Sistemas e Métodos Silviculturais Docente: Bruna Anair Souto Dias Discente: Gilvan Vieira Junior RESUMO ( INTRODUÇÃO e CLASSIFICAÇÃO, COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA DOS POVOAMENTOS)
Segundo Baker definiu Silvicultura como o manejo científico da floresta
para produção contínua de bens e serviços. O objetivo primordial da silvicultura é, todavia a produção contínua e eficiente de madeira; sem dúvida isto deve ser realizado de maneira simultânea com um maior incremento de águas de alta qualidade, da fauna, de áreas de lazer, sem degradação ambiental”. Portanto a silvicultura trata-se, portanto, de um conjunto de técnicas desenvolvidas com bases científicas, que tem por objetivo criar e manejar povoamentos de “máxima” produtividade, satisfazendo as necessidades do mercado, sem prejudicar as condições ecológicas. Deve-se considerar que a procura de “máxima” produtividade deve levar em conta a relação “custo/benefício” , o que significa “otimizar” a produção, ou seja, obter a maior produtividade com o menor custo possível proporcionado maiores lucros. Os princípios básicos da silvicultura são universais, constituem o fundamento das práticas e consistem na compreensão das interações entre planta e ambiente físico e biológico. As práticas compreendem os métodos e técnicas adotados e tendem a ser regionais, variando de acordo com a vegetação. A partir da definição do objetivo da floresta, a atuação do “silvicultor” abrange os seguintes pontos: determinar o tipo, intensidade, o ritmo e os custos dos tratamentos; justificar suas recomendações e predizer as prováveis conseqüências (silviculturais e ambientais) dos tratamentos. Portanto é necessário integrar o conhecimento biológico, silvicultural e econômico, o que implica no conhecimento dos princípios básicos e sua aplicação na prática. A classificação dos povoamentos pode ser feita com base nas seguintes características: origem natural: indivíduos nascidos espontaneamente. - artificial: indivíduos provenientes de plantios. Composicão - puro (homóclito): A) - misto (heteróclito): coexistem indivíduos de mais de uma espécie, fora dos limites definidos do povoamento puro. Regime (corresponde ao tipo de regeneração) - alto fuste - indivíduos originados a partir de sementes. - talhadia - indivíduos originados por meio de brotação. - talhadia composta (misto ou sob alto fuste) – composição de indivíduos originados de sementes e de brotação. Idade (forma, classes) - equiano (regular, idade uniforme) - todas as árvores do povoamento tem a mesma idade, o ciclo de corte. - inequiano (irregular, idade não uniforme, multiano) árvores com idades diferentes originando classes de copa em diferentes alturas. Estrutura - se refere às características de ocupação do espaço. O conhecimento das diferenças entre os povoamentos puros e mistos é importante porque a estrutura destes é diferente e origina características que os tornarão mais apropriados do ponto de vista biológico ou econômico para atender necessidades diferentes Povoamento puro Um povoamento é considerado puro quando no mínimo 80 % de suas árvores dominantes ou codominantes pertencem a mesma espécie. No Povoamento misto a ocorrência natural de florestas mistas é mais frequente, principalmente nas regiões de clima tropical, onde de maneira geral a diversidade é maior. Em relação as características dos povoamentos equianos e inequianos é que, os povoamentos equianos caracterizam-se pelo dossel uniforme de copas, onde o número maior de fustes está dentro de uma classe diamétrica média, com poucas árvores abaixo e acima. Os povoamentos inequianos se caracterizam pelo dossel não uniforme e descontínuo, onde o maior número de fustes está na menor classe diamétrica e as árvores menores são originadas principalmente pela regeneração nas clareiras. Segundo o modelo de Kraft, as árvores são classificadas de acordo com a posição que sua copa ocupa no dossel da floresta, como descritas a seguir: Árvores dominantes - as copas se elevam acima do nível superior do dossel, de modo que estão expostas a irradiação solar direta por cima e, até certo ponto, nas laterais. Pode receber a denominação de árvore "lobo" quando apresenta crescimento excessivo (árvores grossas, muito ramificadas e copa extensa) por falta de competição lateral de outras dominantes. Árvores codominantes - as árvores não são tão altas quanto as dominantes e suas copas recebem luz direta somente na parte superior. Formam, junto com as dominantes, o dossel do povoamento. Árvores intermediárias - suas copas se encontram em posição intermediaria, abaixo das classes dominantes e codominantes e sujeitas à competição lateral com as copas das duas classes anteriores, podendo receber luz direta na parte superior através de aberturas do dossel principal. Árvores suprimidas - estão totalmente dominadas pelos outros membros da comunidade vegetal e quase não recebem luz direta. Sobrevivem graças a luz filtrada através do dossel superior. Em geral, são debilitadas e seu crescimento é muito lento. Árvores mortas - árvores suprimidas e dominadas que com o tempo vão morrer.