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DIREITO CONSTITUCIONAL
TEORIA DA CONSTITUIÇÃO
A Democracia é como o Amor: não se pode
comprar, não se pode decretar, não se pode
propor. A Democracia só se pode viver e
construir. Por isso ninguém pode nos dar a
Democracia... é uma ordem social onde os
Direitos Humanos e a vida digna sejam
possíveis para todos.

(José Bernardo Toro A. Fundacion Social – Bogotá)


Se o centro de gravidade da justiça vai ser, como
de fato determina o Preâmbulo da Constituição,
transferido do individualismo tradicional da
legitimidade ativa para a orientação comunitária
de litígio de interesse público, a corte deve
considerar as questões visto que é necessário
concentrar-se nos homens comuns.

(BALAKRISHNAN, 2008, p. 34-35)


INTRODUÇÃO AO DIREITO
CONSTITUCIONAL
 Conceito de constituição
 Objeto da Constituição
 Conceito de Direito constitucional
 Supremacia da Constituição

1.Teoria da pirâmide
2.Teoria do trapézio
CLASSIFICAÇÃO DAS
CONSTITUIÇÕES
 Quanto ao conteúdo: Materiais e Formais

 Quanto à forma: Escrita e Não escrita

 Quanto ao modo de elaboração: Dogmática e Histórica

 Quanto à origem: Promulgada e outorgada

 Quanto à estabilidade: Imutáveis, rígidas, flexível, semi-rígida

 Quanto à extensão: Analítica e Sintética


APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS

Normas Constitucionais São auto-aplicáveis (não dependem de lei) e não


podem se reduzidas
de eficácia plena Ex.:CF, art. 2°

Normas Constitucionais São auto-aplicáveis e podem ter sua eficácia


reduzida pelo legislador infraconstitucional.
de eficácia contida Ex.: OAB, CF, art. 37, I

Normas Constitucionais Não são auto-aplicáveis, dependendo de ato


infraconstitucional posterior para inteira
de eficácia limitada aplicabilidade.
Ex.: CF, art. 224

Normas Constitucionais São aquelas que veiculam programas a serem


implementadas pelo Estado visando o a
de eficácia programática realização de fins sociais.
Ex.: CF, art. 205
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em
Assembléia Nacional Constituinte para instituir um
Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício
dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a
segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade
e a justiça como valores supremos de uma sociedade
fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na
harmonia social e comprometida, na ordem interna e
internacional, com a solução pacífica das controvérsias,
promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
PODER CONSTITUINTE
PODER CONSTITUINTE

Poder de criar uma nova constituição

Poder constituinte derivado


Reformador
Emendas Constitucionais (CF, art.
60)

Revisão
(ADCT, art. 3

Decorrente ou Poder Constituinte Estadual


Institucionalizador
(cria a CE)

Reforma a CE
LIMITES DO PODER CONSTITUINTE
DERIVADO REFORMADOR

PODER CONSTITUINTE REFORMADOR


LIMITES PROCESSUAIS
PEC (Mais rigoroso)

LIMITES CIRCUNSTANCIAIS
(intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio)

LIMITAÇÕES MATERIAIS
CF, art. 60, § 4°
PRINCÍPIOS DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL
Art. 1°. A República Federativa do Brasil, formada pela
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito e tem como FUNDAMENTOS:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o
exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Constituição.
DA SEPARAÇÃO DOS PODERES
 Art. 2°. São Poderes da União, independentes e harmônicos
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
 ○ Poder Legislativo – tem a função de legislar (criar leis) e
fiscalizar (fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial do Poder Executivo). É exercido, no
âmbito da União, pelos Deputados Federais e pelos
Senadores.
 ○ Poder Executivo – tem a função de governar o país
cumprindo as leis criadas pelos Poder Legislativo. É exercido,
no âmbito da União, pelo Presidente da República, auxiliado
pelos Ministros de Estado.
 ○ Poder Judiciário – tem a função de julgar os processos
judiciais aplicando as normas aos casos concretos (exerce o
poder jurisdicional). É exercido pelos magistrados (juízes).
DOS OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL

Art. 3°. Constituem OBJETIVOS fundamentais da


República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e
solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e
reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos
de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.
Art. 4° A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações
internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a
integração econômica, política, social e cultural dos povos da
América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações.
DIREITOS FUNDAMENTAIS
GERAÇÕES DE DIREITOS
(Dimensões)

1ª GERAÇÃO 2ª GERAÇÃO 3ª GERAÇÃO


LIBERDADE IGUALDADE FRATERNIDADE

Direitos negativos
Direitos a prestações
(não agir)

Direitos civis e políticos: Direito ao


Direitos sociais,
liberdade política, de desenvolvimento, ao
econômicos e culturais
expressão, religiosa, meio ambiente sadio,
comercial direito à paz

Direitos de uma Direitos de toda a


Direitos individuais
coletividade Humanidade

Estado liberal Estado social e Estado democrático e social

14
Fonte: MARMELSTEIN, 2008, p. 53
Direitos Fundamentais
1ª geração/dimensão
Liberdade: Direitos civis e políticos

2ª geração/dimensão
Igualdade: Direitos socias, econômicos e culturais

3ª geração/dimensão
Solidariedade: Direitos à paz, ao desenvolvimento, direitos difusos

4ª geração/dimensão
Direito a informação, democracia e pluralismo
DIREITOS DE QUINTA, SEXTA E SÉTIMA DIMENSÃO

Hodiernamente tem-se um cenário tratando de


outros novos direitos que chegam até mesmo à
biotecnologia com contornos complexos, tais como
clonagem humana, pesquisa em células tronco
embrionárias, avanços tecnológicos (cibernéticos),
a bioética e outros. Daí, falar-se em direitos de
quarta, quinta, sexta e sétima gerações
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Os direitos e garantias fundamentais, objeto do Título II da
CF/88, compreendem:

 Capítulo I – Dos direitos e deveres individuais e coletivos (CF, art. 5°);

 Capítulo II – Dos direitos sociais (CF, art. 6° - 11);

 Capítulo III – Dos direitos de nacionalidade (CF, art. 12 - 13);

 Capítulo IV – Dos direitos políticos (CF, art. 14 - 16);

 Capítulo V – Dos partidos políticos (CF, art. 17).


ART. 5º, CF/88

Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem


distinção de qualquer natureza, garantindo–se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:

 Princípio da Igualdade
 “nascituro”
I - homens e mulheres são iguais em direitos e
obrigações, nos termos desta Constituição;
 princípio da isonomia ou da igualdade
 CF, art. 7º, XVIII e XIX

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de


fazer alguma coisa senão em virtude da lei;
 Princípio da Legalidade
 Tal princípio visa combater o poder arbitrário

do Estado
III - ninguém será submetido a tortura nem a
tratamento desumano ou degradante;
 A palavra “ninguém” abrange qualquer
pessoa, brasileiro ou estrangeiro.
 Diferenças
IV - É livre a manifestação do pensamento,
sendo vedado o anonimato;
 Não é absoluto
 a apologia de fatos criminosos ou a
propaganda do nazismo.
V - é assegurado o direito de resposta,
proporcional ao agravo, além da indenização
por dano material, moral ou à imagem;
VI - é inviolável a liberdade de consciência de
crença, sendo assegurado o livre exercício de
cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a
proteção aos locais de culto e as suas liturgias;
 Estado laico
 Ateísmo

VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação


de assistência religiosa nas entidades civis e
militares de internação coletiva;
 A materialização das condições para prestação
dessa assistência religiosa, que deverá ser
multiforme
VIII - Ninguém será privado dos direitos por motivo de
crença religiosa ou de convicção filosófica ou política,
salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal
a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação
alternativa, fixada em lei;
 Prestação alternativa
 Perda dos direitos políticos positivos (CF, art. 15, IV)
 Serviço militar obrigatório - Ex.: CF, art. 143, § 1º

IX - É livre a expressão da atividade intelectual,


artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença;
 Direito não absoluto
 Classificando-os por faixas etárias
X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra
e a imagem das pessoas, assegurado o direito a
indenização pelo dano material ou moral decorrente de
sua violação;
 Súmula 227 do STJ: “A pessoa jurídica pode sofrer
dano moral”.
 Art. 52, CC
 CALÚNIA ≠ DIFAMAÇÃO ≠ INJÚRIA (CP, art. 138 - 140)

XI - A casa é asilo inviolável do indivíduo ninguém nela


podendo penetrar sem consentimento do morador,
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação
judicial;
 Dia é o período das 6:00 horas da manhã às 18:00
horas.
 A palavra “casa” deve-se entender a mesma no sentido
de “domicílio”
XII - É inviolável o sigilo da correspondência e
das comunicações telegráficas, de dados e
das comunicações telefônicas, salvo, no
último caso, por ordem judicial, nas
hipóteses e na forma que a lei estabelecer
para fins de investigação criminal ou
instrução processual penal;
Interceptação telefônica ≠ Escuta telefônica

Sem conhecimento dos interlocutores com o conhecimento de um dos


comunicadores

XIII - É livre o exercício de qualquer trabalho,


ofício ou profissão, atendidas as qualificações
profissionais que a lei estabelecer;
XIV - É assegurado a todos o acesso à
informação e resguardado o sigilo da
fonte, quando necessário ao exercício
profissional;


IV - É livre a manifestação do
pensamento, sendo vedado o
anonimato;
XV - É livre a locomoção no território nacional em
tempo de paz, podendo qualquer pessoa nos
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair
com seus bens;
 o direito de ir, vir, permanecer, ficar ou sair; direito

à livre locomoção.

XVI - Todos podem reunir-se pacificamente, sem


armas, em locais abertos ao público, independente
de autorização, desde que não frustrem outra
reunião anteriormente convocada para o mesmo
local, sendo apenas exigido prévio aviso à
autoridade competente;
 Direito de reunião
XVII - É plena a liberdade de associação para fins
lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII - A criação de associações e, na forma da lei, a de
cooperativas independem de autorização, sendo
vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX - As associações só poderão ser compulsoriamente
dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por
decisões judiciais, exigindo-se, no primeiro caso, o
trânsito em julgado;
XX - Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a
permanecer-se associado;
XXI - As entidades associativas, quando expressamente
autorizadas, têm legitimidade para representar seus
filiados judicial ou extrajudicialmente;
XXIII - A propriedade atenderá a sua função
social;

XXIV - A lei estabelecerá o procedimento para


desapropriação por necessidade ou utilidade
pública, ou por interesse social, mediante justa
e prévia indenização em dinheiro, ressalvados
os casos previstos nesta Constituição;
XXV - No caso de iminente perigo público, a
autoridade competente poderá usar de
propriedade particular, assegurada ao
proprietário indenização ulterior, se houver
dano;
XXVII - Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização,
publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos
herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
 Lei nº 9.610/98

XXVIII - São assegurados, nos termos da lei:


a) A proteção às participações individuais em obras coletivas e à
reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades
desportivas;
b) O direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras
que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes
e às respectivas representações sindicais e associativas;
XXIX - A lei assegurará aos autores de inventos privilégio
temporário para sua utilização, bem como proteção às criações
industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e
a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o
desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
 Evitar ou estimular a criação de monopólios (PRAZO – 20 ANOS)
XXX - É garantido o direito de herança;
XXXI - A sucessão de bens de estrangeiros
situados no País será regulada pela lei
brasileira em benefício do cônjuge ou dos
filhos brasileiros, sempre que não lhes seja
mais favorável a lei pessoal do de cujus;
XXXII - O Estado promoverá, na forma da lei,
a defesa do consumidor;
 Código de Defesa do Consumidor (Lei nº

8.078/90)
XXXIII - Todos têm direito a receber dos órgãos
públicos informações de seu interesse particular, ou
de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas
no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado;
 
XXXIV - São a todos assegurados, independentemente
do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos poderes públicos em
defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de
poder;
 b) a obtenção de certidões em repartições públicas,
para defesa de direitos e esclarecimentos de
situação de interesse pessoal;
XXXV - A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário
lesão ou ameaça a direito
 Princípio da Inafastabilidade da Tutela Jurisdicional ou

Princípio de Acesso à Justiça

XXXVI - A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico


perfeito e a coisa julgada;
 O Princípio da Irretroatividade da Lei

 DIREITO ADQUIRIDO: Constitui-se num dos recursos de que

se vale a constituição para limitar a retroatividade da lei.


