. R., Corso, I. C., Gazzoni, D. L.; Oliveira, E. D. Pragas da soja no
Brasil e seu manejo integrado. Londrina: Embrapa soja, p. 70, 2000.

Hoffmann-Campo, C. B.; Corrêa-Ferreira, B. S.; Moscardi, F. Soja: manejo integrado


de insetos e outros artrópodes-praga. Embrapa Soja. 2012.

Sardinha de Souza, B. H.; Boiça Júnior, A. L.; Janini, J. C.; Da Silva, A. G.; Rodrigues,
L.; Elisa, N. Feeding of Spodoptera eridania (Lepidoptera: Noctuidae) on soybean
genotypes. Revista Colombiana de Entomología, v. 38, n. 2, p. 215-223, 2012.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 21

Lagarta-das-maçãs
do algodoeiro
Nome científico: Chloridea (Heliothis)
virescens (Lepidoptera: Noctuidae) Figura 1. Lagarta de Chloridea virescens.
Foto: D. Gassen.

Parte atacada da planta: Pode atacar folhas, flores e vagens, alimentando-se


dos grãos em formação.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da praga: Ocorrem durante os


períodos de crescimento vegetativo e reprodutivo. Entretanto, deve-se ter
maior atenção no momento da formação das vagens.

Condições que favorecem a ocorrência da praga: Altas temperaturas no


verão e invernos amenos, com umidade relativa elevada. Além dos fatores
climáticos, plantios de soja (principalmente na fase vegetativa) próximos ou
sucessivos à cultura algodoeira favorecem o desenvolvimento da praga pela
sua alta capacidade de dispersão e adaptação na cultura.

Sintomas: Lagartas novas atacam as folhas no ápice das plantas; no período


reprodutivo as lagartas destroem flores e atacam vagens, que podem ser
observadas por perfurações.

Principais características de larvas e adultos que auxiliam na identificação


da praga: As lagartas têm de 5 a 7 ínstares (dependendo das condições
ambientais) e tem coloração verde-amarelada à marrom-avermelhada,
podendo chegar a tons mais escuros próximos a cor preta. Possuem listras
pálidas longitudinais e pontos escuros nos segmentos. O adulto é uma
mariposa de coloração marrom-clara com tonalidade esverdeada e as asas
apresentam listras transversais de cor branca e amarelada, um tom mais
escuro que a coloração de toda a asa.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 22

Potencial de dano econômico: Se não controlada, esta praga pode causar


perdas significativas na produção. O controle sugerido para esta praga é no
início da infestação. Como possui hábito de permanecer mais no interior das
plantas se o combate não for realizado logo no inicio haverá dificuldade no
atingimento da praga e das partes da planta onde estará alojada, assim, o
controle poderá ser prejudicado.

Referências bibliográficas:

Degrande, P. E.; Vivan, L. M. Pragas da soja. In: Tecnologia e produção: soja e milho
2010/2011. Maracaju: Fundação MS, p. 117-170, 2010.

Embrapa Soja. Níveis de Ação: Quando controlar Heliothis ou Helicoverpa armigera


na soja. Disponível em: <http://www.cnpso.embrapa.br/helicoverpa/danos.htm> Acesso
em 20 setembro 2018.

Hoffmann-Campo, C. B.; Corrêa-Ferreira, B. S.; Moscardi, F. Soja: manejo integrado de


insetos e outros artrópodes-praga. Embrapa Soja. 2012.

Pogue, M. G. Revised status of Chloridea Duncan and (Westwood), 1841, for the
Heliothis virescens Species group (Lepidoptera: Noctuidae: Heliothinae) based on
morphology and three genes. Systematic Entomology, v. 38, n. 3, p. 523–542, 2013.

Sosa-Gómez, D. R.; Corrêa-Ferreira, B. S.; Hoffmann-Campo, C. B.; Corso, I. C.; Oliveira,


L. J.; Moscardi, F.; Panizzi, A. R.; Bueno, A. F.; Hirose, E. Manual de Identificação de
insetos e outros invertebrados da cultura da soja. Londrina: Embrapa Soja, (Embrapa
Soja. Documentos, 269), 89 p., 2010.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 23

Lagarta-das-vagens
Nome científico: Spodoptera albula
(Lepidoptera: Noctuidae)

Parte atacada da planta: Atacam as folhas e vagens.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da praga: Período vegetativo e,


principalmente, reprodutivo.

Condições que favorecem a ocorrência da praga: É uma praga polífaga,


atacando frutos e folhas de várias espécies. Essa característica permite que a
espécie se mantenha no campo, se alimentando e reproduzindo o ano todo.
Além disso, plantas daninhas também são hospedeiras, das quais essas
pragas migram para a planta cultivada. Essa espécie também é tolerante a
diversos inseticidas e a tecnologias Bt.

Sintomas: Alta intensidade de desfolha e muitas vezes cortam os caules,


além de atacar as vagens, se alimentando dos grãos.

Principais características de larvas e adultos que auxiliam na


identificação da praga: A característica mais marcante dos adultos dessa
espécie é a presença de uma faixa longitudinal escura na base da asa anterior
das mariposas. As asas posteriores são brancas, muitas vezes translúcidas.
As lagartas têm hábito noturno e se escondem no solo sob as plantas durante
o dia, possuem coloração escura, com duas fileiras dorsais de manchas
triangulares pretas ou escuras, cada uma delas com um ponto branco no
centro. A cabeça é castanha com manchas pretas. De difícil identificação
por ter características muito semelhantes à Spodoptera eridania, sendo a
diferenciação somente possível em laboratório através da genitália.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 24

Potencial de dano econômico: Como desfolhadoras, as lagartas do complexo


Spodoptera causam danos devido à sua grande voracidade. Além disso,
merece destaque o fato de se alimentarem das vagens, contribuindo para uma
perda expressiva na produtividade, por atacar o “produto final” da cultura.

Referências bibliográficas:

Spodoptera albula. Disponível em: <http://www.defesavegetal.net/untitled-c1v2i>


Acesso em Setembro 2018.

