Você está na página 1de 44

Curso de

Agrofloresta
FOCO EM MEDICINAIS E AROMÁTICAS

13 e 14 de Fevereiro

com
OS
1- Maximizar a fotossíntese;
2- Sucessão vegetativa e estratificação;
3- Cobertura de solo e composto orgânico;

PRINCÍPIOS 4- Plantando em alta densidade e biodiversidade;


5- Manejo e poda;
do simples para o complexo
6- O que cada ser está fazendo de bom?
01
MAXIMIZAR A
FOTOSSINTESE:
Maximizar a fotossíntese está
intimamente relacionado com:

1 – Plantar em alta densidade;


2 – Arranjos estratificados;
3 – Arranjos girados
(impulsionados) pela dinâmica
da sucessão natural;
02- SUCESSÃO VEGETATIVA:

02
SUCESSÃO
VEGETATIVA
02

ESTRATIFICAÇÃO
Um dos muitos nomes que as Agroflorestas
recebem é o de Floresta de Andares. Justamente
porque considera as alturas de cada planta
durante os diferentes estágios de uma
Agrofloresta. Estas alturas, estes andares, são
chamados de estratos.
Em uma floresta podemos observar 5 estratos
bem diferentes entre si: Emergente, Alto, Médio,
Baixo e Rasteiro.
A ocupação das plantas diminui a medida
que subimos os andares, ou seja, nos
andares rasteiro e baixo teremos muitas
plantas, enquanto que nos andares alto e
emergente, poucas plantas. Abaixo segue a
ocupação de cada estrato conforme as
florestas tropicais e que usamos de
referência nas Agroflorestas.
03

SOLO COBERTO
Um importante processo que
acontece nos ecossistemas
naturais é a presença de folhas e
galhos que ficam depositados no
solo. Todo esse material que faz
parte de qualquer ecossistema
natural é chamado de matéria
orgânica ou biomassa.

Nas Agroflorestas é, portanto,


essencial que esse material também
seja mantido e sempre incorporado
no solo. Ao ser realizada a capina
seletiva e a poda, é fundamental
garantir a cobertura do solo com a
matéria orgânica produzida a
partir deste trabalho.
A cobertura de solo não é
adubo, ela é abrigo para
Insetos, formigas e minhocas
que processam essa biomassa e
a misturam com a parte mineral
do solo, criando, assim,
melhores condições para a
atividade de fungos e
bactérias. Com a atividade de
animais no solo há uma melhor
permeabilidade da terra, o que
facilita a penetração de raízes
e a infiltração de ar e de água.
Manejo de borda

A vegetação que se encontra próxima, ou seja, na


borda de um plantio agroflorestal influi
consideravelmente sobre o mesmo. A influência de
uma vegetação já formada ou árvores antigas na
borda de uma novo plantio, pode inibir o
crescimento deste. Estas bordas devem ser,
portanto, podadas e a matéria orgânica produzida
utilizada no novo sistema agroflorestal impantado.
04

ALTA DENSIDADE
Normalmente, quando iremos
plantar agrofloresta o solo que irá
receber as novas espécies está
degradado. Quando iniciamos, por
exemplo, em um solo decaído,
maltratado por gerações, temos
que plantar as espécies que
conseguem crescer nesse solo, bem
próximas. Graças ao plantio em alta
densidade e o manejo da
agrofloresta com o raleamento e
as podas conduzimos as plantas
até a fase adulta a um
espaçamento que reproduza o
sombreamento adequado para cada
estrato.
Também graças a Alelopatia que é a
capacidade ou propriedade que
possuem algumas plantas de
produzirem substâncias que inibem
ou afetam ou promovem a
germinação ou o crescimento e
desenvolvimento de outras plantas .

Elas também atuam com repelente


ou atraindo insetos benéficos, já
que estes são olfativos. As culturas
possuem um cheiro característico
que atrai seus predadores, e está
tudo bem, afinal é só um bichinho
com fome na natureza.
05
MANEJO E PODA
O  manejo da agrofloresta pela
homem é fundamental. Quando o
homem está integrado com o
sistema ele gera abundância.

A poda é importante para


retirada de espécies no sistema
no tempo adequado, evitando
informações de senescência às
espécies em desenvolvimento.
Com um manejo adequado, a
dinâmica na agrofloresta é maior
e o ciclo da matéria e energia é
potencializado.
Quando o sistema avança e
o solo melhora, plantas mais
eficientes, produtoras de
biomassa e com relação
carbono/nitrogênio mais
estreita começam a surgir.

Nosso papel então é acelerar


a sucessão natural, retirando
as plantas de sistemas
anteriores e criando
melhores oportunidades para
o aparecimento das plantas
do futuro.
06
O QUE OS SERES ESTÃO
FAZENDO DE BOM?
Ernst propõe então que sempre que
chegamos a um lugar e encontramos
animais trabalhando (o que muitos
chamam de pragas) devemos perguntar,
seja para formigas, cupins, insetos etc.

