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Curso Complementar – Segurança na Operação de Caldeiras,
Vasos de Pressão e Tubulações
CAPACITAÇÃO EM NR-13
2016
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4. Caldeiras
O vapor gerado pela caldeira segue em alta pressão por tubos. Utilizam-se dois métodos
mais comuns para aquecer a água e gerar o vapor: caldeira flamotubular e aquatubular.
• Tipo A: aquelas com pressão de operação igual ou superior a 1960 kPa (19,98
kgf/cm2);
• Tipo C: aquelas com pressão de operação igual ou inferior a 588 kPa (5,99
kgf/cm2) e o volume interno é igual ou inferior a 100 litros (cem litros);
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4.1. Tipos de caldeiras e suas utilizações
o As aquotubulares poder ser: tubos retos, tubos curvos, Perfil A, Perfil D, Perfil O,
Lâmina, cortina ou Parede de água.
o Mistas
Água
Gases
Gases Água
Água
o Nuclear.
• Quanto à montagem:
o Caldeiras auto-sustentadas;
o Caldeiras suspensas;
o Sustentação mista.
o Circulação natural;
o Circulação forçada;
o Combinada.
o Tiragem natural;
o Tiragem forçada;
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• Seção de irradiação: são as paredes da câmara de combustão revestidas internamente
por tubos de água;
• Seção de convecção: feixe de tubos de água recebendo calor por convecção forçada.
Pode ter uma ou mais passagem de gases;
• Economizador: trocador de calor que através do calor sensível dos gases de combustão
saindo da caldeira aquecem a água de alimentação;
• Exaustor: faz a exaustão dos gases de combustão, fornecendo energia para vencer as
perdas de carga devido à circulação dos gases;
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No início da Revolução Industrial, quando as caldeiras se tornaram mais comuns, a caldeira
com tubo de fogo era a mais utilizada, sendo montada com um tanque de água atravessado por
canos. Os gases quentes do fogo, feito com carvão ou madeira, atravessavam os canos para
esquentar a água no tanque, gerando o vapor para utilização nos processos industriais.
Esse tipo de caldeira é mais perigoso, já que o tanque está inteiramente sob pressão. Nesse
caso, se o tanque estourar, a explosão pode ceifar vidas ou provocar sérios acidentes.
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• Capacidade de produção limitada;
Os aços aplicados na construção das caldeiras expostas aos gases quentes precisam ser
continuamente resfriados por água ou mistura água-vapor para conservarem suas características de
resistência. Este resfriamento é fundamental para a segurança do equipamento e de seus
operadores.
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As vantagens das caldeiras aquatubulares são:
• Grandes produções;
• Rapidez de arranque;
• Grandes dimensões;
• Elevado custo;
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Alguns dos destaques das caldeiras flamotubulares:
• A ampla fornalha é fator crucial para a eficiência e máxima transferência de calor por
radiação sendo capaz de comportar chama de gás ou óleo até sua total extinção.
• A chama pode ser observada diretamente pelo visor no frontal do queimador e no visor
montado na parte traseira da fornalha.
• O cavalete de gás é fornecido para pressão de entrada de 2 Bar com regulador de pressão
de gás principal, obedecendo a ABNT ou a outro código.
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4.2.3. Caldeiras elétricas
As caldeiras elétricas são basicamente constituídas por vaso de pressão não sujeito a
chama, um sistema de aquecimento elétrico e um sistema de água de alimentação.
É um formato vertical, feito com o casco (que é o vaso de pressão), isolado termicamente
e aterrado de forma adequada. A alimentação da energia elétrica é feita através de eletrodos
suportes que ficam em contato com os eletrodos de contato, imersos em água.
Caldeira
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4.2.4. Caldeiras a combustíveis sólidos
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O processo possibilita a queima de combustíveis sólidos finos com alto teor de cinzas,
aproveita os finos resultantes da preparação do próprio carvão e admite a queima de grandes
quantidades, assegurando a sua aplicação em grandes caldeiras, possibilitando larga faixa de
controle da combustão.
Porém, o risco das partículas atingirem o meio ambiente é alto. É necessária também a
montagem da aparelhagem de preparação do combustível, do consumo de energia para
acionamento das máquinas e do calor dispendido da secagem do carvão.
