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10 DICAS PARA USAR MELHOR

AS PLANTAS MEDICINAIS
Por Dra Henriqueta Tereza do Sacramento

1-Estar informado sobre a procedência das plantas

Como sabemos cada planta necessita de cuidados para produzir os seus princípios
medicamentosos , chamados de ativos. Quando a planta é domesticada ela precisa de tratos
culturais definidos de acordo com a espécie e o melhor é contarmos com um agrônomo ou técnico
para acompanhar esta etapa.

No ES ao realizarmos uma pesquisa observamos que muitas pessoas realizam extrativismo ou


seja coletam as plantas na mata sem o devido controle , ocorrendo inclusive o risco de extinção ,
como já ocorreu com o ipê-roxo , a espinheira-santa , a aroeira , dentre outros.

Devemos também nos informar sobre a qualidade das plantas que vamos utilizar. É importante
saber o local onde foram cultivadas , a data de validade e se há acompanhamento de técnico
qualificado.

Não se deve coletar e cultivar plantas em locais poluídos , em beiras de estradas e rios poluídos ,
próximo a fossa e esgotos , etc.

2-Estar informado sobre o modo de coletar

Caso você mesmo vá fazer a coleta evite retirar todas as folhas do mesmo galho ; jogue fora as
folhas que estão contaminadas por fungos , insetos , etc. Retire as cascas em pedaços pequenos
para evitar circundar todo o caule , pois poderá causar a morte da planta.

3-Saber o momento certo de colher

Existe diferença de época de colheita de uma espécie para outra, porém muitos estudos ainda
estão sendo realizados e concluídos. Recomenda-se que se colete as folhas em dias secos e se
evite os horários que o sol está muito quente , principalmente no verão. Para as plantas aromáticas
principalmente pois assim se evita a evaporação das essências aromáticas que são voláteis.

4-Saber conservar e secar as ervas

Deve-se secar flores e folhas em locais ventilados , livres de sujeiras , à sombra , penduradas em
varais ou em bandejas em camadas finas .Cascas , raízes devem ser lavadas com água corrente e
colocadas para secar ao sol. Raízes muito grossas podem ser cortadas em rodelas. Após secas ,
devemos guardar picadas em pedaços , em vidros de preferência escuros , secos , tampados , à
sombra , com etiqueta de data de coleta e validade , mais o nome da espécie. A validade varia de 3
a 6 meses.

5-Conhecer a parte da planta que quero utilizar

É extremamente importante conhecer a parte da planta que possui atividade medicinal . Caso
contrário não poderemos obter o resultado esperado. Exemplo : a camomila utilizo as flores ; o
mulungu a casca ; o quebra pedra a planta inteira; etc.

6- Saber o modo de preparar


Diferentes modos podem ser utilizados par o preparo das formas caseiras. Para o preparo do chá é
melhor usarmos uma vasilha de porcelana , vidro ou barro.

É muito importante analisar a quantidade de erva que desejo preparar para evitar o desperdício. A
medida deve sempre estar baseada em livros de pessoas qualificadas. Geralmente oriento o
preparo da infusão à partir de partes de plantas secas ou verdes da seguinte forma.

Para uma xícara de chá de água devo infundir 1 colher da de sopa da planta verde picada ou 01
colher de chá da planta seca .

7- Saber identificar a planta

É extremamente importante a identificação de uma planta. Todas as partes da mesma serão


analisadas com base em botânica e depois comparadas em literatura especializada. Aquí em
Vitória diferentes espécies são conhecidas com o mesmo nome , tais como : cidreira ; hortelã ;
camomila; boldo ; etc. Não comprar plantas sem a certeza de que alguém responsável as
identificou .

8-Saber como usar

Quando não sabemos usar uma planta ou fitoterápico devemos sempre recorrer a um profissional
de saúde experiente.

Precisamos estar atentos ao modo de uso seja interno seja externo , pois determinadas plantas
não devem ser ingeridas , outras não podem ser tomadas por muito tempo como por exemplo o
mentrasto.

Ao oferecermos fitoterápicos para crianças devemos redobrar o cuidado .Crianças até um ano, são
muito sensíveis e devemos dar apenas uma medida de colher das de chá do infuso 3 a 4 vezes ao
dia.

Muitas mães desconhecem isto e chegam a dar uma mamadeira cheia de chá , o que é incorreto.

9- Conhecer o tempo de tratamento

O tempo de uso e a quantidade diária são deveras importante para o sucesso do tratamento.
Determinadas doenças , tais como , diabetes , câncer , se usa preparações por muito tempo e
devemos sempre acompanhar clínica e laboratorialmente o paciente.

