Disciplina: Princípios Fundamentais Professor(a): França
PREÂMBULO IV - não intervenção;
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assem-
bléia Nacional Constituinte para instituir um Estado
Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos
sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o
desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores su-
premos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem precon-
ceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na or-
dem interna e internacional, com a solução pacífica das con-
trovérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte
CONSTITUIÇÃO
DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce
por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos ter-
mos desta Constituição.
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República
Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desig-
ualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discrimi-
nação.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas
relações internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
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V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humani-
dade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a
integração econômica, política, social e cultural dos povos da
América Latina, visando à formação de uma comunidade
latino-americana de nações.
Conhecimento Doutrinário.
1. Introdução
O Título I da Constituição brasileira de 1988, composto
por quatro artigos, é dedicado aos denominados "princípios
fundamentais" do Estado brasileiro.
O nosso constituinte utilizou essa expressão genérica para
traduzir a ideia de que nesses primeiros quatro artigos já se
estabelecem a forma do nosso Estado e de seu governo,
proclama-se o regime político democrático fundado na sober-
ania popular e institui-se a garantia da separação de funções
entre os poderes. Também neles encontram-se os valores e os
fins mais gerais orientadores de nosso ordenamento constituci-
onal, funcionando como diretrizes para todos os órgãos medi-
ante os quais atuam os poderes constituídos.
O art. 1.0 da Constituição, em seu caput, resume a um só
tempo, em uma única sentença, as características mais es-
senciais do Estado brasileiro: trata-se de uma federação
(forma de Estado), de uma república (forma de governo), que
adota o regime político democrático (traz ínsita a ideia de
soberania assentada no povo); constitui, ademais, um Estado
de Direito (implica a noção de limitação do poder e de gar-
antia de direitos fundamentais aos particulares).
2. Forma de Estado
A forma de Estado adotada no Brasil é a de uma feder-
ação, o que significa a coexistência, no mesmo território, de
unidades dotadas de autonomia política, que possuem com-
petências próprias discriminadas diretamente no texto con-
stitucional.
A Federação brasileira é composta pela União, estados-
membros, Distrito Federal e municípios (CF, art. 1.0 e art. 18).
Todos eles são pessoas jurídicas de direito público autôno-
mas e encontram-se sujeitos ao princípio da indissolu-
bilidade do vínculo federativo (não existe em nosso País o
direito de secessão).
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Essas pessoas políticas descentralizadas possuem poder de Atualmente, a concepção de "Estado de Direito" é indis-
auto-organização, competências legislativas e administrativas e sociável do conceito de "Estado Democrático", o que faz com
autonomia financeira (têm competências tributárias próprias). que a expressão "Estado Democrático de Direito" traduza a
Além disso, os estados e o Distrito Federal são representados no ideia de um Estado em que todas as pessoas e todos os po-
órgão formador da vontade política geral do Estado (têm repre- deres estão sujeitos ao império da lei e do Direito e no qual
sentação no Congresso Nacional - CF, art. 46) e podem propor os poderes públicos sejam exercidos por representantes do
emendas à Constituição (CF, art. 60, III). povo visando a assegurar a todos uma igualdade material
(condições materiais mínimas necessárias a uma existência
Deve-se anotar, por fim, que a forma federativa de Es-
digna). Reforça o princípio democrático o parágrafo único do
tado é, no Brasil, cláusula pétrea, não podendo ser nem
art. 1º da CF11988, ao declarar que "todo o poder emana do
mesmo objeto de deliberação qualquer proposta de emenda
povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
constitucional tendente a aboli-Ia (CF, art. 60, §4.°, I).
diretamente, nos termos desta Constituição".
Democracia, na célebre conceituação de Lincoln, é o
3. Forma de Governo
governo do povo, pelo povo e para o povo. Tradicionalmente,
O Brasil é uma república. Essa é a forma de governo identificam-se como elementos essenciais do regime
adotada em nosso País desde 15 de novembro de 1889, democrático: o princípio da maioria, o princípio da liberdade
consagrada na Constituição de 1891 e em todas as Constitui- e o princípio da igualdade.
ções subsequentes.
