Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução ....................................................................................................................................... 3
Raiz…………………………………………………………………………………………………………………………………………..4
Origem da raiz................................................................................................................................. 4
CAULE ......................................................................................................................................... 12
Medula ......................................................................................................................................... 16
Conclusão...................................................................................................................................... 25
BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................................... 26
3
Introdução
O presente trabalho com o tema Histologia dos órgãos vegetais, tem como objectivo fazer uma
abordagem ao redor da raiz e do caule no que concerne a origem , a estrutura , o crescimento, a
bem como a comparação dos tecidos primários e secundários das raiz e caules nas
monocotiledoneas as dicotiledônea.
No que diz respeito a estrutura do trabalho importa salientar que logo após a introdução segue-se
o desenvolvimento dos conteúdos acima abortados, a conclusão e por fim a bibliografia, onde
consta toda literatura usada para elaboração deste trabalho.
Raiz
Origem da raiz.
Nos gimnosperma e decotiledonia a raiz principal tem como origem na radícula de embrião. Nas
monocotiledonia a radícula degenera e o sistema radicular é constituído por numerosas raízes
com origem no caule. Os dois tipos apresentam ramificações, raízes laterais e radicelas, com
origem no periciclo, portanto endógenas.
Função da raiz
A é um órgão geralmente subterrâneo aclorofilado cilíndrico que tem por função fixar o vegetal
ao meio, de onde absorve agua e sais minerais em solução. Pode funcionar como orgao de
reserva e ser especialmente adaptado para armasenarb substancias alimentares como é o caso da
cenora, rabaneti, nabo e batata doce.
Estrutura da raiz
A estrutura da raiz é mais simples do que do caule, devido a ausência das folhas e ausência de
nós e entre nós apresentam uma disposição de tecidos com poucas variacoes em diferentes
alturas da mesma raiz. Nas pteridofita e nas monocotiledonea com excepção de Yucca, Dracena,
Aloes, etc durante toda vida da planta existe uma só estrutura denominada primaria.
A maior taxa de crescimento em extensão de uma raiz, ocorrerá, portanto, na região situada
pouco acima da região meristemática, denominada de zona de distensão.
Após crescerem as células iniciam a sua diferenciação. Na região mais interna, por exemplo, terá
início a diferenciação dos tecidos condutores, enquanto na região mais externa diferenciam-se
parênquimas e tecidos de revestimento.
Córtex
A região mais periférica da raiz jovem diferenciam-se em epiderme, tecido formado por uma
única camada de células achatadas e justapostas. Na região abaixo da epiderme, chamada córtex,
diferencia-se o parênquima cortical, constituído por várias camadas de células relativamente
pouco especializadas.
6
Cilindro central
A parte interna da raiz é o cilindro central, composto principalmente por elementos condutores
(protoxilema e protofloema), fibras e parênquima. O cilindro central é delimitado pela
endoderme, uma camada de células bem ajustadas e dotadas de reforços especiais nas paredes, as
estrias de Caspary. Essas estrias são como cintas de celulose que unem firmemente as células
vizinhas, vedando completamente os espaços entre elas. Assim, para penetrar no cilindro central,
toda e qualquer substância tem que atravessar diretamente as células endodérmicas, uma vez que
as estrias de caspary fecham os interstícios intercelulares.
7
Abaixo da endoderme situa-se uma camada de células de paredes finas chamada periciclo, que
delimita o cilindro central, onde se localizam o xilema e o floema. A maneira como os tecidos
condutores se dispõem no cilindro central é um dos critérios para distinguir dicotiledôneas de
monocotiledôneas.
Câmbio vascular
O câmbio vascular (do latim vasculum, vaso) é assim chamado porque origina novos vasos
condutores durante o crescimento secundário da raiz. O câmbio vascular forma-se a partir do
procâmbio e do periciclo, que se conjugam e delimitam uma área interna do cilindro central,
8
O cambio vascular da raiz é um meristema de origem mista, primária e secundária. Isso porque
tem origem tanto no procâmbio, um meristema primário, quanto do periciclo, um tecido já
diferenciado que sobre desdiferenciação.