Hoffmann-Campo, C. B.; Corrêa-Ferreira, B. S.; Moscardi, F. Soja: manejo integrado


de insetos e outros artrópodes-praga. Londrina: Embrapa soja, 2012.

Montezano, D. G. Padronização de metodologia de criação de Spodoptera eridania


(Stoll) e Spodoptera albula (Walker) visando detalhar parâmetros biológicos. 2014.
Dissertação (Mestrado em Biotecnologia) - Universidade de Caxias do Sul, RS.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 25

Lagarta-elasmo
Nome científico: Elasmopalpus
lignosellus (Lepidoptera: Pyralidae)
Figura 1. Adulto de Elasmopalpus lignosellus.
Foto: D. Gassen.

Parte atacada da planta: Antes da entrada no colmo, se alimentam do


parênquima foliar raspando o tecido vegetal e, na altura do colo, penetram
a planta e formam galerias ascendentes, comprometendo, principalmente, o
sistema vascular.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da praga: Ocorrem,


principalmente, no início do desenvolvimento da soja, comprometendo o
desenvolvimento da plântula. No período reprodutivo também ocorrem, mas
neste caso as lagartas não perfuram a planta por estar mais lignificada.

Condições que favorecem a ocorrência da praga: A ocorrência desta praga


é mais intensa em períodos com temperaturas mais elevadas e déficit hídrico
no solo, pois a umidade do solo afeta o desenvolvimento embrionário e a
sobrevivência de lagartas recém eclodidas. Em áreas em que se faz semeadura
direta, esta espécie tem menores condições de se estabelecer, pois a palha
protege contra a radiação solar e mantém o solo mais úmido.

Sintomas: Com o hábito de broqueamento, ao atacar a cultura no período


inicial, provoca a murcha das folhas por impedir o transporte de água e
nutrientes até a parte aérea. Em consequência, há o secamento das plantas
seguido da morte. Quando o ataque é mais tardio, com a planta mais
lignificada, os sintomas são vistos nas folhas e na parte externa do caule
próximo ao colo, podendo aparecer alguns calos que enfraquecem a planta e,
com a ação do vento, pode provocar a quebra.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 26

Principais características de larvas e adultos que auxiliam na identificação


da praga: Os adultos são mariposas com coloração distinta, sendo as
fêmeas acinzentadas e os machos de cor marrom com manchas escuras nas
asas anteriores. As lagartas passam por estádios larvais e, inicialmente, são
amarelo-palha chegando à uma cor mais rosada com uma faixa avermelhada
no dorso e mais ao final da fase larval podem ser desde amarelo-esverdeadas
à verde-azuladas com linhas aneladas marrom-avermelhadas.

Potencial de dano econômico: O controle mais recomendado deve ser


realizado de forma preventiva com a utilização de tratamento de sementes
eficientes. Porém, se esta prática não for adotada, o combate, devido ao hábito
da praga, torna-se mais difícil e recomenda-se iniciar o controle a partir de 5 a
10% das plantas infestadas. Contudo, os danos diretos já ocorridos não serão
recuperados, gerando perdas em rendimento. Se não controladas no período
inicial, a praga pode reduzir drasticamente o estande do cultivo devido à morte
das plântulas.

Figura 1. Adulto de Elasmopalpus lignosellus. Foto: D. Gassen.


MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 27

Figura 2. Lagarta de Elasmopalpus lignosellus. Foto: D. Gassen.

Referências bibliográficas:

Hoffmann-Campo, C. B., Moscardi, F., Corrêa-Ferreira, B.S., Oliveira, L.J., Sosa-Gómez,


D. R., Panizzi, A. R., Corso, I. C., Gazzoni, D. L. and Oliveira, E. D. Pragas da soja no
Brasil e seu manejo integrado. Londrina: Embrapa soja, p. 70, 2000.

Hoffmann-Campo, C. B.; Oliveira, L. J.; Moscardi, F.; Corrêa-Ferreira, B. S.; Corso,


I. C. Pragas que atacam plântulas, hastes e pecíolos da soja. In: Hoffmann, C. B.;
Corrêa-Ferreira, B. S.; Moscardi, F. (Ed.). Soja: manejo integrado de insetos e outros
artrópodes-praga. Brasília, DF: Embrapa, p. 145-212, 2012.

Viana, P. A. Lagarta-elasmo. In: Salvadori J. R.; Ávila C. J., Silva M. T. B. da (ed.). Pragas
de solo no Brasil. Passo Fundo: Embrapa Trigo; Dourados: Embrapa Agropecuária
Oeste; Cruz Alta: Fundacep Fecotrigo, p 379–408, 2004.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 28

Lagarta-enroladeira
Nome científico: Omiodes indicata
(Lepidoptera: Crambidae)

Figura 1. Adulto de Omioides indicata.


Foto: D. Gassen.

Parte atacada da planta: Folhas.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da praga: Ocorre em maior


densidade populacional no final do ciclo da soja.

Condições que favorecem a ocorrência da praga: Condições de climas


tropicais e subtropicais.

Sintomas: É facilmente reconhecida pelo hábito de enrolar ou unir os folíolos


de soja, além de rendilhar as folhas.

Principais características de larvas e adultos que auxiliam na identificação


da praga: As lagartas possuem coloração verde com aspecto oleoso e chegam
a medir 2 cm de comprimento. Os adultos são facilmente identificados pela
coloração amarela-alaranjada com três listras escuras na asa anterior, sendo
que duas delas estão presentes na asa posterior.

Potencial de dano econômico: Dificilmente causam danos econômico, devido


sua maior densidade populacional ocorrer no final do ciclo da soja, quando a
perda de área foliar possui pouca interferência na produtividade da cultura.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 29

Figura 2. Lagarta de Omioides indicata. Foto: D. Gassen.

Referências bibliográficas:

Moscardi, F., Bueno, A. F., Sosa-Gómez, D. R., Roggia, S., Hoffmann-Campo, C. B.,
Pomari, A. F., Yano, S. A. C. Artrópodes que atacam as folhas da soja. Soja: manejo
integrado de insetos e outros artrópodes-praga, cap, v. 4, p. 859, 2012.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 30

Lagarta
falsa-medideira
Nome científico: Chrysodeixis
(Pseudoplusia) includens
(Lepidoptera: Noctuidae)
Figura 1. Adulto de Chrysodeixis includens.
Foto: D. Gassen.