O parágrafo único do art. 1º da Carta da República per-
A Constituição de 1988 não erigiu a forma republicana mite concluir que em nosso Estado vigora a denominada
de governo ao status de cláusula pétrea. Entretanto, o desre- democracia semidireta, ou participativa, na qual são conju-
speito ao princípio republicano pelos estados-membros ou gados o princípio representativo com os institutos da democ-
pelo Distrito Federal constitui motivo ensejador de medida racia direta (plebiscito, referendo, iniciativa popular).
drástica: a intervenção federal (art. 34, VII, "a").
Preleciona José Afonso da Silva que forma de governo "é
Forma de Estado Forma de Governo Regime Político
conceito que se refere à maneira como se dá a instituição do
União indissolúvel Maneira que se dá a Estado Democrático
poder na sociedade e como se dá a relação entre govern- de estados, Distrito instituição do poder de Direito.
antes e governados. Responde à questão de quem deve ex- Federal e Municípios na sociedade e como
ercer o poder e como este se exerce". se dá a relação entre
governantes e go-
A mais notória característica formal das repúblicas é a
vernados.
necessidade .de alternância no poder. Entretanto, como dotadas de auto- A mais notória a ideia de um Esta-
assinala a mais abalizada doutrina, não é suficiente essa for- nomia política característica formal do em que todas as
malidade para que tenhamos uma república em seu sentido das repúblicas é a pessoas e todos os
mais nobre, de "coisa pública". O conceito de república, hoje, necessidade .de poderes estão
encontra-se irremediavelmente entrelaçado com o princípio alternância no po- sujeitos ao império
democrático e com o princípio da igualdade (ausência de der. da lei e do Direito e
privilégios em razão de estirpe). princípio da indisso- república é a forma no qual os poderes
lubilidade do vínculo de governo fundada públicos sejam
Em suma, conforme a excepcional síntese de Roque An- federativo na igualdade jurídica exercidos por re-
tônio Carrazza, a república é a forma de governo fundada na (não existe em das pessoas, em que presentantes do
igualdade jurídica das pessoas, em que os detentores do nosso País o direito os detentores do povo visando a
poder político exercem-no em caráter eletivo, representa- de secessão). poder político exer- assegurar a todos
tivo, transitório e com responsabilidade. cem-no em caráter uma igualdade
eletivo, representa- material (condições
tivo, transitório e materiais mínimas
4. Regime Político com responsabilida- necessárias a uma
de existência digna)
Quanto ao regime político, o caput do art. 1º da Constitui- possuem poder de Motivo de interven-
ção afirma que o Brasil "constitui-se em Estado Democrático de auto-organização, ção federal junto ao
Direito". Em suas origens, o conceito de "Estado de Direito" competências legis- estado membro que
estava ligado tão somente à ideia de limitação do poder e. suje- lativas e administra- o ferir.
ição do governo a leis gerais e abstratas. A noção de Estado tivas e autonomia
democrático é posterior, e relaciona-se à necessidade de que financeira (têm
seja assegurada a participação popular no exercício do poder, competências tribu-
que deve, ademais, ter por fim a obtenção de uma igualdade tárias próprias).
material entre os indivíduos. É uma Cláusula Não está previsto
Pétrea como Cláusula
Pétrea

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5. Fundamentos da República Federativa do Brasil
O art. 1º da Constituição de 1988, a par de estabelecer a
forma do Estado brasileiro (federação), a forma de seu gov-
erno (república) e o regime de governo (democracia partici-
pativa fundada na soberania popular), enumera, em seus
cinco incisos, os valores maiores que orientam nosso Estado.
O constituinte denominou esses valores mais gerais de
"fundamentos da República Federativa do Brasil", exatamen-
te para transmitir a noção de alicerces, de vigas mestras de
nossa ordenação político-jurídica. Os fundamentos da
República Federativa do Brasil são:
A.Soberania
Significa que o poder do Estado brasileiro, na ordem in-
terna, é superior a todas as demais manifestações de poder,
não é superado por nenhuma outra forma de poder, ao
passo que, em âmbito internacional, encontra-se em igual-
dade com os demais Estados independentes.