10-Saber a toxicidade das plantas e contra-indicações

Nem sempre se sabe , mas determinadas plantas produzem substâncias agressivas ao organismo
humano , tais como : espirradeira , comigo ninguém pode , chapéu de napoleão , pinhão
paraguaio.

Para fazer uso de plantas em pacientes alérgicos e sensíveis devemos redobrar os cuidados.

Determinadas plantas não são recomendáveis na gravidez tais como losna, carqueja, alecrim,
arruda, canela e boldo. Outras podem causar efeitos colaterais se ingeridas , tais como : óleo de
copaíba , cáscara sagrada , etc.

A ENERGIA DAS PLANTAS MEDICINAIS


Por Dr Luiz Carlos Leme

A planta medicinal foi a primeira terapia da qual o Homem ( e outros animais também ) fez uso,
ainda quando seu contacto com a natureza era mais puro e saudável. As plantas, como o Homem,
sofrem a influência das energias do Universo, sejam cósmicas, telúrica, gravitacionais, estáticas,
eletromagnéticas e outras. Isto possibilita a elas participar, no Homem, destas mesmas energias,
trazendo-as se ele tiver falta delas em sua harmonização energética.

O desequilíbrio energético é que causa as doenças e isto já é estudado na medicina


psicossomática. É por isto que a cura com elas é mais natural. Como cada uma delas capta e
armazena energias diferentes, inclusive a do sol, transmutando esta energia em vida, através da
fotossíntese, podem trazer ao Homem energias diferentes, em gênero e intensidade se ele tiver
necessidade delas e estiver harmonizado com as plantas. É por isto, também, que nem toda planta
é útil para todos..

É questão de empatia energética, de afinidade. Mas,, mesmo isto acontecendo, as plantas são
mais naturais em relação ao homem e à natureza que os medicamentos artificialmente
manipulados, e assim, são mais úteis e com menos efeitos deletérios.

ALERTA AOS AMANTES DA FITOTERAPIA


Por Dra. Henriqueta Sacramento

A Fitoterapia é uma terapêutica complementar defendida por muitos adeptos e na atualidade


desponta como uma das alternativas aos medicamentos sintéticos convencionais. Pode ser
entendida como fitoterapia popular, ou seja, aquela das formulações caseiras que nossa mães e
avós preparam, quais sejam o xarope ou lambedor, a cocada, o chá caseiro. Ao ser indicada para
uma pessoa doente, transformada em uma apresentação, tais como tintura envasada em algum
recipiente e vendida passa a ser um medicamento sob a responsabilidade de alguém. Nós
estamos há mais de dez anos trabalhando para que os cientistas brasileiros juntamente com os
profissionais da área das políticas públicas de saúde estejam unidos na inclusão da mesma no
cenário terapêutico nacional, de geração de divisas para o nosso país e de capacidade de
produção de fitofármacos de qualidade, assim como países da Europa, ficamos estarrecidos com o
que encontramos no nosso meio. Crescem o número pessoas leigas que jamais sentaram num
banco de faculdade e que não possuem sequer segundo grau e que, aproveitando-se do crescente
mercado, vêm vendendo produtos preparados sem o mínimo de condições éticas e profissionais
para uma população cada vez mais ávida em consumir.

Após analisar diversas situações preocupantes, faço este alerta nesta coluna.

• Se somos portadores de uma doença, devemos, em primeiro lugar, procurar um médico


qualificado e, conseqüentemente, nos tratarmos com medicamentos prescritos por ele.
• Caso o medicamento prescrito seja um fitoterápico, este deverá ser elaborado por um
farmacêutico responsável, que, inclusive, conste seu nome e número de CRF no rótulo do
produto ou, se adquirido de um Laboratório confiável, que este possua registro na ANVISA-
Agência nacional de Vigilância Sanitária.
• Os frascos de medicamentos fitoterápicos devem conter os dados do produto em questão,
tais como: nome das plantas contidas em latim, nome popular e concentrações,
respectivamente. Ex: Melissa officinalis –cidreira verdadeira; tintura – 20% .
• Caso seja uma associação de plantas, esta deverá ser clara na sua formulação e deve-se
evitar as que contenham a mistura de mais de três plantas.
• Evite a automedicação de qualquer medicamento, seja fitoterápico ou não, inclusive se for
gestante, lactante ou recém nascido.