Parte atacada da planta: Atacam as folhas.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da praga: Todo período de


desenvolvimento da cultura.

Condições que favorecem a ocorrência da praga: É uma praga polífaga,


o que permite sua sobrevivência na entressafra, porém, tem preferência e
melhor adaptação à cultura da soja. O cultivo de soja e algodão em áreas
próximas também favorece a sua ocorrência. Períodos de baixa umidade e alta
temperatura favorecem os surtos dessa praga.

Sintomas: As lagartas de primeiro e segundo ínstar se alimentam apenas


raspando, principalmente as folhas novas, já as lagartas maiores se alimentam
de folhas deixando as nervuras principais intactas, dando um aspecto
rendilhado à folha. Habitam preferencialmente o terço médio e o baixeiro das
plantas.

Principais características de larvas e adultos que auxiliam na identificação


da praga: As lagartas são de coloração verde-clara e possuem faixas brancas
longitudinais e pontuações pretas. O seu nome popular de falsa-medideira
ou mede palmo, se deve ao modo de caminhar, medindo palmo, em razão
dos 3 pares de falsas pernas, duas abdominais e uma anal. As lagartas se
transformam em pupa na parte abaxial das folhas sob uma teia. Os adultos,
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 31

que são mariposas, possuem cores escuras (marrom ou cinza), com duas
manchas prateadas no primeiro par de asas, que têm formato de quilha
quando os adultos estão em repouso.

Potencial de dano econômico: Apresenta alto potencial de dano à cultura.


Uma única lagarta chega a consumir 200 cm2 de área foliar até completar seu
desenvolvimento. Pode causar até 100% de desfolha, o que irá representar
uma redução significativa na produtividade, que varia de acordo com o índice
de infestação e o estágio de ocorrência no ciclo de desenvolvimento da planta.

Figura 2. Lagarta de Chrysodeixis includens. Foto: D. Gassen.

Referências bibliográficas:

Carvalho, L. C.; Ferreira, F. M.; Bueno, N. M. Importância econômica e generalidades


para o controle da lagarta falsa-medideira na cultura da soja. Enciclopédia Biosfera,
v.8, p. 1021-1034, 2012.

Hoffmann-Campo, C. B.; Corrêa-Ferreira, B. S.; Moscardi, F. Soja: manejo integrado de


insetos e outros artrópodes-praga. Londrina: Embrapa soja, 2012.

Schlick-Souza, E. C. Resistência de genótipos de soja a Chrysodeixis includens


(Walker) (Lepdoptera: Noctuidae). 2013. 77 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual
Paulista “Julio de Mesquita Filho”, Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu, SP.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 32

Lagarta-
helicoverpa
Nome científico: Helicoverpa
armigera (Lepidoptera: Noctuidae)
Figura 1. Adulto de Helicoverpa armigera.
Foto: D. Gassen.

Parte atacada da planta: Estruturas vegetativas, como folhas e hastes


(podem atacar cotilédones, folíolos recém-abertos e folhas) e também
estruturas reprodutivas, como inflorescências e vagens.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da praga: As lagartas podem


ocorrer em todas as fases do ciclo da soja.

Condições que favorecem a ocorrência da praga: A temperatura é um


dos fatores que tem maior influência na dinâmica populacional da praga.
Temperaturas mais elevadas aceleram seu ciclo de vida, da mesma forma
que outonos prolongados e invernos amenos e mais curtos alteram a
distribuição da praga.

Sintomas: Cotilédones e folhas danificadas, podendo causar desfolha.


E, principalmente, vagens broqueadas.

Principais características de larvas e adultos que auxiliam na identificação


da praga: Os ovos são depositados isoladamente e com tamanho variando
de 0,4 a 0,6 mm. Possuem coloração branco-amarelada com aspecto
brilhoso alterando-se para marrom-escuro próximo a eclosão da larva. Para
a identificação das lagartas, a característica determinante é a presença de
tubérculos (protuberâncias) abdominais escuros e bem visíveis na região
dorsal do primeiro segmento abdominal que podem ser visualizados a
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 33

partir do quarto ínstar. A lagarta pode apresentar coloração variando de


branco-amarelada ao verde escuro, apresentando listras marrom-escuro que
percorrem o corpo da cabeça ao final do abdômen, sendo esta coloração
influenciada pela alimentação da lagarta.
O inseto adulto apresenta diferenças visuais entre fêmeas e machos. As
mariposas fêmeas apresentam as asas dianteiras amareladas, enquanto as
dos machos são cinza-esverdeadas com uma mancha central escurecida
reniforme. As asas posteriores são semelhantes em ambos os sexos, são mais
claras com uma borda marrom escura na parte distal.

Potencial de dano econômico: Fatores como a alta mobilidade, sobrevivência


sobre condições adversas, alta capacidade reprodutiva, tolerância a
inseticidas, e possibilidade de resistência aos inseticidas dificultam seu
manejo. O controle sugerido para esta praga é logo no início da infestação.
Como possui hábito de permanecer mais no interior das plantas, se o controle
não for realizado no início, haverá dificuldade no atingimento da praga e das
partes da planta onde elas se alojam, prejudicando, assim, o combate à praga.

Figura 1. Adulto de Helicoverpa armigera. Foto: D. Gassen.


MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 34

Figura 2. Lagarta de Helicoverpa armigera. Foto: D. Gassen.

Referências bibliográficas:

Bueno, A. F.; Hirose, E.; Sosa-Gómez, D. R.; Hoffman Campo, C. B.; Roggia S.
Helicoverpa armigera e outros desafios do manejo de pragas na cultura da soja.
Londrina: Embrapa Soja, 2013. Folder 11

Czepak, C., Albernaz, K. C., Vivan, L. M., Guimarães, H. O., & Carvalhais, T. First
reported occurrence of Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae)
in Brazil. Pesquisa Agropecuária Tropical, v. 43, n. 1, p. 110-113, 2013.