Consiste em situações jurídicas que já tinham se
consolidado no tempo.
 ATO JURÍDICO PERFEITO: É aquele que se aperfeiçoou, que

reuniu todos os elementos necessários a sua formação,


debaixo da lei velha.Ex.: Um contrato assinado e cumprido
pelas partes.
 COISA JULGADA: É a decisão judicial transitada em julgado.
XXXVII - Não haverá juízo ou tribunal de exceção;
 Tribunal de exceção é aquele instituído em caráter temporário
e/ou excepcional
 “Post factum”

XXXVIII - É reconhecida a instituição do júri, com a organização


que lhe dar a lei, assegurados:
a) A plenitude de defesa;
 Contraditório e ampla defesa.  

b) O sigilo das votações;


 Os sete jurados ficarão incomunicáveis - votando sigilosamente.

c) A soberania dos veredictos;


 Nenhum outro tribunal pode reformar o mérito da decisão do
júri;
d) A competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a
vida;
 Não deve ser entendido de forma absoluta, uma vez que
existirão hipóteses, sempre excepcionais, em que os crimes
dolosos contra a vida não serão julgados pelo Tribunal do Júri
(competências especiais por prerrogativa de função).
XXXIX - Não há crime sem lei anterior que o defina,
nem pena sem prévia cominação legal;
 Princípio da Reserva Legal
 Anterioridade

XL - A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar


o réu;
 Irretroatividade da Lei Penal
 As leis penais, em regra, não se movem
retroativamente, nem ultrativamente

XLI - A lei punirá qualquer discriminação atentatória


dos direitos e liberdades fundamentais;
XLII - A prática do racismo constitui crime inafiançável e
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da
lei;

XLIII - A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis


de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos
como crimes hediondos, por eles respondendo os
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se
omitirem;
 
 FIANÇA: é um pagamento feito pela pessoa presa para responder ao
processo penal em liberdade.
 GRAÇA: Perdão individual concedido pelo Presidente da República
que, como efeito, leva à extinção da punibilidade do agraciado.
 ANISTIA: Perdão concedido aos culpados por delitos coletivos,
 Crimes Hediondos – Lei n° 8.072/90 (homicídio qualificado,
latrocínio, estupro, estupro de vulnerável, atentado violento ao
pudor, extorsão qualificada pela morte, extorsão mediante seqüestro
na forma qualificada, epidemia com resultado morte e falsificação,
adulteração, corrupção ou alteração de produto destinado a fins
terapêuticos ou medicinais) *Lei Nº 12.015 de 07 de agosto de 2009.
XLIV - Constitui crime inafiançável e imprescritível a ação
de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o Estado democrático;
 
XLV - Nenhuma pena passará da pessoa do condenado,
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor
do patrimônio transferido;
 Princípio da personificação da pena

XLVI - A lei regulará a individualização da pena e adotará,


entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
 Princípio da individualização da pena
XLVII - Não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos
termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo:
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;

XLVIII - A pena será cumprida em estabelecimentos


distintos, de acordo com a natureza do delito, a
idade e o sexo do apenado;
XLIX - É assegurado aos presos o respeito à
integridade física e moral;
L - às presidiárias serão asseguradas condições para
que possam permanecer com seus filhos durante o
período de amamentação;
LI - Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado,
em caso de crime comum, praticado antes da naturalização,
ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
 A extradição é um ato político bilateral. Extradição é o ato
pelo qual um Estado entrega um indivíduo, acusado de um
delito ou já condenado como criminoso, à justiça do outro,
que o reclama, e que é competente para julgá-lo e puni-lo.

LII - Não será concedida extradição de estrangeiro por crime


político ou de opinião;

LIII - Ninguém será processado nem sentenciado senão pela


autoridade competente;
 Princípio do Juiz Natural – juiz imparcial

LIV - Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o


devido processo legal;
 O Princípio do Devido Processo Legal
LV - Aos litigantes, em processo judicial ou
administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla defesa, com
os meios e recursos a ela inerentes;

LVI - São inadmissíveis, no processo, as provas


obtidas por meios ilícitos; 

LVII - Ninguém será considerado culpado até o


trânsito de julgado de sentença penal
condenatória;

LVIII - O civilmente identificado não será submetido


a identificação criminal, salvo nas hipóteses
previstas em lei;
LX - A lei só poderá restringir a publicidade dos atos
processuais quando a defesa da intimidade ou o
interesse social o exigirem;
 O Princípio da Publicidade dos Atos Processuais

LXI - Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por


ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária
competente, salvo nos casos de transgressão militar ou
crime propriamente militar, definidos em lei;
LXII - A prisão de qualquer pessoa e o local onde se
encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
competente e à família do preso ou à pessoa por ele
indicada;
LXIII - O preso será informado de seus direitos, entre os
quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurado a
assistência da família e de advogado; 
LXIV - O preso tem direito à identificação
dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial;  

LXVI -Ninguém será levado à prisão ou nela


mantido quando a lei admitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança;

LXVII - Não haverá prisão civil por dívida,


salvo a do responsável pelo
inadimplemento voluntário e inescusável de
obrigação alimentícia e a do depositário
infiel;
HABEAS CORPUS
LXVIII - Conceder-se-á habeas corpus sempre que
alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
violência ou coação em sua liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
 Pode ser impetrado por qualquer pessoa, em

defesa de sua própria liberdade ou de terceiro , e


concedido de ofício pelo juiz. Não precisa de
advogado.
 Quanto à sua espécie, o habeas corpus poderá ser:

1. Repressivo (liberatório) – para combater efetiva


coação ou violência;
2. Preventivo (salvo-conduto) – ameaça de prisão.
HABEAS DATA
LXXII - Conceder-se-á habeas data:
a)para assegurar o conhecimento de informações relativas
à pessoa do impetrante, constantes de registros ou
bancos de dados de entidades governamentais ou de
caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira
fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; 
 Habeas Data permite o acesso, a retificação ou a

supressão de um dado pessoal que esteja em arquivo


público. É facultativo e personalíssimo, pois só quem
pode impetrá-lo é o titular dos dados questionados.
Trata-se de ação mandamental que tutela a prestação de
informações contidas em bancos de dados pertencentes
a entidades públicas ou de caráter público, bem como
sua retificação.
MANDADO DE SEGURANÇA
LXIX - Conceder-se á mandado de segurança para proteger
direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou
habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou
abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;

LXX - O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado


por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação
legalmente constituída em funcionamento há pelo menos
um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou
associados;
MANDADO DE INJUNÇÃO
LXXI - Conceder-se-á mandado de injunção
sempre que a falta de norma regulamentadora
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades
constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania;

 Mandado de Injunção serve para impedir que a


falta de norma regulamentadora torne inviável o
exercício dos direitos e liberdades constitucionais
e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à
soberania e à cidadania.
AÇÃO POPULAR
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor
ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus
da sucumbência;
 A Ação Popular pode ser impetrada por qualquer cidadão

para anular ato lesivo ao patrimônio público ou entidade


de que o Estado participe, à moralidade administrativa,
ao meio ambiente ou ao patrimônio histórico e cultural.
 “Cidadão” é aquele que tem capacidade eleitoral, ou seja,

que pode votar. Para tanto é necessário que comprove


sua inscrição perante a Justiça Eleitoral.
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e
gratuita aos que comprovarem insuficiência de
recursos;
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro
judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo
fixado na sentença;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres,
na forma da lei:
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;

LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e


habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao
exercício da cidadania.
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são
assegurados a razoável duração do processo e os
meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias
fundamentais têm aplicação imediata.

§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição


não excluem outros decorrentes do regime e dos
princípios por ela adotados, ou dos tratados
internacionais em que a República Federativa do Brasil
seja parte.

§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos


humanos que forem aprovados, em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos
dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes
às emendas constitucionais.

§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal


Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão
DOS DIREITOS SOCIAIS

CF, art. 6° - 11
DIREITOS
SOCIAIS
Educação
Saúde
Alimentação
Trabalho
Moradia
Lazer
Segurança
Previdência Social
Proteção à maternidade e à infância

Assistência aos desamparados


DOS DIREITOS SOCIAIS

 São direitos sociais a educação, a saúde, a


alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição.
 O direito à moradia foi incluído com a EC 26/00.
 O direito à alimentação foi incluído com a EC
64/10.
Rol exemplificativo de direitos dos
trabalhadores urbanos e rurais
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária
ou sem justa causa, nos termos de lei complementar , que
preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
Embora ainda não tenha sido editada a LC, o art. 10 do
ADCT fixa em 40% do valor depositado no FGTS a quantia
devida a título de indenização compensatória.
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego
involuntário;
Desemprego involuntário é aquele que independe da
vontade, direta ou indireta, do empregado, verificando-se
em casos que não sejam o pedido de dispensa ou de
aposentadoria voluntária;
III - fundo de garantia por tempo de serviço
(FGTS);
 O valor depositado é calculado sobre os salários
e no valor de 8% mensais. A CF aboliu a
estabilidade decenal.
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente
unificado, capaz de atender a suas necessidades
vitais básicas e às de sua família com moradia,
alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário,
higiene, transporte e previdência social, com
reajustes periódicos que lhe preservem o poder
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para
qualquer fim;
V - piso salarial proporcional à extensão e à
complexidade do trabalho;
 É o valor mínimo assegurado ao trabalhador que
pertence a certa categoria profissional. Ex:
vigilantes do DF, metalúrgicos do ABC/SP etc.
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em
convenção ou acordo coletivo;
 Em regra, o salário não pode ser reduzido. Para que a

redução seja legítima, deve ela decorrer de negociação


coletiva com a participação obrigatória do sindicato.
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para
os que percebem remuneração variável;
 Por exemplo, os trabalhadores que recebem por

comissão.
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração
integral ou no valor da aposentadoria;
 Ao servidor ativo, 13º é devido com base na
remuneração integral; já ao inativo, com base nos
proventos;
 A gratificação natalina de servidor público está
prevista nos artigos 63 a 66 da Lei nº 8.112/90.
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
 A CF só diz que trabalho noturno deverá ter remuneração
superior, mas não fala em quanto...
Adicional noturno para trabalhador urbano:
 a) considera-se noturno ‘o trabalho executado entre 22h de
um dia e 5h do dia seguinte’ (CLT, art. 73).
 b) é devido um adicional de pelo menos 20% sobre a hora
diurna;
 c) a hora é computada como sendo 52’30” (cinquenta e dois
minutos e trinta segundos).
Adicional noturno para trabalhador rural:
 a) trabalhador rural na lavoura: considera-se noturno ‘o
trabalho executado entre 21h de um dia e 5h do dia
seguinte’;
 b) trabalhador rural na atividade pecuária: considera-se
noturno ‘o trabalho executado entre 20h de um dia e 4h do
dia seguinte’;
 c) é devido um adicional de 25% sobre a remuneração
noturna; (art. 7º da Lei nº 5.889/73).
X - proteção do salário na forma da lei,
constituindo crime sua retenção dolosa;
 Só se considera crime quando há dolo
(empregador não paga porque não quer), o
que não acontece, p. ex., no caso de falência.
 Lembrar dos princípios da legalidade e
anterioridade, segundo os quais, ‘não há
crime sem lei anterior que o defina’.
XI - participação nos lucros, ou resultados,
desvinculada da remuneração, e,
excepcionalmente, participação na gestão da
empresa, conforme definido em lei;
 É uma norma de eficácia limitada; a lei que
regulamenta já existe (Lei nº 10.101/00).
XII - salário-família pago em razão do
dependente do trabalhador de baixa renda
nos termos da lei;
XIII - duração do trabalho normal não superior a
oito horas diárias e quarenta e quatro semanais,
facultada a compensação de horários e a
redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho;
 De acordo com o art. 19 da Lei nº 8.112/90, a
jornada de trabalho para servidor público civil é
de no máximo 40 horas semanais.
XIV - jornada de seis horas para o trabalho
realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva;
 Por turnos ininterruptos compreendem-se as
jornadas rotativas, sem fixação de horários, de
modo que o empregado sempre prestará
serviços em períodos diferentes (manhã, tarde
ou noite).
XV - repouso semanal remunerado,
preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior,
no mínimo, em cinquenta por cento à do normal;
 O artigo 53 da Lei nº 8.112/90 prevê adicional por
serviço extraordinário com acréscimo de 50% (não
fala em no mínimo)
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo
menos, um terço a mais do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e
do salário, com a duração de cento e vinte dias;
 Licença à gestante é diferente de estabilidade relativa
da gestante... De acordo com o art. 10 do ADCT, a
trabalhadora gestante não poderá ser demitida
arbitrariamente ou sem justa causa desde o momento
em que confirmada a sua gravidez até o quinto mês
após o parto.
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
 Embora ainda não tenha lei regulamentando, o art.
10 do ADCT estabelece que até a edição da lei
regulamentadora a licença terá prazo de 5 dias.
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher,
mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
 Ações Afirmativas
 Esse dispositivo configura uma das formas de
tratamento diferenciado entre homens e mulheres
admitida pelo inciso I do artigo 5º.
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço,
sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
 Segundo o STF (MI 369/DF) é um dispositivo híbrido:
possui uma parte de eficácia plena (‘no mínimo 30
dias’) e outra parte limitada (‘nos termos da lei’).
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por
meio de normas de saúde, higiene e segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades
penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
 Penosa é a atividade exercida em zonas de fronteira
ou que exige, para a sua realização, expressivo
dispêndio físico, trazendo esgotamento, desgaste
excessivo etc.
 Insalubre é a que compromete a saúde do
trabalhador.
 Perigosa é a que ameaça a vida do trabalhador, como
o direto com inflamáveis, instalações elétricas de
grandes voltagens, vigilância de risco etc.
XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes
desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em
creches e pré-escolas;
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos
coletivos de trabalho;
XXVII - proteção em face da automação, na forma da
lei;
 Esse dispositivo é uma norma de eficácia limitada.
Por meio dele, a CF quis determinar ao legislador
ordinário que crie maneiras de proteger os
empregados de perderem seus postos de trabalho
para a automação.
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo
do empregador, sem excluir a indenização a que
este está obrigado, quando incorrer em dolo ou
culpa;
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações
de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para
os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois
anos após a extinção do contrato de trabalho;
 Após a EC 28/00 não há mais diferença de tratamento
entre trabalhadores rurais e urbanos;
 Prescrição relativa: é a interna (dentro) do contrato de
trabalho (prazo de 5 anos);
 Prescrição total: é a considerada após o fim do contrato
de trabalho (prazo de 2 anos).
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de
funções e de critério de admissão por motivo de sexo,
idade, cor ou estado civil;
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a
salário e critérios de admissão do trabalhador portador
de deficiência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual,
técnico e intelectual ou entre os profissionais
respectivos;
 XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre
a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de
dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de
quatorze anos;
 Ao menor de 14 anos não pode trabalhar em nenhuma
hipótese; Após 14 anos, só pode trabalhar como aprendiz;
 O trabalho é permitido aos maiores de 16 anos, mas entre
16 e 18 anos não se pode exercer trabalho noturno,
perigoso ou insalubre.
ATENÇÃO!!!
 Não confundir aprendiz com estagiário. Não são sinônimos.
 Aprendiz é o adolescente, entre 14 e 24 anos (de acordo
com a Lei nº 11.180/05), contratado por entes de
cooperação governamental (SESC, SENAI, SENAR) para
aprender uma formação profissional metódica do ofício ou
ocupação.
 Para ser estagiário não há limite de idade; estagiário não é
empregado; não é regido pela CLT; ele serve para
proporcionar ao estudante um trabalho para a
complementação do ensino do curso que está fazendo.
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com
vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.
 Trabalhador avulso é o que presta, a diversas empresas,
sem vínculo empregatício, serviços de natureza urbana
ou rural. Ex: estivadores, vigias portuários etc.

