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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CAMPUS PROFESSORA CINOBELINA ELVAS


DISCIPLINA : ENERGIA DA BIOMASSA FLORESTAL
DOCENTE: ROSALVO. M. GUIMARÃES NETO
DISCENTE: GILVAN VIEIRA JUNIOR
PESQUISA SOBRE FORNOS
FORNO RABO QUENTE

No Brasil o carvão vegetal destina-se quase que exclusivamente ao setor


siderúrgico, para redução do minério de ferro e produção de ferro-gusa,
aço e ferro-liga. Forno meia-laranja ou “rabo-quente” ◦É construído de tijolos,
geralmente sem chaminé e com uma por. Sua construção é recomendada para
áreas planas, e na sua parede são deixados orifícios para a entrada de
ar e saída dos gases gerados. Esses fornos são de baixo custo e fácil
manuseio, porém apresentam baixo rendimento e elevada emissão de
poluentes. Para construir esse tipo de forno são necessários: · 2.500 tijolos
batidos de 20 x 1 O x 5cm, aproximadamente; · barro e areia (peneirados);
água;.

Etapas para a construção de forno rabo quente são: o gabarito, que é um


instrumento indispensável no construção do forno Rabo Quente pois permite que
ele tenha maior estabilidade, isto é, não caia com facilidade; a Escolha do local,
onde o terreno seja plano ou pouco inclinado. Além disso, é importante que o
local escolhido: tenha boas condições para o escoamento da água da chuva;
seja de fácil acesso para facilitar a chegada da lenha e a saída do carvão; tenha
água disponível nas proximidades; seja livre de formigueiros para evitar
rachaduras na parede do forno; marcação da base do forno, Depois de
escolhido o local onde será construído o forno, o próximo passo é a marcação
de sua base. Para essa operação o gabarito já pode ser utilizado ; construção
do forno, A massa utilizada na construção do forno é uma mistura de barro,
areia e água em quantidades que produzam um material fácil de trabalhar. A
mistura com areia tem o objetivo de reduzir as rachaduras que aparecem no
forno durante a queima. A quantidade de areia a ser misturada depende do tipo
de barro disponível no local; Construção da parede, a partir da base, o forno
será construído com meio tijolo, isto é, a parede terá espessura de l 0cm;
construção das portas, onde se constrói com tijolo dobrado, mantendo sempre
o prumo; construção das chaminé, pode ser construída depois de acabar a
parede. A medida do buraco da chaminé é de 14 x 20 cm ; reboco, deve ser
feito com massa pouco lingueta e que não rache. Pode ser de barro misturado
com areia. Deve cobrir a parede, a chaminé e os lados da porta. Antes de fazer
o reboco é bom esperar até que o forno esteja seco; por último não mais
importante o piso, Depois de duas ou três queimas, é bom raspar o piso de terra
retirando 6 a 8 cm de chão, e colocar um piso de tijolos assentados com massa.
Isto aumenta o rendimento do forno e produz carvão mais limpo.

FORNO RETANGULAR

São fornos de grande capacidade volumétrica (200 st), construídos para


permitirem carga e descarga mecanizada. Possuem o mesmo princípio dos
fornos de superfície, porém, devido ao seu grande tamanho, a cinética de
carbonização é bastante irregular dentro do forno. Visando aumentar a
produtividade e obter um produto com maior qualidade, os grandes produtores
investem em fornos com grande capacidade volumétrica. Pensando nisso os
fornos Retangulares são muito utilizados. Os fornos Retangulares tem
capacidade de enforcamento de até 700 estéreos. Os ciclos completos de
carbonização nos fornos Retangulares tem duração de 12 dias.

Segundo Arruda et al 2011, fornos retangulares apresentam rendimento


gravimétrico em carvão vegetal variando de 30 a 35%, mas, visando ao
aumento da produtividade dos fornos e melhoria da qualidade e
homogeneidade do carvão, o controle da carbonização tem sido
executado pelo monitoramento da temperatura interna do forno, através de
sensores infravermelhos ou sistema supervisório . A lenha é disposta
horizontalmente, diminuindo o trabalho manual de carga dos fornos, diferente
dos fornos de carvão circulares em que a lenha é disposta verticalmente. Uma
vez carregado o forno, ele é vedado e segue o procedimento de controle de
carbonização. Os custos de produção desse forno fica em torno de R$
200.000,00, portanto para viabilizar a construção de fornos
Retangulares, devem ser instalados em uma mesma unidade de
produção de carvão vegetal, com produção vegetal de 500 metros
cúbico de carvão. Pode-se que aderir ao forno retangular: Escala Industrial;
Redução nos custos de produção; Elevado rendimento gravimétrico; Melhora
nos aspectos de segurança; Mecanização total do processo de produção de
carvão mineral; Possibilidade eficaz de controle; Flexibilidade tecnológica –
Flexibilidade para receber tecnologias como queimadores, resfriadores,
secadores, sistemas de controle etc.; Receptividade de madeira variada – uso
de diversos comprimentos.

FORNO CONTAINER

Pode ser considerado um sistema conjugado que reúne a vantagem do bom


isolamento térmico dos fornos de alvenaria e o rápido resfriamento dos fornos
metálicos. O forno container foi desenvolvido no Laboratório de Painéis e Energia
da Madeira no Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal
de Viçosa no final dos anos 80, resultando em uma em tese de mestrado
realizada por FERREIRA (1988).

Segundo PIMENTA e BARCELLOS (2000) o sistema possui as seguintes


características: Consiste de um sistema durável não necessitando de
reparos contínuos como os fornos de alvenaria tradicionais, podendo ser
parcialmente ou totalmente mecanizado. Possui rápido resfriamento do
carvão vegetal (10 horas), contra três a quatro dias nos sistemas
convencionais, Humaniza o trabalho nas carvoarias, porque a carbonização
dura de 8-10 horas, o trabalho pode ser organizado em turnos e o operador
não necessita ficar vigiando a carbonização dia e noite.
FONTES DE PESQUISAS

ARRUDA, Tatiana Paula Marques de et al. Avaliação de duas rotinas de carbonização em fornos
retangulares. Revista Árvore, v. 35, n. 4, p. 949-955, 2011.

Barcellos, Daniel Camara, 1976 - Forno container para produção de carvão


vegetal: desempenho, perfil térmico e controle da poluição | Daniel Câmara
Barcellos. - Viçosa : UFV, 2002.72p. : il.

CARNEIRO, A. C. O. et al. Estudo da viabilidade técnica e econômica da produção de carvão


vegetal em fornos circulares com baixa emissão de poluentes. Viçosa, MG: Centro de
Pesquisas em Economia Aplicada-CEPEA/ESALQ, 2012.

https://panamericaengenharia.com.br/planta-de-carbonizacao.

OLIVEIRA, Aylson Costa et al. Resfriamento artificial em fornos retangulares para a produção de
carvão vegetal. Revista Árvore, v. 39, p. 769-778, 2015.

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