Planta medicinal é medicamento e portanto, devemos ter todo o cuidado !!

ALHO, PRA QUÊ SERVE?


Por Dra Henriqueta Sacramento

Allium sativum L. FAMÍLIA: ALLIÁCEAS

BOTÂNICA: Erva anual perene, caracterizada por crescer formando bulbos ("cabeças")
de 20 dentes a mais.É originário da Ásia Central e atualmente se encontra distribuído
em todo o mundo.

PARTE UTILIZADA : Bulbos.

HISTÓRICO
Planta utilizada desde 3000 A.C. para combater parasitoses e prevenir epidemias. Na Grécia, o
historiador Heródoto menciona o uso de alho para prevenir tifo e cólera.
Já no século XX, os médicos na I Guerra Mundial, utilizavam extratos de alho para evitar infecções
e gangrenas nas feridas dos soldados.
Na década de 60, os japoneses demonstraram a comunidade científica a ação anti-tumoral em
ratos.Em 70 e 80 aumenta consideravelmente os estudos, e o Inst. de Câncer dos USA,
recomenda-o na dieta como método preventivo do câncer.

AÇÃO TERAPÊUTICA HIPOLIPEMIANTE


É efetivo no controle sangüíneo do colesterol e das lipoproteínas de baixa densidade. Reduz em
até 12% o LDL.

AÇÃO ANTITUMORAL E IMUNOMODULADORA


O Instituto Nacional do Câncer dos EUA , em estudos experimentais, com 1695 pessoas, concluiu
que a incidência de câncer de estômago era menor nas pessoas que ingeriam mais alho e cebola
na dieta/diária.
Reduz a fadiga e anorexia depois da adm. de radio - quimioterápicos.
Um estudo piloto de 10 semanas com 10 pacientes que receberam o extrato de alho se observou
um aumento da atividade das células NK, bem como para várias patologias associadas tais como:
herpes genital, diarréia, candidíase e pansinusite recorrente com febre.

AÇÃO ANTIIFECCIOSA E ANTIVIRAL


Inibe o crescimento de Cândida albicans.
Efetivo contra o vírus da Influenza B, Herpes simples tipo I.

Portanto, o alho possui as seguintes vantagens :


- Se pode administrar durante mais tempo sem temer os efeitos colaterais.
- Seu emprego não leva a resistência.
- Não afeta a flora intestinal.
- Possui atividade antiviral (algo que os antibióticos não possuem).

EFEITOS ADVERSOS E / OU TÓXICOS


O alho cru não é bem tolerado já que pode provocar anemia, mal estar gástrico e reações alérgicas
tipo asmática ou dermatite de contato.
Diferentes testes de toxicidade aguda, subaguda e crônica, mutagenicidade e evolução clínica
sintomatológica demonstraram segurança na tomada de extratos de alho. Evitar altas doses devido
a uterocontrabilidade (in vitro).

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Podem interagir com os tratamentos anticoagulantes, hipotensores e hipoglicemiantes.

AS PLANTAS QUE ACABAM COM SUA INSÔNIA


Dra Henriqueta Sacramento

Cerca de 45 milhões de brasileiros sofrem de insônia.


São os adultos, principalmente mulheres, na faixa etária entre os 40 e 60 anos. Portanto o sexo
feminino é mais atingido (cerca de 60%).

Como que os fitoterápicos podem contribuir?

Melissa officinalis-cidreira verdadeira. Planta muito aromática, que pode ser utilizada sob a forma
de chá em infusão ou tintura. Muito conhecida no sul do Brasil. Aqui em Vitória a população utiliza
mais o capim cidreira e a erva cidreira no uso caseiro.

Passiflora edulis - Maracujá: Várias espécies são conhecidas como calmantes. A parte mais
indicada é a folha.

Valeriana officinalis - Valeriana. Erva importada da Europa. Encontramos sob a forma de tintura e
extrato seco nas farmácias.

E. mulungu - mulungu. Planta brasileira, se prepara o chá com a casca do caule triturada.

Piper methysticum - kava-kava. .Tem custo mais elevado, pois é importada e se encontra na forma
do extrato seco.

Para quem gosta de tomar o chá o preparo é:


Despejar 1 xícara de água fervente sobre uma colher de sopa de erva fresca picada ou 1/2 colher
de sopa de ervas secas. Tomar duas vezes ao dia, sobretudo 1 hora antes de deitar-se para
dormir.