DIREITOS DO TRABALHADOR DOMÉSTICO


PARÁGRAFO ÚNICO – São assegurados à categoria dos
trabalhadores domésticos os direitos previstos nos
incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem
como a sua integração à previdência social.
 Doméstico é quem presta serviços de natureza contínua
e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família no
âmbito residencial destas. Ex: jardineiro, motorista
particular (residencial), empregada doméstica.
 A CF prevê que os domésticos têm os seguintes direitos:
a) salário mínimo; b) irredutibilidade de salário; c)
décimo terceiro salário; d) repouso semanal
remunerado; e) férias; f) licença-maternidade; g)
licença-paternidade; h) aviso prévio; i) aposentadoria.
DO DIREITO SINDICAL
I - a lei não pode exigir autorização do Estado para a
fundação de sindicato, ressalvado o registro no
órgão competente, vedadas ao poder público a
interferência e a intervenção na organização
sindical.
 O órgão competente que diz o dispositivo é o
Ministério do Trabalho.
II - é vedada a criação de mais de uma organização
sindical, em qualquer grau, representativa de
categoria profissional ou econômica, na mesma base
territorial, que será definida pelos trabalhadores ou
empregadores interessados, não podendo ser
inferior à área de um município.
 Esse dispositivo consagra o princípio da unicidade
sindical, pelo qual somente poderá haver uma
entidade sindical em cada base territorial.
 Base territorial mínima = município.
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e
interesses coletivos ou individuais da categoria,
inclusive em questões judiciais e administrativas.
IV - a assembléia-geral fixará a contribuição que, em
se tratando de categoria profissional, será
descontada em folha para custeio do sistema
confederativo da representação sindical respectiva,
independentemente da contribuição prevista em lei.
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se
filiado a sindicato:
 O art. 5º, XX, já prevê a liberdade de associação. No
artigo 8º, a CF especifica que também é livre a
sindicalização e a associação profissional.
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas
negociações coletivas.
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser
votado nas organizações sindicais.
ESTABILIDADE DO DIRIGENTE SINDICAL
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a
partir do registro da candidatura a cargo de direção ou
representação sindical e, se eleito, ainda que suplente,
até um ano após o final do mandato, salvo se cometer
falta grave nos termos da lei.
 Vai desde o registro das candidaturas até a eleição (para
todos os concorrentes) e, para os eleitos, se estende até
um ano após o final do mandato.
 Nas empresas com mais de 200 empregados é
assegurada a eleição de um representante para
negociação.
 Observação: a Lei 8112/90 diz diferente... Nas
entidades com até 5 mil servidores, um pode pedir
licença para mandato classista; Nas entidades com
número de servidores entre 5.001 e 30.000, dois
servidores podem pedir licença; Nas entidades com mais
de 30.000 servidores, três servidores podem pedir
licença.
DA
NACIONALIDADE
CF, art. 12 - 13
ESPÉCIES DE NACIONALIDADE
 Nacionalidade primária (ou originária) – é
a aquisição involuntária de
nacionalidade, decorrente do simples
nascimento ligado a um critério
estabelecido pelo Estado.

 Nacionalidade secundária (ou adquirida)


– é a aquisição voluntária de
nacionalidade, resultante da
manifestação de um ato de vontade.
CRITÉRIOS DE ATRIBUIÇÃO DE NACIONALIDADE
BRASILEIROS NATOS
CF, art. 12, I, a
Critério Jus soli

CF, art. 12, I, b


Critério Jus sanguinis + “a serviço do Brasil

CF, art. 12, I, c


Critério Jus sanguinis + registro em repartição diplomática

Critério jus sanguinis + “opção confirmativa


BRASILEIROS NATOS
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil,
ainda que de pais estrangeiros, desde que estes
não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou
mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou
de mãe brasileira, desde que sejam registrados
em repartição brasileira competente ou venham
a residir na República Federativa do Brasil e
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade, pela nacionalidade brasileira;
Naturalização
NATURALIZAÇÃO
TÁCITA
(Const. 1891)

EXPRESSA
Ordinária

Extraordinária
BRASILEIROS NATURALIZADOS
 NATURALIZAÇÃO ORDINÁRIA: os que, na
forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira,
exigidas aos originários de países de língua portuguesa
apenas residência por um ano ininterrupto e
idoneidade moral:
 Para os estrangeiros ORIGINÁRIOS de países de língua
portuguesa a CF prevê APENAS dois requisitos:
solicitação e residência mínima de 01 ano ininterrupto
+ idoneidade moral (não pode ter condenação no Brasil
nem no país de origem).

 NATURALIZAÇÃO EXTRAORDINÁRIA: os
estrangeiros, de qualquer nacionalidade, residentes na
República Federativa do Brasil há mais de 15 anos
ininterruptos e sem condenação penal, desde que
requeiram a nacionalidade brasileira; na CF.
CARGOS PRIVATIVOS DE BRASILEIROS
NATOS - CF, art. 12, § 3º
 Presidente e Vice-Presidente da República;
 Presidente da Câmara dos Deputados;
 Presidente do Senado Federal;
 Ministro do STF;
 Membro da carreira diplomática;
 Oficial das forças armadas;
 Ministro de Estado da Defesa.

ATENÇÃO!!!

• Presidente do CNJ (CF, art. 103-B, § 1°)


• Presidente e Vice-Presidente do TSE (CF, art. 119, parágrafo
único)
PERDA DA NACIONALIDADE
 Embora o brasileiro nato nunca possa ser
extraditado, ele pode perder a nacionalidade
(deixar de ser brasileiro nato).

HIPÓTESES DE PERDA DA NACIONALIDADE


Quem teve a naturalização cancelada, por
sentença judicial, em virtude de atividade
nociva ao interesse nacional.
NATURALIZADO
Obs: Nesse caso, só poderia ser
readquirida a nacionalidade por meio da
ação rescisória.

Quem era brasileiro nato e voluntariamente


DOS DIREITOS
POLÍTICOS
CF, art. 14 a 16
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio
universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para
todos, e, nos termos da lei, mediante
I – plebiscito
II – referendo
III - iniciativa popular.
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e,
durante o período do serviço militar obrigatório, os
conscritos.
[...]
DOS DIREITOS POLÍTICOS
 Em regra, VOTO e ALISTAMENTO são
OBRIGATÓRIOS. Serão facultativos (tanto
voto quanto alistamento) para:
 analfabeto;
 maiores de (70) setenta anos;
 maiores de 16 e menores de 18 anos.
 São inalistáveis (mesmo se estiver na idade
certa não pode se alistar, muito menos
votar):
 estrangeiros;
 conscritos (durante o serviço militar
obrigatório).
IDADE MÍNIMA PARA CONCORRER
AOS CARGOS POLÍTICOS
 Trinta e cinco anos – Presidente e Vice-
Presidente da República e Senador (costuma
cair em prova a questão do Senador...).
 Trinta anos – Governador e Vice-Governador
dos Estados e do Distrito Federal;
 Vinte e um anos – todos os deputados
(federal, distrital e estadual), Prefeitos, Vice-
Prefeitos e juiz de paz. (atenção para juiz de
paz).
 Dezoito anos – somente Vereador.
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do
Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou
substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um
único período subseqüente.
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República,
os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos
devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes
do pleito.
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge
e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por
adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou
Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja
substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já
titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
§ 9º - Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade
e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade
administrativa, a moralidade para exercício de mandato
considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e
legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico
ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na
administração direta ou indireta.
DIFERENÇA DE TRATAMENTO ENTRE CHEFES DO
EXECUTIVO e PARLAMENTARES
CHEFES DO EXECUTIVO
PARLAMENTARES
(Presidente, Governadores, Prefeitos,
(Vereadores, deputados e Senadores)
além dos vices)

Podem ser reeleitos quantas vezes


Pode ser reeleito somente uma vez
quiser.

Se quiser concorrer a outro cargo, tem de


Não precisa se afastar do cargo para
renunciar ao mandato até 6 meses antes
concorrer nas próximas eleições ao
do pleito. Ex: Roriz. É a chamada
mesmo cargo.
desincompatibilização

Não precisa se afastar do cargo para


Se quiser concorrer ao mesmo cargo,
concorrer nas próximas eleições ao
não precisa renunciar. Ex: Lula.
mesmo cargo.
Cônjuge e os parentes consangüíneos ou
afins, até o 2º grau, inclusive por adoção,
Não há proibição de parentes
são inelegíveis, salvo se já titulares de
concorrerem.
mandato eletivo e candidato à reeleição.
É a chamada inelegibilidade reflexa.
HIPÓTESES DE PERDA/SUSPENSÃO
DOS DIREITOS POLÍTICOS
 É proibida a cassação de direitos políticos.
Pode haver a perda ou suspensão dos direitos
políticos nas seguintes hipóteses:
 Cancelamento de naturalização (sentença
transitada em julgado);
 Incapacidade civil absoluta (art. 3º, CC);
 Condenação criminal, transitada em julgado,
enquanto durarem seus efeitos;
 Recusa de cumprir obrigação a todos imposta
ou prestação alternativa (ex: não prestar
serviço militar obrigatório nem qualquer outra
em substituição);
 Cometer crime de improbidade administrativa.
DOS PARTIDOS
POLÍTICOS
CF, art. 17
DOS PARTIDOS POLÍTICOS
 É livre criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos.
 Não pode existir somente um (pluripartidarismo é fundamento –
art. 1º);
 Partidos não podem receber recursos de governos estrangeiros;
 Após adquirirem personalidade jurídica, na forma do Código Civil
(registro dos atos constitutivos no Cartório de Registro Civil das
Pessoas Jurídicas), devem registrar seus estatutos no TSE;
 Não podem utilizar organização paramilitar;
 Eles têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao
rádio e à televisão.
 É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua
estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os
critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem
obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito
nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos
estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.
DA ORGANIZAÇÃO
DO ESTADO
Organização e estrutura do
Estado
 Forma de Governo: República ou Monarquia.
 Sistema de Governo: Presidencialismo ou
Parlamentarismo.
 Forma de Estado: Federação ou Estado Unitário.
 O Brasil adotou a forma republicana de governo, o
sistema presidencialista de governo e a forma
federativa de Estado.Surge então, o tema que
passaremos a abordar, qual seja, a forma
federativa de Estado.

Estado Unitário ≠ Estado Regional ≠ Estado


Federado
Federação – Histórico
 Forma Federativa (1776) – USA com a proclamação da
independência das 13 colônias britânicas Estados
soberanos.
 Confederação dos Estados Americanos (1787) – Pacto
Federativo: direito de retirada, separação e secessão.
 Reuniram-se na Filadélfia (soberania – autonomia)  criando
os Estados Unidos da America.
MOVIMENTOS 
 Movimento centrípeto (de fora para dentro): Os Estados
cederam parcela de sua soberania formando um órgão
central. Federação dos Estados Unidos.
 Movimento centrífugo (do centro para fora): O Estado unitário
descentralizou-se. Federação do Brasil.
CARACTERÍSTICAS DO FEDERALISMO

 Descentralização política
 Repartição de competência
 Constituição rígida como base jurídica
 Inexistência do direito de secessão – (CF, art.
60, §4°) princípio da indissolubilidade do vínculo
federativo.
 Soberania do Estado Federal
 Intervenção (CF, art. art. 34, I )
 Auto-organização dos estados-membros (CE)
 Órgão representativo dos estados-membros
(SF)
 Órgão guardião da Constituição (STF)
Componentes da República
Federativa do Brasil
 A República Federativa do Brasil é formada pela
União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
 CF, art. 1. A República Federativa do Brasil,
formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se
em Estado democrático de Direito...”
 CF, art. 18. A organização político-
administrativa da República Federativa do Brasil
compreende a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, todos autônomos, nos
termos desta constituição.
Fundamentos da República Federativa do Brasil 

Fundamentos da República Federativa do Brasil 


Soberania

Cidadania

Dignidade da Pessoa humana


Os valores sociais e da livre
iniciativa
Pluralismo político
Objetivos Fundamentais da República Federativa
do Brasil
OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO
BRASIL
I - construir uma sociedade livre, justa e
solidária;

II - garantir o desenvolvimento nacional;

III - erradicar a pobreza e a marginalização


e reduzir as desigualdades sociais e
regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação. 
Vedações constitucionais aos
entes da Federação
Art. 19 da CF/88, impossibilitando aos entes
federativos (União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios):
 Estabelecer cultos religiosos ou igrejas,
subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento
ou manter com eles ou seus representantes relações
de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da
lei, a colaboração de interesse público;
 Recusar fé aos documentos públicos;

 Criar distinções entre brasileiros ou preferências

entre si.
UNIÃO
 A União possui “dupla personalidade”, pois assume
um papel interno e outro internacionalmente:

