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SANTANA

Nome Científico: Baccharis vulneraria  Baker

Família botânica: Asteraceae (antiga Compositae)

Sinonímias: Baccharidastrum triplinervium (Less.) Cabrera, Conyza triplinervia Less.,


Archibaccharis vulneraria (Baker) Heering ex Malag., etc.

Nomes populares: Erva-santana, erva-de-santana, santana, erva-santa, erva-sant'ana, etc.

Origem ou Habitat: Espécie que distribui-se pelo Sudeste e Sul do Brasil, assim como Paraguai,
Uruguai e Argentina, habita ambientes de borda de floresta, savanas e florestas secundárias, com
solos rasos, especialmente na região de Floresta Ombrófila Mista.

Características botânicas: Subarbusto de mais ou menos 1-1,5m de altura, pouco ramificado,


caule glabro, cilíndrico, estriado. Folhas pecioladas, ovado-lanceoladas, com 6-8 cm de comprimento
e 3 cm de largura, membranáceas, de margem serreada, ápice acuminado, trinérveas. Capítulos
dispostos em ramos corimbosos, formando uma panícula terminal multiflora. Flores femininas
numerosas, com corola filiforme, de mais ou menos 1,5 mm de comprimento e 0,1-2,2 mm de
diâmetro. Pápus de numerosas cerdas filiformes, com 3 mm de comprimento. Flores masculinas,
mais ou menos 4. Corola tubulosa, com 3 mm de comprimento, dividida em 5 lobos oblongos,
planos. Pápus de muitas cerdas finas, com cerca de 3 mm de comprimento. Rudimeno de ovário
muito reduzido. Estilete com 3mm de compr., dividido em dois ramos curtos. Aquênios glandulosos,
com cerca de 0,8mm de comprimento. (Barroso & Bueno, 2002).
A polinização é realizada por insetos, provavelmente abelhas e a dispersão é anemocórica
(dispersão das sementes pela ação do vento).

Partes usadas: Folhas

Uso popular: Na medicina Xokleng, esta espécie é utilizada para lavar as feridas e como abortivo.
Um informante do Paraná indicou esta planta para lavar feridas e para diabetes.

Composição química: sem informações

Ações farmacológicas: sem informações

Interações medicamentosas: sem informações

Efeitos adversos e/ou tóxicos: É invasor de pastagens e causa intoxicação no gado.

Contra-indicações: Não utilizar na forma oral. Somente uso externo.


Não utilizar internamente em gestantes nem em lactantes.

Observações: Existe uma espécie chamada popularmente de mio-mio (Baccharis coridifolia DC.),
considerada uma das plantas daninhas cujo envenenamento tem maior índice de letalidade entre os
animais (bovinos, ovinos, suínos e equinos) cujos compostos tóxicos são os tricotecenos
macrocíclicos.
Não foram encontrados estes compostos tóxicos em Baccharis vulneraria Baker.

Referências:
Lorenzi, H. et all. "Plantas tóxicas: estudos de fitotoxicologia química de plantas brasileiras. -- São Paulo: Instituto
Plantarum de Estudos da Flora, 2011.
Heiden, G.; Schneider, A. Baccharis in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível
em: . Acesso em: 23 Jun. 2015
Heiden, G.; Schneider, A. Baccharis in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro .Disponivel
acesso em 23 Jun. 2015.
Langohr I.M., Gava A. & Barros C.S.L., 2005 “Intoxicação por Baccharidastrum triplinervium (Asteraceae) em bovinos.
Pesquisa Veterinária Brasileira 25(4):235-238, out./dez. /Animal Disease Diagnostic Laboratory, Purdue University, 406
South University, West Lafayette, IN 47907, Estados Unidos. E-mail: ilangohr@purdue.edu – Acesso 23 Junho 2015.
http://www.ufrgs.br/fitoecologia/florars/index.php?pag=buscar_mini.php - Acesso 23 Junho 2015.
http://www.europeana.eu/portal/record/11615/_DIGIT_TYPER_UCPH_DENMARK_C10007003.html - Acesso 23 Junho
2015.
http://www.tropicos.org/Name/2704935?tab=synonyms - Acesso 23 Junho 2015.

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