Embrapa Soja. Níveis de Ação: Quando controlar Heliothis ou Helicoverpa


armigera na soja. Disponível em: <http://www.cnpso.embrapa.br/helicoverpa/danos.
htm> Acesso em 23 novembro 2018.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 35

Mosca-branca
Nome científico: Bemisia tabaci
(Hemiptera: Aleyrodidae)
Figura 1. Adulto de Bemisia tabaci.
Foto: D. Gassen.

Parte atacada da planta: Infestam as folhas, sendo mais comum na face abaxial.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da praga: Período vegetativo e


reprodutivo, com aumento na população a partir do início do reprodutivo.

Condições que favorecem a ocorrência da praga: Esse inseto sobrevive


em mais de 600 espécies vegetais, dentre elas uma grande variedade de
plantas cultivadas comercialmente. A espécie tem um grande potencial biótico,
devido à sua capacidade reprodutiva e adaptação aos mais diversos ambiente
e hospedeiros. Clima quente e de baixa umidade são favoráveis ao seu
desenvolvimento.

Sintomas: As injúrias da alimentação de mosca-branca podem causar clorose


nas folhas. Em altas infestações, devido à grande quantidade de seiva sugada,
pode causar queda das folhas. No entanto, o principal sintoma da infestação
de mosca-branca é a presença de fumagina, resultado da interação entre a
excreção açucarada liberada pelo inseto durante a alimentação e o fungo
Capnodium sp. A fumagina é caracterizada pela coloração escura na superfície
da folha, que prejudica a capacidade fotossintética e favorece a queda
prematura das mesmas.

Principais características de ninfas e adultos que auxiliam na identificação


da praga: Os adultos medem cerca de 1 mm, tendo como destaque a coloração
branca dos dois pares de asas. O restante do corpo tem coloração amarelada.
As ninfas, ovais, são transparentes, medem de 0,3 a 0,7 mm e fixam-se às
folhas, principalmente na face abaxial.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 36

Potencial de dano econômico: Não foi definido o nível de infestação de


mosca-branca capaz de causar danos na cultura da soja, até o momento.
Um dos motivos para essa falta de informação clara é a difícil distinção entre
os efeitos diretos causados pela injúria da alimentação e os efeitos indiretos,
causados pela fumagina. Resultados na literatura indicam que, em média,
infestações acima de 20 ninfas por folíolo causam redução na produção entre
20 e 30%. Além disso, B. tabaci pode transmitir o vírus da necrose em soja, e
infestar outras plantas que venham a ser cultivadas em sucessão a soja.

Figura 2. Lagarta de Bemisia tabaci. Foto: D. Gassen.

Referências bibliográficas:

Gallo, D.; Nakano, O.; Silveira Neto, S.; Carvalho, R. P. L.; Baptista, G. C.; Berti Filho, E.;
Parra, J. R. P.; Zucchi, R. A.; Alves, S. B.; Vendramim, J. D.; Marchini, L. C.; Lopes, J. R.
S.; Omoto, C. Entomologia agrícola. Piracicaba: FEALQ, 920p. 2002.

Hoffmann-Campo, C. B.; Corrêa-Ferreira, B. S.; Moscardi, F. Soja: manejo integrado


de insetos e outros artrópodes-praga. Londrina: Embrapa soja, 2012.

Almeida, A. M. R.; Vliet, H. V. D.; Kitajima, E. W.; Piuga, F. F.; Marin, S. R. R.; Valentin, N.;
Bittneck, E.; Benato, L. C.; Nepomuceno, A. L.; Oliveira, T. G. Vírus da necrose da haste:
ocorrência no Brasil e controle. In: Reunião De Pesquisa De Soja Da Região Central Do
Brasil, 24., 2002. São Pedro, SP. Resumos... Londrina: Embrapa Soja, 2002. p. 57-73.
(Embrapa Soja. Documentos, 185).
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 37

Percevejo-
barriga-verde
Nome científico: Dichelops sp.
(Hemiptera: Pentatomidae) Figura 1. Adulto de Dichelops sp.
Foto: D. Gassen.

Parte atacada da planta: Vagens.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da praga: Principalmente no


período reprodutivo, desde floração (R2) até a maturação de vagens (R7), com
maior frequência em R5.

Condições que favorecem a ocorrência da praga: Regiões de climas


neotropicais, estando distribuídos por diversos países da América do Sul.
Cultivo de milho e trigo anteriormente à soja podem proporcionar maior
densidade populacional do percevejo, principalmente em áreas de plantio
direto, as quais fornecem abrigo e alimento favorecendo sua permanência no
solo sob restos culturais.

Sintomas: Puncturas nas vagens e grãos, formando manchas marrons, grãos


atrofiados e/ou enrugados.

Principais características de ninfas e adultos que auxiliam na


identificação da praga: A ninfa apresenta coloração marrom-acinzentada
no dorso e abdômen de cor verde, com juga bifurcada, o que o diferencia
dos demais percevejos. O adulto apresenta dorso de coloração marrom com
espinhos escuros nas laterais do pronoto, abdômen de cor verde que lhe
confere o nome comum. Mede entre 9 a 11 mm.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 38

Potencial de dano econômico: Seus danos podem se acumular aos


das demais espécies (N. viridula, P. guildinii, E. heros) que ocorrem
concomitantemente, elevando o potencial de dano econômico a níveis
bastante significativos. Se não controlado adequadamente pode oferecer
sérios riscos a culturas sucessivas como o milho segunda safra.

Referências bibliográficas:

Hoffmann-Campo, C. B.; Corrêa-Ferreira, B. S.; Oliveira, L. J.; Sosa-Gómez, D. R.;


Panizzi, A. R.; Corso, I. C. Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado. Circular
técnica/Embrapa Soja ISSN 1516-7860, n.30, 70p, 2000.