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4.2.6. Caldeiras a combustíveis gasosos
Queimadores
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A cada molécula vaporizada de água que sai da caldeira, uma outra precisa já estar na
linha de abastecimento para que a produção não caia em rendimento. Não havendo esta
reposição, o nível da água no interior da caldeira começa a baixar. Danos ao equipamento são
evitados se as superfícies metálicas ultra aquecidas estiverem em contato com a água,
submersas, mesmo em interface com gases quentes.
Visor de nível
Ao mesmo tempo, se o nível de água for maior que o limite permitido, a segurança do
equipamento e integridade dos operadores é colocada em risco. Podem-se criar rupturas nas
peças metálicas, ou mesmo explosões por conta do superaquecimento.
Lembrando que o vapor gerado pela caldeira pode ser usado em:
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Injetores:
Bombas alternativas:
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Por funcionar dependendo do movimento de pistões, que devem permanecer lubrificados,
observa-se o inconveniente do óleo ser arrastado para interior da caldeira.
Bombas centrífugas:
Bombas mais simplificadas, de bom rendimento atingindo até 500.000 litros de água por
hora, operam em regime contínuo sem a necessidade de recargas fracionadas. São
alimentadoras de água para caldeiras.
Seu funcionamento consiste em um disco com um jogo de palhetas que giram em alta
velocidade e fazem a sucção de água. Cada disco forma um estágio, cuja quantidade pode variar
de acordo com a capacidade da bomba. Nas caldeiras de baixa pressão emprega-se um estágio,
e nas mais potentes, os multiestágios.
O acionamento das bombas centrífugas pode ser por vapor ou energia elétrica.
Segundo a NR 13, no item 13.3.1., está declarada que constitui risco grave e iminente a
ausência do dispositivo operacional de controle do nível de água na caldeira.
O controle de alimentação de água em caldeiras pode ser feita por quatro maneiras, duas
com sistema liga-desliga e duas por sistema de água modulante:
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4.3.2.1. Regulador de nível com eletrodos:
A bomba funcionará quando o nível da água atingir o eletrodo central e deverá parar
quando a água atingir o eletrodo de nível máximo, que é o menor eletrodo dos três. Se o nível da
água atingir o eletrodo maior, o relé desligará o queimador ou ainda um alarme que avisará ao
operador a indicação do defeito.
Existem diversos modelos com basicamente o mesmo princípio: uma garrafa é ligada ao
tambor de vapor e uma bóia que flutua em seu interior. Qualquer flutuação do nível interno é
transmitida a esta bóia, presa na parte superior por uma haste. Esta haste se movimenta dentro
do recipiente e, ao passar pelo campo magnético produzido pelo imã permanente faz
movimentar a célula de mercúrio, alimentando ou não a caldeira.
Formado por dois tubos concêntricos, sendo que o tubo externo é o tubo de expansão e o
tubo interno serve para fazer a ligação com o tambor de vapor pela sua parte superior, onde
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recebe uma quantidade de vapor. Liga-se também com o tambor de vapor em um ponto
correspondente ao nível mínimo, recebendo a água pela parte debaixo.
O tubo termostático abrange praticamente toda a extensão da fornalha, sendo que uma
de suas extremidades é rigidamente ligado à serpentina de aquecimento e outra extremidade
permanece livre, a fim de poder dilatar-se e mover a válvula de admissão da água.
Quando a caldeira está em queima total, a extremidade livre do tubo termostático mantém
a válvula de admissão em posição que passe apenas a água para repor a quantidade que está
sendo utilizada.
À medida que a água vai entrando no tambor, a quantidade de vapor dentro do tubo
termostático também vai diminuindo, dando lugar à água que é bem mais fria que o vapor. Isso
faz com que o tubo, que havia se expandido, se contraia por conta da mudança de temperatura e
isso reduz a entrada de água até que o nível seja equilibrado.
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4.3.2.4. Elemento termohidráulico para controle de nível
O tubo externo, por sua vez, liga-se pela parte inferior ao diafragma de uma válvula de
controle. Pela conexão superior introduz-se água limpa até o fluido de água transbordar.
A caldeira em operação, apenas uma parcela desta câmara entra em contato com o
vapor o qual promove o aquecimento, e conseqüente dilatação da parte correspondente de água.
O aumento de volume reflete sobre o diafragma da válvula de controle, portanto sobre o orifício
de passagem da água de alimentação.