 Internamente: A União é uma pessoa jurídica de


direito público interno. É autônoma, uma vez que
possui capacidade de auto-organização,
autogoverno, auto-administração e autolegislação,
configurando a autonomia financeira, administrativa
e política (FAP).
 Internacionalmente: É pessoa jurídica de direito
público internacional. É soberano. A União não se
confunda com o Estado Federal (República Federativa
do Brasil), poderá representá-lo internacionalmente.
Bens da União
I - Os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser
atribuídos;
II - As terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das
fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação
e à preservação ambiental, definidas em lei;  
III - Os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu
domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com
outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele
provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países;
as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas,
destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas
afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as
referidas no art. 26, II;
V - Os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica
exclusiva;
VI - O mar territorial;  
VII - Os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - Os potenciais de energia hidráulica;
IX - Os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - As cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-
históricos;
XI - As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
COMPETÊNCIAS DA UNIÃO FEDERAL

 Competências não legislativa


 Competências legislativa

COMPETÊNCIAS NÃO LEGISLATIVA


(ADMINISTRATIVA OU MATERIAL)
 Exclusiva: CF, art. 21;
 Comum (cumulativa, concorrente administrativa ou
paralela): CF, art. 23 – Trata-se se competência
não legislativa comum aos quatro entes
federativos, quais sejam a União, Estados, Distrito
Federal e municípios.
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA 
 Privativas (CF, art. 22):
Apesar de ser competência privativa da União,
poderiam aquelas matérias ser regulamentada
também por outros entes federativos?
 Concorrente (CF, art. 24): Define as matérias

de competência concorrente da União, Estados


e Distrito Federal.
 Em relação àquelas matérias, a competência

da União limitar-se-á a estabelecer normas


gerais.
ESTADOS-MEMBROS
SOBERANIA ≠ AUTONOMIA
 Auto-organização (art. 25 da CF): Os Estados
organizam-se e regem-se pelas constituições
e leis que adotarem, observados os princípios
da Constituição Federal.
 Autogoverno: Os Estados estruturam os
poderes Legislativo (CF, art. 27), Executivo
(CF, art. 28) e Judiciário (CF, art. 125).
 Auto-administração e autolegislação: Os
Estados têm competências legislativas e não-
legislativas próprias (CF, art. 18; arts. 25 a
28).
FORMAÇÃO DOS ESTADOS-MEMBROS
 Os Estados podem incorporar-se entre si,
subdividir-se ou desmembrar-se para se
anexarem a outros, ou formarem novos
Estados ou Territórios Federais, mediante
aprovação da população diretamente
interessada, através de plebiscito e do
Congresso Nacional, por meio de lei
complementar (CF, art. 18, §3º).

REQUESITOS:
 mediante aprovação da população diretamente
interessada,
 seja através de plebiscito; e

 através do Congresso Nacional, por lei complementar.


FUSÃO
 Os Estados “A” e “B”, que vão incorporar-se entre
si, desaparecerão.
 Surge o Novo Estado “C”, que não existia antes
da incorporação entre si dos outros Estados
preexistentes.
CISÃO
 O Estado “A”, ao se subdividir desaparecerá
 Surgem dois ou mais Estados novos que antes da
subdivisão não existiam
DESMEMBRAMENTO ANEXAÇÃO
 Estado primitivo “A” continua existindo, só que
com território menor e perda de população.
 A parte do Estado primitivo “A” desmembra-se
anexando-se a outro Estado “B” que também já
existe, que amplia território e população.
DESMEMBRAMENTO FORMAÇÃO
 Estado primitivo “C” continua existindo, só que
com território menor e perda de população.
 A parte desmembrada do Estado “C” forma um
novo estado que não existia.
REQUISITOS
 Aprovação por plebiscito da população diretamente
interessada: esta é condição essencial, de tal forma
que se não houver aprovação por plebiscito nem se
passa à próxima fase.
 Aprovação do Congresso Nacional por meio de lei
complementar: Superada a aprovação por plebiscito,
é necessário que haja propositura de projeto de lei
complementar a qualquer uma das casas. A
aprovação ocorrerá por maioria absoluta.
 Cabe ao Congresso Nacional com a sanção do
Presidente da República dispor sobre a incorporação,
subdivisão ou desmembramento de áreas de
territórios ou Estados, ouvidas as respectivas
assembléias legislativas (art. 48, VI da CF). O parecer
das Assembléias Legislativas não é vinculativo.
COMPETÊNCIAS DOS ESTADOS-MEMBROS

Competência não-legislativa
 
 Competência comum (cumulativa ou
paralela) – Trata-se de competência comum
aos quatro entes federativos (CF, art. 23).
 Competência residual (remanescente ou
reservada) – São reservadas aos estados as
competências administrativas que não lhe
sejam vedadas, ou a competência que
sobrar, apos a enumeração dos outros
entes federativos (CF, art. 25, §1º).
Competência legislativa
 
 Expressa: Os Estados organizam-se e regem-se pelas
Constituições e leis que adotarem, observado os
princípios desta Constituição (art. 25, §1º da CF).
 Residual (remanescente ou reservada): São reservadas
aos Estados as competências que não lhes sejam
vedadas pela Constituição Federal (art. 25, §1º da CF).
 Delegada pela União: A união poderá autorizar os
Estados a legislar sobre questões especificas (CF, art.
22, parágrafo único).
 Concorrente: A concorrência para legislar dar-se-á
entre a União, os Estados e o Distrito federal (CF, art.
24)
 Suplementar: Em caso da inércia da União, inexistindo
lei federal elaborada pela União sobre norma geral, os
Estados (CF, art. 24) poderão suplementar a União e
legislar, também, sobre também sobre as normas
gerais.
Bens dos Estados-membros
CF, art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes,
emergentes e em depósito, ressalvadas, neste
caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da
União;
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que
estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob
domínio da União, Municípios ou terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à
União;
IV - as terras devolutas não compreendidas entre
as da União.
MUNICÍPIOS
 Auto-organização: Os Municípios organizam-se
através da lei orgânica, votada em 2 turnos, com
interstício mínimo de 10 dias e aprovada por 2/3
dos membros da Câmara Municipal, que a
promulgará, atendidos os princípios
estabelecidos na Constituição Federal e na
Constituição estadual e os preceitos
estabelecidos no art. 29 da CF.
 Autogoverno: Os Municípios estruturam o Poder
Legislativo e Executivo (elegendo diretamente o
prefeito, o vice-prefeito e os vereadores). Não
têm Poder Judiciário próprio.
 Auto-administração e autolegislação (art. 30 da
CF): Os Municípios têm competências legislativas
e não-legislativas próprias.
COMPETÊNCIA NÃO-LEGISLATIVA
 Comum: Já foi estudada no item União.
 Privativa (art. 30, III à IX da CF)

COMPETÊNCIA LEGISLATIVA
 Expressa: Os Municípios têm competência para elaborar a própria
lei orgânica (art. 29 da CF).
 Interesse local: CF, art. 30, I.
 Suplementar: Cabe aos Municípios suplementar a legislação
Federal e estadual no que couber, relacionado ao interesse local.
(art. 30, II da CF)
 Plano diretor: exigência constitucional, para municípios com mais
de 20.000 habitantes, o plano objetiva uma melhor qualidade de
vida para todos. (CF, art. 182,§ 2°).
 
Art. 30. Compete aos Municípios:
[...]
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem
como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade
de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados
em lei;
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a
legislação estadual;
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse
local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter
essencial;
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e
do Estado, programas de educação infantil e de ensino
fundamental;
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e
do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento
territorial, mediante planejamento e controle do uso, do
parcelamento e da ocupação do solo urbano;
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural
local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e
estadual.
Distrito Federal
 Auto-organização (CF, art. 32): O Distrito Federal,
vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei
orgânica, votada em 2 turnos, com interstício
mínimo de 10 dias e aprovada por 2/3 dos membros
da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos
os princípios estabelecidos na Constituição Federal.
 Autogoverno (CF, art. 32, §§ 2º e 3º): O Distrito
Federal estrutura o Poder Executivo e Legislativo
(eleição do Governador, Vice-Governador e
Deputados Distritais).  Quanto ao Poder Judiciário,
competirá privativamente à União organizar e
mantê-lo, afetando parcialmente a autonomia do
Distrito Federal.
 Autoadministração e autolegislação: O Distrito
Federal tem competências legislativas e não-
legislativas próprias.
Competência do Distrito Federal

Competência não legislativa  


 Comum: Já foi estudada no item União.
 
Competência legislativa
 Expressa: O Distrito Federal tem competência
para elaborar a própria lei orgânica (art. 32 da
CF).
 Residual: Toda competência que não for
vedada, ao Distrito Federal estará reservada
(art. 25, §1º da CF).
 Delegada pela União: Já foi estudada no item
União (CF, art. 22, parágrafo c/c art. 32, §1º)
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
 A Constituição estabelece a competência de cada
um dos entes federativos. A repartição de
competência está intimamente ligada à
predominância do interesse.

 União: Cuidará de matérias de interesse geral.


 Estados: Cuidarão de matérias de interesse
regional
 Municípios: Cuidarão de matérias de interesse
local.
 Distrito Federal: Cuidará de matérias de
interesse regional e local.
TERRITÓRIOS FEDERAIS
Características 
 O Território não é ente da federação, mas sim

integrante da União. Trata-se de mera


descentralização administrativo-territorial da
União. Embora tenha personalidade jurídica
não tem autonomia política. 
Divisão dos Territórios em Municípios:
 Diferentemente do Distrito Federal, os territórios

podem ser divididos em Municípios (art. 33, §1º da


CF).
 
Organização administrativa e judiciária dos Territórios:
 Lei federal disporá sobre a organização administrativa

e judiciária dos Territórios (art. 33 da CF). Compete à


União organizar e manter o Poder Judiciário, o
Ministério Público e a Defensoria Pública dos
Territórios (art. 21, XIII da CF), bem como sua
organização administrativa (art. 22, XVII da CF).
 Nos Territórios Federais com mais de 100.000
habitantes, além de Governador, haverá órgãos
judiciários de 1a e 2a instância, membros do Ministério
Público e defensores públicos federais (art. 33, §3º da
CF).
PODER
LEGISLATIVO
Estrutura do poder Legislativo federal

 No Brasil vigora o bicameralismo federativo,


no âmbito federal. Ou seja, o Poder
Legislativo no Brasil, em âmbito federal, é
bicameral, isto é, composto por duas Casas:
a Câmara dos deputados e o Senado Federal,
a primeira composto por representante do
povo e a segunda representando os
Estados-membros e o Distrito Federal,
adjetivando, assim, o nosso bicameralismo,
que é do tipo federativo, como visto.
Estrutura do Poder Legislativo Estadual

 Unicameralismo: o legislativo estadual é


composto pela Assembléia legislativa,
composta pelos Deputados Estaduais,
também representes do povo do Estado.
 Número de Deputados Estaduais: O número
de Deputados à Assembléia Legislativa
corresponderá ao triplo da representação do
Estado na Câmara dos Deputados e, atingido
o número de trinta e seis, será acrescido de
tantos quantos forem os Deputados Federais
acima de doze (CF, art. 27).
 Mandato: O mandato dos deputados
Estaduais será de 4 anos.
N° DE DEPUTADOS N° DE DEPUTADOS FÓRMULA
FEDEDERAIS (X) ESTADUAIS (Y)

8 24 O triplo
9 27 O triplo

10 30 O triplo
11 33 O triplo

12 36 O triplo
13 37 Y= (x-12) + 36

14 38 Y= (x-12) + 36
Estrutura do Poder Legislativo Municipal

 Unicameralismo: o legislativo municipal é


composto pela Câmara Municipal (Câmara de
Vereadores), composta pelos vereadores,
representantes do povo do Município.
 Número de Vereadores: O número de Vereadores
será proporcional à população do Município, até
os limites estabelecidos no art. 29, IV, nos termos
da redação conferida pela EC n. 58, de 23 de
setembro de 2009.
 Mandato: O mandato dos Vereadores será de 4
anos.
Estrutura do Poder Legislativo Distrital

 Unicameralismo: o legislativo distrital é


exercido pela Câmara Legislativa (CF, art. 32,
caput), composta pelos Deputados Distritais,
que representam o povo do Distrito Federal.

 Aplicação das características dos Estados:


Conforme determina o art. 32, §3, aos
Deputados Distritais e à Câmara Legislativa
aplica-se o dispositivo no art. 27, ou seja,
todas as regras estabelecidas para os
Estados valem para o Distrito Federal.
Estrutura do poder legislativo
dos territórios Federais

 Regra geral: O art. 33, §3, reza que a lei


disporá sobre as eleições para a Câmara
Territorial e sua competência deliberativa.
 Contudo, como não existem Territórios

Federais, ainda não foi regularizado tal


dispositivo constitucional.
ATRIBUIÇÕES DO
CONGRESSO
NACIONAL
CÂMARA DOS DEPUTADOS
 Composição: a Câmara dos Deputados é
composta por representantes do povo, ou
seja, por Deputados Federais eleitos que
manifestam a vontade do povo.
 Eleições: Os Deputados Federais são eleitos
pelo povo segundo o princípio proporcional,
ou seja, conforme dispõe o art. 45, §1.
 Número de Deputados Federais: Cada
unidade Federativa (Estados-membros e DF)
terão de oito a setenta Deputados Federais.
 Mandato: o mandato de cada Deputado será
de quatro anos.
SENADO FEDERAL
 Eleição: Os Senadores são eleitos pelo
povo segundo o princípio majoritário.
 Número de Senadores: Cada Estado e o
Distrito Federal elegerão o número fixo
de 3 Senadores, sendo que cada Senador
será eleito com dois suplentes.
 Mandato: O mandato de cada Senador é
de oito anos, por tanto, duas legislatura.
 Renovação dos Senadores: A renovação
dos Senadores eleitos dar-se-á de quatro
em quatro anos, na proporção de 1/3 e
2/3.
REQUISITOS – CF, art. 14, § 3°
DIFERENÇAS ENTRE A CÂMARA DOS DEPUTADOS E O SENADO
FEDERAL
CÂMARA DOS DEPUTADOS SENADO FEDERAL
É chamada de câmara baixa. É chamado de câmara alta.
Representa o povo. Representa os E/DF.