B.Cidadania
Ao colocar a cidadania como fundamento de nosso Es-
tado, o constituinte está utilizando essa expressão em sen-
tido abrangente, e não apenas técnico-jurídico. Não se satis-
faz a cidadania aqui enunciada com a simples atribuição
formal de direitos políticos ativos e passivos aos brasileiros
que atendam aos requisitos legais. É necessário que o Poder
Público atue, concretamente, a fim de incentivar e oferecer
condições propícias à efetiva participação política dos indi-
víduos na condução dos negócios do Estado, fazendo valer
seus direitos, controlando os atos dos órgãos públicos, co-
brando de seus representantes o cumprimento de com-
promissos assumidos em campanha eleitoral, enfim, asse-
gurando e oferecendo condições materiais para a integração
irrestrita do indivíduo na sociedade política organizada.
C.Dignidade da Pessoa Humana
A dignidade da pessoa humana como fundamento da
República Federativa do Brasil consagra, desde logo, nosso
Estado como uma organização centrada no ser humano, e
não em qualquer outro referencial. A razão de ser do Estado
brasileiro não se funda na propriedade, em classes, em
corporações, em organizações religiosas, tampouco no pró-
prio Estado (como ocorre nos regimes totalitários), mas sim
na pessoa humana. Na feliz síntese de Alexandre de Moraes,
"esse fundamento afasta a ideia de predomínio das con-
cepções transpessoalistas de Estado e Nação, em detrimen-
to da liberdade individual". São vários os valores constitu-
cionais que decorrem diretamente da ideia de dignidade
humana, tais como, dentre outros, o direito à vida, à intim-
idade, à honra e à imagem.
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A dignidade da pessoa humana assenta-se no
reconhecimento de duas posições jurídicas ao indivíduo. De
um lado, apresenta-se como um direito de proteção indi-
vidual, não só em relação ao Estado, mas, também, frente
aos demais indivíduos. De outro, constitui dever fundamen-
tal de tratamento igualitário dos próprios semelhantes.
D.Valor Social do Trabalho e da Livre Iniciativa
Ao reconhecer como fundamento o valor social do tra-
balho e da livre-iniciativa, nosso constituinte configura o
Brasil como um Estado obrigatoriamente capitalista e, ao
mesmo tempo, assegura que, nas relações entre capital e
trabalho será reconhecido o valor social deste último. No
art. 170, a Constituição reforça esse fundamento, ao es-
tatuir. que "a ordem econômica, fundada na valorização do
trabalho humano e na livre-iniciativa, tem por fim assegurar
a todos existência digna, conforme os ditames da justiça
social".
E. Pluralismo Político
Ao considerar o pluralismo político em fundamento da
República Federativa do Brasil, o o Legislador Constituinte,
estabeleceu para o Estado o dever de reconhecer o direito
do cidadão de garantir a inclusão, nos processos de
formação da vontade geral, das diversas correntes de pen-
samento e grupos representantes de interesses existentes
no seio do corpo comunitário. Sendo assim, todos tem o
direito de serem representados e se fazer representar por
organizações políticas.
6. Poderes da República Federativa do Brasil.
O art. 2.° da Constituição de 1988 define como Poderes
da República Federativa do Brasil, independentes e
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Esse artigo consagra o Princípio da Separação dos Poderes,
ou Princípio da Divisão Funcional do Poder do Estado.
O critério de divisão funcional consiste em atribuir a
órgãos independentes entre si o exercício precípuo das
funções estatais essenciais da seguinte forma:
 Poder Executivo: incumbe, tipicamente, exercer as
funções de Governo e Administração (execução não
contenciosa das leis);
 Poder Legislativo: cabe precipuamente a elaboração
das leis (atos normativos primários);
 Poder Judiciário: atribui-se, como função típica, o
exercício da jurisdição (dizer o direito aplicável aos
casos concretos, na hipótese de litígio).
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7. Objetivos Fundamentais progresso da humanidade (cooperação entre os povos para o

progresso da humanidade - art. 4.°, IX).