Moscardi, F; Bueno, A. F. ; Sosa-Gómez, D. R.; Roggia, S.; Hoffmann-Campo, C. B.;


Pomari, A. F.; Corso, I. C.; Yano, S. A. C. Artrópodes que atacam as folhas da soja.
In: Hoffman-Campo, C.; Corrêa-Ferreira, B.; Moscardi, F. (Eds.). Soja: Manejo integrado
de insetos e outros artrópodes-praga. 1. ed. p. 213–334, 2000.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 39

Percevejo-marrom
Nome científico: Euschistus heros
(Hemiptera: Pentatomidae)
Figura 1. Adulto de Euschistus heros.
Foto: Maira Paes.

Parte atacada da planta: Vagens.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da praga: O processo de


colonização do percevejo-marrom na soja se inicia geralmente no final do período
vegetativo, época em que os percevejos saem da diapausa ou de hospedeiros
alternativos e migram para a soja, aumentando progressivamente suas
populações durante a fase reprodutiva.

Condições que favorecem a ocorrência da praga: A ocorrência desse


percevejo pode variar em consequência da temperatura, culturas estabelecidas na
região, e da cultivar semeada. Hoje, encontra-se distribuído por todo país devido
a ampla faixa de temperatura e umidade em que se desenvolve e sobrevive.

Sintomas: O sintoma de ataque deste percevejo, são queda de vagens nas fases
iniciais, vagens e grãos danificados, “retenção foliar” ou “soja louca”, apesar
de menos intenso quando comparado ao percevejo verde (Nezara viridula) e o
percevejo-verde-pequeno (Piezodorus guildinii).

Principais características de ninfas e adultos que auxiliam na identificação


da praga: Os adultos são de coloração marrom, apresentam expansões laterais
no pronoto semelhante a “espinhos”, e uma pequena mancha de cor branca no
final do escutelo (região em forma de triângulo invertido). As ninfas apresentam
cor marrom claro e conforme mudam de ínstar vão se tornando marrom. Os
ovos são colocados em pequenas massas que variam de 6 a 15 ovos, no início
apresentam cor amarelada e conforme vão se desenvolvendo adquirem uma
coloração alaranjada.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 40

Potencial de dano econômico: O potencial de dano econômico está


relacionado principalmente a intensidade e ao estádio fenológico das plantas.
Quando atacam as plantas no início da formação das vagens os prejuízos
são maiores.

Figura 2. Lagarta de Euschistus heros. Foto: Agmar Assis.

Referências bibliográficas:

Corrêa-Ferreira, Beatriz S.; Panizzi, Antônio R. Percevejos da soja e seu manejo. Londrina:
Embrapa-CNPSo, 1999.

Moscardi, F., Bueno, A. F., Sosa-Gómez, D. R., Roggia, S., Hoffmann-Campo, C. B.,
Pomari, A. F., Yano, S. A. C. Artrópodes que atacam as folhas da soja. Soja: manejo
integrado de insetos e outros artrópodes-praga, cap, v. 4, p. 859, 2012.

Panizzi, A. R.; Bueno, A. F.; Silva; F. A. C. Insetos que atacam vagens e grãos. Soja: manejo
integrado de insetos e outros artrópodes-praga. Brasília: Embrapa, p. 335-420, 2012.

Silva, F. A.; Silva, J. J. Da; Depieri, R.; Panizzi, A. R. Feeding activity, salivary amylase
activity, and superficial damage to soybean seed by adult Edessa meditabunda (F.) and
Euschistus heros (F.) (Hemiptera: Pentatomidae). Neotropical Entomology, Londrina, v. 41,
n. 5, p. 386–390, 2012.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 41

Percevejo-verde
Nome científico: Nezara viridula
(Hemiptera: Pentatomidae)
Figura 1. Adultos e ninfas de Nezara viridula.
Foto: D. Gassen.

Parte atacada da planta: Se alimenta por meio do pedúnculo foliar, mas tem
preferência pelos grãos desde a formação das vagens até o enchimento dos grãos.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da praga: Crescimento vegetativo


e, principalmente, período reprodutivo.

Condições que favorecem a ocorrência da praga: Esta espécie tem ocorrência


ampla, de norte a sul do Brasil, porém, é predominante em regiões mais frias
(como o sul do Brasil).

Sintomas: Os danos são semelhantes aos causados por outros percevejos que
atacam a cultura. Visivelmente, é possível perceber que quando atacados, os
tecidos se tornam mais escuros, os grãos ficam enrugados, menores e chochos.
Com o ataque aos grãos, as folhas permanecem nas plantas pela falta de
maturação das vagens.

Principais características de ninfas e adultos que auxiliam na identificação


da praga: A ninfa passa por cinco ínstares até se tornar adulto. No primeiro ínstar,
tem coloração variando de laranja a vermelho; no segundo, pode ter cor preta
com manchas brancas ou com apenas o tórax preto e o abdômen vermelho com
manchas amarelas; as ninfas do terceiro ínstar são pretas com pontos brancos
ou apenas com o tórax preto e com o abdômen verde apresentando manchas
amarelas. O quarto e o quinto ínstar têm o tórax verde-escuro e o abdômen
vermelho com manchas amareladas ou verde com manchas amarelas. Em geral,
os adultos têm coloração verde, podendo variar de amarelo esverdeado
até o verde-escuro.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 42

Essa espécie possui nove tipos polimórficos descritos (devido a mudança


na coloração) e, no Brasil, três tipos são encontrados: tipo G = smaragdula
- totalmente verde; tipo O = torquata – corpo verde com os lobos laterais e
margem anterior do pronoto de cor amarela; e o tipo Y = aurantiaca – totalmente
amarelo ou laranja.

Potencial de dano econômico: Os danos causados pelo percevejo-verde


podem chegar a mais de 70% de perdas na produção. O nível sugerido de
controle em lavouras comercias, é de até 2 a 4 percevejos por pano de batida,
porém o controle em níveis menores e no início da infestação, favorece o
sucesso no manejo da praga inibindo a evolução dela no cultivo.