Número de membros varia em função da Número de membros é fixo, pois todas as


população: no mínimo 8 e no máximo 70 unidades da federação possuem 3
deputados, por unidade da federação. senadores.
Eleição pelo sistema proporcional Eleição pelo sistema majoritário (o mais
(quociente eleitoral). votado é o escolhido, não havendo 2º
turno).
Renovação total a cada quatro anos. Renovação parcial a cada quatro anos: 1/3
e 2/3, alternadamente.
Mandato é de quatro anos (uma Mandato é de oito anos (duas legislaturas).
legislatura).
Idade mínima de 21 anos. Idade mínima de 35 anos.
Caso criado, território possuirá 4 Caso criado, território não possuirá
deputados federais. senadores.
DAS REUNIÕES
REUNIÕES
(Sessões legislativas)

Sessão ordinária

Sessão extraordinária

Sessão conjunta

Sessão preparatória
 Sessão Ordinária – O caput do art. 57, estabelece
que o Congresso Nacional reunir-se-á,
anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro
a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de
dezembro. Nesse período, chamado de sessão
legislativa, os parlamentares se reúnem
ordinariamente.

 Seção extraordinário – Fora do período acima


citado, ou seja, de 18 a 31 de julho e de 23 de
dezembro a 1de fevereiro. Temos o recesso
parlamentar, e havendo necessidade, os
parlamentares serão convocados
extraordinariamente. (CF, art. 57, §6).
 Sessão conjunta – Além de outros casos previstos
nesta Constituição, a Câmara dos Deputados e o
Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta
para:
1. inaugurar a sessão legislativa;
2. elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às
duas Casas;
3. receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República;
4. conhecer do veto e sobre ele deliberar (CF, art. 57, §3).

 Sessão preparatória – Apesar de termos visto que a


sessão ordinária só como em 2 de fevereiro, cada
uma das Casas reunir-se-á em sessões
preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no
primeiro ano da legislatura, para a posse de seus
membros e eleição das respectivas Mesas, para
mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução
para o mesmo cargo na eleição imediatamente
subseqüente.
DAS COMISSÕES PARLAMENTARES

 Comissão temática ou em razão da matéria – As


comissões temáticas estabelecem-se em razão
da matéria (por exemplo, comissão de saúde,
orçamento, transporte, constituição e justiça,
etc.) e são permanente (CF, art. 58, §2).
 Comissão especial ou temporária – Essas
comissões especiais são criadas para apreciar
uma matéria especifica, extinguindo-se com o
término da legislatura ou cumprida a finalidade
para a qual foram criadas.
 Comissão mista – São formadas por
Deputados e Senadores para apreciar, dentre
outros e em especial , os assuntos que devam
ser examinados em sessão conjunta pelo
Congresso Nacional. Devemos lembrar
importante comissão mista permanente que é
a comissão mista de orçamento, cuja
finalidade estão expressas no art. 166, §6, da
CF/88.
 Comissão representativa – Durante o recesso,
haverá uma Comissão representativa do
Congresso Nacional, eleita por suas Casas na
última sessão ordinária do período legislativo,
com atribuições definidas no regimento comum,
cuja composição reproduzirá, quanto possível, a
proporcionalidade da representação partidária.
 Comissão Parlamentar de inquérito – As comissões
parlamentares de inquérito, que terão poderes de
investigação próprios das autoridades judiciais, além de
outros previstos nos regimentos das respectivas Casas,
serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado
Federal, em conjunto ou separadamente, mediante
requerimento de um terço de seus membros, para a
apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas
conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério
Público, para que promova a responsabilidade civil ou
criminal dos infratores.
COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO CPI’s
 O objetivo das CPI’s não é apurar crimes, mas, sim, aprimorar a atividade
legislativa, além de fiscalizar os poderes públicos. É importante ressaltar que
CPI não julga; apenas investiga.
 CRIAÇÃO – Podem ser criadas pela CD e pelo SF, conjunta ou separadamente.
 OBJETO – Buscam apurar FATO DETERMINADO.
 PRAZO – Certo, embora possa haver prorrogações.
 PODERES – As CPI’s têm poderes de investigação, próprios das autoridades
judiciais.
 CONCLUSÕES – As CPI’s nunca podem impor penalidades ou condenações
IMUNIDADES PARLAMENTARES

 Imunidade parlamentares são prerrogativas inerentes


à função parlamentar, garantidoras do exercício do
mandato parlamentar, com plena liberdade.

 Referida prerrogativa, como vemos, dividem-se em


dois tipos:
a) imunidade material, real ou substantiva (também
denominada inviolabilidade), implicando a exclusão
da pratica de crime, bem como a inviolabilidade civil,
pelas opiniões, palavras ou votos parlamentares (art.
53, caput),
b) imunidade processual, formal ou adjetiva, trazendo
regras sobre prisão e processo criminal dos
parlamentares (CF, art. 53, §§2 e 5).
 Parlamentares Estaduais – De acordo com o art. 27,
§ 1º, aos Deputados Estaduais serão aplicadas as
mesmas regras as prevista na Constituição Federal
sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades,
remuneração, perda de mandato, licença,
impedimentos e incorporação às Forças Armadas.

 Parlamentares Municipais – De acordo com o art. 29,


VIII, os Municípios reger-se-ão por lei orgânica, que
deverá obedecer, dentre outras regras, à da
inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões,
palavras e votos no exercício do mandato e na
circunscrição do Município, ou seja, o Vereador
Municipal somente terá imunidade material e na
circunscrição municipal, não lhe tendo sido atribuída
a imunidade formal ou processual.
Perda do mandato do Deputado e do Senador

ART. 55 DA CF/88 ESTABELECE QUE PERDERÁ O MANDATO O


DEPUTADO OU SENADOR:
 Que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo
anterior;
 Cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro
parlamentar;
 Que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça
parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo
licença ou missão por esta autorizada;
 Que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
 quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta
Constituição
 Que sofrer condenação criminal em sentença transitada em
julgado.
PROCESSO LEGISLATIVO
FASES

Inicial

Constitutiva

Complementar
 Fase inicial ou introdutória: que se refere à
iniciativa legislativa  Competência
 Fase constitutiva: que abrange a deliberação
parlamentar, em que é feita a discussão e votação
dos projetos e a deliberação executiva, que ocorre
por meio da sanção ou do veto;
 Fase complementar: que abrange a promulgação e
a publicação.

CONCEITOS IMPORTANTES

VETO – É a manifestação de discordância do chefe do poder


executivo, contrário a um projeto de lei. Este pode ser total
ou parcial.

PROMULGAÇÃO – É o ato pelo qual o Estado atesta a


existência da lei.
ESPÉCIES NORMATIVAS
O art. 59 da CF/88 estabelece que o
processo legislativo envolverá a
elaboração das seguintes espécies
normativa:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
EMENDA CONSTITUCIONAL
 Poder constituinte derivado reformador.
 Ao contrario do poder constituinte originário, que
é juridicamente ilimitado.
 Iniciativa (CF, art. 60, I, II e III) – Trata-se de
iniciativa privativa e concorrente para alteração da
Constituição. Neste sentido é que a CF só poderá
ser emendada mediante proposta:
a) de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara
dos Deputados ou do Senado Federal;
b) do Presidente da República;
c) de mais da metade das Assembléias Legislativas
das unidades da Federação, manifestando-se,
cada uma delas, pela maioria relativa de seus
membros.
 Quorum de aprovação (CF, art. 60, §2) – A proposta será
discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional,
em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em
ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
 Proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada
(CF, art. 60, §5) – A matéria constante de proposta de
emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser
objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
 Limitações circunstanciais (CF, art. 60, §1) – Em
determinadas circunstâncias, o constituinte originário
vedou a alteração do texto, em decorrência da gravidade
e anormalidade institucionais. Nesses termos, a CF não
poderá ser emendada na vigência de intervenção federal,
estado de defesa ou estado de sítio.
 Limitações materiais (CF, art. 60, § 4) - O poder
constituinte originário estabeleceu também algumas
vedações materiais, ou seja, definiu um núcleo intangível,
comumente chamado pela doutrina de Cláusulas pétreas.
LEI COMPLEMENTAR E
LEI ORDINÁRIA
 Semelhanças – O processo legislativo de
constituição de constituição das leis
complementares e ordinárias constituem-se,
basicamente, em três fases distintas:
 Fase inicial (que se refere à iniciativa legislativa);
 Fase constitutiva (que abrange a deliberação
parlamentar, em que é feita a discussão e
votação dos projetos e a deliberação executiva,
que ocorre por meio da sanção ou do veto) e a
 Fase complementar (que abrange a
promulgação e a publicação).
 Diferenças – Existem duas grandes diferenças entre
a lei complementar e a ordinária, uma do ponto de
vista material e outra do ponto de vista formal:
 Aspecto material: As hipóteses de regulamentação
da Constituição por meio de lei complementar estão
taxativamente previstas no texto da CF (Ex.: CF,
arts. 7, I; 14,§ 9; 18, §§ 2, 3 e 4, etc). Em
relação às leis ordinárias, o campo material Poe elas
ocupado é residual, ou seja, tudo que não for
regulamentado por lei complementar, decreto
legislativo e resolução, poderá ser regulamentado
por lei ordinária.
 Aspecto formal: No tocante ao aspecto formal, a
grande diferença entre a lei complementar e a lei
ordinária está no quorum de aprovação de
respectivo projeto de lei. Enquanto a lei
complementar é aprovada pelo quorum de maioria
absoluta, as leis ordinárias o serão pelo quorum de
maioria simples.
LEI DELEGADA
 Exceção ao princípio da indelegabilidade de atribuições.
 A lei delegada será elaborada pelo Presidente da
República, após prévia solicitação ao Congresso Nacional,
delimitando o assunto sobre o qual pretende legislar. A
solicitação será submetida à apreciação do Congresso
Nacional, que, no caso de aprovação, tomará a forma de
resolução (CF, art. 68, § 2º).
 Importante ressaltar que determinadas matérias não serão
objeto de delegação os atos de competência exclusiva do
Congresso Nacional, os de competência privativa da
Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria
reservada à lei complementar, nem a legislação sobre:
a) Organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a
carreira e a garantia de seus membros;
b) Nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e
eleitorais;
c) Planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
MEDIDAS PROVISÓRIAS
 Nos termos do art. 62 da CF/88, em caso de relevância e
urgência o Presidente da República poderá adotar
medidas provisórias (MP) com força de lei, devendo
submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. Assim,
a MP individualiza-se por nascer apenas pela
manifestação exclusiva do Chefe do Executivo, que a
publica no DOU.
 Legitimidade para edição da MP – O Presidente da
República (competência privativa, marcada por sua
indelegabilidade – CF, art. 84, XXVI).
 Pressupostos constitucionais – relevância e urgência. Os
requisitos se conjugam.
 Prazo de duração da MP – Uma vez adotada a MP pelo
presidente da República , ela vigorará pelo prazo de 60
dias, prorrogável, de acordo com o art. 62, § 7°, uma vez
por igual período. Contados de sua publicação no Diário
oficial. Contudo, o referido prazo será suspenso durante
os períodos de recesso do Congresso Nacional.
 Reedição de medida provisória – Invocando o art. 62, §
10, é vedada a reedição, na mesma sessão legislativa,
de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que
tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
 A EC n° 32/2001 trouxe algumas novidades em relação
aos limites materiais de edição das medidas
provisórias, notadamente na redação dada aos §§ 1º e
2º do art. 62. Assim, é expressamente vedada a edição
de medidas provisórias sobre matéria relativa a:
 Nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos
políticos e direito eleitoral;
 Direito penal, processual penal e processual civil;
 Organização do Poder Judiciário e do Ministério
Público, a carreira e a garantia de seus membros;
 Planos plurianuais, diretrizes orçamentárias,
orçamento e créditos adicionais e suplementares,
ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;
DECRETO LEGISLATIVO
 O decreto legislativo é o instrumento
normativo por meio do qual serão
materializadas as competências exclusivas
do Congresso nacional, alinhadas nos incisos
I a XVII do art. 49 da CF/88.
 As regras sobre o seu procedimento vêm
contempladas nos Regimentos Internos das
Casas ou do Congresso.
 Além das matérias do art. 49 da CF/88, o
Congresso Nacional deverá regulamentar,
por decreto legislativo, os efeitos
decorrentes da medida provisória não
convertida em lei.
RESOLUÇÕES
 Por meio das resoluções regulamentar-se-ão as
matérias de competência privativa da Câmara dos
Deputados (CF, art. 51) e do Senado Federal (CF, art.
52). Os Regimentos Internos determinam as regras
sobre o processo legislativo.
 De modo geral, deflagrado na forma do Regimento, a
discussão dar-se-á nas respectivas Casas.
 Uma vez aprovado, passa-se à promulgação, que
será realizada pelo Presidente da Casa e, e no Caso
de Resolução do Congresso, pelo Presidente do
Senado Federal. Os mencionados Presidentes
determinarão a publicação.
 Por ultimo, não haverá manifestação presidencial
sancionando ou vetando o projeto de resolução (CF,
art. 48).
FUNÇÃO FISCALIZATÓTIA DO
LESGISLATIVO
 Além da função de legislar (fazer leis) o
Poder Legislativo também tem a função
fiscalizatória.
 Todos os Poderes têm, de modo geral, a
obrigação de manter um controle próprio,
também chamado controle interno.
 Quando a CF atribuiu ao Poder Legislativo a
função fiscalizatória, estava se referindo, na
verdade, ao controle externo, uma vez que
o controle interno é próprio de cada órgão.
 Dentro de sua função fiscalizatória, o
Legislativo realiza o controle COFOP das
entidades da administração direta e
indireta.
Contábil
Orçamentária
Financeira
Operacional
Patrimonial
CONTROLE EXTERNO
 O controle externo, a cargo do Congresso
Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas da União, ao qual compete:
1. Apreciar as contas prestadas anualmente pelo
Presidente da República, mediante parecer prévio
que deverá ser elaborado em sessenta dias a
contar de seu recebimento;
2. Julgar as contas dos administradores e demais
responsáveis por dinheiros, bens e valores
públicos da administração direta e indireta,
incluídas as fundações e sociedades instituídas e
mantidas pelo Poder Público federal, e as contas
daqueles que derem causa a perda, extravio ou
outra irregularidade de que resulte prejuízo ao
erário público;
CONTROLE INTERNO
 Além do controle externo, trazido pelo art. 71, a
Constituição também consagra o chamado
controle interno, que é feito por todos os
Poderes da União. No âmbito do Executivo, por
exemplo, destaca-se a Controladoria-Geral da
União, cuja atribuição não prejudica aquela
exercida pelo TCU.
 CF, art. 74
 Em importante mecanismo de proteção, a
Constituição disciplina que os responsáveis pelo
controle interno, ao tomarem conhecimento de
qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela
darão ciência ao Tribunal de Contas da União,
sob pena de responsabilidade solidária.
PODER
EXECUTIVO
Notas introdutórias
 Poder Executivo – Funções Típicas e Atípicas.
 O Poder Executivo no Brasil, conforme estabelece os art.
76, é exercido pelo Presidente da República, auxiliado
pelos Ministros de Estado.
 Forma de Governo: República x Monarquia
 Sistema de Governo: Presidencialismo X Parlamentarismo

