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RESTAURAÇÃO FLORESTAL DE ÁREAS DEGRADADAS

E DE RESERVA LEGAL COM APROVEITAMENTO


ECONÔMICO DA MADEIRA
INTRODUÇÃO
Modelos de restauração florestal contemplando a mistura de espécies
nativas de madeira nobre e do eucalipto como espécie “pioneira
comercial”, podem viabilizar economicamente a atividade de
recuperação de áreas degradadas.

O uso do eucalipto reduz os custos, devido à mudas mais baratas e ao


crescimento e sombreamento mais rápido da área, aliado ao retorno
financeiro da exploração de sua madeira, cobrindo parte dos custos da
restauração florestal, além do rendimento final auferido com a venda
de madeiras nativas nobres de maior valor econômico.
Um programa de restauração de áreas degradadas sem uso agrícola e de
Reserva Legal pode contemplar a exploração madeireira com ciclos de
duração de 40 anos, podendo serem mantidos indefinidamente,
seguindo as etapas de colheita e replantio.

As operações de plantio e de exploração florestal são feitas nas linhas.

São recomendadas espécies de madeira inicial, média, final da sucessão


florestal.
MADEIRA INICIAL

Tem como função ecológica principal ocupar rapidamente a área, reduzindo as


atividades de manutenção e criando condições adequadas para o crescimento
das demais espécies das outras categorias sucessionais.

São espécies de crescimento rápido e ciclo de vida curto, características das fases
iniciais de sucessão (preenchimento). Devido à baixa densidade da sua madeira,
são usadas para caixotaria e carvão, e têm colheita estimada em 10 anos.

Apesar do baixo valor, podem trazer retorno financeiro, devido ao grande volume
de exploração e ao “curto” período de tempo.

O eucalipto pode ser incluído como madeira inicial, devido ao seu rápido
crescimento e alto potencial para aproveitamento econômico, reduzindo os
custos da restauração florestal.
MADEIRA MÉDIA

São espécies florestais intermediárias da sucessão secundária.

O crescimento das espécies desse grupo é moderado, um pouco mais


lento, e de ciclo de vida um pouco mais longo do que as espécies de
madeira inicial.

As espécies de madeira média se desenvolvem bem à meia luz, têm


madeira de densidade variável, com valor econômico para uso em
carpintaria rústica, sendo explorada em ciclos de corte de 20 anos.
MADEIRA FINAL

São espécies típicas das etapas finais da sucessão florestal,


características da floresta madura, com crescimento lento, ciclo de vida
longo, madeira de alta densidade e são tolerantes ao sombreamento.

Nesse grupo está a maioria das espécies conhecidas como “Madeiras de


Lei”. São madeiras de alto valor econômico, com uso mais nobre em
marcenaria e carpintaria.

O corte desse grupo ocorre em ciclos de 30 a 40 anos, quando os


indivíduos atingem um diâmetro de tronco adequado para serraria
(cerca de 50 cm).
MADEIRA COMPLEMENTAR

São espécies que apresentam rápido crescimento e copa ampla.

São plantadas intercaladas nas linhas de Madeira Final


(preenchimento) com as espécies das etapas finais de sucessão florestal.

O objetivo é fornecer sombra às espécies da mesma linha e das linhas


adjacentes, evitando bifurcação das espécies de maior interesse
madeireiro.

Após cerca de 20 anos, os indivíduos dessas espécies morrem


naturalmente ou são eliminados via desbaste, para aumentar a
incidência de luz e o crescimento dos indivíduos de madeira final.
MADEIRA COMPLEMENTAR: crescimento rápido e boa cobertura do solo. São plantadas nas
linhas de Madeira Final, intercaladas com as espécies das etapas finais de sucessão florestal, com
o objetivo de fornecer sombra às espécies da mesma linha e linhas adjacentes.
A carpintaria é voltada para uma produção mais industrial, como a
fabricação de peças de madeira para a construção civil, por exemplo.

A marcenaria envolve processos mais artísticos e detalhistas, sendo voltada


para a fabricação de móveis planejados.

A Tabela a seguir apresenta um exemplo de lista de espécies selecionadas


para plantio comercial, visando ao aproveitamento econômico da madeira,
com ênfase na Floresta Estacional Semidecidual, no bioma Mata Atlântica.

Todas as espécies nativas devem ser de ocorrência regional, podendo ser


selecionadas considerando a possibilidade de oferecer outros
aproveitamentos econômicos, além do madeireiro, como medicinal, melífero
e frutífero.
DADOS GERAIS
Localização: Aracruz-ES. Área de propriedade da empresa Fibria anteriormente usada para a
produção de eucalipto.