À medida que o nível oscila, a água contida na câmara recebe contato com maior ou
menor superfície de aquecimento, respondendo com variações nas dilatações e contrações do
fluido de maneira a transmitir à válvula de controle, posições diferentes de ingresso ou
interrupção de passagem de água.
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4.3.3. Indicadores de pressão
1 1,033 14,22
0,96 1 14,7
0,065 0,068 1
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As caldeiras são projetadas especificamente para atender situações únicas. Assim, os
manômetros também precisam ser ajustados em suas escalas. A pressão máxima daquele
equipamento deve estar indicada no termômetro com uma linha vermelha para alertar o
operador, conforme item 13.4.1.4. da NR 13. Alguns manômetros são digitais e protegidos em
com invólucros de proteção a explosão.
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Se a caldeira possuir duas válvulas de segurança, uma deve abrir com 5% acima da
pressão máxima trabalho de permitida e a outra com 10%.
Para que as válvulas de segurança possam operar com eficiência, devem ser observados
os seguintes pontos:
• Todas as válvulas de segurança deverão ser manuseadas uma vez ao dia, com a
alavanca de teste manual;
• Inspecionar as sedes das válvulas pelo menos uma vez por ano;
• De baixo curso: a pressão de vapor atua sobre a área do disco de vedação, abrindo
totalmente a válvula;
• Evitar choques;
• Acertar prumo;
• Testar diariamente;
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Para serem eficientes, as válvulas de segurança corretamente dimensionadas:
A fabricação das válvulas deve ser feita sob controle e material de qualidade. Sua
instalação deve ser correta e deve ser inspecionada regulamente para funcionamento perfeito.
Válvulas de contrapeso
Ocorrendo uma destas situações, a fornalha da caldeira fica sujeita à explosão, caso não
haja interrupção imediata do fornecimento de combustível.
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4.3.5. Dispositivos auxiliares
Os dispositivos a seguir são projetados para garantir que a caldeira funcione em perfeita
segurança:
4.3.5.1. Pressostato
Controla a pressão interna da caldeira por meio de um comando para os queimadores.
Abaixo estão ilustrados diversos modelos de pressostato:
É constituído por um fole metálico que comanda uma chave elétrica por meio de um
dispositivo de regulagem de pressão. À medida que diminui a pressão da caldeira, o fole se
contrai, fechando o circuito elétrico, dando partida ao queimador. Quando a pressão for
restabelecida, o fole se dilata e faz a abertura dos contatos, interrompendo o funcionamento dos
queimadores.
• Modulação automática;
• Ignição elétrica;
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• Apagar a caldeira por motivo de segurança;
• Limitar a pressão;
4.3.5.3. Válvulas
Válvula solenóide
São usadas especialmente para as caldeiras flamotubulares com queima a óleo, óleo
diesel ou gás. É dotada de uma bobina que, quando energizada, atrai o obturador pelo campo
eletromagnético formado, abrindo passagem do combustível.
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Válvula principal de saída de vapor
Permite a vazão de todo o vapor produzido pela caldeira. Na maior parte das aplicações,
são válvulas do tipo globo, por assegurarem controle mais perfeito da vazão.
Válvula de alimentação
Válvula de escape de ar
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Válvula de retenção
Válvula de descarga
Permite a purga da caldeira. Estão sempre ligadas às partes mais inferiores das caldeiras. O
lodo do material sólido em suspensão, geralmente acumulado no fundo dos coletores ou também
inferiores das caldeiras é projetado violentamente para fora da unidade, quando se abrem estas
válvulas.
De formatos e mecanismos variados, podem ser do tipo de descarga lenta, que assegura a
vedação do sistema, ou do tipo de descarga rápida, assegurando a vazão de água com violência
para arrastar os depósitos internos.
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Válvula de alívio
É uma válvula instalada na parte superior para evitar pressões superiores aos níveis
adequados da caldeira. Sua inspeção negligenciada ocasiona muitos acidentes.
4.3.5.4. Redes
Tubulações formam a rede de alimentação e passagem da água e vapor. Esta rede se inicia
com o fornecimento de água para a caldeira. Por motivos óbvios, não deve ter vazamento em
nenhum ponto.
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A água deve passar por um tratamento antes de ser bombeada para o interior da caldeira,
passando antes pelo preaquecedor.