Além dos fundamentos da República Federativa do Bra-
sil, o legislador constituinte de 1988 explicitou, no art. 3.° de
b. Princípio da Não intervenção e Princípio da auto-
nossa Carta Política, objetivos fundamentais a serem perse-
determinação dos povos
guidos pelo Estado Brasileiro. Os objetivos fundamentais do
Estado brasileiro arrolados no art. 3.° da
O princípio da não intervenção (art. 4.°, IV), e seu corre-
Constituição são:
lato, a auto-determinação dos povos (art. 4.°, IlI), também
I - construir uma sociedade livre, justa e têm origem no reconhecimento da igualdade entre os Esta-
solidária; dos. Respeita-se a soberania de cada um, assegurando-se
II - garantir o desenvolvimento nacional; que, no âmbito interno, os Estados não devem sofrer
ingerência na condução de seus assuntos. Vale lembrar que
III - erradicar a pobreza e a marginalização e
não existem princípios absolutos, devendo sua convivência
reduzir as desigualdades sociais e regionais;
seguir a lógica da ponderação. Assim, o inciso II do art. 4.°
IV - promover o bem de todos, sem precon- enuncia como princípio fundamental internacional a
ceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e prevalência dos direitos humanos, o que, em casos extremos
quaisquer outras formas de discriminação. de afronta a esses direitos por um Estado, pode levar o Brasil
a apoiar a interferência de outros Estados naquele, a fim de
Constata-se que esses objetivos têm em comum asse-
impedir a continuação de situações de profunda degradação
gurar a igualdade material entre os brasileiros, possibilitando
da dignidade humana. Nesses casos, de que são inúmeros os
a todos iguais oportunidades para alcançar o pleno desenvol-
exemplos concretamente ocorridos, os direitos humanos
vimento de sua personalidade, bem como para auto-
prevalecem à própria soberania.
determinar e lograr atingir suas aspirações materiais e espir-
ituais, condizentes com a dignidade inerente a sua condição
d. Princípio Repúdio ao Terrorismo ao Racismo e Prin-
humana. Como bem resume José Afonso da Silva, alguns dos
cípio de Concessão de Asilo Político
objetivos assinalados "valem como base das prestações posi-
tivas que venham a concretizar a democracia econômica,
Na esteira da prevalência dos direitos humanos, o con-
social e cultural, a fim de efetivar na prática a dignidade da
stituinte consignou ainda como princípios de nosso Estado na
pessoa humana".
ordem internacional o repúdio ao terrorismo e ao racismo
(art. 4.°, VIII) e a concessão de asilo político (art. 4.°, X) a
quem esteja sendo perseguido, em outro Estado, por mo-
8. Princípios Fundamentais
tivos políticos ou de opinião.
O art. 4.°, que finaliza o Título I da Constituição de 1988,
enumera dez princípios fundamentais orientadores das e. Principio a Defesa da Paz e Princípio da solução Pa-
relações do Brasil na ordem internacional, que de um modo cífica dos Conflitos
geral, demonstram o reconhecimento da soberania, no plano
internacional, como elemento igualador dos Estados, além de São, por último, princípios internacionais, que se com-
reconhecer, também nesse âmbito, o ser humano como cen- plementam, a defesa da paz (art. 4.°, VI) e a solução pacífica
tro das preocupações da nossa República. São eles: dos conflitos (art. 4.°, VII).
Ao lado dos dez princípios que regem as relações do Es-
a. Princípio Independência Nacional e Principio da
tado brasileiro na ordem internacional, o parágrafo único do
Igualdade entre os Estados
art. 4.° enuncia um objetivo a ser perseguido pelo Brasil no
plano internacional: a integração econômica, política, social e
Assim, reforça-se a independência nacional como
cultural dos povos da América Latina, visando à formação de
princípio (art. 4.°, I), que nada mais é do que a manifestação
uma comunidade latino-americana de nações.
da soberania na ordem internacional. Como corolário, tem-se
a igualdade entre os Estados (art. 4.°, V), consagração do
princípio da não subordinação no plano internacional. Trata-
Parágrafo único. A República Federativa do Bra-
se, aqui, de uma igualdade formal, essencialmente jurídica,
sil buscará a integração econômica, política, so-
uma vez que na esfera econômica são absurdamente
cial e cultural dos povos da América Latina,
desiguais as condições existentes entre os Estados. De toda
visando à formação de uma comunidade latino-
sorte, uma noção de busca de igualdade material se manifes-
-americana de nações.
ta no princípio da colaboração entre os Estados. A Constitui-
ção de 1988 agrega ao princípio da colaboração o fim a ser
perseguido mediante essa cooperação mútua, qual seja, o

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