O câmbio suberógeno, também chamado de felogênio (do grego phellos, cortiça, e genos, que
gera), é um cilindro de células meristemáticas localizado na região cortical da raiz, sob a
epiderme. O felogênio é um meristema secundário, uma vez que tem origem por
desdiferenciação de células do parênquima cortical.
Como foi referenciado , a actividade do felogênio produz feloderme e súber, este último um
tecido morto que protege externamente raízes e caules com crescimento secundário.
Na maioria das plantas dicotiledôneas o xilema se concentra na região mias interna do cilindro
central. Quando se observa um corte transversal à raiz, vê-se que o protoxilema ocupa uma área
em forma de cruz ou estrela, cujas pontas encostam no periciclo. O protofloema encontra-se nos
vértices formados pelos “braços” da cruz. Entre o protoxilema e o protofloema há um meristema
9
primário chamado procâmbio. Os demais espaços dentro do cilindro central são preenchidos por
parênquima.
Nas plantas monocotiledôneas, o centro da raiz é ocupado por uma medula constituída por
parênquima medular e os vasos lenhosos e liberianos dispõem-se ao redor.
Cortex, ocupa a maior parte do corpo primário da maioria das raízes, geralmente é constituído
por células parenquimaticas, nas quais é frequente a presença de amido e ausência de
cloroplastos. Pode ser omogenio ou simples na sua estrutura ou apresentar uma variedade de
tipos de células, é constituído por exoderme, o parenquima cortical e a endoderme.
Exoderme: representa uma camada de células abaixo da epiderme, pode apresentar estrias de
caspary (como na endoderme) ou células com paredes suberizadas, mais ou menos espessadas,
que podem sofrer uma posterior escarificação.
10
O externo constituído por células poliédricas sem espaços intercelulares, o interno é constituída
por células arredondadas com a disposição radial e espaços intercelulares.
Endoderme é a ultima camada do córtex formada por uma fileiras de células prismáticas
alternadas com células do periciculo, esta camada caracteriza – se pela presença de estrias
caspary em suas paredes antclinais que constituem uma porção filamentosa da parede primaria
de natureza química muito discutida. As estrias ficam com um aspecto de quadro devido a
posição do reforço no meio das paredes laterais.
Cilindro vascular ou cilindro central (estelos): é constituído por uma ou mais camada de
células não vasculares – o pericículo – e pelos tecidos vasculares.
Tecidos vasculares.
A raiz é único órgão vegetal possuidor de lenho e liber independente, a partir do caule, os feixes
são sempre mistos liberolenhoso.
11
Lenho.
Lenho primário ou xilema assume a forma de um prisma triangular de apci voltada para fora seus
vasos aumenta de calibre da periferia para o centro. Na raiz, a diferenciação do lenho ocorre de
fora apara dentro (centripta), de tal modo que os elementos de protoxilema ficam próximo ao
pericículo e da metaxilema mais centrais.
Liber
.
12
CAULE
O caule serve de suporte mecânico para as folhas e para as estruturas de reprodução do vegetal,
sendo também responsável pela condução de água e sais das raízes para as partes aéreas e das
substâncias aí produzidas, para as demais regiões da planta, estabelecendo assim, a conexão entre
todos os órgãos do vegetal, acumulam reservas ou água ou actuam como estruturas de
propagação vegetativa.
Função do caule.
O caule tem como função fundamental sustentar as folhas e as flores, isto é, a copa, no que é
auxiliado por fibras que lhe dão grande resistência. É o elemento de ligação entre as raízes e as
folhas, tendo no seu interior os vasos lenhosos e liberianos que conduzem a seiva, funciona
também como órgão de reserva e auxilia na fotossíntese.