Início: 2011

EQUIPE: Prof. Pedro Brancalion (LASTROP), Prof. Ricardo Ribeiro Rodrigues (LERF/ESALQ), Dr.
André Nave (BioFlora) e Eng. Ftal. Roberto Mediato (Fibria)

APOIO: Fibria, CNPq, FAPESP, Pacto pela Restauração da Mata Atlântica e Instituto
Internacional para a Sustentabilidade

Disponível em: https://esalqlastrop.com.br/capa.asp?j=23


Espaçamento de plantio = 3 x 3 m = 1.111 mudas por hectare.
https://doi.org/10.1016/j.foreco.2018.03.015
Vista de parcela mista (esquerda) ou nativa (direita) aos 51 meses após o plantio, Aracruz, ES, Brasil.
Notar a diferença de altura entre Eucalyptus e nativas, e o dossel em duas camadas nas parcelas mistas, com Eucalyptus acima e
espécies nativas abaixo.
Modelos testados
1. Apenas nativas em linha simples

2. Nativas em linha simples e eucalipto em linha dupla para celulose

3. Nativas em linha simples e eucalipto em linha dupla para celulose e serraria

4. Nativas e eucalipto em linha dupla para celulose

5. Nativas e eucalipto em linha dupla para celulose e serraria


35 anos:

15 anos
15 anos

35 anos
35 anos

5 anos
5 anos

20 anos
20 anos

5 anos
5 anos

5 anos
5 anos
https://www.inputbrasil.org/wp-content/uploads/2016/12/RESTAURACAO-FLORESTAL_V47.pdf
https://www.inputbrasil.org/publicacoes/restauracao-florestal-em-cadeias-agropecuarias-para-adequacao-ao-codigo-florestal/
Estudos revelam que o passivo de Reserva Legal e APP nas
propriedades rurais está entre 21 e 25 milhões de hectares.

Para suprir o déficit, proprietários de terra deverão recompor a


cobertura vegetal suas áreas, ou através de compensação (no
caso de Reserva Legal), que poderá ser feita em outro imóvel,
através da aquisição de Cotas de Reserva Ambiental,
arrendamento ou de excedente de outro imóvel de mesma
titularidade, ou ainda na regularização fundiária de Unidades de
Conservação (UCs).
Pela nova lei florestal, é permitida a recomposição da vegetação com as
seguintes técnicas, adotadas de forma isolada ou em conjunto:

I – Condução de regeneração natural de espécies nativas

II – Plantio de espécies nativas

III – Plantio de espécies nativas conjugado com a condução da


regeneração natural de espécies nativas

IV – Plantio intercalado de espécies exóticas com nativas de ocorrência


regional, em até 50% da área total a ser recomposta.

V – Sistemas agroflorestais
Foram estimados custos e receitas da restauração florestal oito estados
de quatro regiões:

- duas regiões de agricultura consolidada: estados de São Paulo e de


Mato Grosso do Sul

- duas regiões de fronteira com expansão da agricultura: Mato Grosso


e região da Bacia do Tapajós (PA), e MaToPiBa (confluência dos
estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

Nestas regiões estão presentes quatro das mais importantes cadeias


agroindustriais do Brasil - soja, cana, pecuária e florestas plantadas,- que
têm papel central na agenda da restauração e no uso eficiente da terra.
No estudo foram consideradas 3 técnicas de restauração:

I. condução da regeneração natural - ativa ou passiva

II. semeadura direta

III. plantio de mudas, apenas com espécies nativas ou


intercalada com exóticas, com e sem aproveitamento
econômico.
Alto

Médio

Baixo
cerrado
Modelos de Restauração Florestal
REGENERAÇÃO NATURAL

• Regeneração natural passiva:


Não há qualquer intervenção na área, pois há alta resiliência e o custo é zero.
Em algumas situações (presença de gado), pode ser necessário o cercamento da
área, o que acarretará um custo que não foi considerado neste estudo.

• Regeneração natural ativa:


Consiste no controle de gramíneas invasoras com uso de herbicida seletivo.
Nas declividades médias (12-20%) e altas (acima de 20%), o combate do capim é
realizado de forma manual (coroamento) com bomba costal, por 3 anos
consecutivos, com 3 aplicações por ano.
SEMEADURA DIRETA
Plantio de sementes diretamente no local definitivo,
dispensando o uso de mudas, também conhecido como
“muvuca de sementes”.