Dicas para dormir melhor:

• Evitar atividades muito estimulantes, como ver TV. Melhor ouvir uma música suave.
• Fazer exercícios físicos diariamente, porém evitar faze-los depois das 21 horas, pois a
adrenalina liberada na corrente sanguínea pode afastar o sono.
• O quarto de dormir deve estar escuro.
• Evitar refeições mais peadas à noite, pois a digestão para durante a noite.
• Evitar tomar café, chocolate, refrigerantes à base de cola, guaraná em pó ou ginseng, a
partir às 18 horas, pois são excitantes.
• Bebidas alcoólicas fazem com o corpo relaxe, mas pode fazer com que o sono se
interrompa facilmente.
• Evitar fumar cigarro, principalmente à noite e procurar não dormir durante o dia, pois as
madornas de dia podem atrapalhar o sono à noite.
• Tomar banho morno antes de dormir e retirar todos os odores fortes, como perfume ou
odor de cigarro.
AS PLANTAS QUE PREVINEM O ENVELHECIMENTO DO CORPO
Por Dr Luiz Carlos Leme

PLANTAS ANTIOXIDANTES

Há mais de três milhões de anos um acaso evolutivo do seu metabolismo fez as algas verde -
azuis começarem a liberar oxigênio, que subira da superfície das águas e se acumulou na mais
alta atmosfera em forma de 0 3.
Isto formou uma camada protetora aos raios ultravioletas do Sol, propiciando que os seres do
mundo subaquático, onde a incidência desta energia letal era pequena, conquistassem a superfície
da Terra.
Este gás oxigênio, em todas as suas formas, tornou possível a expansão da vida no planeta
porque permitiu, além da proteção às radiações, uma grandiosa eficiência metabólica com
produção maior e mais rápida de energia que a fotossíntese.
Este gás que se tornou, extremamente necessário à vida é bastante tóxico e os organismos
tiveram que sofrer uma grande adaptação bioquímica para conviver com ele.

Hoje, a sua taxa na atmosfera é estável em torno de 21 % e se o índice fosse maior de 25 %


haveria no planeta enormes incêndios, porque ele é altamente inflamável. Se, outrossim, abaixar
de 15% o fluxo deste gás na cadeia energética das atuais mitocôndrias não se daria de modo
satisfatório. Para manter este quantum nesta faixa, as plantas contribuem com a sua ainda
fotossíntese e os demais organismos se adaptaram para destruir o excesso de oxigênio que a
própria cadeia produz como radicais livres. Altamente reativos, estes destróem outros elementos
com o objetivo de adquirir elétrons para se neutralizarem (embora a grande maioria destas reações
ocorram com o oxigênio, não é exclusivo dele), reduzindo-se então, e oxidando os elementos que
são forçados a ceder os elétrons faltantes. Daí serem oxidantes. Os elementos oxidados
necessitam, por sua vez, de elétrons e a cadeia caminha desordenando células, tecidos, órgãos,
sistemas que são obrigados a, sem poderem, ceder seus elétrons.

Assim, os seres que sobrevivem às custas deste mecanismo perigoso se não controlado,
adaptaram-se e contam com mecanismos antioxidantes para coibir isto, antes que este oxigênio,
em suas formas reativas destrua o próprio organismo.
A poluição, a fumaça, o cigarro, o estresse, o corte indiscriminado de vegetais estão a fazer
com que o sistema entre em falência por não mais os organismos conseguirem sozinhos,
inibir esta oxidação, através das substâncias que produzem, como as enzimas dismutase
superóxida, peroxidase glutationa e catalase. Assim os organismos precisam de auxílio
externo, proporcionado pelas vitaminas, principalmente as A, C e E, os flavonóides, os
carotenos (e carotenóides = xantofilas) e pelos minerais como o selênio e o germânio, por
exemplo.

Estes elementos que o organismo não tem em sua dispensa, ou os tem pouquíssimo, devem ser
obtidos via alimentação, como preceituam a medicina naturalista, a trofoterapia, a medicina
ortomolecular e a fitoterapia, já que as plantas são as grandes fontes destas substâncias.