O caule jovem é verde, possuindo clorofila que possibilita a produção de material orgânico. A
medida que o caule vai envelhecendo a cor verde é substituída por uma coloração escura ou
acinzentada, causada pela degradação da clorofila e pela impregnação dos tecidos por certas
substancias que apropria planta elabora.
Partes do caule
O caule, examinado externamente apresenta uma gema apical, constituída por um meristema
primário situado ápice do caule. A porção lenhosa ou herbácea, geralmente com ramificação é
que dá suporte as folhas, é o caule propriamente dito.
Nesse caule, comumente distinguem-se nós, pontos onde uma ou mais folhas nascem, e internos
que são espaços entre dois nós consecutivos.
Os ramos caulinares vêm do desenvolvimento das gemas laterais ou axilares, que ocorre entre
axila foliar e caule. Muitas vezes, por acção hormonal (dominância apical), as gemas laterais não
se desenvolvem e são chamadas tormente.
14
A região de transição entre o caule e a raiz é denominada colo. É uma região anatomicamente
importante, pois é nessa região que ocorre uma reorganização gradativa dos tecidos condutores,
passando os feixes de radias (os da raiz) a colateraias, picolaterais ou concêntricos.
Estrutura primária
O caule, tal qual a raiz, é constituído pelos três sistemas de tecidos: o sistema dérmico, o
sistema fundamental e o sistema vascular. As variações observadas na estrutura primária do
caule das diferentes espécies e nos grandes grupos vegetais está relacionada principalmente, com
a distribuição relativa do tecido fundamental e dos tecidos vasculares.
Nas coníferas e dicotiledôneas, o sistema vascular, geralmente, aparece como um cilindro ôco,
delimitando uma região interna a medula, e uma região externa, o córtex .
Epiderme
Nas regiões jovens do vegetal a epiderme do caule possui estômatos, mas em menor número que
o observado nas folhas, podendo ainda apresentar tricomas tectores e glandulares. A epiderme é
um tecido vivo e pode, eventualmente, apresentar actividade mitótica, uma característica
importante, tendo em vista as pressões às quais o caule vai sendo submetido durante o seu
crescimento primário e/ou secundário. Assim a epiderme responde a essas pressões, com
divisões anticlinais de suas células, o que leva à distensão tangencial do tecido, principalmente,
naquelas espécies que formam periderme apenas tardiamente.
Córtex
de parede) a delimitação entre o córtex e o cilindro vascular fica mais difícil, ou mesmo,
impossível de ser feita. Mesmo nesses casos no entanto, existe sempre um limite fisiológico entre
o córtex e o sistema vascular, estando ou não, este limite associado à uma especialização
morfológica.
Medula
Sistema Vascular
17
O pericículo é a região externa do cilindro vascular, e pode ser constituído de uma ou mais
camadas de parênquima. No caule, o pericículo nem sempre é facilmente visualizado, como na
raiz, no entanto, ele sempre está presente logo abaixo da endoderme. Os tecidos vasculares do
caule, ao contrário do observado nas raízes, formam unidades denominadas feixes vasculares. O
sistema vascular, geralmente, aparece como um cilindro ôco entre o córtex e a medula, podendo
no entanto, assumir padrões mais complexos. Em algumas espécies, os feixes vasculares
aparecem bem próximos um dos outros e o cilindro vascular aparece contínuo mas,
freqüentemente, é constituído de feixes separados uns dos outros pelo parênquima
interfascicular, os denominados raios medulares.
A posição ocupada pelo xilema e pelo floema nos feixes vasculares também é bastante variada,
mas o tipo mais comum de feixe é o denominado colateral, com floema voltado para a periferia
do órgão e o xilema para o centro(Fig. 1) .