Utiliza-se uma mistura de sementes florestais, sementes de


adubação verde e um material de preenchimento, como areia
ou terra.

→ depende da disponibilidade de grande quantidade e


diversidade de sementes
A mistura pode ser plantada de forma manual ou mecanizada,
obtendo-se uma redução de custos, devido ao maior
rendimento/ha e da necessidade de mudas.

Pode ser aplicada em regiões onde a mecanização da agricultura


é amplamente usada, pois o produtor rural pode iniciar o
processo de restauração florestal utilizando o próprio
maquinário da fazenda, reduzindo os custos de plantio com
empresas terceirizadas.

→ a semeadura direta mecanizada é aplicável em áreas com


declividade < 12%
PLANTIO DE MUDAS
A técnica de plantar mudas é a mais antiga e mais amplamente
utilizada no Brasil.
Seu sucesso depende dos cuidados pré e pós plantio, pois
mudas são suscetíveis à seca, ao ataque de formigas e cupins,
necessitam de adubação e de controle do capim até o terceiro
ano ou mais. No estudo, foram consideradas duas
possibilidades:

I. Plantio florestal sem aproveitamento econômico:


→ APPs ou RL - se o proprietário não tiver interesse em ter
aproveitamento econômico.
II. Plantio florestal com finalidade de aproveitamento
econômico:
→ RL - plantio de espécies exóticas combinada com nativas na
proporção de 50%.

Essa foi a técnica considerada para fins econômicos neste


estudo, pois pode-se definir e/ou selecionar as espécies de
interesse econômico, os espaçamentos e os ciclos de colheitas e
replantio, estimar o crescimento e o rendimento volumétrico
das árvores.
→ foram considerados 4 modelos de plantio = N, M1, M2 e M3.
PLANTIO DE MUDAS COM APROVEITAMENTO
ECONÔMICO
Árvores nativas N:
Madeiras inicial, média e final nativas, com ciclos de corte aos
10, 20, 30 e 40 anos.

Árvores mistas M1:


Inicial eucalipto, média e final nativas, com ciclos de corte aos 7,
15, 20, 35 e 40 anos.
→ no sétimo ano a madeira do eucalipto é colhida, seguida de
condução da rebrota das cepas (sistema de talhadia).
Árvores mistas M2:
Inicial eucalipto, média e final nativas, com ciclos de corte aos 6,
15, 20, 35 e 40 anos.
→ o ciclo do eucalipto é adiantado em um ano, somente metade
das árvores é colhida e não há sistema de talhadia; demais
árvores de eucalipto para serraria aos 15 anos.

Árvores mistas M3:


Inicial eucalipto, média e final nativas, com ciclos de corte aos
10, 20, 30 e 40 anos.
PLANTIO DE MUDAS COM APROVEITAMENTO ECONÔMICO

• Considerou-se a densidade de plantio de 1.111 mudas ha-1


→ espaçamento de 3 x 3 m

• Espécies nativas de MADEIRA INICIAL, MÉDIA E FINAL.

• Considerou-se CENÁRIOS OTIMISTA E PESSIMISTA de


crescimento das árvores e dos preços de mercado dos diversos
tipos de madeira colhida.
-N
- M1

(Madeira Complementar)

(Madeira Inicial)
- M2

(Madeira Complementar)

(Madeira Inicial)
- M3

(Eucalipto)
N Celulose
Custos da Restauração Florestal em 2016

Na restauração florestal, sem aproveitamento econômico, os custos foram:

Regeneração natural ativa: R$ 756 a 3.668 ha-1, em função dos preços dos
insumos e da mão de obra e das condições de relevo e de fertilidade da área.

Semeadura direta: R$ 2.970 ha-1.

Plantio de mudas nativas: R$ 8.036 a 17.524 ha-1, com forte influência das
condições de áreas declivosas e não mecanizáveis nos custos da restauração
florestal e na demanda por operações realizadas manualmente.
Recomendações gerais:

Locais com potencial de regeneração natural médio (R2), a


técnica de restauração florestal sem aproveitamento
econômico menos custosa é a regeneração natural ativa.

Locais de baixo potencial de regeneração natural (R1) e passível


de mecanização (declividade < 12%), a técnica menos onerosa é
a semeadura direta.
Para áreas com baixo potencial de regeneração natural (R1) e
não passíveis de mecanização, a técnica de plantio de mudas se
faz necessária.