Referências bibliográficas:

Corrêa-Ferreira, B. S.; Zamataro, C. E. O. Danos causados à soja por espécimes de


Nezara viridula sadias e parasitadas por Eutrichopodopsis nitens, Resultados de
Pesquisa de Soja 1986/87. EMBRAPA-CNPSo. Londrina. Documentos, v. 28, p. 107-108,
1988.

Harris, V. E.; Todd, J. W. Rearing the southern green stink bug, Nezara viridula, with
relevant aspect of its biology. J. Georgia Entomol. Soc., v. 16, p. 203-210, 1981.

Hoffmann-Campo, C. B.; Corrêa-Ferreira, B. S.; Moscardi, F. Soja: manejo integrado de


insetos e outros artrópodes-praga. Embrapa. 2012.

Hoffmann-Campo, C. B., Moscardi, F., Corrêa-Ferreira, B.S., Oliveira, L.J., Sosa-Gómez,


D. R., Panizzi, A. R., Corso, I. C., Gazzoni, D. L.; Oliveira, E. D. Pragas da soja no Brasil
e seu manejo integrado. Londrina: Embrapa soja, p. 70, 2000.

Panizzi, A. R.; Lucini, T., 2016. What happened to Nezara viridula (L.) in the
Americas? Possible reasons to explain populations decline. Neotropical entomology,
v. 45, n 6, p 619-628, 2016.

Vivan, L. M.; Panizzi, A. R. Geographical distribution of genetically determined types


of Nezara viridula (L.) (Heteroptera: Pentatomidae) in Brazil. Neotropical Entomology,
v. 35, p. 175-181, 2006.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 43

Percevejo-
verde-pequeno
Nome científico: Piezodorus guildinii
(Hemiptera: Pentatomidae) Figura 1. Adultos e ninfas de Piezodorus guildinii.
Foto: D. Gassen.

Parte atacada da planta: Grãos e vagens.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da praga: A ocorrência dessa


praga se inicia no florescimento, o que a torna diferente das demais espécies
de percevejo, por estarem mais adaptados para se alimentar das plantas
nesse período. Porém, a densidade populacional aumenta no final do
enchimento dos grãos e na maturação, quando passa a ocasionar danos
significativos.

Condições que favorecem a ocorrência da praga: A ocorrência dessa praga


varia entre regiões e de uma safra para outra. Além de serem, geralmente,
mais tolerantes aos inseticidas, o pico populacional ocorre antes do pico
das demais espécies de percevejo. Os percevejos, em geral, colonizam e se
desenvolvem na maior parte das culturas de entressafra e nas plantas não-
cultivadas ao redor da lavoura. Esses fatores exercem grande influência na
pressão de infestação nas lavouras de soja.

Sintomas: O dano causado por espécies de percevejos ocorre devido à


inserção do estilete para alimentação e injeção de toxinas nas plantas.
Essa espécie é conhecida por causar maiores danos às plantas de soja,
especialmente devido ao comportamento de inserção e retirada do estilete
que causa maior lesão às paredes celulares e é mais profundo nos grãos. São
responsáveis por quedas no rendimento, na germinação, no vigor, no número
de grãos e no teor de óleo nos grãos. Além disso, pode ocorrer a retenção
foliar (senescência anormal) que dificulta a colheita.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 44

Principais características de ninfas e adultos que auxiliam na


identificação da praga: O adulto dessa espécie, mede aproximadamente
9 mm. Tem coloração verde claro e se torna pálido (amarelado) com o passar
do tempo. Apresenta uma mancha marrom-avermelhada no pronoto (região
que liga a cabeça ao tórax). As ninfas de coloração preta e avermelhada, têm
hábito gregário após a eclosão, e passam a ocasionar danos significativos a
partir do terceiro ínstar de desenvolvimento. Os ovos, pretos com pilosidade
na porção superior, são colocados em fileiras duplas, preferencialmente, nas
vagens, mas podem ser encontrados em folhas, ramos e caules.

Potencial de dano econômico: Maior atenção deve ser dada a campos


de produção de sementes, pois dependendo da fase do desenvolvimento
fenológico da semente em que o ataque ocorre, pode causar inviabilidade
total das sementes.

Figura 1. Adultos e ninfas de Piezodorus guildinii. Foto: D. Gassen.


MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 45

Figura 2. Adulto de Piezodorus guildinii. Foto: Everson Zeny.

Referências bibliográficas:

Degrande, P. E.; Vivan, L. M. Pragas da soja. Boletim de Pesquisa de Soja, v. 12, p.


254, 2007.

Hoffmann-Campo, C. B.; Corrêa-Ferreira, B. S.; Moscardi, F. Soja: manejo integrado


de insetos e outros artrópodes-praga. Londrina: Embrapa soja, 2012.

Santos, L.S. Distribuição espacial e plano de amostragem sequencial para Piezodorus


guildinii (Westwood, 1837) (Heteroptera: Pentatomidae) na cultura da soja transgênica
RR®. 2014. 47 p. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal, SP.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 46

Piolho-de-cobra
Nome científico: Julus sp. e Plusioporus sp.

Parte atacada da planta: Sementes em fase de germinação, plântulas


de soja, cotilédones e folhas de plantas jovens.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da praga: Atacam a semente de


soja que está germinando, mas ocorre com maior frequência nos estádios VE
(emergência) e VC (cotilédone). Também ataca folhas de plantas jovens (V1).

Condições que favorecem a ocorrência da praga: Sistemas de plantio direto.

Sintomas: Falha no estande, cotilédones e folhas de plantas jovens atacadas.

Principais características de larvas e adultos que auxiliam na identificação


da praga: Apresentam corpo cilíndrico e divido em segmentos (variando de 20
a mais de 100 segmentos). Possuem duas antenas curtas, olhos simples e dois
pares de pernas em cada segmento do corpo.

Potencial de dano econômico: Devido ao ataque desta praga podem ocorrer


falhas no estande com perdas significativas em rendimento, e havendo até a
necessidade de replantio.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 47

Figura 2. Piolho de cobra Plusioporus. Foto: Wagner Machado Carlos Lemes.