Os feixes onde um dos tecidos vasculares envolve o outro completamente são denominados
concêntricos. Quando o floema envolve o xilema, o feixe é dito anficrival (Fig.3), este tipo é
comum entre as pteridófitas; sendo considerado um tipo bastante primitivo. Quando o xilema que
aparece envolvendo o floema, o feixe é denominado anfivasal (Fig. 4). Os feixes anfivasais são
comuns entre as monocotiledôneas. Este último, é considerado um tipo derivado de feixe
vascular. Entre algumas espécies de Eriocaulaceae (monocotiledônea) podemos encontrar ainda,
os chamados feixes vasculares biconcêntricos com dois anéis de xilema aparecem separados
pelo floema (Fig.5).
18
Assim que o procâmbio se diferencia entre as derivadas do meristema apical, ele assume o
esboço do futuro sistema vascular do caule, que se desenvolverá a partir dele.
A estrutura secundária do caule é formada pela actividade do câmbio vascular, que dá forma os
tecidos vasculares secundários, e do felogênio que dá origem ao revestimento secundário -
periderme.
Os caules diferem bastante entre si, no arranjo e na quantidade de tecidos vasculares primários e
no acúmulo de tecidos secundários. O sistema vascular primário pode formar, entre outros:
um cilindro contínuo - sifonostele com os feixes bem próximos uns dos outros (Fig. 7A);
um cilindro constituído de feixes separados por faixas mais largas de parênquima
interfascicular- eustele (Fig. 7B) ou
um arranjo mais complexo com os feixes isolados, distribuídos de maneira caótica -
atactostele (Fig. 7C).
em atividade forma novos feixes vascualares e parênquima, para o centro do órgão, e apenas
parênquima para a periferia do ógão.
Algumas monocotiledôneas formam peridermes como nas dicotiledôneas, como por exemplo em
Dracaena, Aloe e nas palmeiras. Outras no entanto, apresentam um tipo especial de tecido
protetor, o súber estratificado, como, por exemplo em Cordyline. (vide capítulo sobre
Periderme)
Nas monocotiledôneas que não crescem em espessura, a epiderme pode permanecer intacta ou
até tornar-se esclerificada. O parênquima cortical pode transformar-se num tecido protetor, pela
suberinização ou esclerificação das paredes de suas células.
No caule de espécies trepadoras, há sempre uma grande produção de parênquima, o que garante
flexibilidade para a planta, que enrola-se em suportes em busca de maior luminosidade.
22
Espécies de Bauhinia trepadeiras, como por exemplo na escada-de-macaco, após algum tempo
de crescimento secundário usual, a maior parte do câmbio cessa seu funcionamento, exceto em
dois pontos opostos que continuam em atividade, o que resulta na formação de caules achatados.
Em algumas espécies com crescimento secundário anômalo, o câmbio apesar de ocupar uma
posição normal, leva à formação de uma estrutura secundária com uma distribuição incomum de
xilema e floema. Em Thunbergia (Acanthaceae), o floema secundário não se forma apenas
externamente ao câmbio. De tempo em tempo, o câmbio produz floema também em direção ao
centro do órgão, formando o que se conhece como floema incluso (Fig. 8). Além desses, existem
vários outros tipos de crescimento secundário “anômalos”.
Sub lenhosos: Caules dignificados apenas na região basal mais velha junto as raízes e tenros nos
ápices ocorrem em muitos sub arbustos
Conclusão
Depois de uma abordagem sucinta dos conteúdos abortados conclui-se que a estrutura da raiz
duma dicotiledônea ainda em crescimento primário, apresentas as zonas anatómicas
características da anatomia da raiz, epiderme, zona cortical, e cilindro central limitado
externamente pela endoderme.
Bibliografia
AMABIS & MARTINHO ; Biologia dos organismos 2; ensino médio 2ª edição. Moderna ;
SP;2004
CUTTER, E.G. 1986. Anatomia Vegetal. Parte I - Células e Tecidos. 2ª ed. Roca. São Paulo.
CUTTER, E.G. 1987. Anatomia Vegetal. Parte II - Órgãos. Roca. São Paulo.