Se a água fria for lançada onde já tem vapor, poderá sofrer um choque térmico, ocasionando
sérias conseqüências inclusive implosão da caldeira. Portanto, a admissão é feita abaixo do nível de
água e o mais distante possível da fornalha.
Não se deve injetar água fria em caldeira quente quando o nível de água estiver baixo. Deve-
se diminuir o fogo e até apagá-lo, se necessário, esfriando a caldeira.
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Rede geral de óleo combustível
Também não deve ter vazamentos. Os combustíveis são inflamáveis, portanto podem
provocar acidentes. Além disso, criam ainda outra condição insegura ao trabalho, pois eliminam o
atrito e o operador pode sofrer uma queda.
Rede de drenagem
Esta é a rede que sai da parte mais baixa da caldeira e vai terminar fora da caldeira. A rede
conduz uma mistura de água e vapor para um local protegido, onde não possa atingir pessoas. O
objetivo é drenar a caldeira, ou seja, eliminar os detritos, sujeiras e composto de corrosão que se
acumulam dentro dela.
Na grande maioria das instalações a vapor, ocorrem picos de consumo que podem provocar
o arraste de água da caldeira. Além disso, um tratamento incorreto da água de alimentação ocasiona
o arraste. O desejável é que o vapor seja utilizado o mais seco possível.
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Rede de vapor
O vapor é uma substância pouco corrosiva, não oferecendo muito risco de corrosão às partes
componentes da caldeira. É claro que se verifica o limite de resistência mecânica de cada material
para a construção da caldeira.
Recomenda-se utilizar o separador de umidade para que se evite o arraste das gotículas do
vapor para a caldeira.
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Isolamento térmico
Todas as fontes potenciais de perdas de calor num sistema de vapor devem ser isoladas.
Todas as tubulações devem ter isolamento térmico. Como exemplo: uma tubulação de 2” de
diâmetro e 100 metros de comprimento, sem isolamento térmico, e submetido a uma temperatura
ambiente de 15º. C, transportando vapor a 10 bar de pressão, induz consumo adicional de 180 kg/h.
Também as válvulas e os flanges devem ser objetos de atenção uma vez que as perdas
produzidas, por exemplo, num par de flanges sem isolamento equivalem a 300 mm de tubulação nas
mesmas condições.
Preaquecedor
Existem vários modelos de preaquecedores. Sua finalidade é aproveitar o calor dos gases no
aquecimento do ar necessário á combustão. O preaquecedor transfere o calor dos gases quentes
para o ar que está entrando para a combustão.
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Economizador
Superaquecedor
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Para superaquecer o vapor empregam-se aparelhos denominados superaquecedores para
que aproveitem os gases da combustão objetivando aquecer ao vapor saturado, transformando-o
em vapor superaquecido.
Purgador
São dispositivos automáticos que servem para eliminar o condensado formado nas linhas de
vapor e nos aparelhos de aquecimento, sem deixar escapar vapor. Devem eliminar também o ar e
outros gases incondensáveis, como o CO2.
Se este sistema não for bem projetado, o condensado pode ter dificuldade de chegar até o
purgador. Por isso se recomenda a instalação de pontos de drenagem a cada 30 metros lineares da
tubulação.
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4.3.6. Tiragem de fumaça
Processo de retirada dos gases provenientes da combustão para a atmosfera. Pode ser
feita de maneira natural, forçada ou mista.
Tiragem natural
Tiragem mista
Depende de dois ventiladores: um introduz ar para dentro da caldeira e o outro retira este
ar (como exaustor).
Damper
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A tiragem é um processo que tem que ser bem executado, integrando vários
equipamentos. A chaminé faz parte deste sistema. Devido à diferença de pressões da base ao
topo, os gases, vapor de água e outros compostos resultados da combustão saem para a
atmosfera.
A fumaça que sai da chaminé também indica a eficiência do sistema de combustão, pois
quando é clara, significa que tem excesso de vapor de água; quando escura, indica presença de
combustível não queimado pela deficiência na alimentação de ar.
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Ilustração de incrustação
Ilustração de incrustação
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Ilustração de incrustação
O tempo de abertura da válvula de descarga não deve exceder a 05 segundos, sendo que a
operação deve ser repetida de hora em hora.