Chefe de Estado X Chefe de Governo


Executivo monocrático X Executivo dual
O EXERCÍCIO DO PODER EXECUTIVO
NA CF/88

ÂMBITO FEDERAL
 O Poder Executivo no Brasil, conforme
estabelece os art. 76, é exercido pelo
Presidente da República, auxiliado pelos
Ministros de Estado.
 Como visto, percebe-se um cúmulo do
exercício das funções de Chefe de Estado e
de Governo na figura de uma única pessoa,
no caso, o Presidente da República.
 Executivo monocrático
Condições de elegibilidade
Para se candidatar aos cargos de PR e Vice-PR
deve-se preencher os seguintes requisitos:
 ser brasileiro nato;
 estar no pleno exercício dos direitos
políticos;
 alistamento eleitoral;
 filiação partidária (não é possível concorrer
sem Partido Político);
 idade mínima de 35 anos;
 não ser inalistável nem inelegível.
Âmbito Estadual
 Eleição do Governo e do Vice-Governo de Estado:
realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em
primeiro turno, e no último domingo de outubro,
em segundo turno, se houver, do ano anterior ao
do término do mandato de seus antecessores, e a
posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano
subseqüente, observado, quanto ao mais, o
disposto no art. 77 (CF, art. 28, caput).
 Mandato: o mandato é de 4 anos, permitindo-se a
reeleição para único período subseqüente.
 Perda do mandato: perderá o mandato o
Governador que assumir outro cargo ou função na
administração pública direta ou indireta,
ressalvada a posse em virtude de concurso público
e observado o disposto no art. 38, I, IV e V.
Âmbito Municipal
 Eleição: do Prefeito, do Vice-Prefeito, para
mandato de 4 anos, mediante pleito direito e
simultâneo realizado em todo o País no primeiro
domingo de outubro do ano anterior ao término
do mandato dos que devam suceder, aplicadas as
regras do art. 77 no caso de Municípios com mais
de 200 mil eleitores, sendo permitida a reeleição
para um único período subseqüente.
 Posse: do prefeito e do Vice-Prefeito em 1° de
janeiro do ano subseqüente ao da eleição.
 Perda do mandato: perderá o mandato o Prefeito
que assumir outro cargo ou função na
administração pública direta ou indireta,
ressalvada a posse em virtude de concurso público
e observado o disposto no art. 38, I, IV e V.
Âmbito Distrital
 O art. 32, § 2º, estabelece que a eleição do
Governador e do Vice-Governador do
Distrito Federal, observadas as regras do
art. 77, coincidindo com a dos
Governadores Estaduais.

Âmbito dos Territórios Federais


 A direção dos Territórios Federais dar-se-á
por Governador, nomeado pelo Presidente
da República, após aprovação pelo Senado
Federal, conforme estabelecem os arts. 33,
§ 3°; 52, III, “c”; e 84, XVI.
ATRIBUIÇÃO CONFERIDAS AO
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
 O art. 84 atribui ao Presidente da República
competência privativa, tanto de natureza de
Chefe de Estado (representando a República
Federativa do Brasil nas relações internacionais e,
internamente, sua unidade, prevista nos incisos
VII, VIII e XIX do art. 84), como de Chefe de
Governo (prática de atos de administração e de
natureza política – estes últimos quando participa
do processo legislativo – conforme se percebe
pela leitura das atribuições previstas nos incisos I
a VI; X a XVIII e XX a XXVII).

 É TAXATIVO?
 É DELEGÁVEL?
 Processo eleitoral – A eleição do Presidente e do Vice-
Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no
primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último
domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano
anterior ao do término do mandato presidencial vigente.
Importante destacar que não haverá segundo turno se o
candidato à Presidência da República (juntamente com o Vice-
Presidente) for eleito em primeiro turno, na hipótese de ter
obtido à maioria absoluta de votos, não computados os
brancos e os nulos.
 Posse e mandato – Eleito o Presidência da República,
juntamente com o Vice-Presidente (art. 77, §1°), tomarão
posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o
compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição,
observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro,
sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil
(art. 78). O mandato do Presidência da República é de 4 anos,
tendo início em 1° de janeiro do ano seguinte ao da sua
eleição, sendo atualmente, permitida a reeleição, para um
único período subseqüente.
IMPEDIMENTO E VACÂNCIA DOS CARGOS
 O Presidente da República será sucedido pelo Vice-
Presidente no caso de vaga ou substituído, no caso
de impedimento (art. 79). A vacância nos dá uma
idéia de impossibilidade definitiva para assunção do
cargo (cassação, renúncia ou morte), enquanto a
substituição tem caráter temporário (Ex.: doença,
férias, etc.). Assim, tanto na vacância como no
impedimento, o Vice-Presidente assumirá o cargo, na
Hipótese, até final do mandato e, no caso de
impedimento, enquanto este durar.
 Contudo, em caso de impedimento do Presidente e
do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos
cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício
da Presidência o Presidente da Câmara dos
Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo
Tribunal Federal (CF, art. 80).
DEFINITIVA

• Cassação
• Renúncia
• Morte

Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de


impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o
Vice-Presidente.

TEMPORÁRIO

• Doenças
• Férias
MANDATO-TAMPÃO
 Conforme vimos, os substitutos eventuais ou
assumem o cargo no caso de impedimento do
Presidente e de Vice, ou caso de vaga de ambos os
cargos.
 Vacância de ambos os cargos (de Presidente e de
Vice) nos 2 primeiros anos do mandato: De acordo
com o art. 81, caput, far-se-á eleição 90 dias
depois de aberta a última vaga. Trata-se de eleição
direita, pelo sufrágio universal e pelo voto direito e
secreto, com valor igual para todos.
 Vacância nos últimos 2 anos do mandato: Nessa
hipótese, a eleição para ambos os cargos será feita
de 30 dias depois da ultima vaga, pelo Congresso
Nacional, na forma da lei (art. 81, §1°). Ou seja,
eleições indireta! Exceção à regra do art. 14.
MINISTROS DE ESTADO
 Os Ministros de Estado são meros auxiliares
do Presidente da República no exercício do
Poder Executivo e na direção superior da
administração federal.
 Os Ministros de Estados dirigem Ministérios

e são escolhidos pelo Presidente da


República, que os nomeia, podendo ser
demitidos (exonerados) a qualquer tempo,
ad nutum, não tendo não tendo qualquer
estabilidade (art. 84, I).
Atribuições dos ME
 Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições
estabelecidas nesta Constituição e na lei:
 Exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e
entidades da administração federal na área de sua competência
e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da
República;
 Expedir instruções para a execução das leis, decretos e
regulamentos;
 Apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua
gestão no Ministério;
 Praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem
outorgadas ou delegadas pelo Presidente da República.
 O art. 88, na redação dada pela EC 32/01, diz que a lei disporá
sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da
administração pública.
 Vale lembrar que o Presidente da República pode, por meio de
decreto, dispor sobre a organização e funcionamento da
administração federal, quando não implicar aumento de
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos.
CRIMES DE RESPONSABILIDADE

CF, art. 85 estabelece que são crimes de


responsabilidade os atos do Presidente da
República que atentem contra a Constituição
Federal e, especialmente, contra:
 A existência da União;
 O livre exercício do Poder Legislativo, do Poder
Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes
constitucionais das unidades da Federação;
 O exercício dos direitos políticos, individuais e
sociais;
 A segurança interna do País;
 A probidade na administração;
 A lei orçamentária;
 O cumprimento das leis e das decisões judiciais.
DA
REPÚBLICA
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE CÂMARA DOS DEPUTADOS
2/3 dos Membros

CRIME DE RESPONSABILIDADE

SENADO FEDERAL

CRIME COMUM

STF
Hipóteses de afastamento do
Presidente da República
O PRESIDENTE FICARÁ SUSPENSO DE SUAS FUNÇÕES:
 nas infrações penais comuns, se recebida a
denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal
Federal;
 nos crimes de responsabilidade, após a instauração

do processo pelo Senado Federal.


 No intuito de evitar o afastamento indeterminado do

Presidente, o § 2º do art. 85 traz a regra segundo a


qual se, decorrido o prazo de 180 (cento e oitenta
dias), o julgamento não estiver concluído, cessará o
afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular
prosseguimento do processo.
Restrições à prisão do
Presidente da República
Enquanto não sobrevier sentença
condenatória, nas infrações comuns, o
Presidente da República não estará sujeito a
prisão.
Note-se que mesmo em caso de flagrante
delito não há hipótese de prisão. A regra
constitucional não autoriza prisões
cautelares, em razão da importância do cargo
ocupado.
Poder
Judiciário
INTRODUÇÃO
 Funções típicas e Atípicas
 Três características básicas da jurisdição:

1. LIDE - Na jurisdição contenciosa, por regra,


existirá uma pretensão resistida, insatisfeita.
2. INÉRCIA - nemo judex sine actore; ne
procedat judex ex officio, ou seja, o
judiciário só se manifesta mediante
provocação.
3. DEFINITIVIDADE
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I - o Supremo Tribunal Federal;
I - A - o Conselho Nacional de Justiça;
II - o Superior Tribunal de Justiça;
III - os Tribunais Regionais Federais e
Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e
do Distrito Federal e Territórios.
COMO INGRESSAR DA CARREIRA?

CF, art. 93, I - ingresso na carreira, cujo


cargo inicial será o de juiz substituto,
mediante concurso público de provas e
títulos, com a participação da Ordem dos
Advogados do Brasil em todas as fases,
exigindo-se do bacharel em direito, no
mínimo, três anos de atividade jurídica e
obedecendo-se, nas nomeações, à ordem
de classificação;
PROMOÇÃO POR ANTIGÜIDADE E
MERECIMENTO
 É obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou
cinco alternadas em lista de merecimento;
 A promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva
entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antigüidade desta,
salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago;
 Aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de
produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e
aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento;
 Na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais
antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme
procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até
fixar-se a indicação;
 Não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder
além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido
despacho ou decisão;
 O acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e
merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância;
GARANTIAS DO JUDICIÁRIO
Institucionais: protegem o judiciário como um
todo, como instituição. Dividem-se em:
a) garantias de autonomia orgânico-
administrativa;
b) garantias de autonomia financeira;

Garantias funcionais ou de órgãos:


 vitaliciedade,
 inamovibilidade e
 irredutibilidade de subsídios.
GARANTIAS
DO
JUDICIÁRIO
INSTITUCIONAIS
Autonomia orgânico-administrativa
(CF, art. 96)

Autonomia financeira
(CF, art. 99)

FUNCIONAIS OU DE ÓRGÃO
Independência dos órgão (CF, art. 95, I-III)
Vitaliciedade

Inamovibilidade

Irredutibilidade de subsídios

Imparcialidade dos órgãos (CF, art. 95, § único)

Vedações
Autonomia orgânico-administrativa
Art. 96. Compete privativamente:
I - aos tribunais:
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com
observância das normas de processo e das garantias processuais das
partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos
órgãos jurisdicionais e administrativos;
b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes
forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional
respectiva;
c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira
da respectiva jurisdição;
d) propor a criação de novas varas judiciárias;
e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido
o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos necessários à
administração da Justiça, exceto os de confiança assim definidos em lei;
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos
juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados;
II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e
aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo
respectivo, observado o disposto no art. 169:
a) a alteração do número de membros dos tribunais
inferiores;
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus
serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados,
bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos
juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver;
c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;
III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do
Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do
Ministério Público, nos crimes comuns e de
responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça
Eleitoral.
Autonomia financeira
ENCAMINHAMENTO DE PROPOSTAS ORÇAMENTÁRIAS
No âmbito da União No âmbito dos Estados, DF e
Territórios
Compete ao Presidente do STF e dos Compete ao Presidente do Tribunal de
Tribunais Superiores, com aprovação dos Justiça, com aprovação dos respectivos
respectivos Tribunais. Tribunais.
Se os órgãos responsáveis não encaminharem as propostas dentro do prazo
estabelecido na LDO, o Poder Executivo considerará os valores aprovados na LDO
vigente. Ou seja: vai repetir para o ano seguinte os valores repassados no ano
corrente.