Referências bibliográficas:

Hoffmann-Campo, C. B.; Moscardi, F.; Corrêa-Ferreira, B. S.; Oliveira, L. J.; Sosa-


Gómez, D. R.; Panizzi, A. R.; Oliveira, E. D. Pragas da soja no Brasil e seu manejo
integrado. Londrina: Embrapa soja, 2000.

Hoffmann-Campo, C. B.; Oliveira, L .J.; Moscardi, F.; Corrêa-Ferreira, B. S.; Corso, I. C.


Pragas que atacam plântulas, hastes e pecíolos da soja. Cap. 3. Hoffmann-Campo, C.
B.; Corrêa-Ferreira, B. S.; Moscardi, F. Soja: Manejo Integrado de Insetos e outros
Artrópodes-Praga. Brasília, DF, p. 145-212, 2012.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 48

Pulgão
Nome científico: Aphis glycines
(Hemiptera: Aphididae)
Figura 1. Colônia de Aphis glycines.
Foto: D. Gassen.

Parte atacada da planta: Atacam inicialmente as folhas mais novas e, em


altas infestações, as demais.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da praga: Período vegetativo.

Condições que favorecem a ocorrência da praga: Temperaturas elevadas


e clima úmidos são favoráveis ao seu desenvolvimento, no entanto extremos
são prejudiciais. Plantas estressadas, principalmente por déficit hídrico, são
mais favoráveis ao desenvolvimento desse inseto.

Sintomas: As folhas ficam retorcidas e amareladas. O honeydew excretado


durante a alimentação favorece formação de fumagina. Plantas com altas
infestações não se desenvolvem perfeitamente e ficam mais baixas, podendo
até mesmo morrer.

Principais características de larvas e adultos que auxiliam na


identificação da praga: São pequenos (aproximadamente 15 mm de
comprimento), com corpo amarelado. Possuem dois sifúnculos pretos no final
do abdômen. Podem ser alados ou não. Se movem lentamente e, geralmente,
habitam a face abaxial de folhas novas.

Potencial de dano econômico: Baixas infestações geralmente não causam


danos significativos na lavoura. Contudo, quando a colonização ocorre em
estágios vegetativos iniciais e com grande densidade de insetos, pode causar
queda de produtividade superior a 50%. Existe ainda a possibilidade destes
insetos transmitirem viroses às plantas de soja.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 49

Figura 2. Adultos de Aphis glycines. Foto: D. Gassen.

Referências bibliográficas:

Ragsdale, D. W. et al. Economic threshold for soybean aphid (Hemiptera: Aphididae).


Journal of Economic Entomology, v. 100, n. 4, p. 1258-1267, 2007.

Soybean Aphids E-series 217-W. Purdue University. Disponível em: <https://extension.


entm.purdue.edu/fieldcropsipm/insects/soybean-aphid.php> Acesso em Setembro 2018.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 50

Tamanduá-da-soja
Nome científico: Sternechus
subsignatus (Coleoptera: Curculionidae)
Figura 1. Adulto de Sternechus subsignatus.
Foto: D. Gassen.

Parte atacada da planta: Hastes.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da praga: Todo período vegetativo


até a floração.

Condições que favorecem a ocorrência da praga: O cultivo de culturas


hospedeiras (ex. feijão, lab-lab, guandu) anteriormente à soja favorece a
ocorrência devido ao hábito de hibernação no solo. O plantio direto também
favorece pois fornece abrigo e umidade para o seu desenvolvimento.

Sintomas: Caule raspado e desfiado, podendo ocorrer ruptura que interrompe


a circulação de seiva na fase inicial da cultura. Em plantas mais velhas, as
larvas quando se desenvolvem na haste principal formam galhas e o caule frágil
pode quebrar por ação de vento e chuvas, resultando em acamamento e morte
de plantas.

Principais características de larvas e adultos que auxiliam na identificação


da praga: A larva possui cabeça marrom e corpo de coloração esbranquiçada,
ápoda e se desenvolve no interior da haste, formando galhas. O adulto é um
besouro preto com listras amarelas, medindo aproximadamente 8 mm.

Potencial de dano econômico: Larvas e adultos causam danos significativos,


que dependendo da época do ataque, podem ser irreversíveis, apresentando
alto potencial de dano.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 51

Figura 2. Lagarta de Sternechus subsignatus. Foto: D. Gassen.

Referências bibliográficas:

Hoffmann-Campo, C. B.; Corrêa-Ferreira, B. S.; Oliveira, L. J.; Sosa-Gómez, D. R.;


Panizzi, A. R.; Corso, I. C. Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado. Circular
técnica / Embrapa Soja ISSN 1516-7860, n.30,70p., 2000.

Moscardi, F; Bueno, AF; Sosa-Gómez, DR; Roggia, S; Hoffmann-Campo, CB; Pomari,


AF; Corso, IC; Yano, SAC. Artrópodes que atacam as folhas da soja. In: Hoffman-
Campo, C.; Corrêa-Ferreira, B.; Moscardi, F. (Eds.). Soja: Manejo integrado de insetos
e outros artrópodes-praga. 1. ed. p. 213–334.

Ávila, CJ (2017) Pragas da soja: conheça e previna-se. Embrapa Agropecuária Oeste.


Disponível em <https://pragas.cpao.embrapa.br/> Acesso em Setembro 2018.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 52

Torrãozinho
Nome científico: Aracanthus mourei
(Coleoptera: Curculionidae)
Figura 1. Adulto de Acaranthus mourei.
Foto: D. Gassen.

Parte atacada da planta: Folhas e pecíolos.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da praga: Período vegetativo,


principalmente fases iniciais.

Condições que favorecem a ocorrência da praga: Períodos de estiagem e


não monitoramento das bordaduras.

Sintomas: Serrilhado característico nas bordas das folhas e em casos


extremos pode atingir os pecíolos. Seu ataque inicia-se pela bordadura das
lavouras.

Principais características de larvas e adultos que auxiliam na


identificação da praga: A larva possui cabeça distinta, ápoda e levemente
encurvada, com tamanho muito reduzido. O adulto é besouro marrom com
protuberâncias e com aparência de partículas de solo aderidas ao corpo.
Mede aproximadamente 4 mm e finge-se de morto ao ser perturbado.