Trabalhando com as vitaminas e minerais citados como exemplo, temos que:

VITAMINA A, um grupo de compostos lipossolúveis e portanto acumuláveis nos corpos, pode ser
disponível ao organismo sob a forma de retinóides, provenientes de alimentos de origem animal e
de carotenóides, de origem vegetal, que na verdade é um percursor da vitamina A, só se
transformando nela conforme a necessidade orgânica. Por esta propriedade os carotenóides não
são tóxicos, como a vitamina já formada, retinóides, de origem animal e que são cumuláveis. É
essencial para a função sensível da retina, para o crescimento e para a manutenção dos epitélios.
Também aumenta o poder do sistema imunológico e é grande antioxidante por absorver a energia
da espécie ativa do oxigênio chamada singlet, talvez a mais ávida por elétrãos. Ajuda a recompor a
vitamina C desgastada em alguns processos metabólicos, ela também grande antioxidante.
Pode ser conseguida, por meio de pró-vitamina A nas plantas alfafa (Medicago sativa L), Alcachofra
(Cynara scolymus L), abacateiro (Persea gratissima Gaertn), urucum (Bixa orellana L,B. arborea
Hubr), trigo(gérmen) (Triticum sativum Lank) Spirulina maxima, urtigas (U. dioica L ou U. urens e U.
pilulifera). O abacateiro, o alho (Allium sativum L), o sabugueiro (Sambucus nigra L), a malva (M.
sylvestris L), a fáfia (Pfaffia sp), as urtigas, o dente-de-leão (Taraxacum off. Weber), a videira (Vitis
vinifera), o albicoco (Prunus armeniaca L)) e as algas Macrocystis pyrifera tem vitamina A.

VITAMINA C - Também conhecida como ácido ascórbico é indispensável à manutensão das


cartilagens, dentes, veias, artérias e capilares. Atua beneficamente nas glândulas e na pele,
pigmentando-a; auxilia o fígado na formação do glicogênio, colabora na absorção dos hidratos de
carbono, e trabalha o sistema respiratório, principalmente aí, e como antiinflamatória atuando como
grande antioxidante.
Acha-se presente nas medicinas alfafa (Medicago sativa L), rosas (norueguesa é melhor, mas
também na mosqueta=off. rubiginosa, syn. canina L), mirtilo (Vaccinium myrtillus), agrimônia (A.
eupatoria), urucum (Bixa orellana L=B. arborea Hubr) cavalinha (Equisetum arvense L), alecrim
(Rosmarinus off.), babosa (Aloe vera L,Aloe vulgar Lank,Aloé barbadensis Miller), bétula (B. alba),
mastruço (Tropaeolumm majus L), dente-de-leão (Taraxacum off. Weber), borragem (Borago
officinalis L) tem 0,04%, camomilas (Matricaria chamomilla L é um bom exemplo), fáfia (Pfaffia sp),
ulmária (Spiraea u. L. Filipendula u.(L)M), castanha-da-índia (Aesculus hippocastannus L) e do
Pará (Bertholletia excelsa Humb. et Bonpi), hibiscus (H. sabdariffa D. C.), hipérico/hipericão
(Hypericum perfloratum L), losnas (v.g. artemisia absinthium L), quebra-pedra (Phyllantus niruri L=
0,4%), crataegus (C.oxyacantha), dróseras (D. rotudifolia,intermedia e longifolia), malva (M.
sylvestris L), hortelã-pimenta (Mentha piperita L), cavalinha (Equisetum arvense L), sabugueiro
(Sambucus nigra L), ginseng coreano (Panax gingeng C. A. Meyer), celidônia (Chelidonium majus-
pequena quantidade), urtigas (U. dioica L ou U. urens e U. pilulifera), tanchagem (Plantago maior
L), videira (Vitis vinifera), Tília (T. cordata Mill), algas Macrocystis pyrifera e muitas ervas usadas
como alimentos.

VITAMINA E - também conhecida como (alfa)tocoferol tem como principal ação regularizar a
reprodução, combatendo esterilidades e evitando abortos, além de normalizar gestações. Exerce,
junto com a vitamina A, importante ação anti oxidante ao inibir a peroxidação lipídica. Age na
cicatrização e se peroxida quando é antioxidante. Atua bem nos processos inflamatórios.
Regenera-se em presença de vitaminas C, B2 e A. Entre muitas outras ações retarda o
envelhecimento por nos proteger da poluição do ar.
Alfafa (Medicago sativa L), abacateiro (Persea americana Mill, syn Laurus persea L=Persea
gratissima de Gaertn), fáfia (Pfaffia sp), trigo (Triticum sativum Lank), castanha-do-pará
(Bertholletia excelsa Humb. et Bonpi), algas Macrocystis pyrifera, o alimentício agrião (Nasturtium
off), as castanha-do-pará e de caju, nozes e pistache são recursos a serem usados em sua falta.