Se proposta orçamentária for encaminhada em desacordo com limites da LDO, o


Poder Executivo poderá ajustar valores.

Não pode haver realização de despesas nem assunção (assumir) obrigações que
extrapolem limites da LDO. Exceção: se houver abertura de créditos suplementares
ou especiais.
VITALICIEDADE
 Só perderá o cargo por sentença transitada em
julgado.
 Vitaliciedade ≠ estabilidade (processo administrativo)
 vitaliciedade, no primeiro grau, só será adquirida
após dois anos de exercício.
 Tribunais (vitaliciedade independente da forma da
entrada). Exemplo: quinto constitucional – no
momento da posse).
 O vitalício poderá ser afastado do exercício de suas
funções, sem prejuízo dos vencimentos e das
vantagens, até a decisão final a respeito da perda de
seu cargo.
INAMOVIBILIDADE
 Impossibilidade de remoção, sem seu
consentimento.
 Salvo: Interesse público, por voto da maioria
absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ,
assegurados a ampla defesa.

IRREDUTIBILIDADE DE
SUBSÍDIOS
 O subsídio está sujeito a tributação
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes GARANTIAS:
I – vitaliciedade;
II – inamovibilidade;
III – irredutibilidade de subsídio.
Parágrafo único. Aos juízes é VEDADO:
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou
função, salvo uma de magistério;
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou
participação em processo;
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou
contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou
privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se
afastou, antes de decorridos três anos do afastamento
do cargo por aposentadoria ou exoneração.
Não esqueça!!!
 Para entrar (ingressar) no
Judiciário, o magistrado tem
de possuir pelo menos 03
anos de atividade jurídica.
Quando sair do Judiciário,
tem de ficar pelo menos 03
anos sem advogar no local
em que trabalhava como
juiz.
ORGANOGRAMA DO PODER JUDICIÁRIO
STF

STJ TSE TST STM

TRF
TJs TREs TRTs TM
s

Juíze Juíze Juízes Juízes


s dos s Juízes do
Estad Fede Eleitora Trabalho
Militare
os rais is s
Quinto Constitucional
 O art. 94 da CF/88 estabelece que 1/5 (20%) dos
lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais
dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será
composto de membros, do Ministério Público, com mais
de 10 anos de carreira, e de advogados de notório
saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de 10
anos de efetiva atividade profissional, indicados em
lista sêxtupla pelos órgãos de representação das
respectivas classes.
 Apesar de art. 94 só se refirir explicitamente aos
tribunais acima mencionados a “regra do quinto” está
prevista, também, para os Tribunais do Trabalho (CF,
arts. 111-A, 115, I) e para o STJ (CF, art. 104, parágrafo
único).
Esquematizando…
 LISTA SÊXTUPLA –  É formada
pelas representações da classe.
 O Tribunal recebe e forma uma

lista TRÍPLICE.
 O Poder Executivo recebe a lista e

 em 20 dias escolhe 1.


CARACTERÍSTICAS
GERAIS DOS
ÓRGÃOS DO PODER
JUDICIÁRIO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF)
 Investidura – O Presidente da República escolhe e indica
o nome para compor o STF, devendo ser aprovado pelo
Senado Federal, pela maioria absoluta (sabatina no
Senado Federal). Aprovado, passa-se à nomeação,
momento em que o Ministro é vitaliciado.
 Requisitos para ocupar o cargo de Ministro do STF – a)
ser brasileiro nato (art. 12, §3°, IV); b) ter mais de 35
anos e menos de 65 anos de idade (art. 101); c) ser
cidadão (art. 101, estando no pleno gozo dos direitos
políticos); d) ter notável saber jurídico e reputação
ilibada (art. 101).
 Competência do STF – a) originária (CF, art. 102, I); b)
recursal ordinária (CF, art. 102, II) e c) recursal
extraordinário (CF, art. 102, III). O STF reconheceu o
princípio da reserva constitucional de competências
originarias e, assim, toda atribuição do STF está
explicitada, taxativamente, no art. 102, I da CF/88.
Superior Tribunal de Justiça (STJ)
 Investidura – Os Ministros do Superior Tribunal de
Justiça serão nomeados pelo Presidente da
República, dentre brasileiros com mais de trinta e
cinco e menos de sessenta e cinco anos, de notável
saber jurídico e reputação ilibada, depois de
aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado
Federal.
 Requisitos para o cargo – a) ser brasileiro nato ou
naturalizado; b) ter mais de 35 anos e menos de 65
anos de idade; c) ter notável saber jurídico e
reputação ilibada (art. 104).
 Composição dos Ministros – 1/3 de juízes dos
Tribunais Regionais Federais; 1/3 de
desembargadores dos Tribunais de Justiça; 1/6 de
advogados e 1/6 de membros do Ministério Público
Federal, Estadual, do Distrito Federal e territórios,
alternadamente.
DOS TRIBUNAIS REGIONAIS
FEDERAIS E DOS JUÍZES FEDERAIS
Art. 106. São órgãos da Justiça Federal:
I - os Tribunais Regionais Federais;
II - os Juízes Federais.
Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo,
sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região e
nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais
de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva
atividade profissional e membros do Ministério Público Federal com
mais de dez anos de carreira;
II - os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de
cinco anos de exercício, por antigüidade e merecimento,
alternadamente.
§ 1º A lei disciplinará a remoção ou a permuta de juízes dos Tribunais
Regionais Federais e determinará sua jurisdição e sede.
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
I - processar e julgar, originariamente:
a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os
da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes
comuns e de responsabilidade, e os membros do
Ministério Público da União, ressalvada a competência da
Justiça Eleitoral;
b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados
seus ou dos juízes federais da região;
c) os mandados de segurança e os "habeas-data" contra
ato do próprio Tribunal ou de juiz federal;
d) os "habeas-corpus", quando a autoridade coatora for
juiz federal;e) os conflitos de competência entre juízes
federais vinculados ao Tribunal;
II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos
juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da
competência federal da área de sua jurisdição.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