No cenário sem aproveitamento econômico, a técnica de


plantio de mudas nativas apresenta custos muito onerosos,
mesmo se realizada de forma autônoma.
Custos da Restauração Florestal (2016)

Na restauração florestal, com aproveitamento econômico, os


custos foram:
• Modelo árvores nativas – N = R$ 22.924 a 49.268 ha-1
• Modelo árvores mistas - M1 = R$ 24.262 a 54.564 ha-1
• Modelo árvores mistas - M2 = R$ 24.157 a 59.360 ha-1
• Modelo árvores mistas - M3 = R$ 21.791 a 48.310 ha-1
RETORNOS ECONÔMICOS DA
RESTAURAÇÃO FLORESTAL

Modelos de plantio: N, M1, M2, M3


(Jequitibá-branco)
(Araribá)
(Canafístula)
(Gonçalo-alves)
(Cedro)
(Peroba-rosa)
(Jatobá)
(Ipê-rosa)
(Jequitibá-branco)
(Araribá)
(Canafístula)
(Gonçalo-alves)
(Cedro)
(Peroba-rosa)
(Jatobá)
(Ipê-rosa)
Retorno Econômico da Restauração Florestal
No cenário pessimista, todos os modelos foram financeiramente inviáveis.

No cenário otimista do crescimento das árvores e do preço da madeira, o


investimento em restauração florestal nos modelos árvores nativas N e árvores
mistas M2 (eucalipto para celulose e serraria) apresentou viabilidade econômica
em todas as condições e regiões estudadas, notadamente para áreas com
declividade menor que 20% (menor custo devido à mecanização das operações).

Os resultados indicam a sensibilidade da viabilidade econômica do investimento à


produtividade e ao preço da madeira, que ainda não podem ser estimados com
precisão com base na literatura ou nas experiências de campo.
Gargalos na Cadeia da Restauração Florestal
A falta de estruturação da cadeia de restauração florestal colabora para o alto
custo e o baixo índice de implementação da atividade. Os principais gargalos são:
✓Baixa demanda por restauração florestal fazendo com que a cadeia não se
desenvolva.
✓Baixo número de sementes de espécies nativas produzidas para atender à
diversidade de espécies exigida legalmente ou para suprir os modelos com
aproveitamento econômico.
✓Falta de sementes disponíveis e em grandes quantidades para atender à
semeadura direta, principal dificuldade e levando ao alto custo deste insumo.
✓Baixo número de viveiros de espécies nativas elevando o preço das mudas.
✓Pouca difusão do conhecimento técnico sobre restauração florestal.
✓Falta de informações sobre o comportamento silvicultural das
espécies nativas regionais (quais, como, onde e quando plantá-las nas
diferentes regiões do Brasil).
✓Falta de mão de obra capacitada na produção de mudas, plantio e
manejo florestal.
✓Incerteza sobre a produtividade para o aproveitamento econômico,
devido à irregularidade no crescimento das espécies nativas,
decorrente de matrizes sem melhoramento genético e/ou de material
com grau elevado de endogamia.
✓Baixo incremento médio anual, em função dos baixos índices
pluviométricos em algumas regiões, diminuindo a produtividade de
madeira para serraria.
Ações para Estruturação da Cadeia da Restauração Florestal
✓Ampliação dos núcleos e redes de coleta de sementes, constituídas, basicamente, por
comunidades tradicionais, ribeirinhas e/ou rurais próximas a fragmentos florestais,
como forma de descentralizar a atividade, reduzir os custos deste insumo, além de
gerar renda secundária para as comunidades afetadas pela restauração.

✓Ampliação do número de viveiros florestais e da área de cobertura, a diversidade de


espécies e a quantidade de mudas, como forma de reduzir os custos de produção das
mudas.

✓Disseminação do conhecimento sobre as diferentes técnicas de restauração florestal


para os setores agropecuários, por meio de treinamento, palestras e orientação técnica.

✓Incentivo (fomento) a plantios com finalidade econômica como forma de abastecer as


necessidades das cadeias produtivas de cada região, mesmo que sem garantia de preço.
✓Investimento do setor privado ou através de parcerias público-privadas, na seleção e
no melhoramento genético de espécies nativas, visando promover o aumento da
produtividade de modelos com espécies nativas no futuro.

✓Desenvolvimento de estratégias de comunicação, para promover o setor de


restauração florestal.

✓Realização da restauração florestal em grande escala, através da concentração de


áreas de Reserva Legal em condomínios ou outros arranjos coletivos, visando reduzir os
custos com as questões logísticas.