– O que vocês estão fazendo de bom?

e antes da cada intervenção (poda,


manejo etc) perguntar:
o que posso fazer para otimizar os
processos de vida e trazer mais vida a
esse lugar?
Ser um ser querido neste lugar?

Fazendo essas perguntas nos


colocamos receptivos às respostas da
natureza.
IMPLANTANDO A AGROFLORESTA

ETAPAS
1- Preparando os canteiros;
2- Plantando com mudas e
sementes;
3- Preparo da matéria orgânica;
4- Tipos de poda e o manejo
SOLO
VIVO
1.PREPARANDO OS CANTEIROS
O solo deve ser descompactado
DESCOMPACTAÇÃO E com o auxilio de ferramentas,
FORMAÇÃO DOS como picareta, revolvedor
mecânico, chamado tratorito
CANTEIROS
A largura dos canteiros não deve
ser inferior a 60cm e nem superior
a 1,50m; pois estes devem garantir
um manejo confortável.
Os canteiros podem ter diferentes
tamanhos dentro de um sistema,
mas o ideal é padronizar.

Deve-se preparar caminhos entre


os canteiros. A terra retirada
desse local deve ser devolvida
sobre os canteiros visto que a
camada superficial do solo possui
grande quantidade de nutrientes.
Os canteiros devem ficar elevados
em relação aos caminhos, e estes
devem receber troncos e galhos
em contato com o solo, evitando a
compactação e o escorrimento dos
canteiros.
MULETAS: CORREÇÃO DO SOLO
A  grande maioria dos solos que irão receber o sistema
agroflorestal estão em desequilibrio. Portanto é necessário
recorrer ao que chamamos de "muletas". A correção inicial do
solo, não é considerado sintrópico, ma é essencial para que as
plantas tenham condições de se desenvolverem até que os
seres formadores de solo decomponham a matéria orgânica e
nutram o sistema.
RECEITA DE ADUBAÇÃO COM INSUMOS

ESTERCO (nitrogênio): 1 Saco a cada 5m;


PÓ DE ROCHA (fósforo): 300g/m²;
CINZA DE CARVÃO (potássio): 200g/m²;
CALCÁRIO: 100g/m²
PLANTAR
FLORESTA
2. PLANTANDO COM MUDAS E SEMENTES
DESENHANDO O SISTEMA
DESENHANDO O SISTEMA
DESENHANDO O SISTEMA
DESENHANDO O SISTEMA
DESENHANDO O SISTEMA
PLANTANDO
COBERTURA
DE SOLO
3. PREPARANDO A
MATÉRIA ORGÂNICA
DINAMIZAR
O SISTEMA
4. TIPOS DE PODAS E O MANEJO
PARA OBTER MELHORES GARANTIAS DE UMA PODA
BEM FEITA E ADEQUADA, DEVE-SE CONSIDERAR:

1. O ESTÁDIO DE DESENVOLVIMENTO DA ÁRVORE,


ENTRE JOVEM E MADURA;

2. A CARACTERÍSTICA NATURAL (GENÉTICA) DE


DESENVOLVIMENTO DA COPA
E RAÍZES;

3. O ESTADO FENOLÓGICO
(REPOUSO, ENFOLHAMENTO,
FLORAÇÃO,FRUTIFICAÇÃO);

4. AS INTERRELAÇÕES DA FAUNA E FLORA


TIPOS DE PODA NA AGROFLORESTA

FRUTÍFERAS
1. PODA DE FORMAÇÃO:

A PODA
POIS
DE FORMAÇÃO
CONDICIONA
É ESSENCIAL,
TODO O
SERVIÇO
DESENVOLVIMENTO DA PLANTA E SUA
ADAPTAÇÃO ÀS CONDIÇÕES DO SISTEMA,
PRINCIPALMENTE NAS FRUTÍFERAS, ESSAS MADEIRA
PODAS AJUDAM NA PRODUÇAO DE BONS
FRUTOS E OTIMIZAM A COLHEITA.
COSTUMA-SE CORTAR ATÉ 60% DA COPA AMPLA
ALTURA DA ÁRVORE, DEIXANDO O FUSTE
LIMPO, COM UMA COPA DE 30% – 40% DA
ALTURA TOTAL. NESSE MOMENTO, É
MUITO IMPORTANTE CONSIDERAR SE HÁ AREJADA
AO MENOS 50% DA FOLHAGEM ORIGINAL
PARA GARANTIR UMA TAXA DE
FOTOSSÍNTESE QUE NÃO COMPROMETA A FÁCIL DE COLHER
RESILIÊNCIA DA ESPÉCIE.
PLANTAR
CURA
CULTIVO DE MEDICINAIS E AROMÁTICAS

Você também pode gostar