Potencial de dano econômico: Apesar da baixa capacidade de desfolha,


em grandes populações e ataques severos na fase inicial podem destruir toda
área foliar e gema apical prejudicando o desenvolvimento das plantas.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 53

Figura 1. Adulto de Acaranthus mourei. Foto: D. Gassen.

Referências bibliográficas:

Hoffmann-Campo, C. B.; Corrêa-Ferreira, B. S.; Oliveira, L. J.; Sosa-Gómez, D. R.;


Panizzi, A. R.; Corso, I. C. Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado. Circular
técnica / Embrapa Soja ISSN 1516-7860, n.30, 70p., 2000.

Moscardi, F.; Bueno, A. F. ; Sosa-Gómez, D. R. ; Roggia, S.; Hoffmann-Campo, C. B.;


Pomari, A. F.; Corso, I. C.; Yano, S. A. C. Artrópodes que atacam as folhas da soja. In:
Hoffman-Campo, C.; Corrêa-Ferreira, B.; Moscardi, F. (Eds.). Soja: Manejo integrado
de insetos e outros artrópodes-praga. 1. ed. p. 213–334, 2012.

Gomes, S. A.; Ávila, C. J. (2002) Controle químico do cascudinho Aracanthus


sp. (Coleoptera: Curculionidae) em feijoeiro. Comunicado técnico 160 / Embrapa
Agropecuária Oeste ISSN 1679-0472, 8p.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 54

Tripes
Nome científico: Caliothrips phaseoli,
Caliothrips brasiliensis, Frankliniella
schultzei (Thysanoptera; Thripidae)
Figura 1. Dano de tripes.
Foto: D. Gassen.

Parte atacada da planta: Folhas jovens.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da praga: Todo período


vegetativo e reprodutivo.

Condições que favorecem a ocorrência da praga: Períodos quentes e


secos, mas podem também surgir em condições de baixas temperaturas,
associadas à estiagem.

Sintomas: Folhas raspadas, as quais desidratam, envelhecem e caem


prematuramente.

Principais características de ninfas e adultos que auxiliam na


identificação da praga: A ninfa apresenta tamanho reduzido e coloração
amarelada, enquanto que, o adulto mede 1 a 1,5 mm, com cor escura,
asas membranosas, estreitas e com bordas franjadas. Localizam-se,
principalmente, na superfície inferior das folhas.

Potencial de dano econômico: A injúria provocada pela alimentação é


diretamente proporcional ao nível de infestação da praga e não tem sido
observado perdas drásticas na produção (dano direto). Entretanto, pode atuar
como transmissor do vírus da queima-do-broto-da-soja (dano indireto).
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 55

Figura 2. Ninfas de tripes. Foto: D. Gassen.

Referências bibliográficas:

Hoffmann-Campo, C. B. ; Corrêa-Ferreira, B. S.; Oliveira, L. J.; Sosa-Gómez, D. R.;


Panizzi, A. R.; Corso, I. C. Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado. Circular
técnica / Embrapa Soja ISSN 1516-7860, n.30 70p, 2000.

Moscardi, F.; Bueno, A. F.; Sosa-Gómez, D. R.; Roggia, S.; Hoffmann-Campo, C. B.;
Pomari, A. F.; Corso, I. C.; Yano, S. A. C. Artrópodes que atacam as folhas da soja. In:
Hoffman-Campo, C.; Corrêa-Ferreira, B.; Moscardi, F. (Eds.). Soja: Manejo integrado
de insetos e outros artrópodes-praga. 1. ed. p. 213–334.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 56

Vaquinha-verde-
amarela ou Patriota
Nome científico: Diabrotica speciosa
(Coleoptera: Chrysomelidae) Figura 1. Adulto de Diabrotica speciosa.
Foto: D. Gassen.

Parte atacada da planta: Os adultos se alimentam das folhas (de preferência


mais tenras), brotações, flores e vagens. As larvas se alimentam das raízes.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da praga: Ocorrem durante todo


o ciclo da cultura, com danos mais significativos em plantas recém-emergidas.

Condições que favorecem a ocorrência da praga: Sistema de plantio direto,


com cultivo precedente ou adjacente de feijão ou milho.

Sintomas: Larvas se alimentam das raízes enquanto que adultos se alimentam


de folhas mais novas provocando pequenos orifícios, havendo maior incidência
de desfolha nas bordas da lavoura.

Principais características de larvas e adultos que auxiliam na identificação


da praga: A larva mede aproximadamente 1 cm de comprimento, possui
coloração amarelo esbranquiçada, com tórax, cabeça e pernas pretas.
O adulto mede aproximadamente 5 a 6 mm de comprimento, apresenta
coloração verde com três manchas amarelas ou alaranjadas de cada lado das
asas anteriores e cabeça marrom-avermelhada.

Potencial de dano econômico: Os danos nas raízes podem reduzir em


até 45% a nodulação e capacidade de fixação de nitrogênio, resultando em
perda de produção de grãos de soja em ataques extremos da praga. Apesar
da pouca capacidade de causar danos de desfolha, dependendo do nível de
infestação e da época de ocorrência, pode reduzir a produtividade.
MANEJO EFICIENTE | PRAGAS 57

Figura 1. Adulto de Diabrotica speciosa. Foto: D. Gassen.

Referências bibliográficas:

Moscardi, F., Bueno, A. F., Sosa-Gómez, D. R., Roggia, S., Hoffmann-Campo, C. B.,
Pomari, A. F., Yano, S. A. C. Artrópodes que atacam as folhas da soja. Soja: manejo
integrado de insetos e outros artrópodes-praga, cap, v. 4, p. 859, 2012.
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Colletotrichum graminicola, Fusarium moniliforme, Penicillium spp., Phoma spp. e Pythium spp. em Sorgo e Pythium
spp. em Trigo. Registro MAPA: Standak® Top nº 01209; Fastac® Duo nº 10913; Nomolt® 150 nº 001393; Pirate® nº 05898.

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