GERMÂNIO - Abundante na natureza, parece nos ser útil apenas através pela sugestão de
estudos há pouco realizados ( de Kazuhito Asai e outros mais recentes) que indicam o seu
componente orgânico Ge-132, como estimulante da imunidade e da destruição de radicais livres do
oxigênio. Russos o estudam como antitumorais. Fucus vesiculosus, Fucus crispus, ginseng
coreano (Panax gingeng), babosa (Aloe vera L) e alho (Allium sativum L) são plantas medicinais
que o fornecem.

SELÊNIO - observou-se que pessoas que o possuem em menor quantidade (Gérard Schrauzer,
Patric Holford). As substituições de células envelhecidas por novas, processo que ocorre com
freqüência em nosso organismo, depende de Ác. Desoxirribonucleico e Ribonucleico e podem ser
retardadas por oxidações em excesso. O selênio, antioxidante que reduz a oxidação de pontes
sulfídricas das proteinas e na desnaturação do colágeno, trabalha aí. É tido como notável protetor
do coração. Há evidências de bom uso na Síndroma da Imunodeficiência Adquirida (o Selênio é um
elemento chave no sistema imunológico).
Alho (Allium sativum L), cebola (Allium sepa), cogumelo (champions e outros), levedura de cerveja
(Saccharomyces cerevisiae), castanha-do-pará, alguns cereais integrais, são as principais fontes
fitoterápicas.

Além das plantas antioxidantes citadas por possuir as vitaminas e minerais acima, há
muitas que agem como tal por possuir enzimas, flavonóides ou outras substâncias não
interessantes ao nosso trabalho de agora. De exemplo citamos o arroz integral que tem
radical anti hidroxila e antiradical superóxido; o boldo e o açafrão que bloqueiam a
peroxidação lipídica.

CALÊNDULA E ALECRIM
Por Dr Luiz Carlos Leme

CALÊNDULA (Calendula officinalis - Lineo) : de calends, primeiro dia da mês.

Planta das compostas, dourada, de origem européia e bem aclimatada no Brasil, além de outros
nomes é conhecida como mal-me-quer, maravilha, margarida-dourada e verrucária. Floresce o ano
todo e é utilizada em cosmética e medicina.

Seu cultivo é por sementes depositadas profundamente no local definitivo, principalmente em


região litorânea. Deve ser plantada na primavera ou verão, pois gosta de bastante sol. Aprecia
solos férteis, frescos e permeáveis.

Ações terapêuticas: vulnerária, resolutiva, tônica, antispasmódica, anti-séptica, emenagoga,


analgésica, diaforética, cicatrizante (em uso externo), adstringente, antiparasitária, calmante,
lenitiva, refrescante, antialérgica, colalagoga, bactericida e antifúngica.

Constituintes – saponinas, cálcio, silício, carotenóides, flavonóides, ácido oleanóico, mono, di e


triterpenos, corantes, princípios amargos, resina.

Usos = flores, e em bem menos casos as folhas.


Flores e folhas
- uso externo: soca-se as partes até se conseguir uma pasta. Esta é colocada entre dois panos
limpos ou diretamente nas feridas ou picada de insetos. Alivia assim o calor da inflamação (é
diafóretica) e age como anti-séptico, evitando infecção.
uso interno: faz-se chás (por infusão, ou decocção principalmente quando trata-se de folhas).
Toma-se uma xícara, três a quatro vezes ao dia, para estimular a menstruação (é emenagoga),
como calmante ou analgésico.

Flores
Uso interno: Como chás (infuso). É estimulante da circulação geral, antiespasmódica e analgésica.
Pode ser usado com a consolda-maior, outro bom clamante.

Folhas
Uso interno : Chá- infuso ou decocto. Alia dores articulares e é calmante.
Uso externo: Faz –se suco de folhas fresca e aplica-se em calos , verrugas ou pólipos.

ALECRIM =Rosmarinus officinalis L – conhecida desde os gregos e romanos.


Planta européia, usada desde o século XVI em incensários para purificar o ambiente e na
cosmética. Era símbolo dos namorados já que acreditavam que ela desenvolvia a memória.
Cultivo - através de sementes, em solo seco e ensolarado, a uma distância de
cinqüenta centímetros uma cova da outra. É um arbusto aromático bastan-
te cultivado nos jardins.

Ações terapêuticas – hipertensora, estomáquica, anti-séptica, emenagoga, antiespasmódica,


narcótica fraca, diurética, colagoga, colerética, antidepressiva, tônica, antigripal, anticoquelúchica,
antiasmática, béquica, e carminativa. Usada nas cefaléias, reumatismo e úlceras, quando
externamente.