Como exemplo tem-se uma caldeira operando a 10 bar de pressão e válvula de descarga de
fundo de 2”. Nessas condições, a descarga será de 14 kg/s. Na descarga manual, é muito difícil
manter a válvula aberta no tempo exato de 05 segundos. A cada segundo adicional, serão
descartados 14 kg.
Considerando:
• Válvula de 2”: 28 kg/ descarga (14 kg/s + 14 kg/s por segundo adicional)
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Aproveitamento do condensado
O condensado pode ser considerado um recurso valioso e não resíduo que gera custo. A
grande quantidade de calor contida no condensado justifica o seu retorno para o tanque de
alimentação da Caldeira.
A água para caldeiras deve receber tratamento que permita a remoção total ou parcial de
sais de cálcio e magnésio, os quais produzem incrustações e levam à ruptura dos tubos.
Este processo é conhecido como abrandamento da água pela cal soldada, consiste na
injeção de soluções de CaO (cal) e NaCO3 (carbonato de sódio ou soda) para precipitar o carbonato
de cálcio e formar hidróxido de magnésio floculado, de modo a serem removidos antes da água ser
bombeada para a caldeira.
• Golpes de aríete;
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Métodos de tratamento da água
Clarificação: consiste na prévia floculação, decantação e filtração da água com vistas a reduzir
a presença de sólidos em suspensão.
Abrandamento: consiste na remoção total ou parcial dos sais de cálcio e magnésio presentes
na água, ou seja, consiste na redução de sua dureza.
Desgazeificação: empregados equipamentos especiais que aquecem a água e desta forma são
eliminados os gases dissolvidos. Pode ser utilizado vapor direto para o aquecimento da água a
ser desgazeificada.
Remoção de sílica: a sílica produz uma incrustação muito dura e perigosa. Os tratamentos
normalmente empregados no interior da caldeira não eliminam a sílica. Os métodos mais usados
para esta finalidade são a troca e o tratamento com o óxido de magnésio calcinado.
Importante ressaltar que todo o tratamento para obter bons resultados depende de um
controle eficiente e sistemático, quer dos parâmetros químicos, físicos, como de certas
operações e procedimentos.
De acordo com a legislação ambiental, os efluentes industriais não devem ser jogados no
esgoto a alta temperatura. No caso da descarga de fundo, o correto é direcionar os resíduos
para um tanque objetivando o resfriamento.
Golpes de Aríete
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Esse impacto pode abalar seriamente as tubulações, equipamentos ou a casa de
máquinas, possivelmente resultando em avarias à vedação das juntas, às roscas e às próprias
válvulas.
A Lei de Dalton postula que se os tipos diferentes de gás forem misturados, a pressão total
da mistura de gás será igual à soma das pressões parciais de cada tipo de gás.
Antes do vapor entrar no sistema, existe ar nas tubulações. O vapor é enviado para o espaço
de vapor da caldeira, onde é aquecido. Se o ar não for retirado, o espaço de vapor será preenchido
com uma mistura de ar e vapor. A pressão no manômetro (instrumento que mede a pressão de
fluidos) medirá então a pressão desta mistura e não somente do vapor.
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Deve-se evitar, portanto, equipamentos com configurações complexas de espaços de vapor
ou que usem tubulações sifonadas, para que o ar não fique bloqueado nestas seções. Um
eliminador para vapor pode remover o ar de dentro do equipamento.
Uma outra situação que pode ocasionar o golpe de aríete é o ar quente nos equipamentos
durante a operação. Se a água de alimentação não for bem tratada, pode permitir que o dióxido de
carbono ou outros gases alimentem os equipamentos durante a operação, aquecendo-se a altas
temperaturas.
Objetiva-se ter vapor de maneira mais confiável possível em todas as linhas de distribuição.
Para tanto, o condensado deve ser removido por meio dos purgadores em locais adequados, como
já mencionado.
Significa dizer que os locais de instalação dos purgadores devem ser projetados com
critérios. Pois o fluxo de vapor é mais rápido nas tubulações de distribuição do que em máquinas e
pode alcançar velocidades acima de 30 m/s (metros por segundo). Nestas velocidades, quando a
área da seção transversal do cano é preenchida completamente pela água, projéteis de condensado
podem ser carregados através de uma tubulação a alta velocidade causando o golpe de aríete.
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2. Imediatamente antes das válvulas redutoras de pressão/controle para prevenir o acúmulo
do condensado quando a válvula estiver fechada.