✓Desenvolvimento de novas linhas de crédito e promoção das linhas já existentes, que


atendam projetos de longo prazo, como forma de viabilizar o cumprimento do Código
Florestal e incentivar investimentos no setor, concretizando a atividade.

✓Implementar, incrementar e fomentar as políticas de Pagamento por Serviços


Ambientais (PSA) decorrentes da restauração florestal.
ONDE ESTAMOS E PARA ONDE QUEREMOS IR?
Onde estamos...
✓Em áreas com baixo potencial de regeneração natural, a semeadura direta
pode ser um bom caminho para a restauração florestal em larga escala.

✓A restauração florestal por plantio de mudas sem aproveitamento


econômico é muito onerosa.
✓Os plantios com aproveitamento econômico, de modo geral, tem
viabilidade econômica somente nos cenários otimistas de preço e de
crescimento árvores.

✓Experiências de campo e resultados de estudos são necessários para


estimular plantios com aproveitamento econômico em Reserva Legal.
Para onde queremos ir...
✓Quanto mais adotar a técnica de regeneração natural passiva ou ativa
→ melhor, mais barato, mais efetivo...

✓Diagnósticos ambientais em ampla escala (estados e regiões) para facilitar o


planejamento da regularização ambiental e da restauração florestal.
Ex: Inventário Florestal e Monitoramento da Cobertura Vegetal em Minas Gerais

✓Insumos para a restauração florestal disponíveis em quantidade e qualidade


adequadas
→ sementes e mudas...

✓Produção de mudas regionalizada


→ atualmente concentrada em São Paulo e em espécies da Mata Atlântica.
✓Programas de treinamento implantados em escala
→ coleta, beneficiamento e armazenamento de sementes
→ técnicas de produção de mudas, plantio e de manejo florestal

✓Criação de modelos de restauração florestal com fins econômicos e a


implantação em campo para comprovação da viabilidade técnica e econômica
(tempo, fomento, recursos...).

✓Seleção e melhoramento genético de espécies de interesse econômico


regionais.

✓Definição dos agentes executores da restauração florestal (estados, federal).

✓Agenda da restauração florestal de longo prazo (décadas) – estados e federal


→ vontade política, fomento, incentivos, pagamento por serviços ambientais...
(outra possibilidade de reflorestamento misto no RL)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMAZONAS, N. T. et al. High diversity mixed plantations of Eucalyptus and native trees: An interface
between production and restoration for the tropics. Forest Ecology and Management, v. 417, p. 247-256,
2018.
https://doi.org/10.1016/j.foreco.2018.03.015

ANTONIAZZI, L. et al. Restauração florestal em cadeias agropecuárias para adequação ao código


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https://www.inputbrasil.org/wp-content/uploads/2016/12/Sum%C3%A1rio-Executivo-Restaura%C3%A7%C3%A3o-florestal-em-cadeias-agropecu%C3%A1rias-para-
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BRANCALION, P. H. S. et al. Restauração florestal. São Paulo: Oficina de Textos, 2015.

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recomposição da Reserva Legal e restauração de áreas de baixa aptidão agrícola no norte do Espírito
Santo. LERF/ESALQ, 2011.
https://esalqlastrop.com.br/capa.asp?j=23
GABRIELE M. P. et al. Metodologia de restauração para fins de aproveitamento econômico da
reserva legal e de áreas agrícolas. In: RIBEIRO, R. R. (ed). Pacto pela restauração da mata
atlântica: referencial dos conceitos e ações de restauração florestal. LERF/ESALQ: Instituto
BioAtlântica, 2009. p. 158-175.
https://41f7ca97-775b-4f7d-a4ef-68e41cdecf52.filesusr.com/ugd/5da841_f47ee6a4872540ee8c532166fbb7e7b0.pdf

NAVE, A. et al. Manual de restauração ecológica. Piracicaba: Bioflora Tecnologia da Restauração;


Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (LERF/ESALQ/USP); Laboratório de Silvicultura
Tropical (LASTROP/ESALQ/USP), 2016.
http://www.viveirobioflora.com.br/files/file_texto_123.pdf

RIBEIRO, R. R. Ações de restauração florestal. LERF/LCB/ESALQ/USP. 2017.


https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4139079/mod_resource/content/1/Aula%203%20A%C3%A7%C3%B5es%202017.pdf

RODRIGUES, R. R. (ed.) Pacto pela restauração da mata atlântica: referencial dos conceitos e
ações de restauração florestal. São Paulo: LERF/ESALQ, 2009.
http://www.lerf.esalq.usp.br/divulgacao/produzidos/livros/pacto2009.pdf

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