Constituintes – Tem bastante tanino e óleos essenciais (os principais são borneal, cineol, e
cânfora) o que o coloca em uso na culinária, na perfumaria e como medicamento.

Usos - Folhas e sumidades floridas.

Uso interno: como vinho (para diurese e como tônico) – colocar trinta gramos de folhas frescas
em um litro de vinho e deixar macerar por vinte e quatro horas. Filtrar e beber três vezes ao dia,
preferencialmente após as refeições. Pode-se adicionar mel e vinte gramos de folhas de sálvia
nesta última indicação e ai deixa-se em banho-maria por vinte minutos.
Como infuso, usa - se quinze gramos de folha (ou flores) para cada litro de água e toma-se três
xícaras ao dia: para as outras indicações que não as pulmonares.
Usa - se em decocção quando se quer efeito digestivo – Vinte gramos de folhas secas para cada
cinco gramos de folhas secas em meio litro de água por um minuto. Beber após as refeições.

Uso externo: como compressas, para reumatismo ou abscessos. Ferve-se


um ramo de alecrim em meio litro de água. Filtra-se morno e usa - se.
Para os problemas pulmonares costuma-se colocar alecrim em chapa quente e aspirar-se a
fumaça.
Hoje é encontrada em cápsulas ou pó nas drogarias, o que facilita muito o emprego.

CONEÇA O KIT DE PLANTAS PARA AS FÉRIAS


Por Dra. Henriqueta Sacramento

O verão está chegando e com ele, alguns cuidados devemos ter com nossa saúde!
Quando viajamos de férias normalmente pensamos em levar na bagagem alguns medicamentos
essenciais. Para os que apreciam a medicina natural elaborei este texto visando proporcionar-lhes
algum auxílio.Todos os medicamentos listados neste Kit poderão ser adquiridos em
farmácias homeopáticas.

1- Para quadros de dores de cabeça recomendo a tintura de Achillea millefolium (mil folhas) ou
Tanacetum parthemium (tanaceto).

2- Para as gripes e resfriados bem como a prevenção de complicações é prudente o uso de extrato
seco de alho (Allium sativum) e Echinacea spp.

3- O bochecho com extrato de romã , mirra e hortelã , são excelentes na prevenção de inflamações
de garganta e faringe.

4- Nos casos de dispepsia , cólicas digestivas e gases intestinais , recomendo o Peumus boldus
(boldo chileno) , a carqueja e o manjericão , sob a forma de chá ou tintura.

5- A calêndula em creme ou gel é excelente para os processos de erupção cutânea, picada de


inseto e inflamações da pele de um modo geral.

6- Para as queimaduras pós-sol recomendo também gel de Calendula e Aloe vera.


7- Nas contusões e entorses nada como o gel de Arnica montana , apenas para uso externo!

8- Se houver necessidade de relaxar ou nos casos de insônia , pode ser utilizado a tintura de
Melissa off.+ Valeriana off.

9- Para prevenção de micoses de praia e outros processos infecciosos, é bom o uso de sabonete à
base de Calendula + Melaleuca alternifólia.

10- Procure comer e beber com moderação e aproveitar o máximo o que a natureza pode oferecer-
lhe.

KAVA- KAVA
Por Dr Luiz Carlos Leme

KAVA-KAVA (Piper methysticum) – uma pimenteira oriunda da Polinésia.

Usada em rituais aborígenes há mais de três mil anos, foi incentivado seu emprego pelo
colonizador branco porque seus efeitos sedativos tornavam os nativos menos resistentes à
presença dos ingleses.

Seu cultivo é possível através de mudas tiradas de galhos já que é planta assexuada. Cresce,
porém, espontaneamente nos solos vulcânicos da Oceania, principalmente em Fiji, Samoa e Tonga
e em cada ilha toma nome diferente: gi, awa, yagona, sempre com sentido de amargo. Usava-se
mascar os rizomas que eram cuspindo-se em um recipiente.

Ações terapêuticas: Tranqüilizante, ansiolítica, relaxante, sedativa, combate a cefaléia, melhora a


concentração, sonífera, antidepressiva, analgésica, espasmolítica, levemente antiinflamatória,
anticonvulsivante, antioxidante, auxilia o metabolismo do GABA, miorrelaxante, levemente
diurética, e, principalmente antiestressante.

Atuação: age no sistema límbico, principalmente através do núcleo amidaglino e do “formatio


reticularis”. Atenua os reflexos monossinápticos causando relaxamento muscular e motor sem
interferir na respiração; atenuam o centro das emoções, seda sem ter efeito hipnótico. Dá uma
grande sensação de bem-estar.