3. Entre duas válvulas redutoras de pressão para remover o condensado preso entre as
válvulas durante a operação ou desligamento.
4. Na frente de válvulas fechadas por longos períodos de tempo para eliminar a poça de
condensado
5. Ao final da tubulação para drenar o sistema para uma operação segura e efetiva.
6. Na parte inferior das seções verticais para que o condensado eventualmente acumulado
não mude de sentido devido à gravidade.
2. Instalar tubulação sob uma taxa de inclinação não inferior a 1/100, para promover o fluxo;
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As conexões em aplicações que não estejam voltadas para aquecimentos ou processos,
geralmente variam entre 15 mm (1/2 polegada) e 25 mm (1 polegada).
Se a linha de vapor for maior em diâmetro, é possível que o condensado não consiga fluir
rapidamente e não entre em pequenas aberturas, ultrapassando as pernas de coletas na maioria
das vezes. Instala-se uma tubulação maior com dimensionamento adequado, chamado perna de
dreno, para auxiliar a remover efetivamente o condensado.
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4.6.1. Placa de identificação
Deve ser afixada no corpo da caldeira uma placa de identificação em local de fácil acesso
e visível, contendo os seguintes dados:
• Nome do fabricante;
• Categoria da caldeira;
• Código ou número da caldeira;
• Número de ordem dado pelo fabricante da caldeira;
• Ano de fabricação;
• Pressão máxima de trabalho admissível;
• Pressão de teste hidrostático de fabricação;
• Capacidade de produção de vapor;
• Área de superfície de aquecimento;
• Código de projeto e ano de edição.
Documentação
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• Registro de segurança (conforme item 13.4.1.9), contendo inclusive informação quando a
caldeira não mais estiver com condições de uso;
• Projeto de instalação (conforme item 13.4.2.1.), respeitando espaço aberto ou fechado;
• Projeto de Alteração ou Reparo (conforme itens 13.3.6 e 13.3.7.);
• Relatórios de inspeção (conforme o item 13.4.4.14).
Toda caldeira deve possuir manual de operação atualizado, em língua portuguesa, em local
de fácil acesso aos operadores, contendo no mínimo (NR 13.4.3.1.):
Toda a caldeira a vapor deve estar obrigatoriamente sob operação e controle do operador de
caldeira, o qual deve manter em dia o disposto no Anexo 1 da NR 13. As exigências para este
profissional são:
• Possuir certificado de Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras;
• Possuir comprovação de estágio prático:
o 80 horas para caldeiras da categoria A;
o 60 horas para caldeiras da categoria B;
o 40 horas para caldeiras da categoria C.
Inicial: assim que a caldeira de vapor entrar em operação em seu local definitivo;
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Periódica: respeitando as seguintes circunstâncias (salvo para estabelecimentos que
possuam Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos):
A inspeção gera imediatamente um relatório que deve ser anexado em até 60 dias à
documentação da caldeira.
O empregador deve informar a condição operacional da caldeira ao Sindicato da categoria
profissional predominante de seu estabelecimento num prazo de até 30 dias após o término da
inspeção de segurança (NR 13.4.4.12), e em 10 dias, o relatório.
O relatório de inspeção deve conter:
• Dados constantes na placa de identificação da caldeira;
• Categoria da caldeira;
• Tipo da caldeira;
• Tipo de inspeção executada;
• Data de início e término da inspeção;
• Descrição das inspeções, exames e testes executados;
• Registros fotográficos do exame interno da caldeira;
• Resultado das inspeções e providências;
• Relação dos itens desta NR que não estão sendo atendidos;
• Recomendações e providências necessárias;
• Parecer conclusivo quanto à integridade da caldeira até a próxima inspeção;
• Data prevista para a nova inspeção de segurança da caldeira;
• Nome legível, assinatura e número do registro no conselho profissional do PH e nome legível
e assinatura de técnicos que participaram da inspeção.
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Referências
BRASIL, MTE - Ministério do Trabalho e Emprego. NR 13: manual técnico de caldeiras e vasos
de pressão. Brasília, DF: MTE, SIT, DSST. 2006. 124 p.
TOMAZINI, G.A. Diretrizes básicas para projetos de vasos de pressão segundo a ASME.
Guaratinguetá/SP: Trabalho de Conclusão da Graduação de Engenharia Mecânica, 2014.
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