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BOLDO-ALUMÃ

Nome Científico: Vernonia condensata  Baker

Família botânica: Asteraceae (Compositae)

Sinonímias: Vernonanthura condensata (Baker) H. Rob., Vernonia bahiensis Toledo.


Nomes populares: Alumã, aloma, aluman, luman, boldo, boldo-baiano, boldo-goiano, boldo-de-
Goiás, boldo-japonês, boldo-chinês, boldo-de-folha-larga, fel-de-índio, árvore-do-pinguço,
alcachofra, cachofra, figatil, necroton, heparém, macelão, estanca-sangue, entre outros.

Origem ou Habitat: África tropical, trazida para o Brasil nos tempos coloniais.

Características botânicas: Arbusto grande ou arvoreta, pouco ramificada, de ramos


quebradiços, de 2-4 m de altura. Folhas simples, inteiras, membranáceas, glabras, de 5-12 cm de
comprimento, com sabor amargo. Flores discretas, de coloração esbranquiçada, reunidas em
pequenas panículas terminais e axilares de capítulos alongados. O florescimento é discreto e ocorre
no verão. Multiplica-se por estacas.

Partes usadas: Folhas

Uso popular: A infusão das folhas é utilizada para colecistite, diarreia, dispepsia (distúrbios
digestivos) e como "protetor" hepático, para dores de cabeça relacionadas a problemas digestivos³ e
também é usado em casos de colesterol elevado. A mistura com vinho é utilizada para inapetência.

Composição química: Presença de saponinas, glicosídeo cardiotônico “vernonina”, flavonóides,


óleos essenciais e substâncias amargas (lactonas sesquiterpênicas) ¹.
Glicosídeos esteroidais: vernoniosídeo B2, vernoniosídeo D, vernoniosídeo D1, vernoniosídeo D2 e
vernosídeo ³.
Lactonas sesquiterpênicas: 19-hidroxivernolido, vernolido, vernodalina, 11β,13-diidro-
hidroxivernolido, 11β13-diidro-19-hidroxivernolido ³.
Triterpenóides: lupeol e lupenol ³.
Apresenta um teor de cinarina maior que a alcachofra (Cynara scolymusL.)(MATOS, 2000)

Ações farmacológicas: Digestivo, tônico, diurético, colagogo, colerético, emenagogo,


estimulante do apetite, analgésico, antiinflamatório,³carminativo.

Interações medicamentosas: não há relatos na literatura consultada

Efeitos adversos e/ou tóxicos: não há relatos de usuários ou na literatura consultada

Contra-indicações: a falta de estudos sugere precaução de uso em grávidas e nutrizes.

Posologia e modo de uso: Uso interno: Infusão de 1 folha picada em 150mL (xícara de chá) de
água fervente. Utilizar 1 xícara de chá, 3x ao dia, antes das principais refeições;
Ou pode ser feito macerado em água fria, meia folha amassada em um copo de água por 10 minutos
, coar e tomar 3 vezes ao dia.
Não há estudos sobre o uso crônico.

Observações: É uma planta de sabor amargo.


Referências:

AMARAL, A.C.F.; SIMÕES, E.V.; FERREIRA, J.L.P. Coletânea científica de plantas de uso medicinal. Organizado
por FIOCRUZ. Rio de Janeiro, Brasil: Abifito, 2005. p. 186-197.

ANVISA. RDC N° 10/2010. Diário Oficial da União (Imprensa Nacional), 2010. Ano CXLVII, N° 46, Seção 1. p.
52-59

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa, SP:
Instituto Plantarum, 2008. 165p.

MATOS,F. J. A. Plantas Medicinais: guia de seleção e emprego de plantas usadas em fitoterapia no nordeste
do Brasil. 2. ed. Fortaleza: IU, 2000.

PANIZZA, S. Plantas que curam (Cheiro de mato). 3ª. ed. São Paulo. IBRASA. 1998. p. 31-32.

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