Constituintes – o princípio ativo são as mais de doze kavapironas/kavalactonas, encontradas, das


quais as principais : cavaína, pirrolidina, esterina, dihidrocavaína, methyscina, diidromethyscina,
yangonina, são facilmente nos compostos lipofílicos dos extratos.

Usos - o Rizoma e a raiz que depois de secos perdem 80 % de peso. As folhas também tem kava-
lactona mas são pouco usadas, pois as propriedades dos seus extratos são bem menores. Às
vezes o caule também é usado, principalmente nas plantas velhas, já que quanto mais idosas mais
kavalactonas apresentam.

Hoje, com eficiência respaldada cientificamente nos laboratórios americanos é geralmente


oferecida em cápsula na dose usual entre 200 a 600 mg/dia e os principais nomes comerciais
existentes no Brasil são Kavapirone, Laitan, Kava-Kava, Eucavan, Deprikav e Kawa-Kawa
(+Hypericum), Margion (+Tanacetum parthenium) e Óleo de kava (única apresentação não
capsulada : oleosa ) que são alternativas naturais e seguras na redução do estresse.

PLANTA MEDICINAL: MIL FOLHAS


Por Dr Cóvis Vervloet

Nome Científico: Achillea millefolium Linnaeus


Sinonímia : Aquileá, Aquiléia, Alevante, Erva dos carpinteiros,
Milefólio, Mil em ramas, Pronto alívio...

DESCRIÇÃO
Família: ASTERACEAE (COMPOSITAE)
Herbácea vivaz com caule subterrâneo- rizomas - delgado e fibroso. Os caules aéreos alcançam
até 60 ou 80cm de altura ;
Folhas: discretas partidas em segmentos muitos estreitos que voltam a se dividir, dando ao
conjunto um aspecto arrepiado;
Flores: inflorescência do tipo corimbo, com flores brancas ou rosáceas. Floresce de outubro a
março;

CLIMA: Tolera climas secos;Exige luz e calor para a produção de Óleos Essenciais; Não tolera
umidade elevada (que também reduz o teor de óleos essenciais).

SOLO: Bem drenado a seco; pH de 6,0 a 6,3 (sugere-se calagem);

ADUBAÇÃO: 3,0 kg/m2 de Composto Orgânico anualmente (2 x ano quando em vasos e


jardineiras)

PROPAGAÇÃO
Divisão de rizomas ou Divisão de touceiras , que devem ter de 15 a 30 cm. Plantio a cerca de 3 cm
de profundidade;
Mudas formadas em maio/ junho e transplantadas para o campo em julho;
Sementes;
Estacas de raiz.

CULTIVO: Época: PRIMAVERA (set/out/nov), Espassamento: 0,70 x 0,50m;

DOENÇAS: Fungicas que necrosam as folhas próximas ao solo (ficam enegrecidas) até matarem
toda a planta;

COLHEITA:
Início: 4O meses;
Época: floração plena outubro/março;
Parte: sumidades floridas com as folhas (rente ao solo) ;
Até duas colheitas por ano. Deve ser colhida na a floração para aproveitamento da essência das
flores;

SECAGEM:
Deve ser a sombra em locais arejados, revirando-se o material periodicamente;
Secador temperatura máxima 35ºC
CONSTITUINTES CONHECIDOS:
Óleo essencial (camazuleno, pineno, cineol, cariofileno, borneol), flavonas, lactonas
sesquiterpênicas (achillicina), tanino, resina amarga (aquileína), mucilagem, apigenina, inulina,
leteolina (corante amarelo) asparagina (diurético), potássio e outros minerais

AÇÃO E UTILIZAÇÃO:
Antisséptica, adstringente, hemostática e cicatrizante (presença de taninos), antiinflamatória (pela
presença de azulenos- Leung,1980), antiespasmódica (pelos seus heterosídeos -
Fernandez,1982), estomacal e carminativa. Internamente é indicada por sua propriedade
antiinflamatória, principalmente associada a processos biliares, gástricos e intestinais.
Externamente é usada em produtos para pele oleosa e acneica.

OBSERVAÇÕES
Teor de O.E. : - caules: 0,18ml/100g de planta seca;
folhas: 0,41ml/100g da planta seca;
flores: 1,67 ml/100g da planta seca;

PRECAUÇÕES
Em altas doses pode provocar vertigens e dores de cabeça.

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