 A reforma do judiciário (EC, n° 45/2004), instituiu


o Conselho Nacional de Justiça de quinze membros
com mandato de dois anos admitida uma
recondução.
 O Conselho será presidido pelo Presidente do
Supremo Tribunal Federal, que votará em caso de
empate, ficando excluído da distribuição de
processos naquele tribunal.
 Nas sua ausência ou impedimento, pelo Vise-
Presidente do STF.
 Compete ao Conselho o controle da atuação
administrativa e financeira do Poder Judiciário e do
cumprimento dos deveres funcionais dos juízes.
Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros
com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo:
I. O Presidente do Supremo Tribunal Federal;
II. um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal;
III. um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo
tribunal;
IV. um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal
Federal;
V. um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;
VI. um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de
Justiça;
VII. um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;
VIII. um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior
do Trabalho;
IX. um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;
X. um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral
da República;
XI. um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral
da República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada
instituição estadual;
XII. dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados
do Brasil;
XIII. dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um
pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.
DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS
À JUSTIÇA
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
 Com o objetivo de dinamizar a atividade
jurisdicional, o Poder originário
institucionalizou atividades profissionais
(públicas e privadas), atribuindo o status
de funções essenciais à Justiça, tendo
estabelecido suas regras nos arts. 127 a
135 da CF/88:
 O Ministérios Público – Arts. 127 a 130
 A Advocacia Pública – Arts. 131 a 132
 A Advocacia – Art. 133
 A Defensoria Pública – Art. 134
MINISTÉRIO PÚBLICO
 Ao conceituar o Ministério Público, o artigo
127 diz que ele “é instituição permanente,
essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a defesa da ordem
jurídica, do regime democrático e dos
interesses sociais e individuais
indisponíveis”.
 MP da União e MP dos Estados
 “Fiscal da Lei”
 Ingresso por concurso público de provas ...
 Atribuições no Art. 129, CF/88
PRINCÍPIOS
 Unidade: o Ministério Público deve ser visto como uma
instituição única, sendo a divisão existente meramente
funcional. Há um só chefe (no âmbito do MPU é o PGR;
no âmbito dos MPE’s, é o PGJ).
 Indivisibilidade: princípio que decorre do anterior. Por
meio dele, é possível que um membro do MP substitua
outro, dentro da mesma função, pois quem exerce os
atos não é a pessoa do Promotor, e sim, a instituição
Ministério Público;
 Independência funcional: os membros do MP não se
submetem a qualquer poder hierárquico no exercício
de suas funções, podendo agir, da maneira que
entender ser a melhor. Vale lembrar que a hierarquia
existente diz respeito somente a questões
administrativas. O Ministério Público é composto pelo
MPU (Ministério Público da União) e o MPE (Ministério
Público dos Estados).
Garantias constitucionais
As garantias e vedações do Ministério Público
seguem as mesmas regras já estudadas em
relação ao Poder Judiciário. Apenas a título
de recordação, são garantias dos membros
do MP:
 vitaliciedade;
 inamovibilidade; e
 irredutibilidade de subsídios.
Vedações constitucionais
 receber, a qualquer título e sob qualquer
pretexto, honorários, percentagens ou
custas processuais;
 exercer a advocacia;
 participar de sociedade comercial, na
forma da lei;
 exercer, ainda que em indisponibilidade,
qualquer outra função pública, salvo uma
de magistério;
 exercer atividade político-partidária,
salvo exceções previstas na lei.
ADVOCACIA PÚBLICA
(ARTIGOS 131 e 132)
 Nos artigos 131 e 132, a CF trata sobre a advocacia
pública. Diz-se que a Advocacia-Geral da União é a
instituição que, diretamente ou através de órgão
vinculado, representa a União, judicial e
extrajudicialmente, cabendo-lhe as atividades de
consultoria e assessoramento jurídico do Poder
Executivo.
 Chefia da AGU: é exercia pelo Advogado Geral da
União – AGU, de livre nomeação pelo PR dentre
cidadãos maiores de 35 anos, de notável saber
jurídico e reputação ilibada. Os membros da
advocacia pública serão remunerados por subsídio e
adquirem estabilidade após 3 anos de efetivo
exercício (não são vitalícios).
ADVOCACIA PRIVADA
(ARTIGO 133)
 No artigo 133, a CF diz que o advogado “é
indispensável à administração da justiça, sendo
inviolável por seus atos e manifestações no
exercício da profissão”.
 Inviolabilidade não é absoluta. Advogado responde
por excessos cometidos no exercício de suas
funções.
 Segundo a jurisprudência do STF, a inviolabilidade
do advogado abrange os atos que caracterizariam
os crimes de injúria e difamação. Ficam de fora da
inviolabilidade as condutas tipificadas como
calúnia e desacato.
DEFENSORIA PÚBLICA
(Art. 134 e 135)
 É instituição essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os
graus, dos necessitados (lembrar que o art. 5º, inciso LXXIV
diz que o Estado prestará assistência jurídica integral e
gratuita aos que necessitarem).
 No âmbito municipal, não há DP, MP ou PJ.
 A Defensoria Pública é regida pela Lei Orgânica da Defensoria
Pública.
 O ingresso na carreira dar-se-á mediante aprovação em
concurso público de provas + títulos. A remuneração é feita
por meio de subsídios, na forma do art. 39, § 4º, da CF.
 Aos defensores públicos também foi deferida a garantia da
inamovibilidade, mas se proibiu o exercício da advocacia fora
das atribuições institucionais. Às Defensorias Públicas
Estaduais são asseguradas autonomia funcional e
administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária
dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º.
1. (OAB 2010.2) Em relação à inovação da ordem
constitucional que instituiu a nominada Súmula Vinculante, é
correto afirmar que:
a) somente os Tribunais Superiores podem editá-la.
b) podem ser canceladas, mas vedada a mera revisão.
c) a proposta para edição da Súmula pode ser provocada pelos
legitimados para a propositura da ação direta de
inconstitucionalidade.
d) desde que haja reiteradas decisões sobre matéria
constitucional, o Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício
ou por provocação, aprovar a Súmula mediante decisão da
maioria absoluta de seus membros.
1. (OAB 2010.2) Em relação à inovação da ordem
constitucional que instituiu a nominada Súmula Vinculante, é
correto afirmar que:
a) somente os Tribunais Superiores podem editá-la.
b) podem ser canceladas, mas vedada a mera revisão.
c) a proposta para edição da Súmula pode ser provocada
pelos legitimados para a propositura da ação direta de
inconstitucionalidade. (art. 103-A, § 2º da CF/88)
d) desde que haja reiteradas decisões sobre matéria
constitucional, o Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício
ou por provocação, aprovar a Súmula mediante decisão da
maioria absoluta de seus membros.
2. (OAB 2010.2) Considerando que nos termos dispostos no art. 133 da
Constituição do Brasil, o advogado é indispensável à administração da
justiça, sendo até mesmo inviolável por seus atos e manifestações no
exercício da profissão, é correto afirmar que:
a) a imunidade profissional não pode sofrer restrições de qualquer
natureza.
b)nenhuma demanda judicial, qualquer que seja o órgão do Poder
Judiciário pelo qual tramite, independentemente de sua natureza, objeto
e partes envolvidas, pode receber a prestação jurisdicional se não
houver atuação de advogado.
c) a inviolabilidade do escritório ou local de trabalho é assegurada nos
termos da lei, não sendo vedadas, contudo, a busca e a apreensão
judicialmente decretadas, por decisão motivada, desde que realizada na
presença de representante da OAB, salvo se esta, devidamente
notificada ou solicitada, não proceder à indicação.
d)a prisão do advogado, por motivo de exercício da profissão, somente
poderá ocorrer em flagrante, mesmo em caso de crime afiançável.
2. (OAB 2010.2) Considerando que nos termos dispostos no art. 133 da
Constituição do Brasil, o advogado é indispensável à administração da
justiça, sendo até mesmo inviolável por seus atos e manifestações no
exercício da profissão, é correto afirmar que:
a) a imunidade profissional não pode sofrer restrições de qualquer natureza.
b) nenhuma demanda judicial, qualquer que seja o órgão do Poder Judiciário
pelo qual tramite, independentemente de sua natureza, objeto e partes
envolvidas, pode receber a prestação jurisdicional se não houver atuação de
advogado.
c) a inviolabilidade do escritório ou local de trabalho é assegurada nos
termos da lei, não sendo vedadas, contudo, a busca e a apreensão
judicialmente decretadas, por decisão motivada, desde que realizada
na presença de representante da OAB, salvo se esta, devidamente
notificada ou solicitada, não proceder à indicação. (art. 7º, § 6º, da Lei
8.906/94)
d) a prisão do advogado, por motivo de exercício da profissão, somente
poderá ocorrer em flagrante, mesmo em caso de crime afiançável.
3. (OAB 2011.1) Em 2010, o Congresso Nacional
aprovou por Decreto Legislativo a Convenção
Internacional sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência. Essa convenção já foi aprovada na
forma do artigo 5º, § 3º, da Constituição, sendo sua
hierarquia normativa de:
a) lei federal ordinária.
b) emenda constitucional.
c) lei complementar.
d) status supralegal.
3. (OAB 2011.1) Em 2010, o Congresso Nacional
aprovou por Decreto Legislativo a Convenção
Internacional sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência. Essa convenção já foi aprovada na
forma do artigo 5º, § 3º, da Constituição, sendo sua
hierarquia normativa de:
a) lei federal ordinária.
b) emenda constitucional. (art. 5º, § 3º da CF)
c) lei complementar.
d) status supralegal.
4. (OAB 2011.1) Com relação aos chamados “direitos
econômicos, sociais e culturais”, é correto afirmar que:
a) são direitos humanos de segunda geração, o que significa
que não são juridicamente exigíveis, diferentemente do
que ocorre com os direitos civis e políticos.
b) são previstos, no âmbito do sistema interamericano, no
texto original da Convenção Americana sobre Direitos
Humanos (Pacto de San José da Costa Rica).
c) formam, juntamente com os direitos civis e políticos, um
conjunto indivisível de direitos fundamentais, entre os
quais não há qualquer relação hierárquica.
d) incluem o direito à participação no processo eleitoral, à
educação, à alimentação e à previdência social.
4. (OAB 2011.1) Com relação aos chamados “direitos
econômicos, sociais e culturais”, é correto afirmar que:
a) são direitos humanos de segunda geração, o que significa que
não são juridicamente exigíveis, diferentemente do que ocorre
com os direitos civis e políticos.
b) são previstos, no âmbito do sistema interamericano, no texto
original da Convenção Americana sobre Direitos Humanos
(Pacto de San José da Costa Rica).
c) formam, juntamente com os direitos civis e políticos, um
conjunto indivisível de direitos fundamentais, entre os
quais não há qualquer relação hierárquica. (Pacto
Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais -
1966; Arts. 5º ao 17 da CF; Teoria da Dimensão dos
Direitos Fundamentais, George Marmelstein)
d) incluem o direito à participação no processo eleitoral, à
educação, à alimentação e à previdência social.
5. (OAB 2011.1) Determinado congressista é flagrado afirmando
em entrevista pública que não se relaciona com pessoas de etnia
diversa da sua e não permite que, no seu prédio residencial, onde
atua como síndico, pessoas de etnia negra frequentem as áreas
comuns, os elevadores sociais e a piscina do condomínio. Ciente
desses atos, a ONG TudoAfro relaciona as pessoas prejudicadas e
concita a representação para fins criminais com o intuito de coibir
os atos descritos. À luz das normas constitucionais e dos direitos
humanos, é correto afirmar que:
a) o crime de racismo é afiançável, sendo o valor fixado por
decisão judicial.
b) o prazo de prescrição incidente sobre o crime de racismo é de
vinte anos.
c) nos casos de crime de racismo, a pena cominada é de detenção.
d) o crime de racismo não está sujeito a prazo extintivo de
prescrição.
5. (OAB 2011.1) Determinado congressista é flagrado afirmando
em entrevista pública que não se relaciona com pessoas de etnia
diversa da sua e não permite que, no seu prédio residencial, onde
atua como síndico, pessoas de etnia negra frequentem as áreas
comuns, os elevadores sociais e a piscina do condomínio. Ciente
desses atos, a ONG TudoAfro relaciona as pessoas prejudicadas e
concita a representação para fins criminais com o intuito de coibir
os atos descritos. À luz das normas constitucionais e dos direitos
humanos, é correto afirmar que:
a) o crime de racismo é afiançável, sendo o valor fixado por
decisão judicial.
b) o prazo de prescrição incidente sobre o crime de racismo é de
vinte anos.
c) nos casos de crime de racismo, a pena cominada é de detenção.
d) o crime de racismo não está sujeito a prazo extintivo de
prescrição. (art. 5º, XLII da CF)
6. (OAB 2010.2) A obrigatoriedade ou necessidade de deliberação plenária
dos tribunais, no sistema de controle de constitucionalidade brasileiro,
significa que:
a) somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros
do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
b) a parte legitimamente interessada pode recorrer ao respectivo Tribunal
Pleno das decisões dos órgãos fracionários dos Tribunais Federais ou
Estaduais que, em decisão definitiva, tenha declarado a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo.
c) somente nas sessões plenárias de julgamento dos Tribunais Superiores é
que a matéria relativa a eventual inconstitucionalidade da lei ou ato
normativo pode ser decidida.
d) a competência do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar toda e
qualquer ação que pretenda invalidar lei ou ato normativo do Poder Público
pode ser delegada a qualquer tribunal, condicionada a delegação a que a
decisão seja proferida por este órgão jurisdicional delegado em sessão
plenária.
6. (OAB 2010.2) A obrigatoriedade ou necessidade de deliberação plenária
dos tribunais, no sistema de controle de constitucionalidade brasileiro,
significa que:
a) somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos
membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. (art.
97, CF)
b) a parte legitimamente interessada pode recorrer ao respectivo Tribunal
Pleno das decisões dos órgãos fracionários dos Tribunais Federais ou
Estaduais que, em decisão definitiva, tenha declarado a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo.
c) somente nas sessões plenárias de julgamento dos Tribunais Superiores é
que a matéria relativa a eventual inconstitucionalidade da lei ou ato
normativo pode ser decidida.
d) a competência do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar toda e
qualquer ação que pretenda invalidar lei ou ato normativo do Poder Público
pode ser delegada a qualquer tribunal, condicionada a delegação a que a
decisão seja proferida por este órgão jurisdicional delegado em sessão
plenária.
7. (OAB 2010.2) Declarando o Supremo Tribunal Federal,
incidentalmente, a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo federal em face da Constituição do Brasil, caberá
a) ao Procurador-Geral da República, como chefe do
Ministério Público da União, expedir atos para o
cumprimento da decisão pelos membros do Ministério
Público Federal e dos Estados.
b) ao Presidente da República editar decreto para tornar
inválida a lei no âmbito da administração pública.
c) ao Senado Federal suspender a execução da lei, total ou
parcialmente, conforme o caso, desde que a decisão do
Supremo Tribunal Federal seja definitiva.
d) ao Advogado-Geral da União interpor o recurso cabível para
impedir que a União seja compelida a cumprir a referida
decisão.
7. (OAB 2010.2) Declarando o Supremo Tribunal Federal,
incidentalmente, a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo
federal em face da Constituição do Brasil, caberá
a) ao Procurador-Geral da República, como chefe do Ministério
Público da União, expedir atos para o cumprimento da
decisão pelos membros do Ministério Público Federal e dos
Estados.
b) ao Presidente da República editar decreto para tornar inválida
a lei no âmbito da administração pública.
c) ao Senado Federal suspender a execução da lei, total ou
parcialmente, conforme o caso, desde que a decisão do
Supremo Tribunal Federal seja definitiva. (art. 52, X, da
CF)
d) ao Advogado-Geral da União interpor o recurso cabível para
impedir que a União seja compelida a cumprir a referida
decisão.
8. (OAB 2011.1) Mévio aceita defender um cliente. Após
ampla pesquisa, verifica que a legislação ordinária não acolhe a
pretensão dele. Elabora, pois, a tese de que a legislação que
não permite o acolhimento da pretensão do seu constituído
padeceria do vício de inconstitucionalidade e recomenda que
não haja o cumprimento da referida norma. À luz das normas
estatutárias, é correto afirmar que
a) a situação é permitida, diante do possível vício alegado pelo
advogado.
b) se caracteriza a hipótese de postulação com má-fé contra
literal disposição de lei.
c) mesmo sendo a lei eivada de vício, não seria possível
presumir boa-fé.
d) ao pleitear contra expressa disposição de lei no caso
referido, presume-se a má-fé.
8. (OAB 2011.1) Mévio aceita defender um cliente. Após ampla
pesquisa, verifica que a legislação ordinária não acolhe a pretensão
dele. Elabora, pois, a tese de que a legislação que não permite o
acolhimento da pretensão do seu constituído padeceria do vício de
inconstitucionalidade e recomenda que não haja o cumprimento da
referida norma. À luz das normas estatutárias, é correto afirmar que
a) a situação é permitida, diante do possível vício alegado pelo
advogado. (art. 6º, Código de Ética – se o advogado entender
pelo vício de inconstitucionalidade na legislação, ele não
estará estribando-se em má-fé)
b) se caracteriza a hipótese de postulação com má-fé contra literal
disposição de lei.
c) mesmo sendo a lei eivada de vício, não seria possível presumir
boa-fé.
d) ao pleitear contra expressa disposição de lei no caso referido,
presume-se a má-fé.
9. (OAB 2010.3) O Governador de um Estado membro da
Federação pretende se insurgir contra lei de seu Estado editada
em 1984 que vincula a remuneração de servidores públicos
estaduais ao salário mínimo. Os fundamentos de índole
material a serem invocados são a ofensa ao princípio federativo
e a vedação constitucional de vinculação do salário mínimo
para qualquer fim. A ação constitucional a ser ajuizada pelo
Governador do Estado perante o Supremo Tribunal Federal,
cuja decisão terá eficácia contra todos e efeito vinculante
relativamente aos demais órgãos do Poder Público, é a(o)
a) ação direta de inconstitucionalidade.
b) mandado de injunção.
c) arguição de descumprimento de preceito fundamental.
d) mandado de segurança coletivo.
9. (OAB 2010.3) O Governador de um Estado membro da
Federação pretende se insurgir contra lei de seu Estado editada
em 1984 que vincula a remuneração de servidores públicos
estaduais ao salário mínimo. Os fundamentos de índole
material a serem invocados são a ofensa ao princípio federativo
e a vedação constitucional de vinculação do salário mínimo
para qualquer fim. A ação constitucional a ser ajuizada pelo
Governador do Estado perante o Supremo Tribunal Federal,
cuja decisão terá eficácia contra todos e efeito vinculante
relativamente aos demais órgãos do Poder Público, é a(o)
a) ação direta de inconstitucionalidade.
b) mandado de injunção.
c) arguição de descumprimento de preceito fundamental.
(art. 1º, parágrafo único, I e art. 2º, I da Lei nº. 9.882/99)
d) mandado de segurança coletivo.
10. (OAB 2010.1) Assinale a opção correta a respeito da medida cautelar em
sede de ação direta de inconstitucionalidade, de acordo com o que dispõe a Lei
n.º 9.868/1999.
a) O relator, em face da relevância da matéria e de seu especial significado para a
ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações
e a manifestação do advogado-geral da União e do procurador-geral da
República, sucessivamente, submeter o processo diretamente ao STF, que terá
a faculdade de julgar definitivamente a ação.
b) Tal medida não poderá ser apreciada em período de recesso ou férias, visto que
é imperioso que seja concedida por decisão da maioria absoluta dos membros
do STF, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou
ato normativo impugnado.
c) Essa medida cautelar só poderá ser concedida se ouvidos, previamente, o
advogado-geral da União e o procurador-geral da República.
d) A decisão proferida em sede de cautelar, seja ela concessiva ou não, será
dotada de eficácia contra todos, com efeito ex nunc, salvo se o STF entender
que deva conceder-lhe eficácia retroativa.
10. (OAB 2010.1) Assinale a opção correta a respeito da medida cautelar em
sede de ação direta de inconstitucionalidade, de acordo com o que dispõe a Lei
n.º 9.868/1999.
a) O relator, em face da relevância da matéria e de seu especial significado
para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das
informações e a manifestação do advogado-geral da União e do
procurador-geral da República, sucessivamente, submeter o processo
diretamente ao STF, que terá a faculdade de julgar definitivamente a
ação. (art. 12 da Lei 9.868/99)
b) Tal medida não poderá ser apreciada em período de recesso ou férias, visto que
é imperioso que seja concedida por decisão da maioria absoluta dos membros
do STF, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou
ato normativo impugnado.
c) Essa medida cautelar só poderá ser concedida se ouvidos, previamente, o
advogado-geral da União e o procurador-geral da República.
d) A decisão proferida em sede de cautelar, seja ela concessiva ou não, será
dotada de eficácia contra todos, com efeito ex nunc, salvo se o STF entender
que deva conceder-lhe eficácia retroativa.
A Democracia é como o Amor: não se pode
comprar, não se pode decretar, não se pode
propor. A Democracia só se pode viver e
construir. Por isso ninguém pode nos dar a
Democracia... é uma ordem social onde os
Direitos Humanos e a vida digna sejam
possíveis para todos.

(José Bernardo Toro A. Fundacion Social – Bogotá)

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